“Empatia e Diversidade: Aprendendo com a História de Tibúrcio”
A história de Tibúrcio é formulada com o intuito de promover uma reflexão sobre o autismo, favorecendo a empatia e o entendimento entre as crianças pequenas. Assim, o plano de aula busca explorar a rural da história desse menino especial, suas emoções e interações, fazendo com que os alunos possam compreender e respeitar as diferenças, além de estimular a criatividade e a expressão artística. É fundamental que as atividades planejadas sejam atrativas, lúdicas e acessíveis a todos, considerando a faixa etária e o desenvolvimento das crianças.
Este plano de aula é destinado a crianças de 4 a 5 anos e 11 meses, envolvendo os componentes da Educação Infantil com atividades diversificadas. A história de Tibúrcio, que representa um menino autista, proporciona um contexto rico para promover discussões sobre respeito, amizade e a valorização das diferentes formas de ser e sentir. É essencial que as crianças possam brincar, interagir e expressar suas emoções enquanto aprendem sobre a diversidade.
Tema: A história de Tibúrcio
Duração: 4 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Fomentar a compreensão da diversidade através da história de Tibúrcio, incentivando a empatia, o respeito e a valorização das diferenças.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar momentos de expressão artística sobre a história de Tibúrcio.
– Incentivar a comunicação e a expressão de sentimentos entre as crianças.
– Desenvolver atitudes de cooperação e respeito às diferenças.
– Estimular a criatividade e a imaginação por meio de atividades lúdicas.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstra empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções…
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura…
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências…
– (EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções…
Materiais Necessários:
– Livro ou história em quadrinhos sobre Tibúrcio (ou material equivalente)
– Materiais de arte (papéis, tintas, pincéis, cola, tesoura, lápis de cor)
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, chocalhos, etc.)
– Espaço para atividades ao ar livre (jardim ou parque)
– Fantoches (feitos de meia ou papel)
Situações Problema:
1. Como podemos ajudar Tibúrcio a se sentir incluído em nossa turma?
2. O que significa ser diferente e como podemos respeitar essas diferenças?
Contextualização:
A história de Tibúrcio é um convite para as crianças compreenderem o mundo do autismo e suas nuances. Durante a leitura da história, é importante destacar as emoções do personagem e discutir como ele se relaciona com os outros, promovendo a empatia e a compreensão das diferentes formas de ser e agir. Além disso, é essencial criar um ambiente acolhedor onde todos os alunos se sintam respeitados e confortáveis para expressar suas opiniões e sentimentos.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula com uma leitura da história de Tibúrcio, promovendo a interação com os alunos ao fazer perguntas sobre a história e os sentimentos do personagem. Após a leitura, realizaremos algumas atividades lúdicas e criativas, conforme detalhado a seguir.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Leitura e Discussão
Objetivo: Compreender a história de Tibúrcio e discutir as emoções do personagem.
Descrição: Ler a história de Tibúrcio para a turma. Após a leitura, iniciar uma roda de conversa onde cada criança poderá comentar sobre como se sentiu em relação ao que aconteceu com Tibúrcio.
Instruções: Pergunte sobre as partes da história que eles mais gostaram ou que acharam emocionantes. Use fantoches para ilustrar as emoções.
Dia 2: Expressão Artística
Objetivo: Expressar os sentimentos vivenciados através da arte.
Descrição: As crianças deverão criar um desenho ou pintura que represente como se sentem em relação ao tema da história.
Instruções: Ofereça materiais como papel, tintas e pincéis. Inicie com uma breve discussão sobre as cores e suas emoções correspondentes. As crianças podem contar suas obras para os colegas.
Dia 3: Atividade Musical
Objetivo: Explorar emoções através da música e movimentos.
Descrição: Usar instrumentos musicais simples para criar sons que representem os sentimentos de Tibúrcio.
Instruções: Divida as crianças em grupos e forneça diferentes instrumentos para que criem uma música que represente a história. Depois, cada grupo apresenta para os demais.
Dia 4: Teatro com Fantoches
Objetivo: Incentivar a expressão dramatúrgica e a empatia.
Descrição: As crianças criarão pequenas cenas com fantoches baseadas na história.
Instruções: Divida a turma em grupos menores e peça que reencenem partes da história de Tibúrcio utilizando fantoches. Incentive a discussão sobre como cada um se sentiu no papel de seu personagem.
Discussão em Grupo:
Ao final das atividades, reúna as crianças para uma discussão sobre o que aprenderam. Pergunte o que cada um considera importante sobre a história de Tibúrcio e como isso pode ajudar a entender melhor as diferenças entre as pessoas.
Perguntas:
1. O que você faria para ajudar Tibúrcio a se divertir?
2. Como você se sente quando conhece alguém diferente de você?
3. O que você aprendeu sobre a amizade com a história de Tibúrcio?
Avaliação:
A avaliação será qualitativa, observando a participação e o envolvimento das crianças nas atividades. O professor deverá anotar como cada criança expressou suas emoções e interagiu com as histórias. O foco não é somente no resultado final, mas no processo de aprendizagem e no crescimento das habilidades sociais e emocionais dos alunos.
Encerramento:
Finalize a aula com uma roda de conversa onde cada criança pode compartilhar um aprendizado que teve na aula. Incentive-as a falar sobre como podem aplicar esse aprendizado em sua vida diária, especialmente em suas relações com colegas e amigos.
Dicas:
– Promova um ambiente acolhedor, onde as crianças possam se sentir seguras para expressar suas opiniões.
– Esteja atento às necessidades de cada criança, oferecendo apoio individual quando necessário.
– Utilize elementos visuais (como ilustrações da história) para tornar a experiência mais envolvente.
