“Desenvolvendo Psicomotricidade em Crianças de 2 Anos”

Este plano de aula visa proporcionar uma experiência significativa para crianças de 2 anos, focando na psicomotricidade. Na educação infantil, a psicomotricidade é uma área fundamental que envolve o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo dos alunos, estimulando sua capacidade de explorar, criar e interagir com o ambiente em que vivem. A proposta é que, por meio de atividades lúdicas, as crianças possam aprender sobre seu corpo e suas habilidades, desenvolvendo um entendimento mais profundo de si mesmas e de suas interações com os outros e com o espaço.

O plano será estruturado de forma a atender às diferentes necessidades dos alunos, considerando suas particularidades e suas habilidades em desenvolvimento. As atividades propostas visam promover o movimento, a expressão corporal e a socialização, permitindo que as crianças explorem sua motricidade de maneira divertida e apropriada para a sua faixa etária.

Tema: Psicomotricidade
Duração: 35 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o desenvolvimento motor e a interação social das crianças por meio de atividades de psicomotricidade que estimulem sua consciência corporal e a comunicação com os colegas.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a autoconfiança nas crianças ao se envolverem em diferentes atividades físicas.
– Estimular o respeito pelas regras básicas de convivência durante as brincadeiras.
– Promover a comunicação entre as crianças, permitindo que compartilhem suas experiências e sentimentos.
– Desenvolver a coordenação motora por meio de atividades que envolvam movimento e exploração do espaço.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.
– (EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.

Materiais Necessários:

– Bolas de diferentes tamanhos.
– Cones ou obstáculos macios para delimitar espaços.
– Colchonetes.
– Lenços coloridos.
– Música animada para as atividades.

Situações Problema:

– Como podemos brincar juntos sem empurrar ou tirar o brinquedo do coleguinha?
– O que acontece quando pulamos em diferentes direções?
– Como podemos nos movimentar como os animais?

Contextualização:

A psicomotricidade é essencial para o desenvolvimento integral das crianças. Nesse sentido, é importante que as atividades sejam elaboradas visando priorizar o movimento livre, estimulando a criatividade e a resolução de problemas. O ambiente da sala de aula deve ser adaptado para permitir que as crianças se sintam à vontade para explorar e experimentar.

Desenvolvimento:

1. Roda de conversa (5 minutos): Iniciar com uma breve roda de conversa, onde o professor incentiva os alunos a falarem sobre movimentos que gostam de fazer, como pular, dançar ou correr. O professor pode perguntar: “Quem aqui gosta de pular? Vamos fazer uma brincadeira de pular juntos?”

2. Atividade de aquecimento (10 minutos): Realizar uma sequência de exercícios que envolvam movimentos de todo o corpo, como esticar os braços, girar a cabeça, dobrar e esticar as pernas. Essa atividade deve ser lúdica, fazendo uso de sons e movimentos que imitem animais (como “pular como um coelho” ou “girar como uma folha ao vento”).

3. Brincadeira de correr e parar (10 minutos): As crianças devem correr livremente pelo espaço da sala, sob a orientação do professor. Quando a música parar, elas devem parar imediatamente e se manter em posição. Esse exercício ajuda na percepção do corpo e no respeito às regras.

4. Circuito de obstáculos (10 minutos): Montar um pequeno circuito com as bolas, colchonetes e cones. As crianças devem passar pelo circuito pulando, rolando e se deslocando de maneiras diferentes. O professor pode orientá-las a como utilizar diferentes formas de locomoção: “Agora vamos passar como um gato, bem devagarinho!”

