“Desvendando o Relato Pessoal: Uma Aula de Autoexpressão”
A presente aula tem como objetivo principal proporcionar uma imersão no gênero literário do relato pessoal, abordando suas principais características, estruturas e finalidades. Ao final dessa aula, os alunos deverão ser capazes de identificar e produzir relatos que reflitam suas vivências e sentimentos de forma clara e coerente. Essa experiência contribuirá não apenas para o desenvolvimento da escrita, mas também para a autoexpressão e a construção de identidade dos estudantes.
Durante a aula, que terá uma duração total de 90 minutos, serão propostas atividades dinâmicas e interativas que incentivem a participação dos alunos, promovendo um ambiente de aprendizado colaborativo e reflexivo. O relato pessoal, por sua natureza íntima e subjetiva, oferece aos alunos a oportunidade de explorar suas próprias histórias e vivências, promovendo um aprendizado significativo e profundo.
Tema: Relato pessoal
Duração: 90 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 11 a 12 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos conhecimentos sobre o gênero textual “relato pessoal”, suas características, estrutura e forma de produção.
Objetivos Específicos:
– Identificar as características do relato pessoal.
– Diferenciar o relato pessoal de outros gêneros textuais.
– Produzir um relato pessoal sobre uma experiência significativa da vida dos alunos.
– Refletir sobre a subjetividade e a importância da autoexpressão na escrita.
Habilidades BNCC:
Os objetivos da aula estão alinhados com as seguintes habilidades da BNCC para o 6º Ano de Português:
– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito.
– (EF06LP10) Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes imediatos da oração.
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
– (EF06LP30) Criar narrativas ficcionais com cenários e personagens observando sua estrutura narrativa.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Cadernos ou folhas em branco para anotações.
– Exemplos de relatos pessoais (textos impressos ou digitais).
– Canetas coloridas ou lápis.
– Projetor (opcional).
Situações Problema:
Os alunos devem responder: O que faz um relato pessoal ser único? Como a subjetividade impacta a escrita? Essas perguntas instigam a reflexão e a curiosidade e servirão como motivação para a atividade.
Contextualização:
O relato pessoal é um gênero textual que reflete as experiências e sentimentos do autor. Este tipo de texto pode ser encontrado em diários, blogs, cartas e autobiografias. Ao compreender este gênero, os alunos podem desenvolver habilidades de escrita mais autênticas, como a capacidade de expressar emoções e experiências de forma clara e envolvente.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula com uma breve discussão sobre o que caracteriza um relato pessoal. Vamos perguntar aos alunos se eles já escreveram sobre experiências pessoais e quais aspectos tornaram esses relatos únicos. Apresentaremos alguns exemplos de relatos pessoais para que possam analisar a estrutura e as características.
1. Introdução ao Relato Pessoal (15 minutos)
– Definição do gênero.
– Explicação sobre a intencionalidade e subjetividade presentes.
– Apresentação de exemplos de relatos pessoais.
2. Análise de Estruturas (20 minutos)
– Discussão sobre a estrutura típica de um relato pessoal: introdução, desenvolvimento e conclusão.
– Identificação de sintagmas e orações em exemplos conhecidos.
3. Produção de Texto (40 minutos)
– Os alunos deverão escrever um relato pessoal de pelo menos 150 palavras sobre uma experiência marcante em suas vidas.
– Durante a produção, o professor deve circular pela sala, oferecendo orientação e feedback.
– Para finalizar, alguns alunos poderão compartilhar suas histórias com a turma, promovendo uma discussão sobre o que torna cada relato único.
Atividades sugeridas:
1. Análise de Textos: Levar textos de relatos pessoais variados para que cada grupo de alunos escolha um e identifique características e estruturas encontradas.
– Objetivo: Compreender as diferentes formas de expressar vivências.
– Materiais: Textos impressos de relatos variados.
2. Escrita Criativa: Criar um pequeno diário onde os alunos poderão registrar sentimentos e experiências diariamente durante uma semana.
– Objetivo: Promover a prática da escrita como forma de autoexpressão.
– Materiais: Cadernos para cada aluno.
3. Apresentação Oral: Organizar um momento para que os alunos apresentem seu relato pessoal.
– Objetivo: Trabalhar a oralidade e a confiança na apresentação de textos pessoais.
– Materiais: Sala de aula preparada para apresentações.
Discussão em Grupo:
Após as produções dos relatos pessoais, promover uma conversa em grupo focando nos seguintes pontos:
– O valor da vulnerabilidade ao contar uma história pessoal.
– Como a escuta ativa pode enriquecer as histórias contadas.
– Comparações entre relatos: o que se destaca e por quê.
Perguntas:
1. O que torna um relato pessoal único?
2. Como a escolha das palavras afeta a emoção do texto?
3. Por que é importante compartilhar experiências pessoais?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma formativa, observando a participação dos alunos durante as discussões, a produção escrita e a apresentação oral. O professor deverá considerar aspectos como clareza do relato, uso adequado da língua portuguesa e a capacidade de se expressarem com autenticidade.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma reflexão sobre a importância da escrita na vida pessoal e coletiva. Perguntar aos alunos como se sentiram ao escrever sobre suas experiências e o que aprenderam com isso.
Dicas:
– Incentivar a sinceridade e a liberdade de expressão durante a produção dos relatos.
– Reforçar sempre o respeito às experiências e emoções dos colegas.
– Propor atividades de leitura em voz alta como forma de apreciação dos relatos.
