“Ensine Pensamento Computacional com Dobratura de Papel para Crianças”

A proposta deste plano de aula visa promover o pensamento computacional através da prática de uma dobra de papel, criando um gato que estimula a imaginação e a coordenação motora das crianças, além de fortalecer valores sociais importantes. Os alunos, ao se envolverem com esta atividade, não apenas aprendem uma técnica de artesanato, mas também desenvolvem habilidades como a cooperatividade e a expressão criativa, essenciais para o seu crescimento pessoal e social.

Este plano foi elaborado para crianças de 4 anos que estão na Educação Infantil. A prática da dobra de papel não só permite uma atividade prática e visual, mas também propicia um ambiente onde as crianças podem trabalhar juntas, compartilhando ideias e criando laços. O ato de dobrar o papel pode ser visto como uma primeira introdução ao processo de programação e ao desenvolvimento do pensamento lógico, que é a base do que se considera o pensamento computacional.

Tema: Pensamento Computacional
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o aprendizado da técnica de dobradura e estimular o pensamento computacional por meio da criação de um gato de papel, desenvolvendo habilidades motoras e sociais.

Objetivos Específicos:

– Incentivar as crianças a trabalharem em grupo, compartilhando ideias e ajudando-se mutuamente.
– Desenvolver a coordenação motora fina através da atividade de dobradura.
– Estimular a criatividade ao personalizar os gatos de papel.
– Promover a escuta e o respeito mútuo durante a atividade em grupo.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel colorido.
– Lápis de cor e canetinhas.
– Tesoura (em uso supervisionado).
– Cola.
– Exemplos impressos de gatos de papel para referência.
– Um espaço amplo e confortável para realização da atividade.

Situações Problema:

– “Como podemos transformar uma folha de papel em um gato?”
– “O que é necessário para que o nosso gato fique bonito e divertido?”
– “Como podemos ajudar um colega que está com dificuldade para fazer a dobradura?”

Contextualização:

A dobradura é uma forma de arte muito apreciada que envolve o uso de papel para criar formas tridimensionais. No contexto da Educação Infantil, essa técnica não só ajuda na coordenação motora, mas também estimula a criatividade e o pensamento lógico. Ao trabalhar em grupo, as crianças aprendem a colaborar e a serem respeitosas umas com as outras, criando um ambiente de aprendizagem eficaz e divertido.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao Tema (10 minutos): Explique brevemente o que é dobradura e mostre alguns exemplos de figuras feitas com papel. Pergunte se alguém já fez algo parecido.
2. Demonstração (10 minutos): Mostre passo a passo como fazer a dobradura do gato. Utilize um exemplo visual em tamanho grande para que todos possam ver. Peça para as crianças que assistam atentamente.
3. Realização da Atividade (20 minutos): Distribua o papel colorido e incentive as crianças a começarem sua doblagem. Circulando pela sala, ofereça ajuda e aproveite para encorajar a colaboração entre os alunos, incentivando-os a se ajudarem.
4. Personalização (5 minutos): Após os gatos estarem formados, disponibilize lápis de cor e canetinhas para que as crianças possam desenhar e personalizar seus gatos.
5. Compartilhamento (5 minutos): Peça para cada criança apresentar seu gato para o grupo, explicando o que fez e como se sentiu durante a atividade.

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Introdução ao Pensamento Computacional: Apresentar o conceito de dobradura e sua relação com o pensamento computacional, enfatizando a lógica nas instruções.
*Objetivo:* Introduzir o tema e conectar com exemplos do cotidiano.
*Materiais:* Imagens de dobraduras simples.
*Instruções:* Usar imagens para explicar a tarefa e criar expectativa.

Dia 2 – Dobrando um Gato: Realizar a atividade de dobradura seguindo instruções simples.
*Objetivo:* Praticar a coordenação motora e a execução de tarefas em etapas.
*Materiais:* Papéis de cores diversas.
*Instruções:* Passar instruções claras, ajudando as crianças que tiverem dificuldades.

Dia 3 – Personalizando o Gato: Após a primeira dobradura, as crianças devem personalizar seus gatos com desenhos.
*Objetivo:* Explorar a criatividade e a autoexpressão.
*Materiais:* Lápis de cor e canetinhas.
*Instruções:* Incentivar com perguntas abertas sobre o que desenhar.

