“Desenvolvendo Psicomotricidade em Crianças de 2 Anos: Plano de Aula”

Este plano de aula é focado no desenvolvimento da psicomotricidade em crianças bem pequenas, uma etapa fundamental para a formação integral da criança. Nas fases iniciais da educação infantil, atividades que estimulam a coordenação motora, o equilíbrio e a consciência corporal são essenciais. Através da psicomotricidade, é possível promover o desenvolvimento físico e emocional dos pequenos, facilitando a interação com o ambiente e com outras crianças. Este plano busca oferecer experiências práticas e lúdicas que estimulam esses aspectos, promovendo aprendizado em um contexto seguro e acolhedor.

O foco nas habilidades sociais e na exploração de movimentos contribui para que as crianças desenvolvam a solidariedade, a comunicação e o respeito pelas diferenças. Com uma duração de 20 minutos, as atividades propostas estão adaptadas para a faixa etária de 2 anos, respeitando a necessidade de atenção e a capacidade de concentração dessa faixa etária. Assim, o plano abrange as diversas dimensões do desenvolvimento infantil, respeitando os princípios da BNCC.

Tema: Psicomotricidade
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Possibilitar que as crianças explorem seu corpo em movimento, desenvolvendo a coordenação motora, a consciência corporal e a interação social por meio de atividades lúdicas.

Objetivos Específicos:

– Estimular a coordenação motora ampla através de brincadeiras que envolvam saltar, correr e dançar.
– Promover a solidariedade e o respeito entre os colegas no compartilhamento de espaços e objetos.
– Incentivar a comunicação verbal ao relatar experiências e interagir durante as atividades.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.

Materiais Necessários:

– Colchonetes ou tapetes macios
– Bolas pequenas
– Fitas coloridas ou cordas para delimitação de espaço
– Música leve e animada
– Objetos de diferentes texturas (como pano, papel, plástico) para exploração tátil

Situações Problema:

Como as crianças podem interagir com os objetos e com seus colegas durante as atividades de psicomotricidade? Como elas podem expressar seus sentimentos ao realizar as atividades?

Contextualização:

As atividades de psicomotricidade têm o propósito de disponibilizar um ambiente onde as crianças possam explorar seu corpo em movimento, favorecendo a percepção do próprio corpo no espaço e o desenvolvimento de habilidades motoras. O contexto deve ser acolhedor, onde as crianças se sintam seguras para experimentar e errar, sempre com o apoio do educador.

Desenvolvimento:

As atividades ocorrerão em um espaço amplo, livre de obstáculos. O educador deve iniciar com uma breve introdução, explicando que hoje vão brincar e se movimentar. É importante criar um clima de leveza e alegria.

1. Aquecimento (5 minutos): Iniciar com uma canção animada, incentivando as crianças a dançar livremente. O educador pode fazer movimentos simples que as crianças imitarão, como levantar os braços, balançar a cabeça e pular.

2. Brincadeira de circuito (10 minutos): Organizar um circuito de desafios, usando colchonetes e bolas pequenas. As crianças devem passar pelas diferentes estações, que incluem pular sobre os colchonetes, rolar na bola e saltar entre fitas coloridas no chão. O educador deve acompanhar, incentivando e orientando as crianças em cada atividade.

3. Momento de relaxamento com texturas (5 minutos): Sentar em círculo e apresentar os objetos de diferentes texturas. As crianças podem tocar, explorar e descrever o que sentem, promovendo a comunicação e a interação.

Atividades sugeridas:

Dia 1:
Objetivo: Estimular a coordenação motora através de saltos.
Descrição: Organizar colchonetes em formato de “trilha”. As crianças devem saltar de um colchonete para outro, tentando manter o equilíbrio.
Materiais: Colchonetes.
Adaptação: Para crianças que possuem dificuldades de locomoção, pode-se oferecer apoio do educador.

Dia 2:
Objetivo: Fomentar a exploração espacial e o movimento.
Descrição: Realizar uma brincadeira de “siga o líder”, onde o educador lidera com diferentes movimentos e as crianças imitam.
Materiais: Música animada.
Adaptação: Estimular as crianças a criar seus próprios movimentos de seguida.

Dia 3:
Objetivo: Promover o trabalho em grupo.
Descrição: Organizar uma atividade em que as crianças devem passar uma bola umas para as outras, enquanto estão sentadas em círculo.
Materiais: Bola leve.
Adaptação: Para as crianças menos confiantes, é possível usar uma bola maior.

Dia 4:
Objetivo: Estimular a comunicação e o compartilhamento.
Descrição: Criar um espaço de exploração com diferentes texturas e sons (ex: caixas com objetos sonoros). As crianças podem tocar e descrever o que sentem.
Materiais: Caixas com texturas e objetos sonoros.
Adaptação: Auxiliar crianças que não consigam comunicar-se verbalmente a expressarem suas sensações.

Dia 5:
Objetivo: Trabalhar a confiança e a percepção do corpo.
Descrição: Propor um “desfile”, onde cada criança deve se movimentar como sentir, promovendo a autoestima e a confiança ao se apresentar.
Materiais: Música leve.
Adaptação: Para crianças tímidas, oferecer espaço pela interação gradual.

