“Desenvolvendo Leitura e Criatividade com ‘A Princesa e a Ervilha'”
Este plano de aula tem como foco a interpretação de texto tipo conto, utilizando a história clássica “A Princesa e a Ervilha” como ferramenta pedagógica para desenvolver habilidades de leitura e compreensão textual nos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. A proposta visa incentivar a análise crítica e a criatividade, explorando os elementos da narrativa e promovendo discussões que ajudem os estudantes a conectar o conteúdo com suas vivências pessoais. Através de atividades dinamizadas, os alunos serão estimulados a refletir sobre a mensagem do conto, assim como a desenvolver suas habilidades de escrita e interpretação.
Neste enfoque, o aluno poderá não apenas aprender sobre a estrutura dos contos, mas também se familiarizar com a prática da leitura crítica, desenvolvendo um olhar atento sobre os personagens, os conflitos e a mensagem da narrativa. A leitura do texto deve ser feita de maneira a proporcionar um espaço de expressão e criatividade, onde os alunos consigam enxergar as тысяч histórias dentro do conto, assim como suas próprias experiências e sentimentos.
Tema: Interpretação de texto tipo conto
Duração: 90 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 9 a 10 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a capacidade de leitura e interpretação de textos do gênero conto, promovendo a análise crítica e reflexiva da obra “A Princesa e a Ervilha”.
Objetivos Específicos:
1. Analisar os personagens e a construção da narrativa.
2. Identificar a moral da história e relacioná-la com questões do cotidiano dos alunos.
3. Promover a escrita criativa, onde os alunos poderão recontar ou criar novas versões do conto.
Habilidades BNCC:
– (EF04LP03) Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que deu origem à consulta.
– (EF04LP10) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
– (EF04LP25) Representar cenas de textos dramáticos, reproduzindo as falas das personagens, de acordo com as rubricas de interpretação e movimento indicadas pelo autor.
Materiais Necessários:
– Cópias do conto “A Princesa e a Ervilha”.
– Quadro branco e marcadores.
– Dicionários (ou acesso a dicionários online).
– Papéis e canetas coloridas para escrita criativa.
– Materiais para atividades de desenho (lápis, canetinhas, folhas em branco).
Situações Problema:
1. Quais os elementos que tornam um personagem interessante em uma história?
2. O que podemos aprender com a moral da história e como isso se relaciona com nossas vidas?
3. Como seria a história “A Princesa e a Ervilha” se os papéis dos personagens fossem invertidos?
Contextualização:
“A Princesa e a Ervilha” é um conto clássico que nos ensina sobre a verdadeira realeza e o que realmente define uma princesa. Ao longo da história, a sensibilidade da verdadeira princesa é testada por meio de um desafio inusitado, onde uma ervilha sob um monte de colchões revela sua natureza. Essa narrativa oferece um rico espaço para discussão sobre aparência, autenticidade e o valor das características internas em detrimento das externas.
Desenvolvimento:
1. Leitura do conto: O professor fará a leitura em voz alta do conto, incentivando a participação dos alunos para que interajam e debatam sobre suas opiniões conforme a narrativa avança.
2. Análise dos personagens: Após a leitura, serão levantadas questões sobre os personagens principais, suas características, ações e conflitos apresentados na história. Os alunos devem discutir em grupos pequenos.
3. Debate sobre a moral: O professor deve promover um debate sobre a moral da história, como ela se aplica às situações atuais que os alunos podem vivenciar, buscando fazer conexões com situações do cotidiano.
4. Atividade de reescrita: Os alunos são incentivados a criar uma nova versão da história ou um final alternativo. Essa atividade pode ser feita em duplas ou grupos, promovendo a colaboração e discussão de ideias.
Atividades sugeridas:
1. Leitura Aconselhada e Vocabulário
– Objetivo: Compreender palavras novas através da leitura.
– Descrição: Dividir os alunos em grupos e distribuir o conto. Cada grupo deve ler e localizar palavras que não conhecem.
– Instrução: Usar os dicionários para buscar o significado e discutir o contexto em que foram usadas. Registar as definições em um mural.
2. Criação de Quadrinhos
– Objetivo: Fomentar a criatividade e a interpretação do texto.
– Descrição: Os alunos criarão um quadrinho de uma cena do conto.
