“Desenvolvendo a Escrita Espontânea na Educação Infantil”

O plano de aula a seguir foi desenvolvido para auxiliar educadores na Educação Infantil com enfoque na escrita espontânea. A abordagem integrativa e lúdica promete estimular o interesse das crianças para a escrita e o reconhecimento do seu próprio nome. A atividade proposta tem como base a exploração do livro didático, para tornar a experiência ainda mais rica e significativa para os pequenos.

A escrita espontânea é um aspecto fundamental no desenvolvimento da linguagem e na expressão pessoal das crianças. Por meio dessa atividade, espera-se que os alunos adquiram confiança no uso da escrita, além de compreender que as palavras podem ser ferramentas de comunicação que permitem a manifestação de suas ideias, sentimentos e identidade. Assim, o enfoque da aula será não apenas na técnica de escrever, mas também na construção da autoimagem e da autonomia dos pequeninos.

Tema: Escrita Espontânea
Duração: 4 horas aulas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade de escrita espontânea das crianças, promovendo a familiarização com seu nome e a utilização de expressões gráficas que representem suas ideias e sentimentos.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a expressão individual das crianças por meio da escrita.
– Promover a identificação do próprio nome como um símbolo de seu eu.
– Estimular a cooperação e o trabalho em grupo, compartilhando experiências.
– Levar as crianças a se reconhecerem como autoras de suas próprias histórias.

Habilidades BNCC:

Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.

Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Campo de experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).
(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.

Materiais Necessários:

– Livros didáticos que abordem o tema da escrita.
– Papéis de diferentes tipos (liso, colorido, com texturas).
– Lápis de cor, canetinhas, giz de cera e tintas.
– Cartões com letras do alfabeto.
– Fita adesiva e tesoura.
– Quadro branco ou lousa.
– Materiais de decoração, como adesivos e figuras.

Situações Problema:

– Como posso escrever meu próprio nome?
– Quais sentimentos eu consigo expressar quando escrevo?
– O que a escrita significa para mim e para meus amigos?

Contextualização:

A escrita espontânea é um passo importante na construção da identidade das crianças. Ao escreverem seus nomes, elas não só aprendem a reconhecer e valorizar sua trajetória, mas também estimulam a criatividade e a imaginação. Essa atividade se torna uma ferramenta para que as crianças possam expressar suas emoções e pensamentos a respeito do mundo ao seu redor.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa Inicial: Começar com uma roda de conversa sobre a importância da escrita. Perguntar às crianças se elas conhecem o próprio nome e se já tentaram escrevê-lo. Essa interação possibilita que elas compartilhem experiências.

2. Apresentação do Livro Didático: Utilizar um livro didático que contenha imagens do próprio nome das crianças e de outros elementos do cotidiano que elas reconheçam para instigar a curiosidade. Durante a leitura, destacar suas letras e sons.

3. Atividade de Escrita Livre: Propor que as crianças tentem escrever seu nome em diferentes suportes, como papéis coloridos e com texturas variadas. Incentivar a usar lápis de diferentes cores e formas de escrita (deitado, em pé, etc.).

4. Criação de Histórias: Dividir as crianças em pequenos grupos e incentivá-las a criar uma história onde cada um possa se apresentar. Elas poderão desenhar ou escrever algumas palavras para complementar a narrativa.

5. Exposição das Produções: Após as atividades, criar um painel na sala com as produções das crianças. Esse espaço servirá para compartilhar com os pais e outras turmas, valorizando as conquistas e criando um sentimento de pertencimento.

Atividades sugeridas:

1. Atividade: Nome em Destaque
Objetivo: Reconhecer e escrever o próprio nome.
Descrição: As crianças terão um tempo para escrever o próprio nome em diferentes tipos de papel utilizando lápis e canetinhas.
Sugestões de Materiais: Papéis variados, lápis, canetinhas.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, fornecer material com textura para facilitar a escrita.

