“Desenvolvendo a Escrita Crítica: Relatos do Cotidiano no 6º Ano”
Este plano de aula é elaborado para promover a importância dos relatos do cotidiano no desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. Utilizando a linguagem como ferramenta central, a proposta visa conectar a vida diária dos estudantes à produção textual, explorando como as experiências compartilhadas podem influenciar a formação de opiniões e a construção de narrativas. Com metodologia ativa, os alunos serão incentivados a expressar seus pensamentos e emoções através de diferentes gêneros textuais, proporcionando um ambiente de aprendizado dinâmico e envolvente.
Tema: Relatos do Cotidiano
Duração: 4 horas
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 15 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos a compreensão da importância dos relatos do cotidiano como forma de expressão individual e coletiva, desenvolvendo habilidades de escrita e leitura críticas em diferentes gêneros textuais.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a crítica e a análise de textos, reconhecendo as diferentes abordagens na elaboração de relatos.
– Estimular a produção de textos narrativos que reflitam experiências pessoais e coletivas dos alunos.
– Trabalhar a estrutura de diferentes gêneros textuais, com ênfase em como a escolha de palavras e a intencionalidade do autor podem influenciar o sentido do texto.
Habilidades BNCC:
– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito.
– (EF06LP02) Estabelecer relação entre os diferentes gêneros jornalísticos, compreendendo a centralidade da notícia.
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
Materiais Necessários:
– Quadro branco e marcadores.
– Projetor multimídia.
– Cadernos ou folhas de papel para anotação.
– Canetas e lápis coloridos.
– Acesso à internet para pesquisa.
– Exemplos de relatos do cotidiano (jornais, blogs, crônicas).
Situações Problema:
– Como as experiências cotidianas podem ser transformadas em relatos significativos?
– De que maneira as escolhas linguísticas impactam o sentido do que se narra?
Contextualização:
A proposta de aula se insere no cotidiano escolar e na vivência da comunidade dos alunos, reconhecendo que cada um possui histórias valiosas que podem ser compartilhadas. Ao abordar esses relatos, os alunos aprenderão a importância de ouvir e valorizar a experiência do outro, além de desenvolver uma escrita que se conecta ao seu mundo real.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em atividades que propõem uma progressão Natural, começando pela discussão, passando pela produção e culminando na apresentação.
1. Abertura e Discussão (1ª Hora):
– Iniciar com uma roda de conversa sobre o que cada um considera como um relato do cotidiano. Estimular os alunos a compartilharem brevemente algumas de suas experiências.
– Apresentar aos alunos diferentes exemplos de relatos cotidianos obtidos de jornais, blogs e crônicas, destacando a estrutura e as características de cada um.
2. Identificação de Elementos (2ª Hora):
– Em grupos, os alunos deverão analisar um texto curto (pode ser uma crônica ou um relato) e identificar os elementos que compõem o relato, como personagens, cenários e conflitos.
– Eles devem responder a perguntas como: Que tipo de voz está presente? Qual é a intenção do autor? Há algum viés no relato?
3. Produção Textual (3ª Hora):
– Cada aluno deverá escrever um relato do cotidiano inspirado em suas experiências pessoais. Para isso, devem considerar as discussões feitas e as análises pertinentes.
– Encorajar o uso de uma linguagem rica e descritiva, para que o leitor possa se conectar com a narrativa. Os alunos podem utilizar recursos como diálogos e descrições detalhadas para enriquecer seus relatos.
4. Compartilhamento e Feedback (4ª Hora):
– Os alunos devem compartilhar seus relatos em pequenos grupos, oferecendo feedbacks construtivos aos colegas.
– Conduzir uma discussão em sala sobre como cada relato reflete a individualidade de seu autor e como as diferentes experiências podem ser contadas de maneira única.
Atividades sugeridas:
1. Criação de um Blog de Relatos:
– Objetivo: Publicar relatos do cotidiano em um espaço virtual.
– Descrição e Instruções: Os alunos criarão um blog onde poderão publicar seus relatos de forma periódica. É necessário fazer um planejamento do que escreverão e como tornar o blog visualmente atraente.
