“Desenho com Interferência: Criatividade e Empatia na Arte Infantil”
A proposta deste plano de aula é promover a interação e a expressão artística através do desenho com interferência. Este tema revela uma oportunidade única para as crianças explorarem sua criatividade enquanto aprendem sobre a diversidade de emoções e interações sociais. Ao desenhar com interferência, os pequenos se deparam não apenas com o uso de cores e formas, mas também com a dinâmica de trabalhar em grupo, desenvolvendo a empatia e a cooperação entre eles.
Durante essa atividade, as crianças também terão a chance de se expressar de formas distintas e originais, estimulando não apenas a individualidade, mas também a apreciação das criações dos colegas. A interferência no desenho será um elemento essencial para ampliar as suas habilidades motoras, ao mesmo tempo que propiciará um espaço para que compartilhem ideias e sentimentos. Assim, podemos transformar um simples desenho em um verdadeiro diálogo entre as crianças, respeitando e valorizando a singularidade de cada uma delas.
Tema: Desenho com Interferência
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 3 a 4 anos
Objetivo Geral:
Promover a expressão artística e a socialização emocional por meio do desenho com interferência, incentivando a individualidade, a empatia e a colaboração entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Fomentar a expressão livre das emoções através da arte.
– Estimular a escolha de cores e formas como forma de comunicação.
– Desenvolver a interação social e a cooperação entre colegas durante a atividade.
– Criar um espaço de valorização das produções artísticas de cada criança.
– Promover a realização de atividades motoras finas através do uso de materiais diversos.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
– (EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
Materiais Necessários:
– Papéis de diferentes texturas e cores.
– Lápis de cor, giz de cera e canetinhas.
– Tintas de diferentes cores, pincéis e esponjas.
– Materiais diversos para a interferência, como pétalas de flores, folhas, tecidos coloridos e jornal.
– Espelhos para observar as criações e refletir sobre o processo.
Situações Problema:
– Como podemos expressar nossos sentimentos através das cores e formas?
– Quais atitudes devemos ter quando estamos criando juntos?
Contextualização:
Iniciar a atividade apresentando o desenho com interferência a partir de uma breve conversa sobre arte e sentimentos. Pergunte às crianças sobre suas cores favoritas e como se sentem quando usam essas cores. Isso promove uma conexão emocional e contextualiza a experiência.
Desenvolvimento:
1. Introdução (5 minutos): Inicie a aula apresentando brevemente o conceito de “interferência” no desenho. Explique que ao desenharem juntos, podem adicionar elementos à arte uns dos outros. Isso é uma forma de mostrar diferentes sentimentos e ideias.
2. Exploração do material (10 minutos): Distribua os materiais entre as crianças e permita que explorem livremente. Incentive-as a experimentar a combinação de cores e texturas, utilizando os diferentes elementos.
3. Atividade principal (20 minutos): Proponha que as crianças comecem a criar suas obras de arte, mas com um detalhe: cada uma deve passar seu desenho para um colega em um certo momento, que poderá adicionar algo ao desenho. Isso criará uma obra coletiva e promoverá a interferência artística.
4. Reflexão (5 minutos): Após a atividade, forme um círculo e peça para que cada criança compartilhe suas obras e o que elas representam para elas. Este momento é crucial para a expressão oral e para o desenvolvimento da capacidade de ouvir os outros.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: Exploração de cores (Dia 1)
Objetivo: Familiarizar as crianças com várias cores e texturas.
Descrição: Usar materiais como papéis coloridos e tintas para que as crianças possam explorar como diferentes cores podem expressar diferentes emoções.
Instruções: As crianças devem projetar pequenos desenhos e compartilhar suas aventuras coloridas com a turma.
Materiais: Papéis coloridos, tintas, pincéis.
Adaptações: Para crianças que necessitam de suporte adicional, forneça exemplos visuais de emoções associadas a cores.
Atividade 2: A obra coletiva (Dia 2)
Objetivo: Produzir um desenho coletivo, destacando a cooperação.
Descrição: Com um grande papel no chão, cada criança pode adicionar seu desenho, promovendo a troca de ideias sobre as cores e formas.
