“Desenvolvendo a Oralidade na Educação Infantil: Atividades Lúdicas”
A oralidade é um dos aspectos mais fundamentais no desenvolvimento das crianças e desempenha um papel crucial na formação de suas habilidades de comunicação. No contexto da educação infantil, especialmente para crianças pequenas de 6 a 7 anos, trabalhar a oralidade proporciona não apenas a ampliação do vocabulário, mas também a capacidade de expressar emoções, pensamentos e ideias de maneira clara e assertiva. Nesse plano de aula, as atividades propostas são voltadas para o estímulo da comunicação e a interação social, fundamentais para o desenvolvimento integral dos alunos.
Este plano é construído para promover a escuta ativa e a expressão oral, possibilitando que as crianças desenvolvam sua autoimagem e a empatia em relação aos outros. Devemos considerar que a oralidade não se limita ao ato de falar, mas inclui também ouvir e compreender as falas dos colegas, o que se desdobrará nas atividades diárias em sala de aula, uma vez que envolve interação, troca e respeito. A proposta é criar um ambiente respeitoso e estimulante, onde todos possam se sentir à vontade para expressar-se.
Tema: Oralidade
Duração: 40 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 6 a 7 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver habilidades de oralidade nas crianças, promovendo a capacidade de expressar ideias e sentimentos, além de aprimorar a escuta e o respeito às falas dos colegas.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a interpretação de histórias, promovendo a expressão oral e a escuta ativa.
– Estimular a criação de narrativas, permitindo que as crianças relatem histórias de forma organizada e coerente.
– Desenvolver a empatia e a cooperação entre os alunos, respeitando diferentes opiniões e sentimentos.
Habilidades BNCC:
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
Materiais Necessários:
– Livros de histórias (Selecionar histórias curtas e ilustradas).
– Papel e canetas coloridas.
– Fantoches ou bonecos.
– Música infantil (canções conhecidas pelas crianças).
Situações Problema:
1. Como podemos contar uma história de forma diferente utilizando sons?
2. O que sentimos quando ouvimos a história do nosso amigo?
3. Como podemos usar fantoches para expressar nossas ideias e sentimentos?
Contextualização:
A oralidade é uma forma de expressão vital para as crianças, permitindo que elas compartilhem suas experiências e se conectem umas às outras. Em um ambiente educacional, é essencial promover atividades que incentivem a troca de ideias de maneira divertida e lúdica. Através das histórias, a comunicação se torna não apenas uma ferramenta de aprendizado, mas uma forma de criar laços e fortalecer a empatia e a convivência.
Desenvolvimento:
As atividades a seguir estão organizadas para serem realizadas ao longo da semana. A proposta é que cada dia tenha uma abordagem diferente para manter o interesse e o engajamento das crianças.
Atividades sugeridas:
Dia 1 – Contação de História
Objetivo: Desenvolver a escuta e a oralidade.
Descrição: O professor escolhe uma história curta e a lê em voz alta para as crianças. Devem ser usados recursos visuais (ilustrações) para captação do tema e personagens.
Instruções: Solicitar que as crianças expliquem o que entenderam, fazendo perguntas sobre a história. Usar as ilustrações para ajudar na descrição.
Materiais: Livro de histórias, ilustrações.
Dia 2 – Recontando a História
Objetivo: Recontar a história com suas próprias palavras.
Descrição: Após a contação, pedir que cada criança recontar a história usando suas palavras.
Instruções: Incentivar a criatividade, permitindo que adicionem personagens ou mudem o final.
Materiais: Papel e canetas para anotar ideias.
Dia 3 – Fantoches da História
Objetivo: Usar a oralidade de forma lúdica.
Descrição: As crianças criarão fantoches dos personagens da história e encenarão a narrativa.
Instruções: Fornecer materiais como papel, tesouras e canetas para que construam os fantoches.
Materiais: Fantoches, materiais para confecção.
