“Desenvolvendo o Pensamento Crítico: Aula sobre o Cérebro”
Este plano de aula foi elaborado com o objetivo de explorar as relações entre os processos de pensamento e a função do cérebro. Os alunos do 5º ano serão incentivados a reconhecer seus pontos fortes e fracos de raciocínio através de símbolos, proporcionando uma reflexão sobre a forma como pensam e tomam decisões, contribuindo assim para o desenvolvimento da autoconfiança e autonomia nas suas atividades escolares e pessoais.
Neste contexto, o foco está em problemas que exigem reflexão crítica e o uso de símbolos que representam diferentes formas de pensar, promovendo um aprendizado ativo e significativo. As atividades desenvolvidas durante a semana buscam não apenas aproximar os alunos do conhecimento científico sobre o cérebro, mas também conectar esse aprendizado cotidiano às suas experiências pessoais e coletivas.
Tema: Pensar, pensamento e cérebro; reconhecer pontos fortes e fracos da própria forma de pensar, mediante símbolos
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 11 a 13 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos uma compreensão do funcionamento do cérebro e das formas de pensamento, promovendo a valorização dos seus próprios processos de raciocínio.
Objetivos Específicos:
– Identificar as funções principais do cérebro relacionadas ao pensamento crítico.
– Reconhecer e inventariar pontos fortes e fracos em suas formas de pensar.
– Criar símbolos que representem suas estratégias de pensamento.
– Compartilhar e discutir em grupo como os diferentes tipos de pensamento afetam a tomada de decisões.
Habilidades BNCC:
– (EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras, comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem comum.
– (EF05LP11) Registrar, com autonomia, diferentes gêneros de textos, de acordo com a situação comunicativa e a finalidade do texto.
– (EF05LP10) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de regras do jogo, dentre outros gêneros.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Post-its em várias cores.
– Lápis, canetas, tesoura, papel sulfite e cartolina.
– Projetor multimídia ou televisão (se disponível) para apresentação de vídeos.
– Textos para leitura sobre o cérebro e seus processos de pensamento (imprimíveis).
Situações Problema:
1. Como podemos identificar os nossos próprios estilos de pensamento?
2. Quais são os símbolos que representariam suas formas de pensar?
3. Como as diferentes formas de pensar podem nos ajudar a resolver problemas do dia a dia?
Contextualização:
Os alunos deverão compreender a importância do pensamento crítico e a forma como este contribui para a formação da sua identidade e autodisciplina na aprendizagem. A aula inicia-se com um breve vídeo sobre o cérebro e suas funções, seguido por uma discussão a respeito da relevância do conhecimento sobre os próprios processos de pensamento.
Desenvolvimento:
1. Abertura da aula: Apresentação de um vídeo curto (3 a 5 minutos) sobre o cérebro e suas funções básicas.
2. Dinâmica de grupo: Em grupos de 4 a 5 alunos, realizar a discussão sobre o que aprenderam no vídeo.
3. Reflexão individual: Os alunos devem escrever em um post-it três pontos fortes e três fracos de como pensam ou tomam decisões.
4. Compartilhamento: Recolha os post-its e colá-los no quadro.
5. Elaboração de símbolos: Os alunos deverão criar seus próprios símbolos para representar cada ponto que posaram no quadro, usando papel sulfite e colorindo-os.
6. Apresentação: Cada aluno apresenta o símbolo que criou e a justificativa de sua escolha para a turma.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução ao Tema
– Objetivo: Compreender como o cérebro funciona.
– Atividade: Assistir a um vídeo sobre as funções do cérebro. Os alunos devem listar três coisas novas que aprenderam.
– Materiais: Videoclipe educativo, papel e caneta.
Dia 2: Pensamento Crítico
– Objetivo: Identificar as diferentes formas de pensamento crítico e suas aplicações.
– Atividade: Discussão em grupo sobre exemplos do dia a dia que exigem pensamento crítico.
– Materiais: Quadro branco e marcadores.
Dia 3: Autoavaliação
– Objetivo: Reconhecer as próprias habilidades.
– Atividade: Preencher uma folha de reflexão sobre quais são os pontos fortes e fracos em suas habilidades pensantes.
– Materiais: Folha impressa para a reflexão.
Dia 4: Criação de Símbolos
– Objetivo: Representar graficamente as formas de pensar.
