“Desenvolvendo Habilidades Matemáticas com Amarelinha Lúdica”
A elaboração deste plano de aula é essencial para o desenvolvimento das habilidades motoras e cognitivas das crianças pequenas, com foco na quantidade, grafia, quantificação por escrito e classificação. A proposta metodológica incentiva a aprendizagem lúdica, utilizando elementos do cotidiano das crianças, tornando assim o aprendizado mais significativo e prazeroso. Os jogos e atividades propostas estão alinhados com o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais, fundamentais nesta fase da Educação Infantil.
A interação entre as crianças durante as atividades práticas não somente reforça o aprendizado, mas também desenvolve a empatia e cooperação. O enfoque em situações-problemas, como a amarelinha com números ausentes, desafia as crianças a pensar criticamente e a aplicar suas habilidades matemáticas em contextos reais.
Tema: Quantidade: Grafia, quantificação por escrito e classificação.
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 e 5 anos
Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento da quantidade, grafia, quantificação e classificação por meio de atividades lúdicas que integrem movimentos corporais e jogos, estimulando a interação social e a criatividade.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a quantificação correta de objetos e figuras.
– Fomentar a classificação de objetos de acordo com suas características.
– Estimular a expressão oral das crianças ao relatarem suas experiências de forma lúdica.
– Desenvolver a coordenação motora por meio de jogos e atividades dinâmicas.
Habilidades BNCC:
– (EI03ET07) Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
Materiais Necessários:
– Giz de cera ou lápis coloridos
– Papel em branco e cartolinas
– Materiais para construção de amarelinha (fita adesiva colorida ou giz)
– Números impressos em papel ou cartolina
– Objetos do cotidiano (brinquedos, blocos, etc.) para quantificação
Situações Problema:
– Amarelinha com números ausentes: como as crianças completam os espaços em branco?
– Contar e classificar diferentes grupos de objetos (brinquedos, folhas, pedras) e relacioná-los com os números.
Contextualização:
As atividades propostas levam em consideração o cotidiano dos alunos, onde a quantidade e a grafia estão presentes em tudo ao seu redor. Ao utilizar recursos do ambiente, como a construção da amarelinha, as crianças têm a oportunidade de compreender a matemática de maneira concreta e aplicada, desenvolvendo habilidades essenciais para a vida.
Desenvolvimento:
1. Apresentação da atividade: Reunir as crianças e apresentar a amarelinha. Explicar que alguns números estão “faltando” e que elas precisarão preencher os espaços em branco.
2. Jogo da Amarelinha: As crianças jogam a amarelinha, contando os números e identificando quais números ainda precisam estar presentes.
3. Contagem de Objetos: Dividir as crianças em grupos e distribuir objetos variados para que elas possam contar e classificar.
4. Registro em Papel: Após contarem os objetos, elas devem desenhar ou escrever os números correspondentes na cartolina.
Atividades sugeridas:
Dia 1:
Objetivo: Familiarizar as crianças com a contagem.
Descrição: Utilizando objetos como blocos ou brinquedos, peça que cada criança conte quantos objetos tem em suas mãos.
Instruções Práticas: Divida em pequenos grupos e incentive que as crianças compartilhem suas contagens.
Materiais: Blocos ou brinquedos pequenos.
Dia 2:
Objetivo: Classificação de objetos.
Descrição: Organizar uma atividade onde as crianças devem classificar objetos por cor ou tamanho.
Instruções Práticas: Dê a elas diferentes grupos de objetos, como bolas de várias cores ou diferentes tamanhos, e peça que as organizem.
Materiais: Objetos de diferentes cores e tamanhos.
Dia 3:
Objetivo: Criação da amarelinha.
Descrição: As crianças devem participar da construção da amarelinha.
Instruções Práticas: Usar fita adesiva colorida para marcar os números no chão. As crianças podem ajudar a criar a forma e colocar os números.
Materiais: Fita adesiva, giz para chão.
Dia 4:
Objetivo: Jogo da amarelinha.
Descrição: Jogar a amarelinha, pulando nos números e contando em voz alta.
Instruções Práticas: Explique que algumas casas estão vazias e que eles devem preencher com os números corretos.
Materiais: Amarelinha pronta.
Dia 5:
Objetivo: Registro de aprendizagens.
Descrição: As crianças farão um desenho da amarelinha e dos objetos que contaram, escrevendo os números ao lado dos desenhos.
Instruções Práticas: Incentivar a expressão oral ao pedir que compartilhem o que aprenderam.
Materiais: Papel em branco, giz de cera.
Discussão em Grupo:
Promover um diálogo onde as crianças possam comentar sobre suas preferências em relação às atividades, o que aprenderam sobre números e quantidades e como foi a experiência de jogar e classificar.
Perguntas:
– Quantos objetos você contou hoje?
– O que você achou mais fácil: classificar ou contar?
– Por que é importante saber os números?
– Como podemos usar o que aprendemos no dia a dia?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, observando como as crianças participam das atividades, suas interações e compartilhamentos em grupo. Notar a quantidade de objetos contados e a correção na grafia dos números ajudará a compreender o progresso de cada criança.
