“Desenvolvendo o Olhar Crítico: Análise de Fake News nas Redes”

Este plano de aula é voltado para a análise crítica dos conteúdos veiculados nas redes sociais, especialmente em relação à sua acessibilidade para crianças e adolescentes. Trata-se de um tema de suma importância na atualidade, onde a informação circula de maneira rápida e, muitas vezes, sem a devida verificação, levando a concepções equivocadas e à difusão de fake news. Durante a aula, os alunos terão a oportunidade de refletir sobre a responsabilidade que têm como consumidores e produtores de conteúdo nas redes sociais.

O objetivo é capacitar os estudantes a analisar criticamente as informações que consomem e compartilham, desenvolvendo habilidades essenciais no contexto social e educacional. A aula será rica em discussões, atividades práticas e reflexões, promovendo a construção de um olhar crítico sobre as mídias digitais.

Tema: Análise crítica de conteúdos veiculados nas redes sociais
Duração: 190 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 16 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade dos alunos de analisar criticamente os conteúdos veiculados nas redes sociais, promovendo a compreensão dos impactos dessas informações na formação de opiniões e comportamentos de crianças e adolescentes.

Objetivos Específicos:

– Discutir a importância da verificação de informações e como reconhecer fontes confiáveis.
– Identificar a presença de fake news e seus efeitos na sociedade.
– Desenvolver habilidades de argumentação e debate sobre temas polêmicos relacionados às mídias sociais.
– Promover a reflexão sobre a responsabilidade social no compartilhamento de informações.

Habilidades BNCC:

– (EM13LGG102) Analisar as visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando as possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica na realidade.
– (EM13LGG202) Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de linguagem, compreendendo criticamente como elas circulam, se constituem e (re)produzem significados e ideologias.
– (EM13LP39) Usar procedimentos de checagem de fatos noticiados e fotos publicadas, de forma a combater a proliferação de notícias falsas (fake news).
– (EM13LP40) Analisar o fenômeno da pós-verdade – discutindo as condições e os mecanismos de disseminação de fake news e também exemplos, causas e consequências desse fenômeno e da prevalência de crenças e opiniões sobre fatos.

Materiais Necessários:

– Projetor multimídia e tela.
– Acesso à internet e computadores/tablets.
– Textos e artigos sobre a temática de fake news e verificação de informações.
– Materiais de escrita (cadernos, canetas, post-its).
– Exemplos de posts de redes sociais (fake news e notícias reais) impressos para discussão em grupo.

Situações Problema:

– Como distinguir uma informação verdadeira de uma falsa nas redes sociais?
– Qual o impacto das fake news na formação de opiniões de jovens?
– Quais estratégias podem ser adotadas para melhorar a educação midiática nas escolas?

Contextualização:

As redes sociais desempenham um papel fundamental na disseminação de informações. Porém, a rapidez da circulação de conteúdos nem sempre é acompanhada da verificação da veracidade destas informações. Os jovens, ao serem expostos a uma grande variedade de dados, têm a responsabilidade de analisar criticamente o que consomem e compartilham. Neste sentido, a aula cuidará de desenvolver competências que certificados os estudantes a atuarem como consumidores e produtores críticos de conteúdos.

Desenvolvimento:

1. Abertura da aula (20 minutos): Iniciar com uma discussão sobre o que os alunos sabem sobre fake news e a importância da informação verificada. Perguntar: “O que consideramos uma fonte confiável?” e anotar as opiniões no quadro.
2. Apresentação (40 minutos): Utilizando um projetor, apresentar os conceitos de fake news, pós-verdade e a influência das redes sociais na formação de opinião. Exibir exemplos de postagens que contenham fake news e pedir aos alunos que aclassifiquem como falsas ou verdadeiras.
3. Atividade em grupos (60 minutos): Dividir os alunos em grupos e fornecer artigos sobre a checagem de fatos e a análise crítica de conteúdos. Cada grupo deve realizar uma apresentação sobre as principais estratégias para identificar fake news.
4. Debate (30 minutos): Promover um debate entre os grupos, onde cada um apresentará suas conclusões e debaterá as consequências sociais e pessoais das fake news.
5. Encerramento (40 minutos): Reflexão final sobre a responsabilidade social de cada um na difusão de informações. Pedir aos alunos que escrevam uma breve consideração sobre o que aprenderam e como pretendem aplicar isso em suas vidas.

Atividades sugeridas:

1. Pesquisa e análise de fontes (1ª Atividade)
Objetivo: Identificar fontes confiáveis de informação.
Descrição: Os alunos devem pesquisar e apresentar duas fontes confiáveis sobre um tema de sua escolha e duas que não são confiáveis.
Instruções: Cada aluno deve explicar por que considera uma fonte confiável e a outra não.
Materiais: Computadores, acesso à internet, caderno.
Adaptações: Para alunos que tiverem dificuldades, pode-se sugerir listas de fontes confiáveis já conhecidas.

