Desenvolvendo Coordenação Motora Fina na Educação Infantil

A presente aula tem como foco o desenvolvimento da coordenação motora fina, uma habilidade essencial para a infância que contribui significativamente para o aprendizado e a autonomia das crianças. O objetivo primordial é trabalhar as capacidades motoras das mãos, utilizando atividades lúdicas que estimulam a percepção, a concentração e a interação social dos pequenos. Com o plano estruturado, educadores terão a oportunidade de explorar a temática de maneira engajadora e didática, visando sempre o aprendizado ativo e a prazerosa descoberta.

Neste plano, serão abordadas atividades adaptadas à faixa etária de crianças bem pequenas, ou seja, de 1 ano e 7 meses até 3 anos e 11 meses. As experiências propostas são estrategicamente alinhadas às competências da BNCC, utilizando práticas que favoreçam a interação e o desenvolvimento integral dos alunos, respeitando sempre seu ritmo e suas particularidades.

Tema: Coordenação Motora Fina
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a coordenação motora fina das crianças através de atividades que incentivem o uso das mãos, promovendo a autonomia e a exploração do ambiente.

Objetivos Específicos:

– Estimular o controle e a força das mãos em diversas atividades.
– Promover a socialização e a interação entre as crianças durante as práticas.
– Fomentar a criatividade e a expressão individual através de atividades manuais.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Massinha de modelar.
– Papel colorido.
– Tesouras infantis (sem ponta).
– Papelão para recorte.
– Tintas (a base de água) e pincéis.
– Caixas de diferentes formatos (para encaixe).
– Entrevistas de fotos de mãos em atividades manuais.

Situações Problema:

Como as crianças podem utilizar suas mãos para criar novos objetos? Quais materiais podemos manipular para fazer uma nova arte?

Contextualização:

As práticas de coordenação motora fina são fundamentais para o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças. Ao manipular objetos e explorar texturas, as crianças aprimoram suas habilidades manuais e, consequentemente, sua autonomia. Além disso, ao trabalhar em grupo, desenvolvem habilidades sociais que são igualmente imprescindíveis para sua formação. A utilização de materiais variados e de diferentes texturas proporciona uma experiência rica que desperta a curiosidade e o prazer pelo aprendizado.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em duas grandes etapas: a apresentação dos materiais e as atividades práticas. Inicialmente, o educador deve apresentar os materiais, permitindo que as crianças explorem e vivenciem a textura e as propriedades de cada um deles.

1. Apresentação dos Materiais (10 minutos): O educador deve apresentar cada material que será utilizado, proporcionando que as crianças toquem, sintam e descrevam as texturas e cores. Isso pode incluir a massinha de modelar, que é muito utilizada na educação infantil pela sua flexibilidade.

2. Atividades Práticas (30 minutos):

Atividades Sugeridas:

Atividade 1: Modelando com Massinha
Objetivo: Desenvolver habilidades manuais ao modelar formas.
Descrição: As crianças receberão massinha de modelar e deverão criar diferentes formas, incentivando a exploração da criatividade e o controle motor.
Materiais: Massinha de modelar.
Instruções: Os alunos devem trabalhar em pequenos grupos, compartilhando os materiais, e o educador pode circular entre os grupos, orientando as crianças e apontando as diferentes técnicas de manuseio.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, o educador pode oferecer massinhas mais macias ou peças para moldar.

Atividade 2: Recortes com Papel
Objetivo: Trabalhar a tesoura infantil e o controle motor.
Descrição: As crianças irão cortar papel colorido em formas variadas, desenvolvendo o uso da tesoura.
Materiais: Papel colorido e tesouras infantis.
Instruções: Oferecer folhas de diferentes cores e incentivar as crianças a cortarem em formas simples, como círculos e quadrados. O professor deve sempre supervisionar e ajudar as crianças.
Adaptação: Crianças que podem ter dificuldade com a tesoura podem rasgar o papel, experimentando a textura de outra forma.