Encerramento:
Finalizar a aula celebrando as conquistas e aprendizados coletivos das crianças. Reforçar a importância da colaboração e aprendizado mútuo.
Dicas:
– Aproveite o espaço externo para as atividades ao ar livre.
– Utilize músicas e cantigas que envolvam números para tornar o aprendizado ainda mais divertido.
– Incentive as crianças a fazerem suas próprias regras para jogos, promovendo a criatividade.
Texto sobre o tema:
A quantidade é um conceito essencial na aprendizagem das crianças durante a Educação Infantil. Desde as primeiras interações com os números até a formatação de quantidades, cada interação promove uma base sólida para o entendimento futuro da matemática. Com a evolução das habilidades cognitivas, é possível notar como atividades lúdicas, como a amarelinha, proporcionam um ambiente enriquecedor, onde brincadeira e aprendizado se encontram. A criança, ao interagir, não só aprende a contar, mas começa a entender o valor dos números em seu cotidiano.
A grafia e a quantificação não devem ser ensinadas de forma isolada; ao contrário, devem ser integradas em atividades que façam parte do universo infantil. As crianças são naturalmente curiosas e, através de jogos, elas conseguem aplicar suas aprendizagens com praticidade. Essa prática garante um aprendizado significativo e duradouro, uma vez que é baseada em experiências concretas, que são muito mais memoráveis.
Por fim, ao utilizar recursos que estimulem a interação e a cooperação, os educadores estão promovendo não apenas a aprendizagem matemática, mas também habilidades sociais fundamentais. Isso inclui a empatia, o respeito pelas diferenças e a capacidade de trabalhar em equipe. Os desafios apresentados vão além dos números e quantidades — eles instigam as crianças a se relacionarem e aprenderem com seus colegas e com o mundo a sua volta.
Desdobramentos do plano:
Para que as aprendizagens ao longo deste plano sejam ainda mais efetivas, é fundamental que as atividades propostas sejam revisitadas em diferentes contextos. Ao permitir que as crianças escolham uma variante do jogo da amarelinha ou até mesmo criem novas regras, o professor elucidará o valor do pensamento crítico e da criatividade. Isso pode ser liderado em um espaço aberto, onde as modificações das regras possam ser mais bem aplicadas, aproveitando a energia dos alunos.
O uso da arte, por exemplo, pode ser um desdobramento interessante, onde as crianças podem ilustrar suas próprias versões da amarelinha, representando não apenas os números, mas também suas experiências de brincadeira. Ao fazer este tipo de conexão, o aprendizado se torna mais interdisciplinar, integrando a matemática com a expressão artística e a linguagem.
Ainda, o professor pode analisar a possibilidade de fazer um projeto em grupo, onde as crianças se unam para coletar e quantificar diferentes objetos em casa e trazê-los para a escola, criando assim um acervo de aprendizados prático e visual. Essa atividade não apenas aprofundará o conceito de quantificação, como também reforçará a importância de se trabalhar em conjunto, respeitando as individualidades e habilidades de cada um.
Orientações finais sobre o plano:
Ao concluir o plano de aula, é essencial refletir sobre a importância de criar um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças se sintam à vontade para explorar e compartilhar suas ideias. A empatia deve ser sempre uma condição primordial nas interações, tanto entre alunos quanto entre educadores e alunos. O papel do educador é fundamental para guiar e estimular discussões e trocas de experiências, sempre promovendo o respeito mútuo.
Além disso, deve-se estar atento às diferentes formas de expressão e aprendizagem das crianças, garantindo que todos tenham a oportunidade de se expressar e participar. Incorporar adaptações e ajustes nas atividades para atender diferentes ritmos de aprendizagem é uma prática essencial. Isso não apenas promove uma inclusão real, como também valoriza a diversidade do grupo.
Por fim, estar aberto a ouvir as sugestões e observações das crianças deve ser uma prática comum. Assim, o educador não apenas ensina, mas aprende com seus alunos, numa troca mútua de conhecimentos e vivências. Essa dinâmica ajuda a moldar um ambiente de aprendizagem rico e inspirador, que com certeza resultará em experiências memoráveis e significativas para todos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo da contagem criativa: As crianças devem contar os passos ao andarem em um caminho previamente desenhado no chão e, ao final, dizer em voz alta quantos passos foram dados, ajudando assim na associação entre números e quantidades.
2. Teatro de fantoches numéricos: Criar fantoches que representem números, onde as crianças podem interagir com os personagens, contando e realizando pequenas histórias que envolvam os números.
3. Compondo músicas com números: Incentivar as crianças a criar pequenas canções envolvendo números. Essa atividade não só reforça a memorização, como estimula a criação musical.
4. Caça ao tesouro numérico: Realizar uma caçada onde as crianças devem procurar e contar números que estejam escondidos pelo ambiente e registrá-los em uma folha, promovendo a exploração e o movimento.
5. Estampagem de números: Utilizar carimbos de diferentes números e permitir que as crianças carimbem em uma folha, criando um padrão com os números e se divertindo ao mesmo tempo em que aprendem sobre quantidade.
Essas sugestões, adaptadas à faixa etária, prometem não só engajar as crianças, mas também tornar o aprendizado de números e quantidades uma experiência divertida e diversificada.