“Entenda a Teoria da Deriva e as Placas Tectônicas no Ensino”

Neste plano de aula, abordaremos a Teoria da Deriva e a formação e movimento das placas tectônicas. O entendimento desse tema é crucial para a compreensão dos processos geológicos que moldam nossa Terra, impactando todos os aspectos de nosso ambiente e, consequentemente, a vida. A aula foi pensada para fornecer um contexto que permita aos alunos explorarem conceitos fundamentais de geografia e ciências, desenvolvendo uma visão crítica sobre as dinâmicas da crosta terrestre.

A Teoria da Deriva Continental, proposta por Alfred Wegener, sugere que os continentes não são imóveis, mas sim que se movem através do tempo geológico, uma ideia que revolucionou a maneira como entendemos a formação da Terra. Esse plano de aula é estruturado para incluir discussões intensas, atividades práticas e um trabalho colaborativo, criando um espaço engajador para que os alunos possam investigar e articular suas descobertas.

Tema: Teoria da Deriva: Formação e Movimento das Placas Tectônicas
Duração: 50 min.
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Levar os alunos a compreenderem a Teoria da Deriva Continental e como as placas tectônicas se movem, assim como os processos geológicos que a originam.

Objetivos Específicos:

– Identificar os principais conceitos da teoria da deriva continental.
– Comparar as evidências que suportam a teoria com as ideias anteriores sobre a formação da Terra.
– Promover estudos sobre as consequências do movimento das placas tectônicas na geografia e na vida dos seres vivos.

Habilidades BNCC:

As habilidades que se aplicam à atividade incluem:
– (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características.
– (EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra.
– (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.

Materiais Necessários:

– Cartolina ou papel kraft.
– Marcadores ou canetinhas coloridas.
– Computadores ou tablets com acesso à internet.
– Projetor e tela para apresentação de slides.
– Modelos físicos que representem camadas da Terra (se disponíveis).
– Recortes de revistas ou jornais que ilustrem desastres naturais relacionados a placas tectônicas.

Situações Problema:

Os alunos se deparam com as seguintes perguntas:
– O que aconteceria se as placas tectônicas não se movessem?
– Como as mudanças geográficas podem impactar a vida nas cidades e nas comunidades?

Contextualização:

Iniciaremos a aula discutindo eventos geológicos recentes, como terremotos e erupções vulcânicas, para exemplificar a movimentação das placas tectônicas. Essa conexão irá motivar os alunos a se interessarem pelo tema e a questionarem como a Terra está em constante transformação.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento da atividade será dividido em fases:

1. Explanação Teórica (15 min): O professor apresentará a Teoria da Deriva utilizando slides informativos que abordem as evidências da teoria: formatos dos continentes, similaridade de fósseis, e o alinhamento de montanhas.

2. Atividade Prática (20 min): Os alunos serão divididos em grupos. Cada grupo terá a tarefa de construir um modelo das placas tectônicas utilizando argila, papel machê ou materiais recicláveis, representando as diferentes camadas da Terra. Nas construções, devem incluir as placas tectônicas e discutir entre eles sobre como se movem.

3. Discussão em Grupo (10 min): Após as apresentações, os grupos devem discutir as implicações dos movimentos das placas na vida cotidiana, como os desastres naturais e a formação de montanhas.

4. Reflexão e Encerramento (5 min): O professor conduzirá uma breve reflexão sobre como as atividades realizadas se conectam com a teoria e a realidade vivenciada pelos alunos.

Atividades sugeridas:

Ao longo de uma semana, as aulas podem ser estruturadas da seguinte maneira:

1. Dia 1 – Introdução à Teoria da Deriva Continental:
Objetivo: Compreender os princípios básicos da teoria.
Descrição: A apresentação do professor com auxílio de slides e vídeos ilustrativos.
Materiais: Projetor, computador, slides preparados.
Adaptação: Para alunos que necessitam de mais suporte, ofereça resumos visuais para acompanhamento.

2. Dia 2 – Estudo de Evidências:
Objetivo: Identificar e analisar as evidências da teoria.
Descrição: Compassos de leitura em grupos para pesquisar diferentes evidências.
Materiais: Artigos, livros, acesso à internet.
Adaptação: Para alunos que têm mais dificuldade, fornecer textos mais simples com imagens.

3. Dia 3 – Modelagem das Placas Tectônicas:
Objetivo: Criar uma representação das placas.
Descrição: Divisão em grupos para construção de modelos tridimensionais.
Materiais: Argila, papel, tesouras e fita adesiva.
Adaptação: Projetar vídeo tutorial para auxiliar os alunos na modelagem.

4. Dia 4 – Apresentação dos Modelos:
Objetivo: Apresentar os modelos e discutir as ideias.
Descrição: Cada grupo apresentará seu modelo e explicará suas escolhas.
Materiais: Modelos criados pelos alunos.
Adaptação: Incentivar todos a participar, mas permiti que falem em pequenos grupos se preferirem.

5. Dia 5 – Reflexão Crítica e Conclusão:
Objetivo: Refletir sobre o que aprenderam.
Descrição: Debate em classe sobre as implicações dos movimentos das placas.
Materiais: Quadro branco para anotações.
Adaptação: Oferecer um diário ou caderno onde os alunos possam escrever suas reflexões.

Discussão em Grupo:

Após a conclusão das atividades, realizará uma discussão em grupo, levantando questões como:
– Como as evidências fortalecem a teoria da deriva?
– Quais podem ser as consequências práticas das informações que aprenderam?