2. Atividade: A História do Meu Nome
Objetivo: Conectar a escrita à identidade pessoal.
Descrição: As crianças desenharão uma cena que represente seu nome e apresentarão para os colegas.
Sugestões de Materiais: Papel para desenho, lápis, tintas.
Adaptação: Crianças que não se sentem seguras em falar podem trabalhar em duplas.

3. Atividade: Acrósticos do Nome
Objetivo: Expressar características pessoais através do nome.
Descrição: As crianças escreverão uma palavra para cada letra do seu nome, que represente algo que elas gostam.
Sugestões de Materiais: Quadro branco, canetas.
Adaptação: Para as crianças que têm dificuldades com a escrita, elas poderão usar símbolos e figuras para representarem as palavras.

4. Atividade: Livro dos Nomes
Objetivo: Criar um livro coletivo.
Descrição: Cada criança desenhará e escreverá seu nome em uma folha que será juntada para formar um livro com as apresentações de todos.
Sugestões de Materiais: Folhas de papel, grampeador.
Adaptação: Criar um espaço onde cada um possa desenhar e ter ajuda durante a elaboração do livro.

5. Atividade: Jogo da Memória com Letras
Objetivo: Reconhecimento das letras e sonoridade.
Descrição: Criar um jogo da memória com letras que compõem os nomes das crianças.
Sugestões de Materiais: Cartões com letras.
Adaptação: Para grupos menores, usar um número reduzido de letras.

Discussão em Grupo:

Promover um momento de reflexão onde as crianças possam comentar sobre o que aprenderam e sentiram com as atividades. Perguntar se gostaram de escrever e quais foram os desafios enfrentados.

Perguntas:

– O que você mais gostou de escrever hoje?
– Como se sente quando vê seu nome escrito?
– Você consegue lembrar de outro nome que você gosta?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua, observando o envolvimento das crianças nas atividades e suas interações. As produções escritas e artísticas também servirão como forma de avaliação, permitindo observar o progresso na escrita espontânea.

Encerramento:

Finalizar a aula com um momento de agradecimento onde as crianças poderão mencionar o que mais gostaram em e refletir sobre a importância do que aprenderam. Isso criará uma sensação de encerramento e valorização.

Dicas:

– Sempre busque criar um ambiente acolhedor onde as crianças se sintam confortáveis para expressar suas ideias.
– Utilize músicas e brincadeiras que envolvam o nome para tornar o processo de aprendizagem ainda mais divertido e dinâmico.
– Esteja atento às diferentes necessidades e ritmos das crianças, garantindo que todas tenham a oportunidade de se expressar.

Texto sobre o tema:

A escrita espontânea é uma forma de expressão a ser praticada desde a infância. Nesse período mágico de descobertas e aprendizados, as crianças têm a oportunidade de explorar a linguagem escrita sem a pressão de regras gramaticais. Ao escreverem seus nomes, as crianças não apenas exercitam a coordenação motora, mas também estabelecem uma conexão profunda com sua própria identidade, passando a ―conhecer-se‬. Esse reconhecimento é fundamental para o desenvolvimento emocional e social, além de servir como base para a construção do pensamento crítico e da autoimagem.

Durante o processo de escrita, as crianças também participam da socialização de suas ideias e sentimentos. Essa interação é crucial, pois promove o desenvolvimento de habilidades sociais, como a empatia e a cooperação, que são parte integrante do ambiente escolar. A escrita, então, deixa de ser apenas uma técnica e torna-se um instrumento poderoso para a comunicação e a expressão da individualidade dentro de um coletivo.

Além disso, é importante enfatizar que a escrita espontânea não se limita à produção de textos. Ela inclui uma ampla gama de possibilidades criativas, como o desenho e a pintura, que complementam a experiência e possibilitam a transmissão de sentidos de formas variadas. Com essa abordagem integradora, a aula de escrita espontânea se transforma em um espaço onde as crianças podem mergulhar em suas emoções, explorar sua criatividade e, principalmente, divertir-se enquanto aprendem.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser dilatado para incluir a escrita de pequenas histórias que podem ser publicadas em um mural na escola ou mesmo em um pequeno livro que será encaminhado aos pais. Além disso, as atividades podem ser adaptadas para trabalhar a identificação de letras e vocabulário, proporcionando um avanço significativo no aprendizado da leitura e escrita.

