“Desenvolvendo Coordenação Motora Fina em Crianças Pequenas”
A coordenação motora fina é uma habilidade essencial que permite que as crianças realizem tarefas que exigem precisão e controle dos movimentos das mãos e dos dedos. Este plano de aula visa desenvolver essa habilidade em crianças bem pequenas, utilizando a atividade de “cobrir os pontilhados” como ferramenta principal. Através dessa prática, os alunos poderão melhorar sua destreza manual, tornando-se mais seguros para interagir com o mundo ao seu redor.
Além disso, o desenvolvimento de habilidades motoras finas é crucial para o aprendizado de outras atividades futuras, como escrever, desenhar e até mesmo realizar tarefas cotidianas. As atividades propostas seguirão uma abordagem prática e lúdica, de modo a engajar as crianças, respeitando seu ritmo e proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para a exploração motora.
Tema: Coordenação motora fina
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 3 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a coordenação motora fina das crianças bem pequenas por meio da atividade de cobrir pontilhados, contribuindo para a sua autonomia e confiança em habilidades manuais.
Objetivos Específicos:
– Estimular a manipulação de materiais para cobrir os pontilhados.
– Promover a expressão de sentimentos e emoções durante a atividade.
– Incentivar a interação social e o compartilhamento de recursos entre as crianças.
– Desenvolver a percepção espacial e a noção de controle motor.
Habilidades BNCC:
Dentre as habilidades da BNCC que se aplicam a esta aula, destacam-se:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Folhas de papel com pontilhados (desenhos simples, como formas geométricas).
– Lápis de cor ou canetinhas.
– Tesouras de segurança (opcional, para que as crianças possam recortar as figuras).
– Cola colorida.
– Pratos ou recipientes para organizar os materiais.
Situações Problema:
– Como podemos fazer uma figura colorida a partir de pontinhos?
– O que acontece quando cobrimos os pontilhados?
– Quais cores vocês mais gostam de usar para colorir?
Contextualização:
As crianças entrarão em contato com a atividade de cobrir os pontilhados como uma extensão de seu cotidiano artístico. Esta prática não só irá aprimorar sua habilidade motora, mas também estabelecerá um espaço para a expressão de criatividade. Através da socialização nesta atividade, as crianças aprenderão a importância do trabalho em grupo e do compartilhamento de experiências.
Desenvolvimento:
1. Introdução à Atividade (10 minutos): Comece a aula explicando de forma simples e lúdica o que será feito. Mostre aos alunos as folhas com pontilhados e explique que eles irão colorir dentro desses pontinhos. Demonstre como fazer, falando sobre a importância de segurar a canetinha ou lápis da maneira correta.
2. Desenvolvimento da Atividade (25 minutos):
– Distribua as folhas com pontilhados e os lápis de cor para cada criança.
– Incentive as crianças a começarem a preencher os espaços pontilhados. Circulando pela sala, observe o progresso de cada aluno e dê ajuda quando necessário, elogiando suas tentativas e conquistas.
– Se houver tempo disponível e dependendo do interesse das crianças, promova a atividade de recortar os desenhos, incentivando a autonomia na execução da tarefa.
– Utilize a oportunidade para mostrar como podem combinar cores e criar suas próprias interpretações artísticas.
3. Fechamento da Atividade (5 minutos): Pergunte aos alunos o que acharam da atividade, quais cores preferiram e como foi a experiência de cobrir os pontilhados.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Cobertura com cores
– Objetivo: Desenvolver habilidades manuais.
– Descrição: Utilizar canetinhas ou lápis para cobrir os pontilhados em diferentes desenhos.
– Instruções práticas: Distribuir os desenhos e supervisionar o uso dos materiais, encorajando a exploração de diferentes formas de cobertura.
– Atividade 2: Recorte e colagem
– Objetivo: Trabalhar noções de forma e proporção.
– Descrição: Após cobrir os pontilhados, as crianças poderão recortar suas obras e colá-las em um mural coletivo.
– Instruções práticas: Certifique-se de que as tesouras de segurança estejam sendo usadas corretamente e que as crianças tenham espaço para expressar sua criatividade.
– Atividade 3: Jogos de Aprofundamento
– Objetivo: Fortalecer a interação social e a experiência coletiva.
– Descrição: Propor um jogo em que as crianças precisam compartilhar os materiais, incentivando a comunicação.
– Instruções práticas: Organize um círculo e permita que cada criança escolha o material que desejar, encorajando-as a falar e mostrar o que escolheram.
Discussão em Grupo:
– O que você achou da atividade de cobrir os pontilhados?
– Quais cores você usou?
– Como você se sentiu ao compartilhar os materiais com seus amigos?
Perguntas:
1. O que você achou de colorir os pontilhados?
2. Qual foi o seu desenho favorito?
3. E se pudéssemos usar glitter? Como ficaria?
4. O que acontece se cobrirmos os pontinhos de uma só cor?
5. Você gostaria de fazer esta atividade novamente?
Avaliação:
A avaliação nesta aula será observacional, considerando o envolvimento e a participação das crianças na atividade proposta. O professor deve e perceber se as crianças conseguem utilizar as canetinhas para colorir os pontilhados e se há progresso na coordenação motora fina. Também é essencial avaliar a interação entre os alunos, como eles compartilham materiais e respeitam os espaços uns dos outros.
Encerramento:
Para encerrar, pode-se realizar um pequeno momento de reflexão onde cada criança poderá mostrar sua obra finalizada, explicando o que fez e como se sentiu. Essa atividade é importante para consolidar a aprendizagem e garantir que todos se sintam valorizados pelo seu esforço.
Dicas:
– Seja paciente e encoraje a autonomia das crianças, permitindo que explorem suas habilidades.
