“Desenvolvendo Habilidades Sociais e Motoras com ‘Bola de Lado'”
Introdução
O plano de aula a seguir visa desenvolver a habilidade motora e a socialização entre os alunos por meio da brincadeira “bola de lado”. Essa atividade não só proporciona um espaço para o aprendizado físico em um ambiente divertido, mas também contribui para a interação social dos estudantes. O foco será em desenvolver habilidades físicas, como coordenação e agilidade, além de promover valores como a inclusão e o respeito às regras, fundamentais para a convivência em sociedade.
Neste plano, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de explorar diversas etapas da brincadeira, adaptando-a conforme necessário para facilitar a participação de todos. A estrutura da aula inclui atividades que estimulam tanto a participação ativa das crianças quanto reflexões sobre a importância do brincar. As propostas de atividades adicionais, direcionadas aos alunos do 3º e 4º anos, buscam incentivar um aprendizado progressivo, ampliando a aplicação das habilidades desenvolvidas.
Tema: Brincadeira Bola de Lado
Duração: 60 Minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 6 e 7 anos
Objetivo Geral:
Promover a socialização, a cooperação e o desenvolvimento motor dos alunos por meio da prática da brincadeira “bola de lado”.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver habilidades motoras, como coordenação, agilidade e equilíbrio.
– Fomentar a socialização e o respeito às regras do jogo.
– Estimular a criatividade e a adaptação das regras conforme a necessidade do grupo.
– Integrar a prática da brincadeira à formação de valores como inclusão e respeito ao próximo.
Habilidades BNCC:
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
– (EF12EF02) Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.
Materiais Necessários:
– Bola de tamanho apropriado para a faixa etária (pode ser uma bola de futebol ou uma bola de tamanho menor).
– Cones ou fitas para demarcar o espaço de brincadeira.
– Apitos (opcional para sinalizar inícios e fins de atividades).
– Fichas com regras simplificadas da brincadeira.
Situações Problema:
– Como os alunos podem adaptar a brincadeira para incluirem todos os colegas?
– Quais as estratégias que podem ser utilizadas para respeitar os turnos de cada jogador?
– Como lidar com a frustração caso as regras não sejam seguidas?
Contextualização:
A brincadeira “bola de lado” é uma atividade tradicional que, além de promover a atividade física, atua como uma ferramenta de inclusão social. Neste exercício, os alunos aprendem a jogar em equipe, desenvolvendo empatia ao respeitar as habilidades e limitações dos colegas. A prática se insere no contexto das brincadeiras populares, ajudando os alunos a consolidaremb os laços com suas culturas locais.
Desenvolvimento:
1. Introdução à atividade (10 minutos)
– Inicie a aula reunindo os alunos em um círculo e explique brevemente a brincadeira “bola de lado”.
– Fale sobre a importância de respeitar as regras e colegas durante o jogo.
– Apresente os materiais que serão utilizados e mostre como a área de atividade será demarcada.
2. Explicação das regras (10 minutos)
– Explique as regras básicas da brincadeira, utilizando visualizações com cones para demarcar onde a bola deve ser passada e o local onde os alunos devem ficar.
– Tire dúvidas sobre as regras, envolvendo os alunos na conversa e incentivando-os a contribuir com sugestões de como jogá-la.
3. Prática da Brincadeira (30 minutos)
– Divida os alunos em duas equipes.
– Inicie a brincadeira, supervisionando e auxiliando as crianças que têm dificuldades em seguir as regras.
– Após o tempo de jogo, faça uma pausa e permita que os alunos se revezem para experimentar diferentes posições no jogo.
4. Reflexão sobre a atividade (10 minutos)
– Após a atividade, reúna os alunos novamente em círculo e incentive cada um a compartilhar o que aprendeu.
– Questione-os sobre como se sentiram ao jogar em equipe e como poderiam melhorar a participação de todos.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Conhecendo a Brincadeira “Bola de Lado”
– Objetivo: Introduzir a brincadeira e suas regras.
– Descrição: Os alunos irão aprender a dinâmica da brincadeira, conhecendo as regras e a importância do trabalho em equipe.
– Instruções: Reúnam-se em círculo e expliquem as regras. Faça demonstrações de como a brincadeira será jogada antes de começar.
– Materiais: Bola, cones, apitos para sinalizar.
Dia 2: Adaptação da Brincadeira
– Objetivo: Desenvolver a capacidade de adaptação das regras entre colegas.
– Descrição: Dividir os alunos em grupos menores e pedir que eles criem suas próprias regras para a brincadeira.
– Instruções: Cada grupo apresenta suas regras. Em seguida, joguem com as novas adaptações.
– Materiais: Fichas para escrever as regras.
Dia 3: Inclusão na Brincadeira
– Objetivo: Trabalhar a inclusão de todos os alunos, considerando habilidades diferentes.
– Descrição: Criar turnos onde cada aluno deve ser incluído na jogada. O grupo deve decidir como isso vai funcionar.
– Instruções: Promover o respeito pelas tentativas e habilidade de cada aluno.
– Materiais: Cones para demarcações.
Dia 4: Reflexão em Duplas
– Objetivo: Promover a reflexão sobre o aprendizado em dupla.
– Descrição: Alunos sentam-se em duplas e discutem como a atividade funcionou.
– Instruções: Um aluno fala enquanto o outro escuta e depois invertem os papéis.
– Materiais: Nenhum material necessário.
Dia 5: Apresentação de Resultados
– Objetivo: Compartilhar aprendizados e reflexões em grupo.
– Descrição: Alunos compartilham o que aprenderam com os colegas sobre a importância do respeito às regras e ao trabalho em equipe.