– Atividade: Criar símbolos que representem cada ponto forte e fraco identificado anteriormente.
– Materiais: Lápis, papel sulfite, canetas coloridas.
Dia 5: Apresentação e Discussão
– Objetivo: Compartilhar as criações e refletir em grupo sobre a atividade.
– Atividade: Cada aluno apresenta seus símbolos e a turma discute como isso pode impactar suas formas de resolver problemas.
– Materiais: Símbolos criados, projetor (se disponível).
Discussão em Grupo:
Os alunos devem discutir as seguintes perguntas:
– O que aprenderam sobre o cérebro e sua função?
– Como os diferentes tipos de pensamento podem ser aplicados em situações cotidianas?
– O que mudariam no seu processo de pensamento após essa atividade?
Perguntas:
1. Como você pode descrever seu estilo de pensamento?
2. Você acha que seus pontos fortes são suficientes para resolver todos os tipos de problemas?
3. Como você pode melhorar seus pontos fracos?
4. Que novo símbolo poderia representar a mudança de uma habilidade sua?
Avaliação:
A avaliação poderá ser feita por meio da autoavaliação nas reflexões escritas, participação nas discussões em grupo e apresentação dos símbolos. O professor acompanhará a atividade observando a capacidade de argumentar e refletir dos alunos.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma mesa redonda sobre a importância do reconhecimento pessoal no desenvolvimento do pensamento crítico e a relevância do autocuidado nos processos de aprendizagem.
Dicas:
– Estimular a participação de todos os alunos, garantindo que cada um tenha o espaço necessário para se expressar.
– Utilizar recursos visuais durante a apresentação dos conteúdos para facilitar a compreensão.
– Adaptar o conteúdo às diferentes realidades e níveis de aprendizagem dos alunos.
Texto sobre o tema:
O cérebro humano é um órgão fascinante e complexo, que atua como o centro de controle de todos os pensamentos, ações e emoções que temos na vida cotidiana. Desde a infância até a vida adulta, o cérebro continua a se desenvolver e a se adaptar. Neste tinteiro, o pensamento é uma habilidade conectada diretamente ao cérebro, onde cada sinapse e cada conexão neural ajuda a moldar nossa forma de perceber e reagir ao mundo. Isso nos mostra que devemos valorizar nossos pontos fortes, ao mesmo tempo que trabalhamos para transformar nossas fraquezas em habilidades. Essa autoavaliação não só é útil para a vida acadêmica, mas crucial também para decisões pessoais e profissionais que enfrentaremos no futuro.
Por meio da exploração dos diferentes estilos de pensamento, os alunos podem começar a perceber que as habilidades de pensamento crítico são uma extensão de sua personalidade e podem ser moldadas e aprimoradas. É aqui que os símbolos se tornam uma ferramenta poderosa, oferecendo uma maneira de visualizar e compreender as complexidades do nosso próprio processo de pensamento. Eles podem representar não só suas fraquezas, mas também suas ambições, sonhos e o que desejam alcançar. Assim, ao representarem graficamente o que pensam, os alunos não apenas externalizam o que já sabem, mas também se engajam em um aprendizado reflexivo que os tornará mais conscientes de seus próprios processos mentais.
A prática dessa técnica de simbolização permite ao aluno uma crítica direta sobre a sua própria forma de pensar, incentivando-os a desenvolver autoconsciência. Além disso, a discussão em grupo fomenta a troca de experiencias e o fortalecimento de laços dentro da sala de aula, onde eles aprendem que todos têm suas próprias formas de pensar e que isso deve ser respeitado e valorizado. Criar um ambiente aberto, onde todos se sintam seguros para compartilhar seus pensamentos, é fundamental para que essa aprendizagem se torne significativa, estabelecendo bases sólidas para o pensamento crítico e a colaboração.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser explorado em diversas outras atividades, ampliando o entendimento do cérebro e suas funções para além do contexto acadêmico. O ensino sobre o cérebro pode ser integrado a diferentes disciplinas, como Ciências, onde os alunos poderiam explorar mais profundamente a relação entre a saúde cerebral e a alimentação, ou até temas relacionados à História, discutindo como diferentes culturas percebem e compreendem o pensamento. Isso permitirá que os alunos tomem consciência da relevância de suas respetivas culturas e tradições na forma como pensam e se relacionam com o mundo.
