“Desenvolvendo Criatividade: Dança e Improvisação para Crianças”

No presente plano de aula, abordaremos a capacidade de criar e improvisar movimentos dançados com alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. A dança é uma forma de expressão artística que não apenas estimula a criatividade, mas também contribui para o desenvolvimento motor e social das crianças. Ao longo da aula, os alunos participarão de atividades práticas que os incentivarão a explorar os seus próprios movimentos corporais e a se expressar de maneira única.

Com a integração da dança e da expressão corporal, os estudantes terão a oportunidade de experimentar diferentes ritmos, além de desenvolver a sua coordenação motora. É fundamental que o professor crie um ambiente acolhedor e motivador, permitindo que as crianças se sintam à vontade para se movimentar e improvisar. Essa liberdade criativa enriquecerá o aprendizado e promoverá um espaço de troca e respeito entre os colegas.

Tema: Criar e Improvisar Movimentos Dançados
Duração: 1h45
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a capacidade de criação e improvisação de movimentos dançados, estimulando a expressão artística e a coordenação motora em crianças do 1º ano do Ensino Fundamental.

Objetivos Específicos:

– Propor atividades de dança que estimulem a criatividade e a autoexpressão.
– Promover a interação e o trabalho em grupo, incentivando a colaboração entre os alunos.
– Desenvolver a percepção corporal e a familiaridade com diferentes ritmos e estilos de dança.
– Explorar a improvisação como forma de expressão individual e coletiva.

Habilidades BNCC:

– (EF15AR11) Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos códigos de dança.

Materiais Necessários:

– Música instrumental variada (pode incluir ritmos como carnaval, clássica, pop, entre outros).
– Um espaço adequado para a realização das atividades (sala ou pátio).
– Materiais para criar adereços simples (lenços, fitas ou tecidos levados pelos alunos).
– Colchonetes ou tapetes, caso necessário, para atividades no chão.

Situações Problema:

– Como podemos nos movimentar de diferentes modos ao som da música?
– Quais adereços podem nos ajudar a expressar melhor os nossos movimentos dançados?
– Como podemos trabalhar em grupo para criar uma dança juntos?

Contextualização:

Dançar é uma prática que remete à cultura e à história de diferentes povos. Desde os tempos mais remotos, a dança serviu como uma ferramenta de comunicação. Hoje, ao introduzirmos a dança na sala de aula, propomos uma reflexão sobre a importância da expressão corporal e do movimento para a socialização e o desenvolvimento das crianças.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em três etapas principais:

1. Aquecimento (20 minutos)
Inicie a aula com um aquecimento leve, utilizando movimentos de alongamento como subir os braços, tocar os pés e girar o corpo. Brinque com a música escolhida, pedindo aos alunos que sigam a melodia com os gestos.

2. Exploração de Movimentos (30 minutos)
Divida os alunos em pequenos grupos e proponha que criem sequências de movimentos para acompanhar a música. Cada grupo deve apresentar uma dança de forma livre, utilizando os materiais disponibilizados. O professor pode incentivar a brincadeira de imitar uns aos outros e experimentar novas formas de movimento.

3. Improvisação e Apresentação (25 minutos)
Após a exploração inicial, cada grupo deve escolher um ritmo diferente da música para representar e improvisar. Em seguida, cada grupo apresenta sua coreografia para os colegas, promovendo assim a interação e o feedback entre eles.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Jogos de Movimento (1º Dia – 20 minutos)
Objetivo: Estimular a percepção do corpo e a coordenação motora.
Descrição: Organize os alunos em círculo e proponha “O Jogo do Espelho”, onde um aluno faz movimentos que o outro deve imitar.
Materiais: Nenhum material necessário.
Adaptação: Para alunos com dificuldades nos movimentos, pode-se solicitar que imitem gestos mais simples.