Atividades sugeridas:

Dia 1: Roda de conversa e brincadeiras de animais. Objetivo: estimular a comunicação e o movimento.
Dia 2: Atividade de aquecimento. Objetivo: promover a consciência corporal.
Dia 3: Brincadeira de correr e parar. Objetivo: trabalhar regras de convivência e autocontrole.
Dia 4: Circuito de obstáculos. Objetivo: desenvolver coordenação motora e habilidades de deslocamento.
Dia 5: Criar uma dança em grupo usando lenços coloridos. Objetivo: promover a expressão e a interação social.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão onde as crianças compartilhem o que aprenderam e como se sentiram durante as atividades. Perguntar aos alunos que movimentos gostaram mais e por quê.

Perguntas:

– Como foi pular como um coelho?
– Quais movimentos gostaram mais de fazer?
– O que sentiram quando pararam de correr?
– Como podemos nos ajudar a brincar juntos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, observando o envolvimento das crianças durante as atividades, sua interação com os colegas e a capacidade de seguir instruções. O educator pode anotar os comportamentos desejados e as dificuldades encontradas, promovendo ajustes nas futuras atividades.

Encerramento:

Finalizar a aula com um momento de relaxamento, onde as crianças poderão deitar nos colchonetes e escutar uma música tranquila, promovendo um resgate das ações do dia e preparando-as para o retorno às suas atividades.

Dicas:

– Incentivar sempre a autonomia das crianças, permitindo que elas façam escolhas sobre como querem se movimentar.
– Usar diversos gêneros musicais para enriquecer as brincadeiras e manter a atenção dos pequenos.
– Adaptar as atividades para crianças com diferentes níveis de desenvolvimento, assegurando que cada uma tenha a oportunidade de participar e se destacar.

Texto sobre o tema:

A psicomotricidade é uma abordagem que visa integrar o desenvolvimento motor às dimensões afetivas e cognitivas da criança. Para crianças tão novas, como as de 2 anos, esse desenvolvimento é crucial. Através do movimento, elas não apenas exploram seu corpo, mas também se conectam com os outros e com o mundo ao seu redor. A prática psicomotora permite que a criança entenda e reconheça seus limites, ganhe confiança e aprenda a se expressar de maneiras diferentes. Essa interação é essencial para que elas construam relações saudáveis, tanto entre si quanto com os adultos ao seu redor.

As atividades de psicomotricidade devem ser amplas e flexíveis, permitindo que as crianças se sintam livres para explorar. Brincadeiras que envolvam correr, pular, girar e imitar animais são extremamente benéficas, pois ajudam na coordenação motora e na percepção espacial. Além disso, promover momentos de escuta e trabalhar com diferentes ritmos de música instiga a imaginação e a criatividade, elementos fundamentais nessa fase de desenvolvimento. Incorporar esses aspectos nas atividades diárias pode proporcionar um ambiente estimulante e positivo, transformando momentos de aprendizado em experiências prazerosas e construtivas.

Por fim, o papel do educador é promover essas experiências de forma lúdica e integrada, garantindo que cada criança se sinta acolhida e motivada a participar. O ambiente deve ser seguro e preparado para que possíveis adaptações sejam realizadas, levando em consideração as necessidades individuais de cada aluno. Portanto, a psicomotricidade não se limita apenas ao desenvolvimento motor, mas é uma verdadeira janela de oportunidades para ampliar a convivência, o respeito e o aprendizado colaborativo desde os primeiros anos de vida.

Desdobramentos do plano:

As atividades de psicomotricidade podem ser continuamente expandidas para incluir novas dimensões e novos objetivos. Nas semanas seguintes, pode-se incorporar jogos com materiais recicláveis, como caixas e garrafas, a fim de estimular a creatividade e a inovação. Além disso, pode-se promover projetos em grupo que abordem temas como a importância de brincadeiras cooperativas, onde as crianças entendem melhor as dinâmicas sociais ao se movimentarem em conjunto.

Outra possibilidade é criar um diário de movimento onde as crianças possam desenhar ou contar sobre as atividades realizadas, promovendo o contato com o mundo da escrita e da ilustração. O educador pode utilizar esse diário para discutir com as crianças suas experiências e sentimentos em relação às atividades praticadas, fortalecendo assim seu vocabulário e capacidade de expressão.