– Utilize a música durante a atividade para criar um ambiente alegre e descontraído.
– Esteja preparado para adaptar a atividade caso alguma criança tenha necessidades especiais, oferecendo-lhe suporte adicional.
Texto sobre o tema:
A coordenação motora fina é um desenvolvimento crucial nas fases iniciais da infância. Ao participar de atividades que envolvem o uso das mãos e dedos, como a habilidade de colorir ou cobrir pontilhados, as crianças se tornam mais hábeis em realizar tarefas do dia a dia. Essas habilidades são fundamentais para a escrita, o manuseio de utensílios e até o jogo, onde uma boa coordenação pode determinar o sucesso e a confiança da criança. Através de práticas lúdicas, como colorir ou brincar com massa de modelar, as crianças exploram suas capacidades manuais e percebem que podem criar e transformar.
Além disso, ao desenvolver a coordenação motora fina, as crianças também promovem a autoestima e a segurança em suas ações. Um desenho bem feito pode gerar um sentimento de conquista, fazendo com que a criança se sinta mais confiante e disposta a enfrentar novos desafios. Trabalhar em grupo e compartilhar materiais também reforça o valor da socialização, da empatia e do respeito ao espaço do outro, formação de relações que perdurarão por toda a vida.
Por último, o cultivo da coordenação motora fina não se limita apenas à prática isolada e deve ser sempre associado ao prazer de explorar a criatividade. Portanto, as atividades propostas neste plano não devem se restringir a uma única exploração, mas se adaptar a diferentes contextos e níveis de interesse, possibilitando que as crianças continuem a se desenvolver de forma integral.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre coordenação motora fina pode ser desdobrado de várias maneiras, ampliando as experiências e atividades das crianças. Uma abordagem eficiente seria interligar a atividade de cobrir os pontilhados a temas de arte e natureza, utilizando elementos como folhas e flores para explorar texturas e formatos. Isso não só tornará as aulas mais interessantes, mas também facilitará o reconhecimento e a observação das belezas naturais que nos cercam.
Outra possibilidade seria incorporar a atividade a diferentes festas e celebrações, adaptando os desenhos a temáticas específicas, como Natal, Halloween ou Dia das Mães. Essa adaptação tornaria a prática mais engajadora e significativa para as crianças, que podem desenvolver suas obras de arte e apresentá-las em eventos festivos, compartilhando experiências que celebrarão o aprendizado.
Além disso, o plano pode se expandir através da introdução de outras formas de arte e expressão, como a massinha de modelar ou a pintura com os dedos. Essas atividades fortalecerão as habilidades motoras em um ambiente ainda mais lúdico, o que é fundamental para a faixa etária atendida.
Orientações finais sobre o plano:
É importante lembrar que a coordenação motora fina é um aspecto fundamental no desenvolvimento infantil, não apenas em um contexto educativo, mas também social. As experiências proporcionadas devem incentivar as crianças a explorar suas capacidades e a se sentirem à vontade com o que podem fazer. A liberdade para experimentar e compartilhar suas criações é essencial para fomentar o amor pela aprendizagem.
Além do mais, a atividade de cobrir pontilhados deve ser vivenciada como uma oportunidade de exploração e descoberta. O professor deve ter sempre em mente que o contexto social das crianças – suas interações, a negociação de espaços e a comunicação – deve ser a base de qualquer prática pedagógica bem-sucedida nessa fase.
Por fim, lembre-se de que o processo de aprendizagem acontece em diferentes ritmos. Cada criança tem sua própria forma de se expressar e aprender, e é papel do educador acompanhar esse processo com empatia e cuidado. As atividades propostas devem ser flexíveis e adaptáveis, de modo que cada criança encontre sua própria maneira de criar, compartilhar e se desenvolver.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Arte com Aranhas: Crie um painel em que as crianças desenharão aranhas utilizando as pontas dos dedos. Elas podem explorar as texturas e usar diferentes cores.
– Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina.
– Materiais: Tinta, papel e pincéis.
– Instruções: Ensine as crianças a pintar os corpos e as pernas das aranhas, seguindo o contorno com os dedos.
2. Caça ao Tesouro de Formas: Crie uma caça ao tesouro onde as crianças precisam encontrar objetos em forma de círculo, quadrado ou triângulo e depois cobrir formas com papel pontilhado.
– Objetivo: Trabalhar reconhecimento de formas e a motricidade fina.
– Materiais: Papel, tesoura e objetos para caça.
– Instruções: Supervisione a exploração e ajude com as coberturas.
3. Desenho a Dois: Incentive o trabalho em dupla onde uma criança desenha um pontilhado e a outra deve cobrir.
– Objetivo: Fomentar a comunicação e a colaboração.
– Materiais: Papéis com pontilhados.
– Instruções: Promova a troca de papéis para que todas tenham a chance de participar.
4. História Ilustrada: Após a atividade dos pontilhados, peça que as crianças criem uma história em grupos com base nos seus desenhos.
– Objetivo: Aprimorar a linguagem oral.
– Materiais: Desenhos e figuras.
– Instruções: Incentive a narração em grupo, ajudando-as a articular suas ideias.
5. Teatro de Sombras: Use os desenhos cobertos como parte de um teatro de sombras, onde as crianças podem contar histórias utilizando as silhuetas.
– Objetivo: Unir arte e teatro para estimular a imaginação.
– Materiais: Lâmpadas, papel preto e os desenhos.
– Instruções: As crianças devem apresentar suas histórias em pequenos grupos.
Este plano de aula apresenta uma abordagem sólida para o ensino da coordenação motora fina em crianças bem pequenas. Com atividades diversificadas, os alunos conseguem explorar suas habilidades de forma criativa e dinâmica, preparando-se para os desafios futuros da aprendizagem e da convivência social.