– Instrução: Utilizar folhas em branco para desenhar e depois apresentar a cena para a turma, explicando como ela se relaciona com a narrativa.
3. Teatro de Fantoches
– Objetivo: Representar a história através da dramatização.
– Descrição: Cada grupo criará maus fantoches a partir de materiais recicláveis (como meias e papel).
– Instrução: Após a confecção, os alunos encenarão o conto, apresentando suas interpretações para a turma.
4. Diário de Bordo da Princesa
– Objetivo: Favorecer a escrita criativa.
– Descrição: Os alunos escreverão um diário como se fossem a princesa, descrevendo suas experiências e sentimentos durante a história.
– Instrução: Os alunos poderão incluir ao menos três entradas no diário, cada uma representando uma parte importante da história sob a perspectiva da princesa.
5. Discussão em Grupo
– Objetivo: Promover um espaço para reflexão sobre a história.
– Descrição: Promover uma roda de conversa onde cada aluno poderá compartilhar suas impressões sobre o conto e o que aprenderam.
– Instrução: Incentivar os alunos a fazer perguntas uns aos outros sobre as versões que criaram e construir um diálogo aberto.
Discussão em Grupo:
Durante as atividades de discussão em grupo, os alunos devem considerar as seguintes perguntas:
1. O que você aprendeu com a princesa?
2. Como você se sentiria no lugar da princesa?
3. A princesa é apenas uma figura do conto ou podemos identificar características dela em nosso cotidiano?
Perguntas:
1. O que você acha que a ervilha simboliza na história?
2. Como você definiria uma verdadeira princesa?
3. Quais dificuldades você acredita que a princesa enfrentou e como ela lidou com isso?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos nas atividades, a qualidade das discussões e a empenho nas produções escritas. O professor pode criar uma ficha de avaliação com critérios como: criatividade, envolvimento, clareza nas ideias e compreensão do texto.
Encerramento:
Finalizando a aula, o professor pode destacar a importância da interpretação dos textos e como cada um deles carrega suas mensagens. Os alunos poderão levar para casa a lição final que a verdadeira nobreza está nas atitudes e no caráter, e não em aparências.
Dicas:
– Incentivar a leitura diária de textos variados para reforçar a habilidade de interpretação.
– Criar um cantinho na sala de aula dedicado à leitura, onde os alunos possam se sentir acolhidos e motivados.
– Estimular os alunos a contarem suas histórias, aproveitando a rica diversidade de experiências que cada um traz.
Texto sobre o tema:
A interpretação de texto é uma habilidade essencial que vai além da simples decodificação de palavras. É uma prática que envolve a análise crítica, a capacidade de compreender nuances e de estabelecer relações entre o que é lido e a própria vida. O conto “A Princesa e a Ervilha” destaca a importância da sensibilidade, não somente a física, mas também moral e emocional, sendo uma rica fonte para discussões sobre autenticidade e identidade.
Através do conto, os alunos desenvolvem não apenas a leitura e a escrita, mas também habilidades de argumentação, empatia e criatividade, que são fundamentais em seu desenvolvimento pessoal e social. Lidar com textos literários permite que eles explorem conteúdos, se identifiquem com personagens e reflitam sobre suas ações e consequências.
Assim, o estímulo à leitura de contos clássicos e a interpretação crítica de seus enredos se torna uma prática valiosa no ambiente escolar, criando cidadãos mais conscientes e críticos. Os professores têm em mãos uma ferramenta poderosa para formar leitores reflexivos, que se tornem agentes de transformação em suas comunidades.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula não se limita à interpretação de “A Princesa e a Ervilha”; ele pode ser uma porta de entrada para a análise de outros contos e gêneros literários. Com isso, o professor pode planejar uma sequência de aulas que explore a diversidade do gênero contado através de diferentes culturas e autores, debatendo valores e contextos sociais de cada narrativa. Além disso, a prática da leitura crítica pode ser ampliada para incluir textos contemporâneos, poesias e até contos de fadas modernizados, proporcionando um arco educacional que dialoga com a realidade dos alunos.
As atividades práticas e criativas propostas no plano podem ser sistematicamente organizadas em um projeto escolar, onde o resultado final poderia ser a produção de um livro colaborativo com reinterpretações e adaptações dos contos trabalhados. Isto não apenas estimula a escrita e a criatividade, mas também ensina aos alunos sobre o poder da coletividade e do trabalho em grupo, habilidades cada vez mais valorizadas em nossa sociedade.