Atividade 2: Criação de Coreografias (2º Dia – 30 minutos)
Objetivo: Promover a colaboração entre alunos na criação de danças.
Descrição: Os grupos criam uma pequena coreografia a partir de um tema sugerido (natureza, animais, etc).
Materiais: Lenços ou qualquer adereço que tenha sido levado pelos alunos.
Adaptação: Alunos que têm mais dificuldade podem ser auxiliados por colegas.

Atividade 3: Improvisação com Música (3º Dia – 25 minutos)
Objetivo: Explorar a improvisação no movimento.
Descrição: Ao som de diferentes ritmos, os alunos devem se deixar levar pela música, improvisando seus movimentos.
Materiais: Música variada.
Adaptação: Informar que eles podem dançar sozinhos ou em duplas.

Discussão em Grupo:

Promova uma reflexão em grupo sobre as experiências de dança de cada aluno. Pergunte como eles se sentiram dançando e o que aprenderam sobre a expressão corporal.

Perguntas:

– O que você mais gostou nos movimentos dançados?
– Como organizaram sua dança em grupo?
– Que adereços ajudaram a expressar melhor seus movimentos?

Avaliação:

A avaliação será processual e focará na participação, na capacidade de improvisação e na criação coletiva de cada grupo durante as atividades propostas. O professor observará o envolvimento de cada aluno nas atividades, seu respeito ao espaço do colega, bem como seu compromisso com a tarefa.

Encerramento:

Finalize a aula com uma roda de conversa onde os alunos poderão compartilhar o que aprenderam e suas impressões sobre a atividade. Reforce a importância da dança como uma forma de expressão artística e de interação social.

Dicas:

– Incentive os alunos a não terem medo de se expressar; a dança é um espaço de liberdade.
– Crie um ambiente seguro, onde todos sintam que podem participar sem julgamentos.
– Utilize a música como ferramenta para guiar os movimentos e criar diferentes atmosferas durante a aula.

Texto sobre o tema:

A dança é uma forma universal de comunicação que transcende a linguagem falada. Desde a antiguidade, foi utilizada para expressar alegrias, rituais e até mesmo contar histórias. Em nossas aulas, ao promover a criação e improvisação, buscamos resgatar a essência dessa prática. A dança não apenas se enquadra no âmbito da arte, mas também é um poderoso instrumento educacional. Ela permite que as crianças explorem sua corporalidade e desenvolvam habilidades sociais e emocionais. Através da dança, os alunos aprendem a trabalhar em grupo, a cooperar e a respeitar o espaço e os movimentos dos outros. O improviso na dança é uma oportunidade para que cada criança descubra o seu ritmo e a sua capacidade de se expressar livremente, criando um ambiente de acolhimento e intercâmbio artístico.

Desenvolver o gosto pela dança na educação infantil é fundamental para incentivar a criatividade. Com essa abordagem, as crianças se sentem motivadas a participar e experimentar diversos estilos de dança. Além disso, perceber que cada movimento possui seu valor, independentemente da técnica, é um aprendizado precioso. Celebrar a diversidade de expressões e permitir a cada aluno que mostre o seu estilo particular, cria-se um espaço seguro para a inovação e a aceitação.

Em suma, as aulas de dança introduzem habilidades essenciais que servem para toda a vida. Facilita a construção de relacionamentos sociais, o desenvolvimento da autoestima e a capacidade de adaptação a diferentes contextos sociais. Por meio da dança, as crianças aprendem a se comunicar não verbalmente, a conectar-se com o público e, mais importante, a se conectar consigo mesmas. A dança é um elo entre o físico e o emocional, entre o individual e o coletivo, uma experiência rica em potencial para moldar a personalidade e a criatividade.

Desdobramentos do plano:

– É possível expandir essa temática da dança para outras artes como o teatro ou a música, promovendo a interdisciplinaridade. Os alunos podem criar uma apresentação que combine dança com elementos teatrais, onde cada atividade enriquece a compreensão sobre a expressão artística. Essa abordagem ajuda os alunos não só a entenderem a dança como uma arte isolada, mas como parte maior de um contexto cultural vasto.

