“Expansionismo da Itália e Japão: Impactos na História Mundial”

Este plano de aula tem como foco principal o tema do expansionismo da Itália e do Japão, dois países cujas ambições territoriais e políticas tiveram impactos significativos na história mundial, especialmente durante o século XX. O estudo desse fenômeno permitirá aos alunos desenvolverem uma compreensão crítica sobre as motivações, estratégias e consequências que marcaram a atuação expansionista dessas nações, além de refletirem sobre os impactos sociais e políticos que resultaram dessas ações. A abordagem do tema busca não apenas a memorização de fatos, mas um entendimento profundo dos contextos geopolíticos e a análise crítica das fontes históricas.

Tema: Expansionismo da Itália e do Japão
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 2º Ano Médio
Faixa Etária: 18 a 20 anos

Objetivo Geral:

Proporcionar aos alunos uma compreensão crítica sobre o expansionismo da Itália e do Japão no contexto da história moderna, analisando suas causas, processos e consequências a partir de uma perspectiva geopolítica.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Compreender as motivações políticas e econômicas que levaram a Itália e ao Japão a buscarem a expansão territorial.
– Analisar as consequências das políticas expansionistas para os países envolvidos e para as relações internacionais.
– Desenvolver habilidades de leitura crítica de fontes históricas e a capacidade de desenvolver argumentos fundamentados.

Habilidades BNCC:

As habilidades que serão trabalhadas neste plano são:
– (EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos.
– (EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais e culturais de matrizes conceituais, avaliando criticamente seu significado histórico.
– (EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio em diferentes sociedades, considerando os conflitos populacionais e a diversidade étnico-cultural.

Materiais Necessários:

– Apostilas ou materiais impressos sobre o expansionismo da Itália e do Japão.
– Projetor e computador para apresentação de slides.
– Vídeos curtos documentais sobre a história do expansionismo dos dois países.
– Quadro branco e marcadores.
– Fonte de dados para pesquisa (livros ou links para artigos confiáveis na internet).

Situações Problema:

– O que motivou a Itália e o Japão a se tornarem potências expansionistas no século XX?
– Quais foram as consequências das ações expansionistas para os países que sofreram invasões?
– Como as ambições territoriais de Itália e Japão impactaram as relações internacionais na época?

Contextualização:

Para introduzir o tema, o professor pode começar contextualizando o momento histórico, abordando a ascensão do fascismo na Itália sob Benito Mussolini e o expansionismo militar do Japão, que buscava ampliar seu território e influência na Ásia. É importante estabelecer relações com o contexto da Primeira Guerra Mundial e suas repercussões, bem como a busca por recursos naturais e novos mercados, fatores cruciais para a política externa desses países.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Breve apresentação sobre o que é expansionismo. Exposição das informações básicas a partir de slides ou vídeos curtos.
2. Discussão em grupo (15 minutos): Dividir os alunos em grupos para discutir as possíveis razões que levaram cada país a adotar tais políticas expansionistas. As questões podem ser distribuídas para debate.
3. Apresentação e análise de fontes (10 minutos): Apresentar documentos, mapas e relatos históricos que abordem as ações expansionistas. Pedir aos alunos que analisem e identifiquem suas características e motivações.
4. Discussão final (10 minutos): Compartilhar as perspectivas dos grupos e discutir as consequências do expansionismo para as relações internacionais e para os países invadidos.

Atividades sugeridas:

1. Pesquisa sobre a Itália (Dia 1):
Objetivo: Compreender o papel da Itália no expansionismo do século XX.
Descrição: Os alunos devem pesquisar sobre a “Itália Fascista” e suas ambições na África e nos Balcãs.
Materiais: Internet, livros de história.
Adaptação: Alunos com dificuldades de leitura podem trabalhar com uma lista de vídeos explicativos.

2. Análise do Expansionismo Japonês (Dia 2):
Objetivo: Conhecer a trajetória de expansão do Japão durante o século XX.
Descrição: Os alunos devem produzir um resumo ou um infográfico sobre a política expansionista japonesa na Ásia.
Materiais: Software para infográficos ou folhas de papel.
Adaptação: Alunos que têm dificuldades em produção escrita podem realizar campanhas visuais.

3. Estudo de Caso – Consequências do Expansionismo (Dia 3):
Objetivo: Discutir as consequências das políticas expansionistas para os países envolvidos.
Descrição: Organizar um debate sobre as consequências diretas e indiretas das invasões italianas e japonesas.
Materiais: Textos de apoio sobre os impactos sociais e econômicos.
Adaptação: Alunos podem trazer testemunhos de pessoas que viveram essas experiências em suas famílias.

4. Apresentação em Grupo (Dia 4):
Objetivo: Trabalhar a habilidade de apresentação em público.
Descrição: Cada grupo apresentará suas pesquisas e discussões sobre os países e suas políticas.
Materiais: Projetor e material gráfico para apresentação.
Adaptação: Grupos variados que incluam alunos com diferentes habilidades para que todos colaborem.

5. Reflexão Crítica (Dia 5):
Objetivo: Desenvolver o pensamento crítico e a argumentação.
Descrição: Escrever um texto argumentativo sobre a ética do expansionismo.
Materiais: Cadernos e canetas.
Adaptação: Alunos que têm dificuldades com a escrita podem fazer a atividade oralmente.

Discussão em Grupo:

Durante a discussão em grupo, incentive os alunos a exporem suas visões, promovendo um diálogo aberto. Questione quais são os pontos comuns entre os processos de expansionismo da Itália e do Japão, suas motivações e as consequências que se seguiram.