Finalmente, ao promover discussões sobre a moral das histórias, o educador não está somente ensinando conteúdos literários, mas também promovendo valores essenciais como respeito, empatia e solidariedade, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos. A literatura é uma ferramenta poderosa para a formação integral do estudante, que pode ser amplamente explorada nas diversas áreas do conhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor esteja sempre atento às dinâmicas em sala de aula e às reações dos alunos. Adaptar o plano de acordo com as respostas, participações e interesses dos estudantes pode enriquecer ainda mais a experiência de aprendizado. Além disso, a utilização de tecnologia, como apresentações de slides e vídeos associados à leitura do conto, pode tornar as aulas mais dinâmicas e envolventes, capturando a atenção dos alunos de forma eficaz.
Os docentes também podem convidar os alunos a trazerem contos de suas preferências para compartilhar com a turma, criando um espaço para que todos possam intercambiar ideias, conteúdos e gêneros literários variados. Isso não só amplia a experiência de leitura, como também promove um sentido de pertencimento e apreciação pelas histórias que fazem parte do cotidiano de cada um.
Por fim, é crucial que o professor busque constantemente formas de estímulo à leitura e interpretação, não apenas através de contos, mas ampliando o repertório literário com histórias de diferentes gêneros e culturas. Levar os alunos a conhecer outros autores, períodos literários e estilos pode fomentar um amor pela leitura que perdurará por toda a vida, formando não apenas leitores competentes, mas também pensadores críticos e criativos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras
– Idade: 9 a 10 anos
– Objetivo: Recriar as cenas do conto utilizando a técnica de teatro de sombras.
– Descrição: Cada aluno, ou grupo de alunos, vai criar fantoches planos de papel e usar uma lanterna para recriar as cenas. Os alunos devem narrar a história enquanto os fantoches se movem nas sombras.
– Material: Papel preto, tesoura, lanterna e uma tela ou parede para projetar as sombras.
– Instrução: Organizar a sala de aula, garantir que esteja escura e testar as sombras antes da apresentação.
2. Caça ao Tesouro Literário
– Idade: 9 a 10 anos
– Objetivo: Envolver os alunos em uma atividade que explore o texto e seus significados.
– Descrição: Criar pistas relacionadas à história, onde os alunos irão procurar por “tesouros” literários espalhados pela sala, cada um representando uma parte da narrativa.
– Material: Pistas escritas, grupos de alunos, e pequenos prêmios (como marcadores de página).
– Instrução: Preparar o ambiente e dividir os alunos em grupos, explicando a dinâmica do jogo com clareza.
3. Desenhando o Futuro
– Idade: 9 a 10 anos
– Objetivo: Proporcionar uma reflexão sobre a moral da história.
– Descrição: Os alunos devem desenhar uma cena da história e, em seguida, um momento futuro que poderia acontecer com os personagens da narração.
– Material: Papéis de desenho e lápis ou canetinhas.
– Instrução: Após o desenho, as crianças compartilham suas obras com a turma, explicando suas criações.
4. Criação de Mapa das Emoções
– Idade: 9 a 10 anos
– Objetivo: Compreender as emoções dos personagens ao longo do texto.
– Descrição: Os alunos irão fazer um mapa mental onde apresentarão as emoções dos personagens em diferentes partes da narrativa.
– Material: Papéis grandes, canetas coloridas.
– Instrução: Ouvir a história novamente pode ajudar a relembrar as emoções que devem ser representadas no mapa.
5. Pintura dos Personagens
– Idade: 9 a 10 anos
– Objetivo: Trabalhar a identificação com os personagens da história.
– Descrição: Usando tintas e pincéis, os alunos irão criar a representação de cada personagem, refletindo sobre como eles veem os traços físicos e psicológicos que caracterizam esses indivíduos.
– Material: Tela ou papel para pintura, tintas, pincéis.
– Instrução: Os alunos também podem falar um pouco sobre a representação e por que os escolheram assim durante a apresentação.
Dessa maneira, as sugestões lúdicas não apenas permitem um aprendizado dinâmico, mas também instigam a criatividade e a imaginação dos alunos, garantindo que a interpretação do texto seja mais rica e significativa.