Discussão em Grupo:

Encorajar as crianças a compartilharem como se sentiram durante as atividades, quais partes gostaram mais e o que aprenderam. Este espaço é crucial para a construção da comunicação e compreensão de sentimentos.

Perguntas:

– Como você se sentiu pulando?
– O que mais gostou de fazer hoje?
– Como podemos ajudar uns aos outros a brincar juntos?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua, observando a participação das crianças, suas interações e a evolução nas habilidades motoras e sociais. O educador pode registrar esses momentos, questionando o que foi aprendido e ajustando as atividades conforme a necessidade.

Encerramento:

Finalizar a atividade com um momento de reflexão e agradecimento, onde cada criança pode compartilhar suas experiências do dia. É importante ressaltar o valor de trabalhar em grupo e respeitar as diferenças.

Dicas:

– Sempre ofereça um ambiente seguro e acolhedor.
– Utilize a música como um aliado nas atividades, pois promove alegria e envolvimento.
– Esteja atento às necessidades individuais das crianças, adaptando as atividades quando necessário.

Texto sobre o tema:

A psicomotricidade é uma abordagem que visa a integração do corpo e da mente, reconhecendo que nossas emoções estão profundamente ligadas às experiências físicas. O desenvolvimento psicomotor inicia-se na primeira infância, e o movimento deve ser visto como uma forma de expressão, aprendizado e comunicação. Durante a psicomotricidade, as crianças são encorajadas a explorar seu corpo em interação com o ambiente, criando uma base sólida para habilidades futuras.

Através de jogos e brincadeiras, as crianças desenvolvem não apenas o domínio do seu corpo, mas também o entendimento de si mesmas e das suas capacidades. Esse processo é fundamental para a formação da autoestima, permitindo que as crianças tenham um reconhecimento positivo de suas habilidades e limites. E mais, essa relação com o corpo e o movimento é crucial para a construção das relações sociais, em que aprender a compartilhar e cooperar faz parte do cotidiano.

As atividades de psicomotricidade proporcionam um espaço adequado para as crianças expressarem suas emoções e interagirem, permitindo que desenvolvam importante habilidades sociais. A escola deve ser um ambiente onde essas experiências sejam valorizadas, formando não apenas habilidades motoras, mas também promovendo a solidariedade e o respeito pelo próximo. Dessa forma, as crianças não apenas vivenciam um aprendizado físico, mas também emocional e social que será essencial por toda a vida.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre psicomotricidade pode ser desdobrado em outras atividades que permitam explorar ainda mais a relação da criança com o corpo e o ambiente. Por exemplo, atividades que utilizem diferentes elementos da natureza, como areia, água e folhas, podem trazer novas experiências táteis e de movimento.

Outra possibilidade é a criação de um “dia da apresentação”, onde as crianças podem exibir o que aprenderam, envolvendo diferentes famílias nas atividades de psicomotricidade e promovendo um espaço de socialização. Assim, a família também tem a oportunidade de participar da experiência da escola e aprimorar esse vínculo.

Ainda, o envolvimento com outras áreas do conhecimento, como a arte e a musicalidade, podem potencializar o entendimento das crianças sobre si e as diferentes formas de expressão. Criar um projeto onde as crianças possam não apenas brincar, mas também criar arte através do movimento pode trazer resultados significativos, sendo sempre amparados pelo educador.

Orientações finais sobre o plano:

Ao trabalhar com crianças bem pequenas, é essencial estar atento às suas reações e emoções durante as atividades. O educador deve sempre proporcionar um espaço seguro e respeitoso, promovendo a confiança e a autonomia da criança. Esse cuidado não apenas favorece a psicomotricidade, mas também fortalece o vínculo entre educador e aluno, fundamental para o desenvolvimento pessoal.

Além disso, a flexibilidade do plano é crucial. O educador deve estar preparado para adaptar as atividades conforme a dinâmica do grupo, respeitando as necessidades individuais e coletivas. Isso garante um desenvolvimento harmônico e respeitoso, onde todos têm a oportunidade de se expressar.

Por último, a colaboração com as famílias deve ser enfatizada, uma vez que a parceria entre escola e casa é fundamental para o êxito das propostas educativas. Quando famílias e educadores trabalham juntos, proporcionam um ambiente enriquecedor e significativo, onde a criança se desenvolve de maneira integral e respeitando seu ritmo único de aprendizagem.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Corrida de obstáculos: Criar um percurso com colchonetes, fitas e objetos para as crianças superarem os obstáculos e trabalhar a agilidade e a coordenação.

2. Dança das cores: Utilizar tecidos ou papel colorido e realizar uma atividade onde as crianças devem se mover e dançar conforme as cores que representem diferentes emoções (feliz, triste, calma) explorando a dança como forma de comunicação.

3. Brincadeiras com sons: Experimentar com instrumentos musicais simples (como tambor, chocalho ou flautas) e associar movimentos a diferentes sons, promovendo a audição e a comunicação.

4. Exploração sensorial com água: Fazer uma atividade em que as crianças brinquem com água e esponjas, utilizando baldes e copos, favorecendo o movimento de espremer e transferir, explorando a coordenação e a concentração.

5. Jogo de espelhos: Onde um colega deve imitar os movimentos do outro, promovendo a atenção, a percepção do corpo e o desenvolvimento social através da imitação e do trabalho em grupo.

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