“Ensino Lúdico da Adição para Crianças com Deficiência Intelectual”

Neste plano de aula, buscaremos explorar o fascinante mundo da adição de uma forma lúdica e acessível, especialmente concebido para alunos com deficiência intelectual na faixa etária de 5 anos. O enfoque será proporcionar experiências de aprendizado que sejam inclusivas e que respeitem as capacidades individuais de cada criança, utilizando atividades interativas que promovam a comunicação, a interação social e a exploração das quantidades de forma divertida.

O objetivo é que as crianças possam perceber e compreender as relações entre os números através de atividades que envolvam brincadeiras, músicas e jogos, respeitando o ritmo de cada aluno e garantindo que todos se sintam parte do processo. Dessa maneira, ensinaremos conceitos básicos de adição, utilizando materiais concretos e momentos de socialização onde os alunos possam expressar suas emoções, desejos e necessidades.

Tema: Adição para alunos com deficiência intelectual
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a compreensão das operações de adição através de brincadeiras e atividades lúdicas, desenvolvendo habilidades motoras, sociais e cognitivas nas crianças.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a interação social e a comunicação entre as crianças durante as atividades.
– Proporcionar experiências sensoriais que auxiliem na percepção de quantidades e na compreensão de adições simples.
– Estimular a expressão corporal e o movimento durante as brincadeiras.
– Fomentar a exploração de materiais e objetos que permitam à criança vivenciar as adições de maneira concreta e visual.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO02) Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET05) Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.

Materiais Necessários:

– Contadores (cubos de encaixar, botões ou feijões).
– Cartões coloridos com números representando as quantidades.
– Caixas ou recipientes de diferentes tamanhos.
– Brinquedos que possam ser agrupados (como blocos de montar).
– Música animada para movimentação.
– Papel e lápis de cor para os desenhos.

Situações Problema:

1. “Se você tem 2 cubos e ganha mais 1, quantos cubos terá ao todo?”
2. “Quantas frutas você pode colocar na caixa se já tem 3?”

Contextualização:

Para que a aprendizagem seja significativa, é fundamental que a criança consiga relacionar a adição com seu cotidiano. Assim, contextualizaremos as operações matemáticas através de situações que façam parte da realidade dos alunos, utilizando objetos familiares e presentes no seu dia a dia.

Desenvolvimento:

Iniciaremos a aula com um momento de acolhimento onde as crianças serão convidadas a brincar livremente com os materiais disponíveis. Após isso, faremos uma roda de conversa onde falaremos sobre os objetos que estamos usando e suas quantidades. A professora convidará as crianças a contar os objetos que têm em mãos, praticando a contagem oral.

Para cada nova contagem de adição, a professora utilizá um cartão com o número correspondente, apresentando a escrita do número e a quantidade física através dos objetos. Em seguida, as crianças irão explorar em duplas a adição de objetos, incentivando o contato e a cooperatividade.

Atividades sugeridas:

1. Contando com Cubos (Segunda-feira)
Objetivo: Aprender números e fazer adições simples.
Descrição: As crianças terão cubos de montar e serão incentivadas a contar e agrupar, adicionando mais blocos ao grupo inicial.
Instruções: Apresente um número e peça para as crianças adicionarem mais cubos conforme solicitado.
Materiais: Cubos de montar.

2. História eduzida de Números (Terça-feira)
Objetivo: Trabalhar com a escuta e o reconhecimento de números.
Descrição: Ler uma história que envolve números e quantidade.
Instruções: Durante a leitura parar em partes específicas para que as crianças respondam com gestos ou sons.
Materiais: Livro de histórias com números.

3. Caça ao Tesouro dos Números (Quarta-feira)
Objetivo: Explorar quantidades em grupo.
Descrição: Esconda cartões com números e peça para as crianças encontrarem e reunirem os números.
Instruções: Cada vez que encontrarem um cartão, devem gritar o número e o total encontrado.
Materiais: Cartões numerados.

4. Música dos Números (Quinta-feira)
Objetivo: Reforçar a contagem e o som.
Descrição: Criar músicas que incluam números e adições.
Instruções: A professora deve criar uma sequência e convidar as crianças a participarem.
Materiais: Música infantil que envolva contagem.

5. Desenho de Adição (Sexta-feira)
Objetivo: Trabalhar a parte visual da adição.
Descrição: As crianças desenham situações que envolvem a adição, como duas maçãs e uma banana, totalizando.
Instruções: As crianças devem pintar e apresentar seus desenhos aos colegas.
Materiais: Papel, lápis de cor.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, será feita uma roda de conversa para refletirmos sobre o que aprenderam, como se sentiram durante as atividades e qual foi a parte mais divertida das experiências. Essa é uma oportunidade de promover a interação e a comunicação entre todos os alunos.

Perguntas:

1. O que você achou mais divertido nas atividades de hoje?
2. Como você se sentiu ao contar os objetos?
3. Você consegue lembrar de quantos cubos foram adicionados?

Avaliação:

A avaliação será contínua e processual, observando o envolvimento dos alunos nas atividades, a capacidade de interação e comunicação, e a compreensão dos conceitos de adição através das brincadeiras e experiências práticas. A participação nas discussões em grupo servirá como uma forma de avaliar a assimilação do conteúdo.

Encerramento:

Finalizaremos a aula com uma atividade de relaxamento, que pode incluir músicas suaves, promovendo um momento de acolhimento e descontração. Além disso, a professora poderá reafirmar os conceitos aprendidos de maneira leve e divertida, garantindo que as crianças se sintam à vontade e felizes com as novas aprendizagens.

