“Desenvolvendo Coordenação Motora Fina no 1º Ano: Aula Inclusiva”

Este plano de aula foi desenvolvido para promover o desenvolvimento da coordenação motora fina de alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, com especial atenção a alunos que apresentam autismo. Construir um ambiente inclusivo é essencial para garantir que todas as crianças se sintam valorizadas e possam aprender em seu próprio ritmo. Neste contexto, a coordenação motora fina é crucial, uma vez que envolve o controle de pequenos músculos, habilidades que são fundamentais para atividades do dia a dia, como escrever, usar utensílios e interagir socialmente.

A proposta deste plano é utilizar atividades adaptativas que favoreçam o envolvimento dos alunos, respeitando seus limites e promovendo a interação com os colegas. Estabelecer um ambiente de aprendizagem assistido e compreensivo proporciona oportunidades para que todos os alunos se sintam seguros e motivados a participar. O foco é direcionar as atividades para o desempenho motor, enquanto se facilita o diálogo e a socialização entre os alunos.

Tema: Coordenação Motora Fina – Atividade Adaptada
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a coordenação motora fina de alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, com atividades adaptadas, favorecendo a inclusão e a interação entre todos.

Objetivos Específicos:

– Promover a conscientização sobre a importância da coordenação motora fina.
– Estimular habilidades motoras através da manipulação de diferentes materiais.
– Fomentar a socialização e o respeito entre os colegas, incluindo alunos com autismo.
– Desenvolver a concentração e a paciência durante a execução das atividades.

Habilidades BNCC:

– (EF01LP03) Observar escritas convencionais, comparando-as às suas produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças.
– (EF12LP03) Copiar textos breves, mantendo suas características e voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras, escrita das palavras e pontuação.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.

Materiais Necessários:

– Massinha de modelar
– Tesouras com ponta arredondada
– Papéis coloridos
– Cola
– Canetas hidrográficas ou lápis de cor
– Peças de montagem (blocos de montar)
– Fitas adesivas
– Recipientes para organizar os materiais

Situações Problema:

– Como podemos usar a massinha de modelar para criar formas e figuras?
– De que maneira a coordenação motora fina é importante no dia a dia?
– Quais sãos as dificuldades que encontramos ao fazer a recorte e a colagem?

Contextualização:

Os alunos serão apresentados ao conceito de coordenação motora fina, que se relaciona com a manipulação e o controle preciso de pequenos músculos. O professor pode mencionar atividades cotidianas que utilizam essa habilidade, como escrever, desenhar e usar talheres durante as refeições. Em seguida, a aula será direcionada a atividades práticas que introduzirão esses conceitos.

Desenvolvimento:

1. Abertura de Aula (5 minutos): Iniciar a aula com uma conversa sobre o que é a coordenação motora fina e a importância dessa habilidade. Perguntar aos alunos se eles já tiveram dificuldades em usar canetas, tesouras ou ferramentas. Essa conversa ajudará a estabelecer um conexão pessoal e tornar o assunto mais relevante.

2. Atividade com Massinha (20 minutos): Distribuir massinhas de modelar aos alunos. Orientar que cada aluno faça formas diferentes: bolas, serpentes, ou figuras de animais. Esta atividade trabalhará o fortalecimento dos músculos das mãos e dedos.

3. Atividade de Recorte e Colagem (15 minutos): Após a modelagem, realizar uma atividade de recorte e colagem. Os alunos devem recortar formas previamente desenhadas em papéis coloridos e colá-las em um cartaz. Isso irá desenvolver a precisão motora ao mesmo tempo que promovem a criatividade.

4. Fechamento e Reflexão (10 minutos): Reunir os alunos em círculo e propor uma discussão breve sobre o que aprenderam, o que acharam mais divertido e quais dificuldades encontraram. Essa etapa é essencial para que possam verbalizar suas experiências.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução à Coordenação Motora
Objetivo: Compreender o que é coordenação motora fina.
Atividade: Conversa inicial e apresentação do tema usando brinquedos como fantoches que falam sobre a habilidade de manuseio. (Materiais: fantoches ou figuras que representam as mãos).
Adaptação: Alunos que têm dificuldades motoras podem usar fantoches de dedo.

Dia 2: Massinha de Modelar
Objetivo: Trabalhar a manipulação das mãos.
Atividade: Alunos criam figuras e formas variadas usando massinha. Ao final, eles devem apresentar suas obras (Materiais: massinha, papel para apoio).
Adaptação: Oferecer massinhas com diferentes texturas para estimular os sentidos.

Dia 3: Recorte e Colagem
Objetivo: Praticar o recorte e a colagem de figuras.
Atividade: Alunos recortam formas e as colam em um cartão para fazer uma representação de um tema escolhido (Materiais: papel colorido, tesouras, cola).
Adaptação: Usar tesouras de segurança para alunos que possam ter dificuldades.

Dia 4: Criação com Blocos de Montar
Objetivo: Estimular a construção e a coordenação motora.
Atividade: Usar blocos para criar estruturas e figuras.
Adaptação: Fornecer blocos de diferentes tamanhos, permitindo que alunos avancem em níveis de complexidade.

Dia 5: Encerramento e Exposição
Objetivo: Compartilhar o que foi aprendido ao longo da semana.
Atividade: Montar uma “galeria” para exibir as obras criadas durante a semana. Os alunos podem explicar suas criações para a turma (Materiais: cartazes para expor).
Adaptação: Permitir que alunos que se sentem mais à vontade escrevam pequenas legendas ao invés de falarem.

Discussão em Grupo:

Discutir com os alunos sobre as experiências durante as atividades. Perguntar o que eles aprenderam sobre a coordenação motora e como se sentiram realizando as atividades.

