“Desenvolvendo a Percepção Sonora em Crianças de 1 a 2 Anos”

Este plano de aula tem como foco a percepção sonora, proporcionando uma experiência rica para crianças bem pequenas na faixa etária de 1 a 2 anos. O objetivo é desenvolver a capacidade de ouvir, reconhecer e criar sons de forma lúdica e interativa, contribuindo para o desenvolvimento das habilidades auditivas e a comunicação das crianças. Por meio de uma abordagem prática e divertida, os educadores poderão explorar com as crianças o universo dos sons, ajudando-as a se expressar e a interagir com o ambiente e com os outros.

As atividades aqui propostas estão alinhadas com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especialmente no que diz respeito às habilidades dos campos de experiência da Educação Infantil. O plano inclui dinâmicas que favorecem a interação social, a expressão criativa e o desenvolvimento motor, fundamentais para essa fase. Com isso, o professor terá em mãos uma ferramenta que pode ser ajustada e enriquecida ao longo da semana, criando um ambiente estimulante e propício ao aprendizado.

Tema: Percepção Sonora
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a percepção sonora nas crianças, explorando sons variados e estimulando a curiosidade e a interação social por meio de atividades lúdicas que promovam a comunicação e a expressão.

Objetivos Específicos:

– Estimular a identificação e a criação de diferentes sons.
– Promover a interação e comunicação entre as crianças.
– Desenvolver a coordenação motora através de movimentos relacionados à produção de sons.
– Fomentar a escuta ativa e a atenção ao ambiente sonoro.
– Incentivar o espírito de colaboração e solidariedade nas brincadeiras.

Habilidades BNCC:

– Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

– Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
(EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.

– Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Instrumentos musicais (pandeiros, chocalhos, tambor)
– Objetos que produzam som (garrafa com arroz, panelas, colheres)
– Caixas de diferentes tamanhos e formatos
– Música de diversos ritmos (mp3)
– Almofadas ou tapetes para conforto

Situações Problema:

Como podemos fazer diferentes sons? O que acontece se misturarmos sons? Como os sons nos fazem sentir? Essas perguntas estimularão a curiosidade das crianças e a interação durante as atividades.

Contextualização:

A percepção sonora é um aspecto fundamental do desenvolvimento infantil, especialmente nas idades mais precoces, onde as crianças começam a explorar o mundo através dos sentidos. As atividades propostas visam auxiliar as crianças a perceberem os diferenciais sonoros presentes no cotidiano, por exemplo, os sons produzidos por instrumentos e objetos, e a desenvolvê-las em termos de socialização, interação e criatividade.

Desenvolvimento:

Para o desenvolvimento deste plano de aula, as atividades serão divididas em etapas, proporcionando uma vivência completa e rica em sons. O professor deve assegurar um espaço seguro e confortável para as crianças se movimentarem livremente.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Roda de sons
Objetivo: Estimular a identificação e a criação de sons.
Descrição: As crianças se sentam em círculo. O professor apresenta instrumentos e objetos sonoros e demonstra como usá-los. Cada criança terá a oportunidade de produzir sons com o que escolher, enquanto os outros escutam.
Instruções Práticas: O professor solicita que cada criança imite um som que ouviu ou crie um novo. Depois, todos podem tentar reproduzir o som em conjunto.
Materiais: Instrumentos musicais e objetos sonoros.

Atividade 2: Exploração de sons do ambiente
Objetivo: Desenvolver a escuta ativa.
Descrição: Saída para um passeio pelo ambiente externo da escola (ou na sala) onde as crianças devem prestar atenção nos sons ao redor (pássaros, carros, etc.).
Instruções práticas: Após o passeio, as crianças devem compartilhar quais sons ouviram e como isso os fez sentir.
Materiais: Nenhum material específico.