Dicas:

– Adaptar as atividades para diferentes níveis de desenvolvimento, garantindo que todas as crianças possam participar de maneira integral.
– Fomentar um ambiente acolhedor e de respeito onde cada aluno se sinta à vontade para se expressar.
– Envolver os responsáveis nas atividades, quando possível, para reforçar a continuação do aprendizado em casa.

Texto sobre o tema:

A adição é um conceito básico que se inicia desde a infância, essencial para o desenvolvimento das habilidades matemáticas. Incentivá-las de forma lúdica torna o aprendizado mais prazeroso e significativo. Para alunos com deficiência intelectual, esse processo deve ser ainda mais cuidadoso, utilizando ferramentas e abordagens que respeitem seu tempo e suas capacidades.

Usar objetos concretos é uma estratégia fundamental, pois isso facilita a visualização das quantidades e a compreensão das operações. Além disso, a interação social durante as atividades proporcionará um campo fértil para o desenvolvimento de habilidades emocionais e de comunicação. A forma como o aluno interage com os objetos e com os colegas de sala é tão importante quanto a própria habilidade matemática que se pretende desenvolver.

É importante lembrar que cada criança apresenta seu próprio ritmo de aprendizagem. Algumas podem assimilar as noções de adição rapidamente, enquanto outras podem precisar de mais tempo e diversas repetições das atividades. A paciência, o respeito e a adaptação do ensino às necessidades de cada um são essenciais para que todos sintam-se valorizados e aprendam com alegria e prazer. A utilização de estratégias lúdicas permite que o aprendizado seja significativo, o que contribui para experiências positivas no ambiente escolar.

Desdobramentos do plano:

É importante mensurar o impacto das atividades em um maior espaço de tempo, visto que a abordagem lúdica é um facilitador para o aprendizado dessas crianças. Temas relacionados à adição podem se desdobrar em outras áreas do conhecimento como a ciência, ao trabalhar com quantidades de materiais na natureza, ou em artes, ao contar objetos na confecção de trabalhos manuais. A interdisciplinaridade permite que a experiência de aprendizagem seja enriquecedora e envolvente, estimulando a curiosidade e o desejo de aprender.

Os desdobramentos também podem incluir a participação da família no processo educacional. Atividades que podem ser levadas para casa, como pequenos jogos de adição, podem envolver os pais, reforçando a importância do aprendizado em conjunto e mostrando a eles ferramentas práticas que podem ser utilizadas diariamente, facilitando a assimilação do conceito. A interação entre escola e família é vital para a construção da autoestima da criança e para o reforço das aprendizagens adquiridas.

Por fim, a avaliação das estratégias utilizadas servirá para ajustar as metodologias aplicadas. Uma constante reflexão sobre o que está funcionando e o que pode ser aprimorado é essencial no processo educativo. Assim, as possíveis adaptações dos métodos de ensino devem ser registradas, possibilitando um aprimoramento contínuo dos planos de aula, sempre buscando atender às necessidades individuais de cada aluno.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano deve ser visto como um ponto de partida para uma jornada de aprendizado que é tanto individual quanto coletiva. As atividades propostas são uma maneira de incentivar os alunos a interagirem, a explorarem e a se expressarem, sempre respeitando suas limitações e capacidades. É fundamental que o professor mantenha um olhar atento e sensível a cada interação, garantindo que o ambiente de aprendizado seja inclusivo e acolhedor.

Além disso, adotar uma postura flexível e aberta a mudanças ao longo do planejamento garante que os interesses e necessidades dos alunos sejam atendidos de maneira eficaz. Cada aula é uma oportunidade de aprendizagem, e essa abordagem reflexiva no processo de ensino oferecerá um espaço ainda mais rico para a descoberta e construção de conhecimentos. Conectar a teoria à prática é uma forma poderosa de engajar os pequenos em seu ambiente de aprendizado, promovendo motivação e disposição para aprender.

Por fim, lembre-se de que as conquistas, mesmo que pequenas, devem ser celebradas! O reconhecimento dos avanços, por menores que sejam, tem um impacto enorme na formação da autoimagem e na motivação das crianças. Cada vitória é um passo a mais no seu caminho de aprendizado, e cabe a nós, educadores, estarmos atentos e prontos para fazer brilhar essa luz.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Ciranda dos Números: Crie uma roda onde as crianças seguram objetos que representam números. Em uma música, ao sinal da professora, elas devem mostrar a quantidade e interagir para que todos deem os passos juntos.
Objetivo: Desenvolver a noção de números e quantidades.
Materiais: Objetos variados numerados.

2. Teatro de Sombras: Use lanternas e objetos para que as crianças façam as sombreadas e contem histórias que envolvem adição.
Objetivo: Trabalhar na contação de histórias e na interatividade.
Materiais: Lanternas e objetos.

3. Caixa de Surpresas: Monte caixas com diferentes objetos que poderão ser agrupados e contados. As crianças devem descobrir o total que podem formar com os itens da caixa.
Objetivo: Incentivar a exploração e a descoberta.
Materiais: Caixas com objetos.

4. Dança das Quantidades: Criar uma coreografia onde as crianças realizam movimentos conforme os números são mencionados.
Objetivo: Reforçar a música e a contação em movimento.
Materiais: Música animada.

5. Roda da Adivinhação: Os alunos adivinham números a partir de desafios e se movimentam conforme a resposta, criando um jogo interativo.
Objetivo: Aprender sobre números em uma dinâmica de grupo.
Materiais: Elementos para a roda.

Essas atividades devem ser adaptadas conforme os interesses e o desenvolvimento dos alunos, sempre buscando um ambiente de aprendizado que seja inclusivo, prazeroso e estimulante.

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