Texto sobre o tema:
A história de Tibúrcio carrega uma importante reflexão sobre o autismo e como ele pode ser compreendido desde a infância. A inclusão de crianças autistas em ambientes escolares é uma questão que deve ser discutida com empatia e entendimento, e é fundamental que as crianças aprendam desde cedo a respeitar as diferenças. Tibúrcio, o menino autista da história, apresenta características que diferem das crianças neurotípicas, mas suas emoções e suas interações são igualmente válidas. Ensinar os pequenos a reconhecer e respeitar a individualidade do outro contribui para um desenvolvimento saudável de sua própria identidade e de suas relações sociais. Desta forma, a habilidade de estabelecer conexões humanas torna-se uma ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem.
A arte e a música são aliadas poderosas na construção da empatia e no entendimento de diferentes formas de ser. Essas atividades não apenas permitem que as crianças expressem suas emoções, mas também estabelecem um espaço seguro para discutirem sobre o que sentem em relação a várias situações, incluindo a inclusão social. Adicionalmente, trabalhar a história de Tibúrcio na Educação Infantil é uma oportunidade para que as crianças aprendam sobre a diversidade que existe na sociedade, desenvolvendo, assim, valores como solidariedade e respeito.
Por meio de dinâmicas, jogos e narrativas que envolvem a história de Tibúrcio, o educador possibilita que as crianças testem suas capacidades de autocompreensão e also que desenvolvam um olhar mais atento e respeitoso em relação aos seus colegas. As diferenças não devem ser vistas apenas como obstáculos, mas como oportunidades de aprendizado e crescimento humano. O desafio é cultivar, desde a infância, a habilidade de perceber e valorizar as emoções, experiências e histórias únicas que cada criança traz para a sala de aula, assim como Tibúrcio.
Desdobramentos do plano:
Após a conclusão deste plano, é possível explorar outros conteúdos relacionados ao respeito às diferenças e à diversidade na turma. Um dos desdobramentos pode incluir a realização de um projeto que aborde a convivência, onde as crianças podem trazer histórias ou experiências de pessoas que consideram “diferentes” de alguma maneira, promovendo uma discussão mais ampla sobre o tema.
Outro caminho a ser seguido é criar um espaço na sala, um “Cantinho da Inclusão”, onde as crianças possam se expressar sobre suas vivências relacionadas à empatia e à aceitabilidade. Este espaço pode servir para que cada criança traga um objeto especial ou uma foto e conte a sua própria história, enaltecendo a singularidade de cada um e estimulando a escuta respeitosa entre os colegas.
Além disso, seria enriquecedor realizar uma atividade conjunta com a família, onde pais e responsáveis poderiam ser convidados a compartilhar suas perspectivas sobre a inclusão e o respeito à diversidade. Isso não apenas fortalece os laços entre escola e comunidade, mas também amplia o entendimento das crianças sobre a diversidade cultural e social que existe fora do ambiente escolar.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar com crianças pequenas, a flexibilidade e a adaptação das atividades são essenciais. As abordagens devem considerar as diferentes reações e competências que os alunos apresentam. Assim, o educador deve estar preparado para ajustar as atividades de acordo com o interesse e a participação dos alunos, mantendo sempre uma comunicação aberta com a turma.
É fundamental que as experiências de aprendizagem sejam significativas e pessoalmente relevantes para as crianças. As atividades propostas devem engajar cada criança de maneira que possam se sentir parte do coletivo. A inclusão e o respeito devem também se refletir nas interações diárias, como as dinâmicas do dia a dia, construindo um ambiente acolhedor e participativo.
Ao final do plano, busque sempre coletar feedback dos alunos sobre o que eles aprenderam e o que mais gostaram. Essa prática não apenas sustenta o envolvimento contínuo das crianças, mas também fornece insights valiosos para a evolução do trabalho pedagógico. É uma oportunidade para que as crianças se sintam valorizadas e que seu aprendizado seja reconhecido. As histórias como a de Tibúrcio são ferramentas poderosas de transformação social e educacional, e é papel de todos contribuir para um ambiente de aprendizado mais inclusivo e empático.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Montagem de um mural da diversidade: Crie um mural onde cada criança pode adicionar desenhos ou imagens que representam suas características únicas. Esse espaço deve ser um exemplo físico do encanto da diversidade, promovendo discussões sobre como somos diferentes e, ainda assim, fazemos parte de um mesmo grupo.
2. Teatro de fantoches: A atividade de teatro pode ser ampliada com a inclusão de fantoches que representem diferentes personagens e situações. As crianças podem customizar fingir ser o Tibúrcio, ressaltando suas emoções em diferentes cenários sociais, fortalecendo a compreensão de como é a vida de pessoas com autismo.
3. Dia da Inclusão: Organize um dia temático onde cada criança deve se fantasiar representando um amigo ou um familiar com alguma diferença (por exemplo, um amigo que usa óculos, uma avó que se locomove com dificuldade, etc.). O evento promoverá a solidariedade e a aceitação entre os alunos.
4. Conta comigo: Uma atividade onde as crianças formam um círculo e cada uma pode contar algo legal sobre um colega. Essa atividade ajuda a construir vínculos e valorizar cada um na sala de aula, além de estimular o respeito pelas características únicas de cada criança.
5. Histórias da Minha Vida: Incentivar as crianças a trazerem objetos que representem momentos importantes de suas vidas e compartilharem com os colegas. Essa atividade fomentará o compartilhamento de histórias pessoais e experiências únicas, fortalecendo as conexões interpessoais e a compreensão sobre a diversidade.
Este plano está projetado para ser um ponto de partida e pode ser adaptado aos interesses dos alunos e às dinâmicas do que ocorre em sala de aula. O principal objetivo é construir um ambiente de aprendizado rico em respeito, empatia e vivências significativas.