Atividade 3: Criação de instrumentos
Objetivo: Criar sons a partir de objetos e desenvolver a coordenação motora.
Descrição: Usar materiais recicláveis para criar instrumentos simples, como chocalhos com garrafas plásticas e grãos.
Instruções práticas: O professor orienta a montagem e incentiva a criança a tocar seus instrumentos criados.
Materiais: Garrafas plásticas, arroz ou feijão, fita adesiva.

Atividade 4: Dança dos sons
Objetivo: Incorporar movimento e expressão corporal.
Descrição: Colocar músicas de diferentes ritmos para que as crianças dancem conforme os sons.
Instruções práticas: Ao mudar a música, as crianças devem mudar o estilo da dança (devagar, rápido, saltitante).
Materiais: Dispositivo de áudio e música.

Atividade 5: Histórias sonoras
Objetivo: Estimular a criação e a narração.
Descrição: O professor contará uma história e, em determinados pontos, pedirá que as crianças imitem sons de personagens ou eventos.
Instruções práticas: As crianças devem se sentir livres para criarem novos sons durante a narrativa.
Materiais: Livros com ilustrações ricas ou objetos que possam ser relacionados à história.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, conduzir uma conversa onde as crianças possam expressar o que aprenderam e quais sons mais gostaram. O professor pode aproximar-se das ideias de colaboração, estimulando que compartilhem seus sentimentos integrando o aprendizado de forma social.

Perguntas:

1. Que som você mais gostou de fazer?
2. Como os sons que você ouviu na natureza eram?
3. O que você sentiu quando esteve dançando?
4. Qual foi a história que mais chamou sua atenção?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação das crianças nas atividades, seu envolvimento e a capacidade de se expressar e interagir. A habilidade de reconhecer e criar sons será um foco central, assim como a cooperação e a comunicação nos pequenos grupos.

Encerramento:

Para encerrar, reunir as crianças em círculo novamente e fazer uma reflexão em grupo. Cada um poderá dizer um som que aprendeu e um que gostaria de explorar mais no futuro. Pode-se tocar uma música suave para acalmar as crianças e finalizar a aula.

Dicas:

– Estimule a criatividade das crianças, permitindo que elas explorem sons de maneiras inesperadas.
– Mantenha sempre uma abordagem positiva e encorajadora, promovendo um ambiente seguro para que os alunos se sintam à vontade para expressar suas emoções.
– Use elementos visuais e táteis sempre que possível para ajudar na assimilação do conceito de sons.

Texto sobre o tema:

A percepção sonora é um componente vital no desenvolvimento da criança. Esta habilidade não apenas envolve a capacidade de ouvir, mas também diz respeito à compreensão e à criação de sons, que desempenham um papel significativo em muitas áreas do aprendizado e da socialização. Desde os primeiros dias de vida, as crianças são expostas a diferentes tipos de sons, que vão desde os suaves sons do ambiente familiar até os sons mais enérgicos e complexos que fazem parte das interações sociais. É por meio da escuta atenta que os pequenos se conectam com o mundo ao seu redor, tanto emocional quanto socialmente.

O desenvolvimento da percepção sonora influencia diretamente a linguagem e a comunicação, à medida que as crianças aprendem a reconhecer ritmos, tons e padrões. As rimas e os sons produzidos em canções não apenas divertem, mas também ajudam as crianças a construir um vocabulário e a aprimorar sua capacidade de se expressar. Por isso, é crucial que a educação infantil ofereça oportunidades ricas para que as crianças experimentem e desfrutem desse universo sonoro, através de jogos, músicas e histórias.

Ao criar atividades que se concentram na exploração e na criação de sons, educadores incentivam uma série de habilidades emocionais e sociais. A prática de fazer música ou imitar sons permite às crianças compartilhar suas experiências e sentimentos, fomentando um senso de comunidade e empatia entre colegas. Através desta troca, não só a comunicação melhora, mas também a confiança no ambiente social. Portanto, investir na percepção sonora não é apenas enriquecedor do ponto de vista auditivo, mas é vital para o desenvolvimento integral da criança.