Por fim, a continuidade da psicomotricidade pode ser integrada a outros campos de experiência propostos pela BNCC, como a sustentabilidade. Atividades que envolvam cuidar de plantas ou pequenos animais no ambiente escolar podem ser incorporadas, onde o movimento será essencial para o desenvolvimento das competências socioemocionais e do cuidado com o próximo e o ambiente. Dessa forma, as experiências vivenciadas na educação infantil se tornam um primeiro passo para a formação de uma cidadania consciente e ativa.

Orientações finais sobre o plano:

Ao trabalhar com crianças tão pequenas, é essencial que o educador tenha uma postura flexível e adaptável. Cada grupo de crianças é único e, por isso, as atividades devem ser pautadas pela observação e pelas necessidades do grupo. É fundamental estar atento aos sinais dos alunos, respeitando seus ritmos e oferecendo apoio sempre que necessário. Isso reforça a produção de um ambiente de aprendizado onde as crianças se sintam seguras e motivadas.

Outro aspecto importante a ser considerado é a diversificação dos materiais e das metodologias utilizadas. É através desse contato variado que as crianças expandem não apenas suas habilidades motoras, mas também suas habilidades sociais e cognitivas. Tais experiências serão fundamentais para sustentar toda a trajetória educacional e pessoal que se inicia nesse período.

Por último, ao abordar a psicomotricidade, estimula-se um laço afetivo entre o professor e a turma, promovendo um espaço onde as emoções e os sentimentos possam ser expressos. As relações são amplamente enriquecidas quando se proporciona um ambiente onde o respeito e a solidariedade fazem parte do cotidiano. Assim, o ensino se torna uma experiência coletiva e transformadora, e a educação infantil se firma como um espaço de crescimento e aprendizado contínuo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Atividade “Pintar com os pés”: Esta atividade visa estimular a exploração das texturas e cores. Os alunos devem usar tinta atóxica e papel grande na parte inferior do espaço para criar desenhos com os pés, promovendo a consciência corporal.
Materiais: tinta atóxica, papel kraft, água para lavar os pés.
Adaptação: Crianças que não estão acostumadas a sentir texturas diferentes podem ser estimuladas a brincar com pés e mãos.

“Caminhada da Natureza”: Levar as crianças para caminhar pelo parque ou jardim da escola. Incentive-as a identificarem diferentes texturas (folhas, grama, terra) enquanto caminham descalças, abordando a descoberta sensorial.
Materiais: um espaço externo seguro.
Adaptação: Crie um caminho acessível com materiais para que todas as crianças possam participar.

“Corpo em Movimento”: Utilizar música animada e solicitar que as crianças se movam imitando diferentes animais (macaco, leão, sapo). Logo após, os alunos podem contar como as brincadeiras se sentiram ao imitar cada animal.
Materiais: música, espaço amplo.
Adaptação: Fornecer brinquedos inspirados em animais para as crianças brincarem.

“Caça ao Tesouro Sensorial”: Criar esta atividade em que as crianças devem encontrar objetos de diferentes texturas e cores. Cada objeto pode representar uma conquista, estimulando a exploração e a colaboração.
Materiais: objetos diversos e uma lista de tesouros a serem encontrado.
Adaptação: Auxiliar crianças com dificuldades motoras a serem participantes ativas com suporte.

“Dança do Lenço”: Utilizar lenços coloridos e música para criar uma dança em grupo. Os alunos devem mover os lenços ao som, dando liberdade para que cada um expresse como querem dançar.
Materiais: lenços coloridos, música animada.
Adaptação: Os lenços podem ser adaptados para outros objetos que sejam seguros e fáceis de manipular.

Essas sugestões de atividades visam articular aprendizado e diversão, sempre respeitando os diferentes ritmos e habilidades das crianças pequenas, garantindo um ambiente de saúde, alegria e educação ao longo das aulas.

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