– Instruções: Incentivar todos a falarem e ouvirem uns aos outros.
– Materiais: Quadro para anotar os principais pontos discutidos.
Discussão em Grupo:
– O que foi mais divertido na atividade?
– Como nos sentimos quando jogamos junto?
– De que maneira conseguimos nos ajudar como equipe?
Perguntas:
– O que você considera mais importante nas brincadeiras em grupo?
– Como podemos incluir todos nas brincadeiras, independentemente de suas habilidades?
– Qual foi a parte mais difícil da atividade?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos durante a prática da brincadeira, sua habilidade em respeitar as regras e a forma como interagem com os colegas. Além disso, será considerada a automotivação e colaboração dos alunos entre si.
Encerramento:
Encerrar a aula reunindo os alunos para uma breve reflexão sobre o que aprenderam e como se sentiram ao longo da atividade. Reforçar a importância da inclusão e respeito durante as atividades em grupo.
Dicas:
– Utilize um cronômetro para controlar o tempo de cada rodada da brincadeira, ajudando os alunos a compreenderem a importância do tempo e a respeitarem as turnos.
– Em cada atividade, é importante valorizar o esforço individual e coletivo, elogiando ações que demonstram inclusão.
Texto sobre o tema:
A brincadeira “bola de lado” é uma das muitas formas de interação entre crianças que não apenas proporciona diversão, mas também ensina valiosos conceitos sociais e habilidades motoras. Nesse tipo de brincadeira, as crianças estão constantemente aprendendo a trabalhar em equipe, o que é essencial para seu desenvolvimento social, pois envolve troca de ideias e aceitação das diferenças entre os colegas.
Além disso, a prática de jogos tradicionais como a “bola de lado” reflete um conhecimento cultural local, uma vez que estas brincadeiras fazem parte da história e da tradição das comunidades. Isso contribui para a formação da identidade da criança, que ao participar dessas atividades aprendem sobre a importância do legado cultural e da preservação das tradições.
Por último, no contexto escolar, é fundamental reforçar a importância do brincar em um ambiente seguro e divertido. O ato de brincar não é apenas uma atividade física, mas uma maneira de aprender sobre empatia, respeito e colaboração. É através do jogo que as crianças se tornam mais confiantes e desenvolvem habilidades que serão úteis ao longo de suas vidas acadêmicas e pessoais.
Desdobramentos do plano:
Esse plano de aula pode ser expandido com a criação de um dia de “brincadeiras tradicionais”, onde a turma possa vivenciar várias atividades populares de diferentes regiões do Brasil. A ideia é implementar uma rodinha de conversa onde cada aluno possa compartilhar suas experiências e levar algo de sua cultura para o grupo, destacando suas tradições locais.
Outra ideia é incentivar a escrita de relatos sobre a experiência com a brincadeira “bola de lado”, para que os alunos possam expressar como se sentiram e o que aprenderam. Esses relatos podem ser modificados em desenhos, permitindo que a expressão artística também faça parte da construção do aprendizado.
Por fim, pode-se planejar a criação de um pequeno torneio escolar, onde as equipes sejam formadas misturando turmas diferentes. Através dessa interação, além de fortalecer o relacionamento entre as diferentes salas de aula, as crianças aprenderão a lidar com a rivalidade de forma saudável e divertida, reforçando a ideia de que o principal é a diversão e a amizade, e não apenas o que se ganha.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final do plano de aula, é crucial reforçar que a prática da brincadeira não se limita apenas ao ato de jogar, mas envolve uma série de aprendizagens e desenvolvimentos de habilidades sociais e motoras. Portanto, para o educador é vital observar atentamente a interação dos alunos, atuando como mediador nesse processo.
Além disso, a empatia deve ser um elemento central durante as atividades. Incentivar os alunos a se ajudarem e a respeitar as limitações uns dos outros pode conduzir a um ambiente mais inclusivo e colaborativo. Esse protagonismo na inclusão educacional deve ser cultivado, para que as crianças se tornem adultos mais empáticos e solidários.
Por fim, o uso de adaptações nas atividades deve sempre ser considerado, pois cada aluno tem seu ritmo de aprendizagem e desenvolvimento. A flexibilidade nas regras e nas dinâmicas de interação pode resultar em um ambiente escolar mais acolhedor e adaptável às necessidades de cada estudante, assegurando que todos tenham seu espaço e voz nas práticas escolares.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criando sua própria bola: Os alunos podem construir uma bola utilizando materiais recicláveis, como papel machê, e depois usá-la para a prática da brincadeira. Essa atividade incorpora desenho e artesanato, promovendo a criatividade.
2. História da Brincadeira: Propor que os alunos façam uma pesquisa em casa sobre brincadeiras populares que suas famílias costumavam praticar e compartilhem em sala. Assim, podem aprender sobre a diversidade cultural e as tradições de suas origens.
3. Brincadeiras do Mundo: Apresentar aos alunos outras brincadeiras de diversas culturas, comparando com a “bola de lado”. Isso pode expandir a compreensão sobre a diversidade de jogos e o uso dos espaços ao ar livre.
4. Cenários Alternativos: Criar diferentes cenários para a prática da “bola de lado”, utilizando obstáculos que ajudem a desafiar os alunos, promovendo prática motora e raciocínio estratégico sobre a movimentação.
5. Dia do Torneio: Organizar um torneio de “bola de lado” entre turmas, com a participação da comunidade escolar, no intuito de promover o espírito esportivo, a colaboração e o entusiasmo pelo brincar.
A implementação dessas atividades foca em experiências práticas que aproximam os alunos da aprendizagem lúdica, contribuindo para o desenvolvimento físico, social e emocional.