“Estimulando Bebês: Contação de Histórias e Construção de Narrativas”

A construção de narrativas é uma importante habilidade que pode ser introduzida desde os primeiros anos de vida, proporcionando às crianças a oportunidade de explorar suas experiências e emoções. Este plano de aula foi elaborado para a Educação Infantil, especificamente para bebês de 0 a 1 ano e 6 meses, com o objetivo de estimular a interação e a comunicação por meio da contação de histórias.

Durante a aula, as crianças serão incentivadas a compartilhar ou criar suas histórias favoritas, utilizando a oralidade e a expressão corporal como ferramentas para a construção de narrativas. A atividade de escuta e a interação com o adulto serão fundamentais para que os bebês possam expressar suas necessidades e emoções de forma lúdica e significativa.

Tema: Construção de Narrativas
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses

Objetivo Geral:

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Promover a construção de narrativas nos bebês, estimulando a comunicação e a expressão de emoções através da contação de histórias.

Objetivos Específicos:

– Estimular a interação entre os bebês e os adultos.
– Incentivar a comunicação através de gestos e balbucios.
– Desenvolver a percepção de sentimentos e emoções gerais em interações sociais.
– Favorecer a exploração de sons e movimentos que acompanhem as histórias contadas.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Livros ilustrados com figuras grandes e coloridas.
– Objetos que representem as histórias contadas (ex: brinquedos que imitem personagens, sons de animais).
– Materiais para exploração tátil (têxteis, objetos que fazem barulho).
– Espelhos pequenos para que as crianças se vejam durante a atividade.

Situações Problema:

Como incentivar a expressão de emoções e a comunicação entre os bebês e os adultos durante a contação de histórias?

Contextualização:

Os bebês são naturalmente curiosos e estão em constante aprendizado por meio da observação e da interação. A contação de histórias é uma atividade essencial, pois estimula a oralidade, fortalece vínculos afetivos e contribui para a formação da identidade. Em um ambiente acolhedor, onde as histórias são contadas com afeto e expressividade, os bebês se sentem seguros para explorar suas próprias narrativas.

Desenvolvimento:

A atividade começará com uma roda de conversa, em que os bebês serão convidados a sentar-se em círculo. O educador iniciará a contação de uma história simples, utilizando uma linguagem acessível e expressiva, e incentivará os bebês a interagir, fazendo sons ou gestos que acompanhem a narrativa. Durante a contação, o educador irá observar as reações dos bebês, ajudando-os a se expressar ou a se integrar mais com a história.

Atividades sugeridas:

1. Contação de Histórias com Objetos Visuais
– Objetivo: Estimular a atenção e a interação visual.
– Descrição: O educador contará uma história, utilizando livros ilustrados e objetos que representem os personagens.
– Instruções Práticas: O educador deve sentar em um local confortável e convidar os bebês para perto. Com ênfase nas imagens, o educador deve alternar entre gestos e expressões faciais, conectando-se com as emoções da história. Os objetos devem ser apresentados de maneira a permitir que os bebês toquem e sintam.
– Materiais: Livros, brinquedos, objetos que representam a história.
– Adaptações: Para grupos mais receptivos, incluir o som de itens da história para aumentar o engajamento.

2. Movimentos em Acompanhamento da Narrativa
– Objetivo: Estimular a expressão corporal e o movimento.
– Descrição: Ao contar a história, o educador fará gestos que representem a narrativa (como imitar um animal, por exemplo).
– Instruções Práticas: O educador deve tornar a história interativa, solicitando que os bebês imitem os movimentos. Cada gestualidade deve conectar-se a momentos da narrativa.
– Materiais: Um espaço amplo e confortável para movimentação.
– Adaptação: Para crianças que não caminham, usar os braços e expressões faciais como meio de interação.