2. Criação de uma campanha de conscientização (2ª Atividade)
Objetivo: Criar estratégias de conscientização sobre a desinformação.
Descrição: Em grupos, os alunos devem criar uma campanha que possa ser veiculada nas redes sociais, abordando um caso específico de fake news.
Instruções: Os grupos devem trazer elementos visuais e um texto persuasivo.
Materiais: Papel, materiais de arte, acesso a computador para os visuais.
Adaptações: Alunos podem fazer uma apresentação oral explicativa, se não puderem apresentar visualmente.

3. Análise de um caso real (3ª Atividade)
Objetivo: Refletir sobre um caso de fake news que teve grande repercussão.
Descrição: Cada grupo escolhe um caso de fake news conhecido, analisa e apresenta as consequências que ele trouxe.
Instruções: Fazer a apresentação que explique o caso, como surgiu e o que poderia ter sido feito de diferente.
Materiais: Acesso à internet e cadernos.
Adaptações: Fornecer casos pré-selecionados para alunos com dificuldades de escolha.

4. Discussão em fóruns online (4ª Atividade)
Objetivo: Promover debates online sobre a temática.
Descrição: Criar um fórum online onde os alunos podem expressar suas opiniões sobre o impacto das fake news em suas comunidades.
Instruções: Incentivar as interações respeitosas entre os alunos.
Materiais: Computadores ou tablets.
Adaptações: Se não houver acesso à internet, fazer uma versão impressa no formato de um mural na sala de aula.

5. Jogo de simulação (5ª Atividade)
Objetivo: Entender na prática como as informações se espalham nas redes sociais.
Descrição: Criar um jogo onde os alunos devem decidir se uma informação deve ser compartilhada ou não, e a quantidade de “seguidores” que ganham conforme suas escolhas.
Instruções: Dividir a sala em duas equipes e explicar as regras.
Materiais: Cartões com informações reais e falsas.
Adaptações: Para alunos que não se sentirem confortáveis em participar muito, podem ajudar a organizar as informações.

Discussão em Grupo:

A discussão em grupos será fundamental para que os alunos compartilhem suas visões sobre a responsabilidade que cada um carrega ao compartilhar informação. Solucionar dúvidas comuns, abordar preconceitos existentes sobre determinados grupos e suas interações nas mídias sociais, e explorar como as redes têm moldado as percepções sobre o que é verdadeiro ou falso.

Perguntas:

1. O que você considera como “verdade” nas redes sociais?
2. Quais as consequências do compartilhamento de informações falsas?
3. Como podemos ter certeza de que as notícias que encontramos são verdadeiras?
4. De que forma a educação midiática pode ser melhorada nas escolas?
5. Quais são suas responsabilidades ao criar e compartilhar conteúdo nas redes sociais?

Avaliação:

A avaliação dos alunos será contínua, baseada na participação nas discussões, na elaboração dos trabalhos em grupo e na qualidade das apresentações. Além disso, um trabalho escrito final onde os alunos deverão discutir suas aprendizagens e como pretendem aplicar essa nova consciência crítica em sua vida online será parte integrante da avaliação.

Encerramento:

Concluir a aula reforçando a importância da responsabilidade social ao se utilizar redes sociais. Incentivar os alunos a se tornarem agentes de mudança, promovendo a verificação de informações e diminuindo a propagação de fake news. Pode-se encorajar a produção de um mural ou cartazes que ajudem a compartilhar os aprendizados adquiridos na aula com outros colegas da escola.

Dicas:

– Sempre compare o que é lido com outras fontes.
– Incentive os alunos a manter um caderno de anotações sobre fontes confiáveis que encontram.
– Utilize exemplos atuais de fake news que sejam relevantes para os alunos, aproximando o conteúdo da sua realidade.

Texto sobre o tema:

A relevância das redes sociais na disseminação de informações é inegável, seja para a troca de opiniões, a mobilização em torno de causas sociais ou mesmo para a ampla circulação de notícias. Porém, essa velocidade no compartilhamento das informações apresenta também um lado obscuro: a propagação de fake news ou notícias falsas. As fake news são conteúdos deliberadamente criadospara enganar uma audiência, aproveitando-se da desinformação e da falta de verificação crítica do que é consumido. O impacto dessa desinformação é especialmente devastador quando atinge crianças e adolescentes, que muitas vezes não têm as habilidades necessárias para discriminar entre diferentes tipos de informação.

O uso irresponsável das redes sociais pode levar à desinformação generalizada e, consequentemente, a consequências sociais, políticas e econômicas graves. É crucial que tanto educadores quanto jovens desenvolvam habilidades críticas que os ajudem a navegar nesse vasto oceano de dados e opiniões. A educação midiática se torna uma ferramenta fundamental nesse processo, capacitando-os para identificar, questionar e requerer a verificação das informações que circulam.