Dia 4 – Apresentação dos Gatos: Criar um momento de apresentação, onde cada criança mostra seu gato e compartilha o que aprendeu.
*Objetivo:* Desenvolver a habilidade de falar em público e respeitar a vez dos colegas.
*Materiais:* O espaço onde foram feitos os gatos.
*Instruções:* Orientar as crianças a ouvirem os colegas e a aplaudir as apresentações.

Dia 5 – Revisitando a Atividade: Revisar a técnica de dobradura com uma nova figura, consolidando o aprendizado.
*Objetivo:* Reforçar a técnica de dobradura e a coletividade.
*Materiais:* Novos papéis para dobrar.
*Instruções:* Começar novamente com uma nova figura, promovendo uma discussão sobre as dificuldades e desafios.

Discussão em Grupo:

Forme pequenos grupos e realize um bate-papo sobre a importância de trabalhar em equipe e como a dobradura pode ser uma metáfora para resolver problemas de forma colaborativa. Pergunte como eles se sentiram ao ajudar seus colegas e o que descobriram durante o processo.

Perguntas:

1. O que vocês mais gostaram de fazer durante a atividade de dobradura?
2. Como vocês se sentiram ao ajudar um amigo?
3. O que vocês acham que é importante saber quando trabalhamos em equipe?

Avaliação:

A avaliação será contínua e qualitativa. Observe a participação e o engajamento das crianças nas atividades, sua capacidade de trabalhar em equipe, a forma como se comunicam e ajudam os colegas e sua habilidade em realizar a dobradura. Além disso, considere suas demonstrações de criatividade nas personalizações dos gatos.

Encerramento:

Finalize o encontro destacando a importância do aprendizado mútuo e da colaboração. Pergunte sobre o que eles aprenderam, como a dobradura os ajudou a entender o trabalho em grupo e a importância de respeitar as ideias dos colegas. Encoraje-os a aplicar o que aprenderam fora da sala de aula, mostrando como essas habilidades são valiosas no dia a dia.

Dicas:

– Tenha paciência com as crianças, pois essa é uma nova habilidade que requer prática.
– Valide cada tentativa das crianças, mesmo que o resultado não seja o esperado. A auto-confiança é chave nesta etapa.
– Utilize muitas cores e variedade de papéis para tornar a atividade mais envolvente. As crianças geralmente respondem bem a estímulos visuais e tácticos.

Texto sobre o tema:

O pensamento computacional é uma habilidade essencial que vai além do simples uso de computadores e tecnologia. Trata-se de uma forma de raciocínio que se concentra em resolver problemas e criar soluções através da lógica, da análise e da decomposição de tarefas complexas em partes menores e mais gerenciáveis. Cada vez mais, capazes de aplicar essas ideias em seus cotidianos, os alunos se tornam protagonistas no aprendizado, desenvolvendo uma mentalidade crítica e analítica. Este tipo de pensamento é vital não apenas nas áreas de matemática e ciências, mas também em atividades artísticas e em interações sociais, mostrando-se um pilar fundamental no desenvolvimento pessoal e acadêmico das crianças.

A ideia de utilizar a dobra de papel como uma ferramenta para ensinar o pensamento computacional é incrivelmente eficaz para crianças pequenas. A arte da origami, por exemplo, não só requer a capacidade de seguir instruções, mas também envolve a visualização em três dimensões e a prática de coordenação motora. Em um mundo cada vez mais movido pela tecnologia, é crucial equipar as crianças com essas habilidades desde cedo, promovendo a resolução criativa de problemas e a expressão individual. As atividades lúdicas, como a dobradura de um gato, são uma forma de introduzir conceitos que podem parecer abstratos de maneira tangible e acessível.