3. Exploração Sonora
– Objetivo: Ampliar a exploração e a percepção auditiva.
– Descrição: Durante a contação, tocar diferentes sons que podem relacionar-se à história (como sons de natureza, animais, etc.).
– Instruções Práticas: O educador pode apresentar um dispositivo de áudio ou tocar instrumentos musicais simples enquanto conta a história. Cada som deve ser inserido na narrativa de forma a melhorar a conexão com os momentos da história.
– Materiais: Aparelho de som, instrumentos simples, objetos que gerem sons.
– Adaptação: Para crianças sensíveis ao som, ajustar o volume ou a intensidade dos sons explorados.

4. Interação Midiática
– Objetivo: Familiarizar-se com diferentes meios de comunicação e materiais gráficos.
– Descrição: Apresentar diferentes livros e suportes audiovisuais, permitindo que as crianças explorem e manuseiem.
– Instruções Práticas: Criar estações onde os bebês podem olhar, tocar e escutar. O educador poderá sentencia r em envolvimento com os livros, encorajando as interações e questionamentos.
– Materiais: Livros variados, tablets com aplicativos de audiolivros.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldade em explorar, o educador deve se aproximar para guiá-las.

5. Criação da Própria História
– Objetivo: Desenvolver a capacidade de contar suas próprias histórias.
– Descrição: Após a contação, dar um tempo para que as crianças, com a ajuda dos educadores, criem suas historias com base na vivência e no que foi contado.
– Instruções Práticas: O educador deve oferecer suporte em forma de perguntas e sugestões, e incentivar os bebês a usarem gestos e sons para expressar suas idéias.
– Materiais: Papel, canetas, ou qualquer suporte que esteja ao alcance das crianças.
– Adaptação: Para os que não possuem habilidades motoras finas, o educador deverá apoiar a ação.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, o educador pode promover uma roda de conversa onde as crianças falam sobre o que sentiram e o que entenderam das histórias contadas.

Perguntas:

– O que você mais gostou na história?
– Qual som você achou mais divertido?
– Você consegue imitar o animal da história?
– O que você faria se estivesse na história?

Avaliação:

A avaliação será feita de maneira informal, observando as interações e envolvimentos das crianças durante as atividades.

Encerramento:

A aula será finalizada com uma canção que relacione-se ao tema das histórias, incentivando a participação dos bebês e reforçando as relações de amizade e alegria.

Dicas:

– Crie um ambiente acolhedor e seguro.
– Use músicas e canções no início e no final da aula para promover o envolvimento.
– Sempre adapte as narrativas de acordo com a reação das crianças.

Texto sobre o tema:

A construção de narrativas é fundamental no desenvolvimento das crianças, ajudando-as a expressar emoções e a se comunicar de maneira mais eficaz. Através da contação de histórias, as crianças não apenas ouvem, mas também começam a entender a estrutura das narrativas e como elas podem ser contadas de várias maneiras. As histórias oferecem um mundo mágico e possibilitam que as crianças viagem pelas suas imaginações, desenvolvendo a habilidade de criar seus próprios mundos. Os bebês, mesmo sem a capacidade de expressar verbalmente, demonstram todo seu entendimento e envolvimento por meio de expressões corporais, gestos e sons. Estimular essa forma de comunicação é essencial para fortalecer não apenas a linguagem, mas também a empatia e a socialização entre elas.

Além disso, a contação de histórias pode ser um cartão de entrada para discussões sobre emoções e sentimentos. Quando as histórias são contadas de maneira significativa, elas oferecem uma linguagem comum para que as crianças possam explorar suas próprias emoções e as das outras, desenvolvendo uma compreensão afetiva do mundo ao seu redor. Ao perceberem que suas ações têm efeitos nos outros, os bebês começam a construir uma noção de si mesmos em relação ao grupo, um passo crucial no desenvolvimento da identidade social. A história contada se torna, assim, não apenas uma fonte de entretenimento, mas um rico espaço de aprendizagem e crescimento pessoal.