Texto sobre o tema:
O relato pessoal é um gênero textual que destaca a individualidade do autor, refletindo suas experiências e emoções. Esse tipo de escrita está enraizado na subjetividade, permitindo que cada escritor compartilhe momentos significativos de sua vida com os outros. Comumente encontrado em diários, blogs ou mesmo em obras literárias, o relato pessoal se torna um espaço de expressão e reflexão. Ao escrevê-lo, o autor não apenas narra uma história, mas também transmite sentimentos e pensamentos que os leitores podem vivenciar junto a ele.
Os relatos pessoais são particularmente valiosos na educação, pois incentivam a autoexpressão e ajudam na construção da identidade. Quando os alunos escrevem sobre suas próprias experiências, eles não apenas desenvolvem habilidades linguísticas, mas também aprendem a se conhecer melhor e a valorizar suas histórias. Essa prática é fundamental, pois a escrita se torna uma ferramenta de reflexão e entendimento das emoções, promovendo um ambiente em que os alunos se sintam seguros para compartilhar e expressar suas vivências.
Além disso, os relatos pessoais têm um poder transformador nas relações interpessoais, pois eles promovem a empatia e a compreensão entre os indivíduos. Ao ler e ouvir as histórias dos outros, somos capazes de nos conectar, fazendo surgir discussões sobre experiências semelhantes e criando laços de amizade. Portanto, fomentar a prática da escrita de relatos pessoais na sala de aula não é apenas um exercício de linguagem, mas uma maneira de promover a inclusão e a diversidade de histórias e perspectivas.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser desdobrado em múltiplas direções, incentivando os alunos a explorar mais sobre suas vidas e as vivências dos outros. Uma possibilidade é organizar uma antologia de relatos pessoais, onde cada aluno possa contribuir com seu texto, resultando em um livro da turma. Essa coletânea pode se tornar uma ferramenta útil de reflexão e de criação de laços pertencentes à turma.
Outra possibilidade é incorporar a tecnologia, incentivando os alunos a criar blogs ou vlogs onde possam compartilhar seus relatos de forma digital e acessível. Essa estratégia não só desenvolve a escrita, mas também promove habilidades digitais e criativas que são essenciais nos dias de hoje. Essa abordagem pode prejudicar a prática da publicização de experiências, além de gerar discussões sobre privacidade e a responsabilidade na divulgação de informações pessoais.
Por fim, é possível articular este conteúdo com outras disciplinas, como História e Geografia, analisando como diferentes contextos sociais e históricos influenciam as experiências das pessoas. Os alunos podem pesquisar relatos de figuras históricas ou de suas próprias famílias, promovendo um entendimento mais amplo da história e da influência do ambiente na vida das pessoas.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações finais ressaltam a importância de valorizar cada relato produzido pelos alunos. Priorizar um ambiente de respeito e acolhimento é fundamental para que todos se sintam seguros ao compartilhar suas histórias. O professor deve estar atento ao modo como os relatos são recebidos, incentivando a sensibilidade ao ouvir e ao falar sobre experiências pessoais.
Além disso, é fundamental que o professor esteja preparado para lidar com situações delicadas que possam surgir ao compartilhar relatos. Algumas experiências podem ser emocionais e provocar reações inesperadas nos alunos. Portanto, proporcionar um espaço seguro onde todos sintam que podem se abrir é essencial para o sucesso da aula e para a formação de vínculos entre os alunos.
Por fim, sugere-se que a prática do relato pessoal seja continuada em outras aulas, não apenas de forma escrita, mas também por conteúdo multimídia, sempre buscando novos modos de expressão, permitindo que os alunos explorem diferentes gêneros e formas de contar suas histórias. Encorajar a criatividade e a individualidade de cada aluno enriquecerá a experiência de aprendizagem e proporcionará um aprofundamento na compreensão do próprio eu.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras: Os alunos podem dramatizar suas experiências, criando um pequeno teatro de sombras onde representam momentos marcantes de suas histórias. Essa atividade reforça a criação de narrativas e a expressão corporal.
– Objetivo: Promover a autoexpressão e a criatividade.
– Materiais: Lanternas, tecido ou papel para as sombras.
2. Roda de Relatos: Organizar uma roda de conversa em que cada aluno compartilha um pequeno relato de maneira oral. Essa prática desenvolve a habilidade de ouvir e a empatia.
– Objetivo: Aprender a escutar e respeitar as histórias dos outros.
– Materiais: Um objeto que simbolizará a vez de falar, como um pequeno bastão.
3. Cartões de Memórias: Cada estudante pode criar cartões ilustrativos de suas vivências. Ao final, todos podem ser organizados em uma exposição na escola.
– Objetivo: Refletir sobre suas experiências e compartilhar com a comunidade escolar.
– Materiais: Cartões, canetas coloridas, materiais para colagem.
4. Escrita Coletiva: Em grupos, os alunos podem criar um relato pessoal coletivo, unindo suas experiências em uma narrativa única. Essa atividade trabalhará a cooperação e o espírito de equipe.
– Objetivo: Aprimorar a escrita colaborativa.
– Materiais: Folhas e canetas.
5. Diário Sonoro: Criar um podcast onde os alunos relatam histórias pessoais com trilhas sonoras e efeitos sonoros que reflitam suas emoções.
– Objetivo: Usar a tecnologia para expor vivências.
– Materiais: Celulares ou computadores com acesso à gravação de áudio.
Com essas sugestões, espera-se que os alunos não apenas aprendam sobre o gênero do relato pessoal, mas também desenvolvam habilidades socioemocionais que são essenciais para a vida em sociedade. A prática constante e diversificada permitirá que eles se sintam confiantes em se expressar e compartilhar suas histórias.