Diante desse cenário, o papel da educação é fervorosamente central. Proporcionar um ambiente onde discussões sobre as implicações das redes sociais e a formação de opinião sejam frequentes pode ajudar a moldar uma geração mais consciente e crítica. Através dessa consciência crítica, podemos fomentar uma sociedade que se recusa a ser manipulada por informações enganosas e que promove a verdade como um valor primordial, respeitando a diversidade de opiniões enquanto demanda por provas e responsabilidade naquilo que é compartilhado.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula apresentado reflete a necessidade urgente de discutir as implicações dos conteúdos veiculados nas redes sociais. Ao formar jovens críticos, temos a oportunidade de moldar uma nova geração que não se contenta com a informação superficial e que questiona o que consome. Essa é uma habilidade crucial num momento em que as fake news são prevalentes e afetam as decisões sociais e políticas. Além disso, ao promover discussões, não só aprimoramos a retórica dos alunos, mas também ajudamos a criar um ambiente de respeito e inteligência emocional que os ajudará em suas interações futuras.

A abordagem lúdica e interativa das atividades proposta no plano de aula se faz de extrema importância, pois engaja os alunos de maneira eficaz e os convida para um aprendizado ativo. Criando campanhas, realizando debates e jogando é possível entrelaçar teoria e prática, proporcionando vivências que transcendem a mera, criando vínculos significativos com os conteúdos abordados. Isso possibilita que os alunos se sintam mais motivados e dispostos a participar.

Por último, vale ressaltar que esta não é uma discussão que se limita a um único encontro em sala de aula. O caráter contínuo do aprendizado e das reflexões sobre o que se encontra nas redes sociais deve ser promovido por toda a sua trajetória escolar. Fortalecer essas ações e dar continuidade a elas ao longo do processo educativo pode efetivamente preparar os jovens para serem cidadãos mais informados, conscientes e responsáveis.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que ao implantar este plano de aula, os educadores estejam preparados para conduzir discussões que podem ser polarizadas e emocionais. Um ambiente aberto e acolhedor, onde todos se sintam à vontade para expressar suas opiniões e questionar as ideias do outro é fundamental. A educação sobre as mídias digitais deve ser feita com sensibilidade, respeitando as diversas perspectivas e usuários das redes.

Os educadores devem também estar atentos às particularidades e realidades dos alunos, na hora de adaptar o conteúdo e a forma de apresentação. Isso envolve estar ciente de diferentes níveis de compreensão e acesso a recursos tecnológicos. Flexibilidade e criatividade são chaves para garantir que todos os alunos participem ativamente e se beneficiem do aprendizado.

Por fim, é importante que ao final da aula, o professores incentive os alunos a aplicar essas novas habilidades de análise crítica e verificação de informações fora do ambiente escolar. Sugira que desenvolvam o hábito de conferir informações antes de compartilhá-las e que se tornem agentes de educação entre seus pares, promovendo a análise crítica e consciente dentro de suas redes sociais.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Criação de um “fact-checking” em grupo:
Objetivo: Ensinar como verificar informações.
Materiais: Cartazes, marcadores, exemplos de conteúdo.
Modo de condução: Em grupos, os alunos devem criar um cartaz que explique como realizar a verificação de um fato, utilizando um exemplo real que encontrarem nas redes. Cada grupo pode divulgar seu cartaz na escola.

2. Teatro de fantoches sobre fake news:
Objetivo: Compreender o impacto das fake news de forma lúdica.
Materiais: Fantoches, cenários improvisados.
Modo de condução: Os alunos criam uma história onde os fantoches compartilham informações verdadeiras e falsas. No final, os personagens devem encontrar um jeito de descobrir a verdade.

3. Jogo “Verdades ou Mentiras” interativo:
Objetivo: Praticar a identificação de fake news.
Materiais: Cartões com afirmações verdadeiras e falsas.
Modo de condução: Formar equipes e os alunos devem adivinhar se as afirmações são verdadeiras ou falsas, justificando suas respostas.

4. Criação de um mural virtual de notícias resíduos:
Objetivo: Compartilhar resultados de pesquisas sobre a verificação de informações.
Materiais: Computadores com acesso à internet.
Modo de condução: Utilizando plataformas como Padlet, os alunos podem postar suas descobertas sobre as informações que verificaram, criando um mural colaborativo.

5. Jogo de tabuleiro sobre mídias sociais:
Objetivo: Abordar o tema de forma dinâmica.
Materiais: Tabuleiro (pode ser digital), perguntas sobre fake news.
Modo de condução: Os alunos jogam um tabuleiro onde, para avançar, eles precisam responder perguntas sobre fake news, suas consequências, ou identificar erros em campanhas.

Este plano de aula integra uma abordagem que promove a consciência crítica dos alunos a respeito das mídias sociais e um entendimento sobre a responsabilidade ao compartilhar informações. É uma oportunidade valiosa de crescimento intelectual e social, fundamental para a formação de cidadãos mais críticos e informados.


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