Além disso, outro desdobramento interessante pode incluir a criação de projetos de arte que materializem as ideias de pensamento e raciocínio. Os alunos poderiam criar murais ou exposições que dream symbolizam suas compreensões do cérebro e do pensamento crítico, levando essa discussão a toda a comunidade escolar. É uma forma de incentivar não apenas o compartilhamento de conhecimento, mas o entendimento e a valorização da diversidade de pensamentos que existem ao nosso redor.
Por fim, os alunos também podem ser convidados a aprofundar esses conceitos ao relacionar a reflexão sobre o pensamento crítico com a literatura através da leitura de livros que abordem as descobertas sobre o cérebro ou construam narrativas que destaquem diferentes estilos de pensamento. A literatura pode servir como uma via para que os alunos entendam melhor essas questões e envolvam-se ainda mais no processo de reflexão e aprendizado, enriquecendo suas experiências educacionais.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial preparar os alunos para que eles se sintam seguros e confortáveis ao compartilhar suas reflexões e experiências no contexto da sala de aula. O ponto central deve ser a construção de um espaço onde todos possam se expressar sem medo de julgamento. Além disso, como educadores, devemos enfatizar a importância da prática regular da autoanálise. Estimular os alunos a continuarem reconhecendo seus próprios pontos fortes e fracos não apenas em sala de aula, mas em todas as áreas da vida, desenvolvendo assim a autonomia.
Além disso, os educadores devem estar atentos às diversas maneiras com que os alunos se expressam e absorvem o conteúdo. O uso de símbolos, artes e discussão deve ser amplio, buscando incorporar as diversas formas de comunicação que os alunos têm, garantindo assim que nenhum aluno se sinta excluído do processo de aprendizado. Por fim, é fundamental que todos se sintam parte do aprendizado coletivo, criando um ambiente onde o erro seja parte do aprendizado e não um motivo de vergonha.
Para concluir, é importante instigar os alunos a compreenderem que o conhecimento sobre o próprio cérebro e os estilos de pensamento é um passo vital para a autoeficácia. Essa reflexão não apenas otimiza suas experiências educacionais, mas também contribui para a formação de cidadãos completos e críticos, preparados para enfrentar os desafios da vida.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro do Pensamento: A atividade consiste em uma caça ao tesouro onde pistas são escritas em termos que requerem pensamento crítico e criativo. O desafio enriquece o conhecimento da função do cérebro e ajuda na execução de tarefas em grupo.
– Objetivo: Estimular a aplicação de diferentes estilos de pensamento.
– Materiais: Cartões com pistas, decorações para o ponto de partida e final.
2. Teatro de Fantoche Cerebral: Os alunos devem criar fantoches que representem diferentes partes do cérebro e encenar uma apresentação explicando as funções de cada parte.
– Objetivo: Compreender as funções do cérebro de uma maneira envolvente e divertida.
– Materiais: Material para fazer fantoches, como papelão, tecidos e tintas.
3. Jogo dos Símbolos: Um jogo de tabuleiro onde os alunos representam suas formas de pensamento através de símbolos, utilizando dados para avançar e apresentando seus símbolos ao grupo.
– Objetivo: Estimular o raciocínio e a representação criativa.
– Materiais: Tabuleiro, dados e símbolos impressos ou desenhados pelos alunos.
4. Desenho do Pensamento: Uma atividade em que os alunos desenharão suas ideias sobre o tema, representando visualmente como pensam e as emoções que isso gera.
– Objetivo: Promover a expressão artística e introspecção sobre o pensamento.
– Materiais: Papel, canetas coloridas, lápis e tintas.
5. Roda de Discussão: Organizar uma roda de fala onde alunos compartilham suas reflexões sobre suas formas de pensar e como isso os impacta no dia a dia.
– Objetivo: Fomentar um respeito mútuo à diversidade de pensamentos.
– Materiais: Cadeira dispostas em círculo, um objeto de fala (como um bastão) para que todos tenham uma vez para se expressar.
Esse plano visa proporcionar não só uma compreensão teórica do cérebro e seus processos, mas também experiências práticas que consolidem a aprendizagem de forma lúdica e significativa. O mais importante é que os alunos se sintam seguros para explorar suas capacidades, celebrando suas unicidades e suas potencialidades.