Desdobramentos do plano:

Considerando a natureza dinâmica do aprendizado infantil, este plano de aula pode se desdobrar em diversas direções conforme as respostas e o envolvimento das crianças. A exploração dos sons pode levar a um aprofundamento nas canais sensoriais, permitindo que as crianças também se conectem com outras áreas como a arte, a linguagem e a ciência. Por exemplo, a percepção sonora pode atuar como um gatilho para discussões sobre natureza, aprendizado de vocabulário e até mesmo sobre ritmos de diferentes culturas.

Além disso, os educadores podem aproveitar o embalo criado com as atividades sonoras para introduzir projetos mais longos, como um festival de sons, onde as crianças podem criar e apresentar suas próprias “canções” ou histórias sonoras. Tais projetos não apenas tornam o aprendizado mais significativo, mas também proporcionam segurança emocional e um senso de pertencimento, elementos essenciais para o desenvolvimento social nesta fase.

A integração dos sons com a atividade motora e a criatividade pode ser uma porta para o uso de outros elementos, como as artes visuais. As crianças podem desenhar ou pintar enquanto ouvem sons ou músicas, criando conexões entre as diferentes formas de expressão. Isso não só amplia o aprendizado, como também enriquece suas experiências sensoriais, favorecendo a aquisição de novas habilidades.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é fundamental que o professor esteja atento às reações e feedbacks das crianças. A aprendizagem nessa faixa etária é profundamente individual, e cada criança traz consigo um conjunto único de experiências e habilidades. Por conta disso, é importante adaptar as atividades conforme necessário, respeitando o ritmo e a dinâmica do grupo. Além disso, cultivar um ambiente de aceitação e respeito garantirá que todas as crianças se sintam confortáveis para se expressar.

Outro ponto a considerar é o papel do professor como facilitador. Mais do que conduzir as atividades, o educador deve estar presente, observando os interesses das crianças e promovendo um espaço de diálogo e interação. A construção do conhecimento através do brincar é uma característica primordial na educação infantil e, portanto, deve ser sempre priorizada.

Por fim, o envolvimento dos responsáveis pode ser um grande diferencial para o sucesso deste plano de aula. Os pais podem ser incentivados a trazerem sons de casa, participando ativamente das atividades, ou até mesmo se envolvendo na criação de cenários sonoros que poderiam ser utilizados pelos pequenos na sala de aula. O aprendizado, quando compartilhado com a família, tende a ser mais significativo e duradouro.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Som: Preparar um jogo de caça ao som, onde as crianças precisarão encontrar objetos pela escola que produzem sons. Combinando movimentos e interações, elas poderão usar mapas ou indicações feitas por desenhos, colaborando em grupo para descobrir novos sons.

2. Brincadeira do Silêncio: Realizar momentos de silêncio durante as atividades, onde as crianças devem escutar atentamente. Esse exercício as ajudará a reconhecer sons sutis, como passos, murmúrios ou o vento, promovendo o foco e a atenção.

3. Teatro dos Sons: Criar pequenas encenações com os filhos, utilizando apenas sons. As crianças podem se dividir em duplas e criar histórias onde cada uma representa diferentes sons que acontecem na narrativa, desenvolvendo a criatividade e a linguagem.

4. Carta Musical: Enviar cartas para os alunos com desenhos de instrumentos ou objetos sonoros. As crianças devem fazer reproduções desses sons em sala e os colegas devem identificar de onde vem o som, promovendo a escuta e a concentração.

5. Estação da Música: Criar uma área na sala onde as crianças possam experimentar diferentes instrumentos e sons, podendo fazer o uso prático, como risos e danças, incentivando a interação e a criatividade. A estação pode ser renovada semanalmente, introduzindo novos sons e elementos.

Este plano de aula sobre percepção sonora oferece uma rica variedade de atividades que podem ser ampliadas e adaptadas conforme as necessidades e interesses das crianças. Através do jogo e da interação, é possível explorar contextos sonoros que favorecem o desenvolvimento integral no ambiente escolar.


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