– Materiais: Computadores, acesso à internet.
2. Jornal Escolar:
– Objetivo: Desenvolver um jornal que contemple relatos e experiências da comunidade escolar.
– Descrição: Os alunos deverão entrevistar colegas, professores e funcionários, registrando suas experiências. O jornal deve abordar temas relevantes e ser apresentado em uma edição especial.
– Materiais: Câmeras, computadores, apostilas para formatação do jornal.
3. Apresentação de Relatos em Formato de Vídeo:
– Objetivo: Aprender a produzir relatos em formato audiovisual.
– Descrição: Utilizando smartphones ou câmeras, os alunos gravam relatos de suas experiências, podendo adicionar informações visuais que ajudem na narração.
– Materiais: Câmeras, software de edição.
4. Teatro de Relatos:
– Objetivo: Representar relatos do cotidiano através da encenação.
– Descrição: Em grupos, os alunos escolherão um relato para adaptar e apresentar em formato teatral, explorando a dramatização de suas narrativas.
– Materiais: Figuras para cenário, adereços simples.
Discussão em Grupo:
– O que aprendemos sobre a importância dos relatos cotidianos?
– Como a forma de narrar pode alterar a percepção de uma experiência?
Perguntas:
1. Quais são os principais componentes de um relato?
2. Como você se sentiria ao compartilhar suas experiências com os outros?
3. O que te inspira a escrever sobre seu cotidiano?
Avaliação:
– A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas discussões, na produção textual e na criatividade dos relatos. Além disso, serão considerados os feedbacks dados aos colegas e a capacidade de reflexão crítica durante os debates.
Encerramento:
– Reunir a turma novamente e solicitar que compartilhem suas impressões sobre a atividade. Perguntar como se sentem em relação à apresentação de seus relatos e o que aprenderam com a experiência do outro.
Dicas:
– Incentivar a autoexpressão e promover um ambiente seguro onde todos se sintam confortáveis para compartilhar suas histórias.
– Lembrar os alunos sobre a importância do respeito e da escuta ativa nas discussões.
Texto sobre o tema:
Os relatos do cotidiano desempenham um papel significativo na formação da identidade e na construção de narrativas pessoais que refletem a vida de cada indivíduo. Em um mundo repleto de informações, é através dessas histórias que encontramos conexões e significados nas experiências humanas. Para muitos, contar uma história é uma forma de validar suas experiências, de se sentir ouvido e reconhecido em sua singularidade.
No contexto escolar, a valorização dos relatos cotidianos se traduz na oportunidade de os alunos explorarem não apenas suas próprias vivências, mas também as de seus colegas. Essa troca não só enriquece o aprendizado, mas também promove um ambiente de empatia e respeito. À medida em que os alunos aprendem a narrar suas histórias, também desenvolvem habilidades críticas que os ajudam a avaliar textos de forma mais consciente.
Ao incentivar a produção de relatos cotidianos, estamos cultivando não apenas habilidades linguísticas, mas também a capacidade de reflexão. Os alunos tornam-se conscientes da pluralidade de experiências que existem ao seu redor e como cada uma delas, quando contada, pode impactar e transformar a percepção do outro. Essa prática pode, assim, desempenhar um papel essencial na formação de cidadãos mais críticos e empáticos.
Desdobramentos do plano:
Punidos a explorar a escrita de relatos, os alunos podem ser incentivados a continuar com essa prática fora do ambiente escolar ao optarem por ter diários pessoais. Esse simples ato não apenas permite que eles revisitem suas experiências cotidianas, como também desenvolve habilidades de escrita e autoanálise que podem ser valiosas ao longo de suas vidas. Surge, assim, uma maneira de conectar o aprendizado em sala de aula com a vida real, mostrando que a narrativa é uma ferramenta poderosa não apenas para se comunicar, mas também para compreender a si mesmo e ao mundo.