Perguntas:

– Quais evidências foram mais impactantes para você?
– Como a teoria da deriva pode ajudar a prever desastres naturais?
– Você conhece algum lugar afetado por essas movimentações? Como isso impactou a vida local?

Avaliação:

A avaliação será contínua e considerará a participação dos alunos nas atividades, a qualidade das representações feitas em grupo e a reflexão individual escrita após as discussões.

Encerramento:

A aula se encerrará com os alunos compartilhando a frase que resumiu sua experiência e aprendizados durante as atividades, reforçando a importância de entender a Teoria da Deriva.

Dicas:

– Estimule a curiosidade dos alunos através de vídeos impactantes sobre terremotos e erupções.
– Use recursos visuais que demonstrem claramente a movimentação das placas.
– Mantenha um ambiente seguro para a expressão de ideias e perguntas.

Texto sobre o tema:

A teoria da deriva continental é um conceito que propõe que os continentes se movimentam ao longo do tempo geológico. Alfred Wegener, o primeiro a sistematizar essa ideia, argumentou que, devido a semelhanças em fósseis e formações geológicas em diferentes continentes, estes não eram sempre separados, mas sim que formavam um único supercontinente chamado Pangeia. À medida que este supercontinente se fragmentou, as placas tectônicas que o compunham começaram a se mover. Essa movimentação contínua resulta em mudanças geológicas, como a formação de montanhas, terremotos e vulcões, afetando não apenas a geografia da Terra, mas também a vida de seus habitantes. Atualmente, nossa compreensão das placas tectônicas é essencial para a mitigação de desastres naturais.

Desdobramentos do plano:

Ao longo das aulas, pode-se observar a importância de discutir as teorias geológicas não apenas como um conteúdo curricular, mas como uma forma de entender a vida e o mundo ao nosso redor. O conhecimento sobre a movimentação das placas tectônicas permite não apenas uma maior consciência ambiental, mas também proporciona a base para discussões sobre sustentabilidade, prevenção de desastres e a importância da conservação do meio ambiente. Os alunos podem, por exemplo, investigar como a urbanização das áreas de risco pode ser mitigada através do conhecimento dos comportamentos das placas tectônicas e dos fenômenos que delas advêm. Além disso, a aplicação da teoria da deriva pode ser explorada em campos como a biologia, onde a migração de espécies e a disseminação de características evolutivas também podem ser compreendidas à luz do movimento tectônico. Esse plano de aula, preparado com uma forte ênfase em atividades práticas e discussão, só realça a necessidade de uma abordagem interdisciplinar ao lidar com as teorias geológicas em sala de aula.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula pode ser adaptado de acordo com o ritmo e estilo de aprendizado dos alunos. É importante que os professores estejam atentos às necessidades individuais de cada aluno, criando um ambiente inclusivo e que encoraje a participação. Além disso, a conexão entre teoria e prática é essencial para que os alunos visualizem o conhecimento de forma concreta, aumentando o interesse pelo tema. Ao final, a aplicação desses conteúdos deve se estender além do ambiente escolar, incentivando os alunos a explorarem mais sobre o mundo e sua formação. Adicionalmente, o trabalho em grupo deve ser promovido como uma estratégia para que alunos aprendam a colaborar e respeitar opiniões diversas, aspectos julgados fundamentais no aprendizado coletivo. Dessa forma, ao final do plano de aula, espera-se que os alunos saiam não apenas com conhecimentos sobre a teoria da deriva, mas também com uma consciência crítica sobre seu papel dentro do ecossistema da Terra.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo das Placas Tectônicas: Crie um tabuleiro onde os alunos devem mover suas peças como placas, enfrentando desafios (como terremotos e erupções) enquanto aprendem sobre os efeitos e a movimentação.
Objetivo: Compreender os movimentos das placas enquanto se divertem.
Materiais: Tabuleiro, dados e peças.
Modo de condução: Incentivar a interação durante o jogo, com perguntas sobre as placas e suas características.

2. Teatro de Fantoches: Os alunos criarão fantoches que representam diferentes placas tectônicas e encenarão como o movimento delas causa terremotos ou cria montanhas.
Objetivo: Aprender sobre os efeitos das placas de forma criativa.
Materiais: Meias, canetinhas, papel, tesoura.
Modo de condução: Os grupos apresentarão seus teatros e discutirão as partes geológicas envolvidas.

3. Experiência do Vulcão: Criar um vulcão em miniatura utilizando bicarbonato de sódio, vinagre e corante para simular uma erupção.
Objetivo: Visualizar a atividade vulcânica.
Materiais: Garrafa, bicarbonato, vinagre, corante, papel toalha.
Modo de condução: Discutir o que a erupção representa e sua relação com as placas tectônicas.

4. Mapeamento das Placas: Os alunos receberão mapas em branco e deverão identificar e desenhar as principais placas tectônicas e os seus limites.
Objetivo: Familiarizar-se com a localização das placas.
Materiais: Mapas em branco, lápis de cor.
Modo de condução: Reforçar a importância de cada placa e suas características marcantes.

5. Jogo de Perguntas e Respostas: Organizar uma competição de perguntas sobre tectônica de placas.
Objetivo: Aprofundar o conhecimento teórico de forma dinâmica.
Materiais: Cartões com perguntas, prêmios pequenos para os vencedores.
Modo de condução: Usar recompensas para motivar a participação e reter atenção no aprendizado.

Este plano de aula deve proporcionar uma experiência completa e integrar conhecimento teórico com atividades práticas que envolvem o aluno em seu aprendizado.

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