Atividade 3: Pintura com Dedos
Objetivo: Desenvolver a coordenação dos dedos.
Descrição: As crianças poderão pintar utilizando as próprias mãos, criando desenhos com tinta.
Materiais: Tintas (a base de água), papel e aventais.
Instruções: Colocar tintas em recipientes rasos e oferecer papéis grandes para que as crianças possam usar a técnica de pintura com os dedos.
Adaptação: Para crianças que podem tácito ter algum medo, proporciona-se a pintura com pincéis ao invés de diretamente com os dedos.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reunir as crianças para discutir suas experiências. Perguntar: “Qual foi a parte mais divertida?” e “O que vocês aprenderam com o movimento das mãos?”.

Perguntas:

– Como vocês se sentiram ao criar as formas?
– O que foi mais difícil: recortar ou modelar?
– Quais cores vocês usaram para pintar?

Avaliação:

A avaliação será processual e observará o envolvimento, a participação e o desenvolvimento das habilidades manuais das crianças nas atividades propostas. É importante que o professor registre as interações e a confiança dos alunos em utilizar os materiais, bem como a capacidade de socialização e de resolução de conflitos.

Encerramento:

Finalizar a aula destacando a importância do uso das mãos em nossas atividades cotidianas. Reforçar que a prática, como estas, ajuda a ensinar sobre como criar e expressar-se além de auxílio importante no crescimento e desenvolvimento motor.

Dicas:

– Sempre adapte as atividades ao nível de habilidade dos alunos.
– Esteja atento para oferecer um ambiente seguro e acolhedor, onde as crianças se sintam livres para explorar.
– Incluir atividades que favoreçam não só a coordenação motora, mas também a socialização entre as crianças é fundamental para a formação do grupo.

Texto sobre o tema:

A coordenação motora fina é um aspecto essencial do desenvolvimento infantil, uma vez que envolve movimentos controlados e precisos das pequenas musculaturas, especialmente das mãos. Esse tipo de coordenação é fundamental para uma série de atividades do cotidiano, como escrever, desenhar, e manipular objetos diversos. Para crianças na faixa etária de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses, o desenvolvimento dessa habilidade é apreciado através de atividades lúdicas que tornam o aprendizado natural e prazeroso.

Brincadeiras que envolvem o uso das mãos, como modelagem, pintura e recortes, não apenas ajudam a desenvolver a coordenação motora fina, mas também oferecem oportunidades valiosas de socialização. As crianças aprendem a compartilhar materiais, comunicar intenções e colaborar em grupos, promovendo um ambiente saudável e educativo. Ouvir e compreender as diferentes expressões de seus pares também contribui para um senso de comunidade, aceitação e respeito.

Os educadores desempenham um papel vital nesse processo, proporcionando atividades que desafiem as crianças de forma acessível e divertida, incentivando a exploração e experimentação. O uso de materiais variados, que estimulem diferentes sensações e habilidades, é primordial. À medida que as crianças se tornam mais proficientes em suas habilidades motoras, isso se traduz em maior confiança e interesse em participar das atividades escolares e sociais.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula focado na coordenação motora fina pode ser desdobrado em várias outras atividades que garantam um aprofundamento no tema. Por exemplo, ao incluir o uso de instrumentos musicais (como tamborins ou chocalhos), podemos associar a coordenação motora à expressão musical, propor uma nova dimensão de desenvolvimento. Assim, além de trabalhar com movimento e criação, estamos incentivando também a apreciação artística e o ritmo. Isso reforça a lateralidade e o funcionamento do sistema nervoso motor, aspectos essenciais durante essa fase de crescimento.

Outra possibilidade de desdobramento é implementar um “Dia de Artes Manuais”, onde os alunos poderão apresentar as criações feitas em sala a seus colegas e familiares, reforçando suas habilidades de comunicação e autoestima. Isso também ajuda a integrar o aprendizado com a comunidade, promovendo uma relação entre escola e família que favorece o desenvolvimento emocional e social das crianças. A colaboração em projetos também pode ser uma excelente oportunidade para aprimorar a noção de espaço em grupo e disciplina. Ao serem desafiadas a trabalhar em conjunto, as crianças aprendem sobre paciência e como respeitar o outro, habilidades essenciais para a vida social.