Perguntas:

– O que levou a Itália e ao Japão a buscar a expansão territorial?
– Quais as semelhanças e diferenças entre os processos de expansionismo italiano e japonês?
– Como essas ações impactaram a política mundial no século XX?

Avaliação:

A avaliação será contínua, considerando a participação dos alunos nas atividades em grupo, a qualidade dos argumentos apresentados nas discussões e o produto final de suas pesquisas. Um trabalho escrito sobre as reflexões críticas em torno do expansionismo também fará parte da nota final.

Encerramento:

O professor deve conduzir um resumo das principais ideias discutidas, reiterando a importância de análise crítica das ações políticas no passado e sua relevância no presente. Assim, será possível incentivar um espírito de reflexão sobre questões geopolíticas atuais.

Dicas:

– Aproveitar materiais multimídia para enriquecer a aula.
– Fomentar um ambiente de respeito e curiosidade nas discussões.
– Estar aberto para novas vozes e opiniões, promovendo um diálogo inclusivo.

Texto sobre o tema:

O expansionismo, que caracteriza a ação de países que buscam ampliar seus territórios e, consequentemente, sua influência política, econômica e cultural, tem raízes profundas na história da humanidade. No caso do expansionismo italiano, esse fenômeno ocorreu principalmente durante o período entre guerras, quando a Itália, sob a liderança de Benito Mussolini, buscou restaurar o antigo esplendor do Império Romano. Mussolini acreditava que a expansão territorial era um caminho para reviver o nacionalismo italiano, promovendo a ideia de que o país precisava de mais espaço para seus cidadãos e de colonizações para garantir recursos naturais, especialmente na África.

Por outro lado, o expansionismo japonês emergiu em um contexto de modernização rápida e busca por insumos, que se acentuou no final do século XIX e início do século XX. O Japão, após a Restauração Meiji, buscou expandir-se para garantir a segurança e a prosperidade de sua população. Esta tentativa de se tornar uma potência imperial levou à ocupação da Coreia e ao desejo de estabelecer hegemonia sobre outras partes da Ásia, culminando em um cenário de conflitos como a Segunda Guerra Mundial. Ambos os casos revelam como a ambição territorial pode mobilizar nações inteiras e gerar conflitos devastadores, além de uma série de consequências que reverberam por gerações.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula pode ser desdobrado em várias direções, dependendo do interesse e do perfil da turma. Uma possibilidade é aprofundar a discussão sobre o impacto do expansionismo nas relações internacionais contemporâneas. Os alunos podem investigar como essas políticas do passado ainda refletem nas interações entre países hoje, especialmente em um mundo tão globalizado.

Além disso, estimular os alunos a fazerem conexões com situações atuais, como disputas territoriais contemporâneas, pode facilitar a compreensão de que a história tende a se repetir se não for analisada critivamente. Uma abordagem comparativa, que inclua também análises de outros países que passaram por processos semelhantes, pode enriquecer a discussão e ampliar a visão dos alunos sobre o global.

Por fim, um desdobramento importante é o incentivo à produção de pesquisas individuais ou em grupo sobre outros episódios de expansionismo na história, não apenas europeus ou asiáticos, mas em contextos africanos, latino-americanos e até contemporâneos. Essa variedade permite que os alunos compreendam a complexidade do tema e desenvolvam habilidades de pesquisa e argumentação mais robustas.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que, ao aplicar este plano de aula, o professor mantenha um espaço aberto para o diálogo. O tema do expansionismo pode suscitar emoções e opiniões divergentes, e assegurar que todos se sintam respeitados é fundamental para um debate saudável. O professor deve incentivar a crítica e a reflexão, não apenas das ações passadas, mas também das políticas contemporâneas que possam se basear em ideais expansionistas.

Um ponto importante é a necessidade de preparar os alunos para navegar informações históricas e contemporâneas, utilizando ferramentas digitais para encontrar dados, debatendo suas fontes, levando-os a uma compreensão mais crítica do conhecimento. Além disso, a interdisciplinalidade pode ser um abono importante, integrando discussões sobre economia, sociologia e política, ampliando o horizonte dos alunos e tornando o aprendizado mais rico.

Por fim, o plano deve sempre buscar inovar e adaptar-se às necessidades do grupo. O uso de tecnologias digitais, documentos históricos e fontes audiovisuais pode melhorar a experiência de aprendizado de diferentes maneiras, atraindo a atenção dos alunos e facilitando a formação de um pensamento crítico efetivo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de Simulação de Tratado de Paz: Organizar os alunos em grupos que representem diferentes países envolvidos na Primeira ou Segunda Guerra Mundial, onde eles precisam negociar um tratado de paz em resposta ao expansionismo, debatendo suas perspectivas e ideais.

2. Criação de um Mapa do Expansionismo: Os alunos devem criar um mapa interativo que inclua os principais eventos e países envolvidos, utilizando plataformas digitais ou mesmo cartazes. Esta atividade não só promove a pesquisa, mas também a colaboração em equipe.

3. Teatro de Improviso sobre Consequências: Os alunos encenam pequenos dramas improvisados que retratam as consequências das invasões, dramatizando histórias e sentimentos de pessoas afetadas.

4. Jogo de Perguntas e Respostas: Criar um quiz em formato de competição, onde equipes diferentes competem respondendo perguntas sobre os temas discutidos, reforçando a memorização e a aplicação de conhecimentos.

5. Debate sobre a Ética do Expansionismo: Realizar um debate formal onde os alunos podem colocar em prática seus argumentos sobre as implicações éticas do expansionismo, desenvolvendo suas habilidades de argumentação e retórica.

As atividades propostas, além de proporcionar uma compreensão mais lúdica do tema, incentivam o trabalho em equipe e a cooperação, fundamentais para o aprendizado colaborativo.


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