“Desenvolvendo Habilidades de Argumentação no 8º Ano”

Este plano de aula tem como objetivo estimular a reflexão crítica dos alunos sobre a importância da comunicação e da argumentação dentro do contexto da língua portuguesa. O distinto tema “Proibido Responder com Sim ou Não” propõe uma abordagem interessante para a construção de habilidades orais e argumentativas, ressaltando a riqueza do uso da linguagem. Esta atividade busca não apenas promover um debate produtivo, mas também desenvolver competências linguísticas fundamentais aos alunos do 8º ano. O cerne da questão reside em encorajar a abordagem crítica em relação às respostas simplistas que não exploram a profundidade do tema discutido, tornando todos os alunos mais aptos a se expressar de maneira coesa e articulada.

A construção deste plano de aula toma como base as diretrizes da BNCC para o 8º ano do ensino fundamental, assegurando que os alunos não apenas aprendam a importância da argumentação, mas também pratiquem habilidades específicas da língua portuguesa em suas produções orais e escritas. O conteúdo se alinha tanto às sessões de leitura e interpretação de textos quanto à produção textual, além de destacar a relevância da interação e da construção de um discurso plural e embasado.

Tema: Proibido Responder com Sim ou Não
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 12 a 15 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos experiências que os ajudem a desenvolver habilidades de argumentação, permitindo-lhes articular pontos de vista e ampliar suas capacidades comunicativas, por meio de debates que instiguem o pensamento crítico e a escuta ativa.

Objetivos Específicos:

1. Desenvolver habilidades de comunicação oral e escrita através de debates e discussões em grupo.
2. Estimular o raciocínio crítico e a capacidade de argumentar de maneira fundamentada.
3. Aprimorar a compreensão de estruturas textuais e o uso de conectivos na construção de discursos coerentes e coesos.
4. Incentivar a prática da escuta ativa e do respeito às diferentes opiniões durante as trocas de ideias.

Habilidades BNCC:

(EF08LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste, exemplificação, ênfase.
(EF08LP10) Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de sentido de modificadores do verbo, usando-os para enriquecer seus próprios textos.
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcador
– Fichas de perguntas (sobre temas variados que incentivem o debate)
– Cartolinas e canetas coloridas para anotações
– Aparelho de som (opcional, para utilização musical em atividades)

Situações Problema:

– Como uma resposta simples pode limitar o entendimento de uma ideia ou opinião?
– Quais os impactos de uma comunicação profunda na construção de um argumento durante uma discussão?
– De que forma a argumentação pode influenciar as decisões em grupo?

Contextualização:

Vivemos em um mundo repleto de informações e opiniões que muitas vezes são expressas de forma superficial. Esta aula propõe que os alunos compreendam a importância de elaborar respostas que vão além do simples “sim” ou “não”, incentivando um debate construtivo que explore a complexidade das opiniões e promova um diálogo produtivo. Essa habilidade é essencial tanto no ambiente escolar quanto na vida diária, onde o envolvimento ativo em discussões e a capacidade de argumentar de forma significativa são fundamentais.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Comece a aula apresentando o tema e explique a importância de desenvolver habilidades argumentativas. Pergunte aos alunos se eles já se sentiram frustrados com respostas simples em discussões e incentive-os a compartilhar suas experiências.

2. Aquecimento (10 minutos): Divida a turma em pequenos grupos e distribuía fichas com perguntas desafiadoras. Cada grupo deve debater suas respostas, evitando responder com “sim” ou “não”. Por exemplo, “A escola deve ter regras? Justifique sua resposta”.

3. Debate (20 minutos): Traga a turma de volta e organize um debate. Escolha algumas perguntas das fichas para serem discutidas em grande grupo. Permita que os alunos defendam seu ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos. Encoraje a prática da escuta ativa e faça com que os alunos utilizem conectivos e recursos de coesão ao elaborar suas respostas.

4. Reflexão escrita (10 minutos): Após o debate, peça que cada aluno escreva um pequeno texto refletindo sobre o que aprenderam e como se sentiram ao apresentar suas opiniões e discussões.

Atividades sugeridas:

1. Leitura e interpretação de texto: Selecione textos de opinião e analise com os alunos os argumentos apresentados e as técnicas utilizadas na construção do texto. Discuta como as respostas simples podem afetar a interpretação do texto.

2. Criação de debates estruturados: Em grupos, os alunos devem escolher um tema e reunir argumentação suficiente, elaborando um mini-artigo que apresenta suas opiniões, que deverá ser escrito ou apresentado de forma oral.

3. Role-play de entrevistas: Proponha um exercício onde os alunos atuam como jornalistas e entrevistam colegas sobre temas polêmicos, evitando respostas simples, assim como utilizando perguntas abertas que estimulam a argumentação.

4. Dinâmica de escuta: Realize uma atividade onde um aluno fala sobre um tema, e os outros devem anotar argumentos relevantes, depois reverter os papéis, promovendo um ambiente de escuta e construção coletiva.

5. Redação final: Após práticas de debate e discussão, peça aos alunos que elaborem um texto argumentativo sobre um tema escolhido, valorizando a estrutura textual, a coesão e a argumentação.

Discussão em Grupo:

– Por que vocês acham que as respostas simples podem ser prejudiciais em um debate?
– Como podemos garantir que todas as vozes sejam ouvidas em uma discussão?

Perguntas:

1. Quais foram os momentos em que você se sentiu mais à vontade para se expressar?
2. Como você avalia a importância de argumentar em uma conversa?
3. O que você aprendeu sobre o papel do respeito e da escuta durante as discussões?