– Após as atividades de improvisação, os alunos podem ser convidados a explorar a historização de diferentes danças ao redor do mundo, assim como suas funções sociais e culturais. Isso pode interligar o conhecimento de geografia e história, permitindo que as crianças compreendam melhor como a dança também faz parte de suas próprias histórias e tradições.

– Para enriquecer a aprendizagem, convites a dançarinos ou artistas locais podem ser promovidos, resultando em um trabalho colaborativo e interativo. O contato com esses profissionais pode ampliar a visão dos alunos sobre as possibilidades de carreira nas artes e gerar uma maior apreciação por danças tradicionais e contemporâneas.

Orientações finais sobre o plano:

– É fundamental que as aulas sejam conduzidas em um ambiente onde a criação e a improvisação sejam sempre encorajadas. O professor deve ser o mediador, proporcionando suporte e facilitando a expressão dos alunos ao invés de inibi-los. A dança deve ser um espaço de liberdade e respeito, onde cada criança se sinta confortável para mostrar seus sentimentos e sua identidade através do movimento.

– Faça sempre uma avaliação informal durante as atividades, isso ajudará a entender melhor como cada aluno se sente e se está progredindo nas competências que desejamos desenvolver. Perguntas abertas durante o encerramento da aula podem revelar insights valiosos sobre o que funcionou bem e o que pode ser aprimorado nas próximas aulas.

– Por fim, ao realizar atividades, considere a diversidade do grupo e as diferentes capacidades de cada criança. Adapte as propostas para que todos possam participar de forma significativa. A inclusão é um pilar educativo que deve ser sempre priorizado, e a dança deve estar acessível a todos. Comumente, a dança é vista como uma atividade excludente; também podemos transformar essa percepção em um processo inclusivo que respeite e valorize todos os corpos e suas capacidades.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança das Formas
Objetivo: Reconhecer e expressar diferentes formas geométricas através da dança.
Descrição: Os alunos dançam imitando formas geométricas (círculo, quadrado, triângulo) ao som de música. Ao parar a música, os alunos devem formar a figura correspondente.
Materiais: Música e espaço amplo.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, permitir que utilizem simples movimentos que representem as formas.

2. Histórias Dançadas
Objetivo: Integrar a narrativa e a dança.
Descrição: Cada aluno deverá “contar” uma pequena história com danças. A história pode ser algo simples do cotidiano ou um conto.
Materiais: Música instrumental e um espaço livre.
Adaptação: Fazer em pequenos grupos facilita a participação de todos, especialmente dos mais tímidos.

3. Baile das Cores
Objetivo: Criar dança inspirada nas cores.
Descrição: Os alunos deverão usar luminárias ou tecidos coloridos para improvisar uma dança que remeta a diferentes cores, associando sentimentos aos movimentos.
Materiais: Tecido colorido ou fitas.
Adaptação: Propor que utilizem as cores que mais gostam ou que marcam cada um deles.

4. Dança dos Animais
Objetivo: Utilizar a criatividade para imitar o movimento de diferentes animais.
Descrição: Os alunos tentam imitar movimentos e formas de dançar que diferentes animais fazem, como pular como um coelho ou arrastar como uma cobra.
Materiais: Música animada.
Adaptação: Incentivar contato e colaboração entre alunos de diferentes habilidades.

5. A Roda da Música
Objetivo: Incorporar diferentes estilos musicais e suas respectivas danças.
Descrição: Uma roda onde cada música toca por um tempo, e os alunos devem improvisar de acordo com o estilo.
Materiais: Música variada.
Adaptação: Para aqueles que não se sentem à vontade para dançar, eles podem participar da roda aplaudindo ou criando sons com instrumentos simples.

Este plano de aula estrutura a abordagem para a criação e improvisação de movimentos dançados, permitindo que as crianças explorem a dança como uma expressão rica e diversa, promovendo aprendizado e interação em um ambiente seguro e divertido.

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