Dia 4 – Música e Movimento
Objetivo: Integrar oralidade e música.
Descrição: Usar canções conhecidas para que as crianças criem novas letras.
Instruções: Permitir que em grupos as crianças mudem a letra e apresentem suas versões.
Materiais: Música infantil, instrumentos (se disponíveis).
Dia 5 – Criação de História em Grupo
Objetivo: Trabalhar a história coletivamente.
Descrição: Em grupos, as crianças irão criar uma história a partir de um tema escolhido.
Instruções: O professor orienta o uso de elementos (começo, meio e fim) e estimula a participação de todos.
Materiais: Papel e canetas coloridas.
Discussão em Grupo:
Estimulando uma discussão ao final das atividades, as crianças podem compartilhar o que mais gostaram durante as atividades, quais desafios enfrentaram e como se sentiram ao se expressar diante dos colegas.
Perguntas:
1. O que você sentiu ao contar sua história?
2. Como foi usar os fantoches para demonstrar suas ideias?
3. Você gostaria de mudar algo na história que você contou? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional. O professor deve prestar atenção nas interações das crianças, na clareza das suas falas pessoais e na capacidade de escuta. Feedback construtivo deve ser oferecido em cada atividade.
Encerramento:
Finalizar a semana com uma apresentação onde as crianças podem recitar suas criações ou fazer pequenas encenações. Isso proporcionará um momento de celebração e reforço da oralidade.
Dicas:
– Promova um ambiente seguro e acolhedor onde as crianças sintam-se à vontade para se expressar.
– Incentive a diversidade nas histórias, trazendo narrativas de diferentes culturas.
– Utilize tecnologias, como gravações de áudio ou vídeo, para que as crianças possam avaliar suas apresentações.
Texto sobre o tema:
A oralidade é uma competência essencial que deve ser desenvolvida desde a infância. No contexto escolar, jovens estudantes começam a adquirir habilidades comunicativas essenciais que os acompanharão em seu percurso educativo e pessoal. Esta habilidade vai além de simplesmente falar; envolve também a escuta ativa, que é fundamental para uma comunicação eficaz. As crianças que exercitam a oralidade se tornam mais confiantes para expressar suas ideias, sentem-se mais à vontade em interações sociais e desenvolvem empatia ao ouvir e compreender as opiniões dos outros.
Além disso, ao trabalharem a oralidade na escola, os alunos têm a oportunidade de explorar criatividade e imaginação através de atividades lúdicas. A contação de histórias, o uso de fantoches e a musicoterapia permitem que eles não apenas se comuniquem, mas também sintam-se parte do processo de aprendizagem. As narrativas são contadas e recontadas, transformadas e reinterpretadas, permitindo um rico intercâmbio de experiência.
Por fim, a oralidade é uma habilidade essencial no desenvolvimento da identidade social da criança. Em um mundo cada vez mais conectado, saber se expressar de maneira clara e respeitosa é vital. A educação infantil, portanto, deve se concentrar em promover a oralidade de forma contínua, instigante e feliz, assegurando um desenvolvimento integral para cada aluno.
Desdobramentos do plano:
Após o término das atividades propostas, é importante que os educadores reflitam sobre os impactos que essas experiências tiveram no desenvolvimento da oralidade das crianças. Uma abordagem contínua e diversificada pode ser implementada nas próximas semanas. Por exemplo, poderiam ser introduzidas oficinas de contação de histórias ampliadas, onde todos os alunos possam participar na criação de um livro coletivo, unindo as narrativas individuais comportadas durante a semana anterior. Essa prática não só promoverá a oralidade, mas também colaborará para a construção de um senso de pertencimento e coletividade.
Além disso, os educadores podem desenvolver um projeto interativo de “Círculo de Histórias”, no qual, semanalmente, uma criança terá a oportunidade de contar uma nova história, propondo um tema particular. Essa troca não apenas estimula a oralidade, como também a escuta ativa e o respeito em relação à diversidade cultural que cada aluno traz consigo. Tais interações ainda fornecerão um espaço para lidar com emoções e situações cotidianas, reforçando o desenvolvimento social e emocional.