Neste contexto, cabe ao educador utilizar as narrativas como uma ponte para construir relações afetivas e seguras. O temos de construir narrativas converge perfeitamente com as práticas pedagógicas que promovem o diálogo, a escuta e a comunicação como ferramentas essenciais para o aprendizado. Os pequenos aprendizes são como esponjas, absorvendo tudo ao seu redor, e a contação de histórias é uma das formas mais eficazes para provocar reflexões e sentimentos que reverberam não apenas no presente, mas que também se refletirão em suas vidas futuras.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser desdobrado em várias outras atividades relacionadas à construção de narrativas, com um foco maior em diferentes contextos e temas. As histórias contadas podem ser adaptadas às diferentes culturas presentes na sala de aula, permitindo que os bebês se conectem com suas raízes e histórias familiares. Ao envolver as famílias, esse plano propõe uma ponte entre o ambiente escolar e o lar, oferecendo aos pais a oportunidade de participar ativamente da vida escolar dos filhos e de compartilhar suas histórias.

Além disso, as narrativas podem se expandir para incluir elementos de música e dança. O uso de canções populares e danças infantis pode auxiliar no reconhecimento de ritmos e na internalização de padrões narrativos, favorecendo o desenvolvimento da motricidade e da expressão corporal. Por meio da música e da dança, o aprendizado se torna mais interativo e divertido.

Outra possibilidade de desdobramento é a integração de diferentes mídias, como livros interativos e aplicações digitais que contem histórias. A utilização de recursos audiovisuais pode enriquecer ainda mais as experiências de aprendizado, oferecendo novas formas de engajamento para os bebês. Assim, o educador poderá explorar uma vasta gama de histórias, conectando os bebês com o mundo em que vivem de uma maneira mais dinâmica e envolvente.

Orientações finais sobre o plano:

Cerque-se de paciência e alegria ao desenvolver atividades com os bebês. A contação de histórias não é apenas sobre o conteúdo a ser transmitido; é também sobre como isso é apresentado. Utilize a expressão facial, a variação de entonação e a linguagem corporal para capturar a atenção dos pequenos. A conexão emocional que você consegue estabelecer com os bebês será fundamental para a receptividade e o interesse deles.

Além disso, lembre-se de que o tempo é flexível, e as crianças nessa faixa etária podem ter diferentes níveis de concentração e engajamento. É importante ajustar o ritmo e as atividades conforme necessário, observando as reações dos bebês e adaptando-se às suas necessidades. Um ambiente acolhedor e seguro é essencial para que as crianças se sintam à vontade para explorar e expressar suas emoções.

Por fim, a contação de histórias é uma prática que pode ser amplamente aproveitada em diversas situações do cotidiano. Sejam nas trocas de fraldas, nas refeições ou até durante os momentos de espera, você pode inserir narrativas simples e adaptadas para criar contextos de aprendizado significativos. Essa atitude pode contribuir para um vínculo mais forte entre o educador e os bebês, enriquecendo a experiência de aprendizado e os ajudando a desenvolver suas habilidades comunicativas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Armando um pequeno teatro, o educador pode utilizar fantoches para contar histórias, incentivando os bebês a interagir e imitar os personagens pela expressão facial e gestos.
2. Caixa de Som e Narrativa: Selecionar diferentes objetos que fazem sons e, ao apresentá-los, contar uma história integrada a esses sons, estimulando a associação entre som e narrativa.
3. Histórias com Movimento: Criar uma atividade onde cada parte da história tenha um movimento a ser reproduzido, criando uma conexão entre a narrativa e a expressão corporal.
4. Roda de Música e Contação: Realizar uma roda em que cada bebê possa trazer um objeto de casa que represente uma parte da sua rotina ou uma história, e o educador conduzir a contação envolvendo esses objetos.
5. Pintura de Emoções: Após a contação, as crianças podem usar tintas para criar representações gráficas de sentimentos que surgiram durante a narrative, promovendo uma conexão entre arte e emoção.

O rico contexto das histórias, quando integrado às atividades lúdicas, propicia uma abordagem holística que fomenta o desenvolvimento verbal, motor e emocional, contribuindo para uma educação infantil de qualidade e integrada.