Além disso, ao incentivar a colaboração e a comunicação entre as crianças durante estas atividades manuais, estamos também promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais essenciais. As interações que ocorrem durante as atividades de grupo não têm apenas um impacto positivo nas relações interpessoais, mas também ajudam cada criança a desenvolver uma melhor compreensão de suas próprias emoções e aquelas dos outros. Dessa forma, a prática do pensamento computacional não se limita apenas à lógica ou matemática, mas se expande para um entendimento mais amplo sobre como trabalhar em conjunto e como ser um indivíduo responsável e empático no mundo.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano podem abarcar uma diversidade de atividades, sempre buscando criar conexões entre o aprendizado prático e a aplicação real do pensamento computacional. É possível, por exemplo, criar um espaço de apresentação em que as crianças possam testemunhar e compartilhar suas criações com as demais turmas ou familiares, promovendo um clima de festividade e auto-apreciação. Essa troca não só valoriza as produções individuais, mas também solidifica a ideia de que é normal e enriquecedor compartilhar experiências e soluções.

Outra possibilidade é o uso da dobra de papel para introduzir novos conceitos, como a construção de figuras que estejam ligadas a temas do cotidiano, como animais, objetos de seu dia a dia, ou elementos da natureza. Ao fazer isso, as crianças podem, além de desenvolver habilidades motoras e criativas, começar a fazer associações e conexões entre o que aprendem nas aulas e o que lhes rodeia no dia a dia. É uma maneira prática e efetiva de garantir que a aprendizagem não se limite ao fechamento das paredes da sala de aula, mas se expanda para um entendimento mais holístico do mundo.

Finalmente, a aplicação desses conceitos e práticas pode abrir portas para disciplinas e aprendizagens futuras, como iniciações à programação básica, onde crianças podem usar softwares infantis que trabalham com lógica computacional lúdica e acessível. Com isso, o plano não apenas se fecha em um único momento de dobradura, mas se desdobra em possibilidades infinitas de aprendizagem e crescimento, caminhando cada vez mais em direção ao desenvolvimento de um futuro mais tecnológico e colaborativo.

Orientações finais sobre o plano:

Certifique-se de que a atividade seja divertida e envolvente, mantendo o foco em como as crianças podem interagir diferentes e expressar suas emoções e ideias durante as atividades de dobradura. O espaço de aprendizado deve ser acolhedor, onde cada criança se sinta segura para se expressar e experimentar. Desta maneira, o foco não deve repousar apenas na técnica em si, mas na experiência de aprendizado como um todo.

A coordenação e a comunicação entre os alunos são chaves para o sucesso do plano. Portanto, esteja sempre disponível para escutar as crianças e oferecer o suporte necessário, instigando discussões que promovam uma aprendizagem colaborativa e prática. Cada passo dado deve ser visto como um pequeno degrau em direção a sua formação, não apenas como alunos, mas como cidadãos conscientes e respeitosos dentro de um espaço coletivo de convivência.

É vital que as interações sociais se apresentem naturalmente e que se crie um ambiente propício ao aprendizado mútuo, estimulando a cooperatividade e a construção de laços. Os momentos dedicados ao compartilhamento de ideias e resultados devem ser incentivados e celebrados, criando assim uma cultura de cooperação. Com essa abordagem, o impacto nas aprendizagens será enriquecedor para todos os envolvidos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Gato: Utilize tesouros escondidos em um espaço determinado. Cada criança deve encontrar partes do corpo do gato, e ao juntar todas as partes, forma-se a dobradura do gato completo.
*Objetivo:* Conectar o ato de encontrar e montar com a lógica da programação.
*Materiais necessários:* Impressões de partes do gato em papel.

2. Histórias Contadas: Após a atividade de dobradura, crie um momento onde cada criança inventa uma história sobre seu gato, incentivando a narrativa e o uso da imaginação.
*Objetivo:* Desenvolver a habilidade de contar histórias e aumentar a autoestima.
*Materiais necessários:* Um espaço confortável para sentar e ouvir.

3. Gato Multicolorido: Desencadear a atividade de dobradura com o propósito de juntar diferentes materiais e texturas, como papel alumínio, papel de seda, entre outros, estimulando a exploração sensorial.
*Objetivo:* Aumentar a percepção sensorial das crianças.
*Materiais necessários:* Papéis variados e canetinhas coloridas.

4. Movimento do Gato: Promover uma sessão de dança imitando o comportamento de gatos, onde as crianças podem explorar movimentos e expressões corporais.
*Objetivo:* Desenvolver a habilidade de coordenação e movimento.
*Materiais necessários:* Música animada e um espaço livre.

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