Perguntas:

– O que foi mais fácil ou difícil de fazer na atividade de massinha?
– Como você se sentiu ao recortar o papel e colá-lo?
– Por que achamos importante trabalhar a coordenação motora fina?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando o envolvimento dos alunos nas atividades, suas interações e a evolução nas habilidades motoras. Focar no progresso individual, respeitando a diversidade e as particularidades de cada aluno.

Encerramento:

Para encerrar, agradecer aos alunos pela participação e resgatar os principais aprendizados da aula. Propor que cada um compartilhe um momento divertido da atividade que mais gostaram.

Dicas:

– Estar atento às necessidades e limitações dos alunos em qualquer atividade proposta.
– Promover um espaço seguro para perguntas e expressões, incentivando a comunicação aberta.
– Reforçar a importância do trabalho em grupo, para que alunos aprendam a colaborar e respeitar as diferenças.

Texto sobre o tema:

A coordenação motora fina é uma habilidade fundamental no desenvolvimento infantil. Ela envolve a habilidade de controlar pequenos músculos das mãos, permitindo que crianças realizem tarefas do dia a dia com eficiência, como escrever, desenhar, recortar e utilizar utensílios. O desenvolvimento desta habilidade está vinculado a diversas áreas do aprendizado e da autoconfiança da criança. Ao trabalharmos de forma consciente e adaptativa, conseguimos envolver todos os alunos nesse processo, independentemente de suas condições.

Ao estimular a coordenação motora fina, também estamos promovendo o desenvolvimento social, uma vez que quase todas as atividades envolvendo estas habilidades requerem alguma forma de interação com os outros. Ao trabalhar em equipe, as crianças aprendem valores importantes, como o respeito e a cooperação. Isso é ainda mais relevante quando falamos de alunos com autismo, que podem se beneficiar enormemente de um ambiente de apoio e inclusão.

A prática de atividades que envolvem a coordenação motora fina pode, de fato, ser ampla e variada. Ao tocar, manipular e explorar diferentes materiais, os alunos não apenas exercitam as habilidades manuais, mas também estimulam a criatividade e a imaginação. Para as crianças, essas podem ser experiências muito gratificantes e que proporcionam prazer, e, por consequência, geram motivação para a aprendizagem.

Desdobramentos do plano:

Na sequência do plano de aula, é essencial pensar em atividades que possam se desdobrar além do momento em sala de aula. Uma forma de fazer isso é gerar atividades de extensão que envolvam os familiares. Por exemplo, pode-se propor que os alunos pratiquem as habilidades motoras em casa, ajudando em tarefas como o preparo de refeições simples, que envolvem o uso de utensílios e a manipulação de ingredientes. Isso não só reforça o que foi aprendido nas atividades, como envolve a família no processo educativo.

Outra opção é criar um “clube da massinha”, onde os alunos, a cada semana, tragam novas receitas ou materiais para explorar as possibilidades da massinha de modelar. Além de trabalhar a motricidade, essas atividades podem ser um ótimo ponto de partida para conversas sobre texturas, cores e a origine dos materiais. É através dessas interações que habilidades como a observação, a comparação e a avaliação se tornam práticas cotidianas.

Além disso, as experiências desenvolvidas na semana podem ser compartilhadas com outros professores e turmas, promovendo uma troca invejável de experiências. Ao proporcionar oportunidades de exposição do trabalho dos alunos, criamos um clima de saúde emocional e autoestima, o que propicia um ambiente escolar positivo e acolhedor.

Orientações finais sobre o plano:

Em conclusão, ao longo deste plano de aula, busque sempre desenvolver uma interação maior com os alunos, respeitando suas diversidades e promovendo a união através das atividades adaptadas. O objetivo não é apenas ensinar, mas assegurar que cada aluno se sinta ouvido, respeitado e acolhido em um espaço de aprendizado afetivo.

Encoraje o uso de feedback imediato durante as atividades; isso pode reforçar o aprendizado e permitir que ajustes sejam feitos em tempo real, conforme a necessidade dos alunos. Além disso, esteja aberto a inovações e novas abordagens, afinal, cada grupo de alunos traz suas singularidades e as atividades deverão ser moldadas de acordo.

Por fim, lembre-se que a coordenação motora fina é uma habilidade que pode ser aprimorada por meio da prática e do engajamento constante. As atividades propostas devem sempre ser contextualizadas e significativas, a fim de manter a motivação dos alunos e proporcionar experiências enriquecedoras.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo da Pesca: Os alunos podem usar uma vara de pescar feita com um cabide e um clipe. Devem pescar objetos pequenos (como números ou letras referentes ao conteúdo) em uma caixa com grãos. Isso auxilia na coordenação e promove aprendizagem.

2. Desenho na Areia: Com uma bandeja de areias, cada aluno deve usar seu dedo, palito ou pincel para desenhar formas e figuras. Isso desenvolve a sensibilidade tátil e a criatividade.

3. Corrida de Obstáculos com Materiais: Criar um percurso na sala ou no pátio com diferentes estações para que as crianças passem, onde deverão executar tarefas que envolvem pegamento, inserção de objetos em furos, manuseio de ferramentas de jardim de brinquedo.

4. Montagem com LEGO: Propor que os alunos construam um elemento específico em um tempo estipulado. A atividade pode ser desafiadora e divertida.

5. Jogos de Balanço com Material de Reciclagem: Utilizar garrafas plásticas e outros materiais recicláveis para criar jogos de equilíbrio, onde alunos empilham e organizam sem deixar cair. Essa é uma maneira divertida e interativa de abordar o tema.

As atividades devem sempre ser adaptadas as necessidades e ao nível motor de cada aluno, garantindo que todos possam participar e se desenvolver em sua plenitude.

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