Por meio do envolvimento em atividades criativas, as crianças também podem explorara nosso mundo cultural e suas diversidades, criando um livro que represente a pluralidade de nomes e relatos das crianças, valorizando suas origens familiares e culturais. Assim, para além da letra e do desenho, as crianças se sentirão pertencentes ao espaço escolar, cultivando não só suas identidades individuais, mas também suas interações e relações comunitárias.

Com o tempo, podem-se introduzir elementos de tecnologia, como aplicativos que estimulem a escrita e a leitura, podendo contar histórias em áudio e vídeo. Isso trará uma nova dimensão para a experiência de escrita espontânea, tornando-a ainda mais envolvente e interativa, formando crianças mais preparadas para os avanços tecnológicos que fazem parte do mundo contemporâneo.

Orientações finais sobre o plano:

É de suma importância que o professor esteja sempre atento às reações das crianças durante as atividades. A escrita espontânea deve ser desenvolvida em um ambiente acolhedor e seguro, onde os alunos sintam-se à vontade para experimentar sem medo de errar. Dessa forma, é possível criar um espaço que valorize a experimentação e a descoberta, fundamentais para o aprendizado.

As interações entre os alunos devem ser valorizadas e estimuladas ao longo de todo o processo. Os momentos de diálogo e troca de ideias são essenciais para que as crianças se sintam parte do grupo e, assim, desenvolverem habilidades de cooperação e empatia. O professor deve mediar essas interações, promovendo discussões e reflexões que ajudem a enriquecer a experiência de escrita.

Finalmente, ao longo do desenvolvimento das atividades, é relevante fazer anotações sobre as evoluções e dificuldades das crianças, podendo incluir a elaboração de um portfólio com os trabalhos feitos. Tal portfólio será um excelente registro do progresso individual e coletivo dos alunos, podendo ser compartilhado com os pais e responsáveis no final do período letivo. Isso criará um elo entre a escola e a família e fortalecerá as práticas de aprendizado de forma envolvente e significante.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Nome
Objetivo: Identificar letras que compõem o nome.
Descrição: Espalhar letras por toda a sala e desafiar as crianças a encontrá-las e montarem seus nomes.
Materiais: Letras recortadas em papel.
Adaptabilidade: Para dividições de grupo, utilizar uma parte das letras a depender do tamanho da classe.

2. Significados dos Nomes
Objetivo: Explorar a história e significado dos nomes.
Descrição: Cada criança traz a história do seu nome e, junto, escrever um mini relatório.
Materiais: Papel, caneta.
Adaptabilidade: Crianças que não falam ainda podem trazer figuras que representem o que mais gostam.

3. Desenhos e Histórias
Objetivo: Criar uma história coletiva usando os nomes.
Descrição: As crianças desenham e colaboram para criar a história com ilustrações.
Materiais: Papel, canetinhas, giz de cera.
Adaptabilidade: Agrupamento em duplas para facilitar a socialização.

4. Jogar com Sons
Objetivo: Aprender a pronúncia dos nomes.
Descrição: Criar músicas ou rimas com os nomes para que todos aprendam a pronunciarem.
Materiais: Instrumentos musicais.
Adaptabilidade: Usar objetos que já estão disponíveis na sala de aula.

5. Mural dos Nomes
Objetivo: Valorização do “eu”.
Descrição: Criar um mural onde cada criança pode colar seu nome e uma foto.
Materiais: Cartolina, cola, tesoura.
Adaptabilidade: As fotos podem ser substituídas por desenhos se as crianças preferirem.

Com essas atividades e cuidados, a aula sobre escrita espontânea não se torna apenas uma prática pedagógica, mas uma experiência rica e significativa, que impulsiona o desenvolvimento das crianças de forma lúdica e interativa.

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