Avaliação:

A avaliação será contínua e incluirá a participação ativa nas discussões, a capacidade de argumentar com clareza durante os debates e a qualidade dos textos escritos. O professor observará como os alunos utilizam diferentes estratégias de argumentação e coesão em suas produções.

Encerramento:

Para finalizar, faça uma cerimônia de encerramento onde serão compartilhados os principais aprendizados do dia. Reforçar a importância de uma comunicação assertiva e a necessidade de respeitar as opiniões divergentes. Estimule os alunos a aplicarem essas habilidades no cotidiano.

Dicas:

– Incentive sempre a participação e o respeito pelas falas dos colegas, evitando interrupções.
– Utilize gravações ou pequenos vídeos que ilustrem boas práticas de argumentação.
– Diversifique os tipos de textos utilizados, explorando diferentes gêneros.

Texto sobre o tema:

A habilidade de argumentar é essencial na comunicação social e na vida cotidiana. É comum ver situações em que uma simples resposta, como “sim” ou “não”, limita profundamente o diálogo e a construção de conhecimento. Muitas vezes, o que a sociedade mais precisa é de discussões aprofundadas que considerem diferentes perspectivas e promovam a construção conjunta de saberes. Por isso, desenvolver a capacidade de argumentar é mais do que uma técnica; é um exercício de cidadania que fomenta o respeito, a empatia e a colaboração.

Ser capaz de se manifestar com clareza e coesão não apenas fortalece o discurso de cada indivíduo, mas também enriquece as interações sociais e a convivência em comunidade. Ao cultivar essa habilidade, os jovens se tornam agentes de mudanças, capazes de contribuir positivamente para debates sociais, políticos e culturais, promovendo uma maior compreensão das questões que nos cercam. Encorajar práticas que evitem respostas simplistas ajuda a formar pensadores críticos, preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Desdobramentos do plano:

Após a realização da aula e a prática do debate, é possível que os alunos continuem refletindo sobre os temas discutidos em suas aulas de outras disciplinas. Por exemplo, em História, ao debater sobre a Revolução Francesa, poderia ser proposto que os alunos examinassem não apenas os resultados, mas também as opiniões divergentes entre os grupos sociais da época. Esse exercício pode auxiliar na compreensão do papel que a comunicação e a argumentação desempenham em momentos históricos cruciais.

Além disso, os alunos podem ser encorajados a criar uma periódico na escola, onde possam publicar textos produzidos por eles, refletindo sobre temas contemporâneos que os interessam. Essa ação contribuirá para a prática da escrita e da argumentação de um modo que alcance não apenas a sala de aula, mas toda a comunidade escolar, estabelecendo um canal de diálogo e aprendizado coletivo.

Por fim, uma avaliação contínua pode ser feita durante o semestre, onde os alunos são incentivados a participar de debates sobre questões atuais em suas comunidades. A habilidade de argumentar, ao ser praticada de forma regular, permitirá que eles não apenas apresentem suas ideias, mas também escutem e apreendam as visões de outros, criando um espaço de diálogo necessário para a convivência em sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

É crucial que o professor mantenha um ambiente inclusivo e respeitoso, onde todos os alunos se sintam à vontade para expressar suas opiniões sem medo de críticas. A criação de um espaço seguro para o discurso é essencial para o aprendizado e desenvolvimento das habilidades de argumentação.

Além disso, é recomendável que o professor esteja atento a possíveis respostas simplistas e alcoolizadas, estimulando os estudantes a se aprofundar nas discussões de maneira respeitosa. Para isso, a elaboração de um código de conduta para os debates pode ser uma boa estratégia, garantindo que todos os alunos respeitem as diretrizes acordadas.

Por último, as metodologias ativas devem ser integradas ao ensino, como grupos de discussão, pesquisa e análise de textos, pois tornam o aprendizado mais dinâmico, significativo e envolvente para os alunos. É essencial que a prática da argumentação se torne uma experiência vivencial e não apenas teórica, promovendo assim um aprendizado mais profundo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo da Argumentação: Monte um jogo de tabuleiro onde os alunos devem avançar em casas respondendo a perguntas e apresentando argumentos sobre afirmativas que podem ser “sim ou não”. Vencerá o grupo que conseguir apresentar os melhores argumentos, criando uma dinâmica divertida e interativa.

2. Teatro de Improvisação: Promova um exercício teatral onde os alunos atuam em duplas ou grupos pequenos, criando pequenas cenas onde precisam evitar respostas simplistas e elaborar diálogos complexos. Essa atividade pode ajudar a alavancar suas habilidades verbais e de criatividade.

3. Quiz de Debate: Organize um quiz onde os alunos devem responder a perguntas complexas sobre suas opiniões em diferentes temas, mas precisam apresentar suas justificativas. O uso de cronômetros para limitar o tempo para responder torna a atividade mais dinâmica.

4. Roda de Debate do Futuro: Depois de algumas rodadas de discussões e argumentos, mude o foco para futuros possíveis. Os alunos podem apresentar suas visões sobre os melhores cenários que poderiam ocorrer, evitando sempre respostas simples e promovendo uma reflexão mais profunda.

5. Frases Incompletas: Prepare cartões com frases inacabadas que os alunos devem completar, mas que impeçam respostas diretas. Isso promove a integração do entendimento e a capacidade dos alunos de construir um discurso mais elaborado.

Com estas sugestões, os alunos estarão mais engajados e motivados a explorar a importância de não se deixarem levar por respostas simplistas, mas sim a desenvolverem um pensamento crítico que enriqueça suas interações.

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