Por fim, é importante que cada atividade proposta não se encerre em si mesma, mas sim se transforme em um ponto de partida para novas discussões e aprendizados. Quando as crianças se envolvem em experiências que são conectadas, sentem-se motivadas a explorar mais e mais. Esse ciclo gera entusiasmo e curiosidade, formando uma base sólida para futuras aprendizagens. Assim, o plano de coordenação motora fina torna-se parte essencial do desenvolvimento integral da criança.

Orientações finais sobre o plano:

Ao longo da aplicação deste plano, é crucial que o educador esteja atento às especificidades de cada aluno, promovendo o respeito às individualidades e garantindo que cada criança tenha a oportunidade de explorar e se desenvolver plenamente. Isso inclui proporcionar momentos de pausa, onde as crianças possam observar e compartilhar suas descobertas enquanto interagem umas com as outras. O diálogo aberto é um componente vital nesse processo, pois encoraja as crianças a se expressarem e a se sentirem ouvidas.

A educação infantil é um período de transição e descobertas, e a coordenação motora fina deve ser abordada de forma divertida, permitindo que as crianças aprendam enquanto brincam. Neste sentido, os educadores devem variar as atividades, buscando constantemente inovar nos métodos de ensino para manter a atenção e o interesse dos alunos. Ao mesmo tempo, deve-se garantir que as atividades propostas sejam seguras e adequadas a cada faixa etária, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada criança.

Por fim, é fundamental avaliar não somente o resultado final de cada atividade, mas também o processo de aprendizado. Permitir que as crianças apresentem suas criações e compartilhem suas experiências ajuda a desenvolver não só suas habilidades motoras, mas também emociona e enriquece a convivência coletiva. Assim, promovemos uma educação mais genuína e significativa, que engloba a formação de indivíduos integrados, criativos e sociais.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Massinha de Modelar:
Objetivo: Estimular a coordenação motora fina.
Descrição: As crianças vão manipular massinhas de modelar para criar suas próprias obras.
Materiais: Massinha de modelar em várias cores.
Como fazer: Providenciar diferentes ferramentas e formas de moldar a massinha. Pode-se envolver temas como animais ou comidas, estimulando a criatividade e a imaginação.

2. Caixa dos Tesouros:
Objetivo: Explorar texturas e formas.
Descrição: Criar uma caixa com diversos objetos de diferentes formas e texturas para as crianças explorarem.
Materiais: Objetos variados como tecidos, madeira, plástico, etc.
Como fazer: Permitir que as crianças explorem os objetos na caixa e falem sobre o que sentem e como cada um se parece. Essa atividade estimula a curiosidade, além de discutir a importância do toque e da exploração.

3. Pintura Sensorial:
Objetivo: Estimular a sensação tátil e a criatividade.
Descrição: As crianças vão pintar com diferentes partes do corpo, como mãos e pés.
Materiais: Tintas a base de água e papéis grandes.
Como fazer: Disponibilizar papéis em tamanho grande, permitindo que as crianças pintem livremente. Isso ajuda no desenvolvimento da coordenação de forma divertida e lúdica.

4. Desenho do Amigo:
Objetivo: Trabalhar a coordenação fina.
Descrição: As crianças desenharão partes do corpo, com as mães lhes ajudando a desenhar se necessário.
Materiais: Papéis e lápis de cor.
Como fazer: Os alunos devem desenhar uma parte do corpo e, em seguida, passar para o próximo colega, transformando a atividade em um grandioso mural. Essa ideia promove a socialização e a colaboração em grupo.

5. Jogo de Encaixe:
Objetivo: Exercitar a coordenação motora e o raciocínio lógico.
Descrição: Utilizar blocos de encaixe de diferentes formas e cores.
Materiais: Blocos de montar.
Como fazer: Propor desafios para que as crianças encaixem as peças nas respectivas formas, promovendo a diversão e a aprendizagem simultânea. As interações entre os alunos enriquecem ainda mais a atividade, estimulando a troca de ideias e soluções.

Com essas sugestões lúdicas, pretende-se criar um ambiente rico em aprendizado e interação, onde a coordenação motora fina é explorada com alegria e criatividade, fundamentando-se sempre nos princípios de respeito e solidariedade.

Botões de Compartilhamento Social