Por fim, também é possível construir parcerias com as famílias, incentivando a prática da contação de histórias em casa, buscando assim envolver os pais e responsáveis nesse processo educativo. A participação familiar pode ser fundamental para consolidar o aprendizado, uma vez que as crianças se sentirão mais motivadas e valorizadas ao ver que suas experiências e histórias são relevantes tanto na escola quanto no lar.
Orientações finais sobre o plano:
Ao planejar e executar o plano de aula, é essencial que o professor esteja sempre atento às necessidades e particularidades dos alunos, adaptando o conteúdo quando necessário. Criar um ambiente de respeito e cooperação é fundamental, pois isso incentivará uma maior participação e um envolvimento genuíno nas atividades propostas. O docente deve observar e registrar as interações e o progresso dos alunos, utilizando essas informações para enriquecer futuras abordagens pedagógicas.
Além disso, é interessante promover um espírito de inovação nas atividades, diversificando os métodos e materiais utilizados. Por exemplo, materiais audiovisuais e interativos podem ser incorporados para tornar as sessões de histórias mais dinâmicas e cativantes. A oralidade, sendo uma prática rica, comporta diferentes formas de ser explorada e representada, e deve ser realizada de maneira diversificada para que os estudantes possam se sentir engajados e divertir-se aprendendo.
Por último, é importante lembrar que a oralidade se conecta diretamente ao desenvolvimento da autoconsciência e da autoestima da criança. Ao se expressarem, as crianças não só comunicam suas ideias, mas também se afirmam como sujeitos de suas histórias e experiências. Um educador que está atento a essas nuances em suas práticas diárias cria um campo fértil onde as crianças podem florescer, aprender e se desenvolver como indivíduos colaborativos e respeitosos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Rimas
Objetivo: Estimular a criatividade linguística.
Descrição: As crianças formam um círculo e devem criar rimas em sequência. O primeiro aluno diz uma palavra, e o próximo deve encontrar uma que rime. Isso não só auxilia na oralidade, mas também no desenvolvimento da memória e linguagem.
Materiais: Nenhum, apenas a criatividade das crianças.
2. Teatrinho de Chance
Objetivo: Promover a expressão oral através do teatro.
Descrição: Em grupos, as crianças criam pequenas peças de teatro com base em histórias conhecidas ou inventadas, podendo usar fantoches para dramatizar.
Materiais: Fantoches, figurinos simples, cenário improvisado.
3. Contação de Histórias ao Ar Livre
Objetivo: Fomentar a expressão através da natureza.
Descrição: Um piquenique deve ser preparado onde as crianças contam histórias num ambiente natural, incentivando a imaginação e a criação.
Materiais: Colchonetes, lanches e livros de histórias.
4. Caça ao Som
Objetivo: Reconhecimento e uso de sons.
Descrição: A sala é equipada com diversos objetos que produzem sons diferentes. As crianças devem encontrar e reproduzir os sons que escutam.
Materiais: Objetos sonoros variados, instrumentos musicais.
5. Roda de Emoções
Objetivo: Trabalhar a empatia e a comunicação.
Descrição: As crianças sentam-se em uma roda e devem compartilhar como se sentem em relação a uma determinada situação ou história. Após cada compartilhamento, todos refletem sobre como as emoções são sentidas de maneiras distintas entre cada um.
Materiais: Círculo de papel com emoções escritas ou desenhadas.
Este plano propõe um desenvolvimento completo e focado na oralidade das crianças, utilizando a ludicidade como ferramenta primordial para o aprendizado significativo. Acredita-se que, por meio destas práticas, os alunos estarão mais bem preparados para se tornarem comunicadores eficazes e respeitosos no convívio cotidiano.