Além disso, o valor dos relatos do cotidiano pode ser ampliado através da integração de novas mídias, como a criação de podcasts ou vlogs, onde os alunos são desafiados a contar suas histórias de maneira ainda mais dinâmica e interativa. Essa expansão das formas de relato oferece aos alunos um vasto leque de opções criativas para expressar suas vivências, promovendo um ambiente estimulante que desperta ainda mais o interesse pela escrita e expressão.
Finalmente, é fundamental que os educadores considerem a diversidade na formação e no compartilhamento dos relatos, reconhecendo que cada aluno traz consigo uma riqueza de experiências. Isso contribuirá para um ambiente de aprendizagem inclusivo, onde cada voz é valorizada e respeitada, fomentando um espaço de aprendizado colaborativo que transcende as barreiras a partir do entendimento mútuo e apreciação das diferenças.
Orientações finais sobre o plano:
A implementação deste plano deve ser adaptada de acordo com a realidade da sala de aula e o perfil dos alunos. É importante que o educador esteja atento às dinâmicas do grupo, criando um espaço propício para a expressão de todos. Através de metodologias ativas e do envolvimento dos alunos, o aprendizado se torna mais significativo, permitindo que eles se conectem com o conteúdo de forma pessoal.
Ademais, as atividades propostas devem incentivar o compartilhamento e a troca de experiências, pois a interação entre os alunos é fundamental para o fortalecimento dos laços sociais e a construção de um ambiente colaborativo. O educador deve sempre manter uma comunicação clara e respeitosa, estimulando a autonomia dos alunos ao expressarem suas ideias e sentimentos.
Por fim, a promoção da reflexão crítica sobre a diversidade de relatos do cotidiano é essencial. Os alunos devem ser encorajados a questionar e analisar as narrativas que encontram, desenvolvendo assim suas habilidades interpretativas e analíticas. Essa abordagem não apenas enriquecerá suas experiências escolares, mas também contribuirá para sua formação como cidadãos conscientes e engajados na sociedade.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Contação de Histórias:
– Objetivo: Desenvolver habilidades narrativas através de uma dinâmica divertida.
– Passo a Passo: Os alunos se sentarão em círculo, e um deles começará a contar uma história, que pode ser uma experiência real ou imaginária. Após alguns segundos, o próximo aluno deverá continuar a história, fazendo uma conexão com o que foi relatado. Assim, a história vai se construindo de forma coletiva.
– Idade: 12-15 anos.
2. Atividade de Desenho narrativo:
– Objetivo: Expressar visualmente relatos do cotidiano.
– Passo a Passo: Após ouvirem a história de um colega, os alunos devem desenhar uma cena que os impactou na narrativa. Depois, cada um apresentará seu desenho e explicará a escolha feita.
– Idade: 12-15 anos.
3. Teatro de Improviso:
– Objetivo: Estimular a criatividade e a capacidade de adaptação.
– Passo a Passo: Em grupos, os alunos escolherão um tema do cotidiano e, em 10 minutos, deverão criar uma cena curta para representar. Eles apresentarão para a turma, que pode interagir com sugestões.
– Idade: 12-15 anos.
4. Escrita em Duo:
– Objetivo: Incentivar a escrita colaborativa.
– Passo a Passo: Em duplas, os alunos deverão continuar um relato iniciado por um deles, revezando-se a cada 3 minutos. O objetivo é ver como suas interpretações vão mudando a narrativa.
– Idade: 12-15 anos.
5. Caça ao Tesouro de Experiências:
– Objetivo: Incentivar a busca e a valorização de relatos de seu entorno.
– Passo a Passo: Os alunos devem formar grupos e criar uma lista com perguntas que, ao serem respondidas por pessoas diferentes (membros da escola, família), resultarão em relatos do cotidiano. Após coletar, cada grupo apresentará um resumo das histórias encontradas.
– Idade: 12-15 anos.
Esse conjunto de atividades e orientações complementares visa enriquecer o aprendizado e proporcionar uma experiência significativa e envolvente para os estudantes, ao mesmo tempo que se alinha com as diretrizes da BNCC.