Instruções: Enquanto desenham, incentive conversas sobre o que cada criança está criando e como suas criações se interagem.
Materiais: Papéis grandes, tintas, canetinhas.
Adaptações: Permitir que crianças que preferem possam desenhar em uma área mais silenciosa.
Atividade 3: Arte com naturas (Dia 3)
Objetivo: Introduzir interferências naturais na arte.
Descrição: Coletar materiais da natureza, como folhas e flores secas, e utilizá-los para criar arte.
Instruções: As crianças podem colar esses materiais em seus desenhos, criando texturas e formas diferentes.
Materiais: Materiais naturais (flores secas, folhas), cola, papel.
Adaptações: Crianças com dificuldades motoras poderão desenhar e colar com auxílio.
Atividade 4: Reflexão Musical (Dia 4)
Objetivo: Associar música às emoções e à arte.
Descrição: Apresente músicas que fazem as crianças se sentirem de forma diferente, pedindo que elas desenhem o que a música faz elas sentirem.
Instruções: Experimente diferentes gêneros musicais e observe as reações.
Materiais: Instrumentos musicais, caixa de som.
Adaptações: Oferecer materiais de arte acessíveis para crianças que precisam de auxílio.
Atividade 5: Festa da Arte (Dia 5)
Objetivo: Celebrar o trabalho individual e coletivo da semana.
Descrição: Organizar uma pequena exposição do que foi produzido, onde familiares são convidados.
Instruções: As crianças podem apresentar suas obras para os pais, explicando o que cada uma representa.
Materiais: Exibir as obras em um espaço decorado.
Adaptações: Provê materiais simples para crianças que ainda não têm habilidade de explicar suas obras como desenho à mão livre.
Discussão em Grupo:
Promova uma discussão em que as crianças compartilhem suas experiências sobre a atividade de interferência nos desenhos. Pergunte o que elas sentiram ao adicionar algo ao desenho de outra pessoa, questionando como isso pode ter mudado a obra original.
Perguntas:
– O que você sentiu quando alguém desenhou em seu papel?
– Quais cores você usou e por quê?
– Como você achou que a sua contribuição foi recebida pelos colegas?
Avaliação:
A avaliação pode ser realizada através da observação das interações entre as crianças durante a atividade. É importante notar como elas expressam suas ideias e sentimentos, bem como a forma como se engajam nas criações coletivas. Incentive o diálogo e escute atentamente o que cada criança compartilha.
Encerramento:
Encerre a aula com um momento de reflexão, reforçando a importância da expressão artística e da cooperação. Agradeça a todos pela participação e pela criatividade que todos mostraram durante a atividade. Reforce que cada um é único e suas obras são especiais.
Dicas:
– Esteja sempre atento às necessidades individuais de cada criança, adaptando a atividade conforme necessário.
– Crie um ambiente acolhedor e estimulante, onde as crianças se sintam à vontade para explorar suas emoções e a criatividade.
– Mantenha a calma e um tom positivo durante a atividade, incentivando sempre a colaboração e a escuta ativa entre os alunos.
Texto sobre o tema:
O desenho com interferência é uma prática que permite não apenas a expressão artística, mas também um mergulho profundo nas emoções e interações sociais. Ao proporcionar essa atividade, estamos permitindo que as crianças construam um espaço seguro onde suas emoções podem ser externalizadas de forma colorida e criativa. Essa prática se insere no contexto da educação infantil, onde o desenvolvimento motor, social e emocional caminha lado a lado. O desenho se torna, assim, uma ferramenta poderosa para a compreensão do eu e do outro.
À medida que as crianças exploram suas próprias criações e as interferências feitas por outras, vivenciam a dinâmica da colaboração e da empatia. Elas não apenas assistem à evolução de seus trabalhos artísticos, mas também aprendem a valorizar o trabalho do colega, entender e respeitar diferentes pontos de vista. É importante que nesta fase da vida, as crianças entendam a importância da diversidade nas interações sociais e nas expressões individuais. O sentimento de pertencimento à comunidade e a compreensão de que todas as vozes são válidas são fundamentais para o crescimento coletivo.
Ao final do processo, ao avaliar o que foi produzido e o que foi aprendido, as crianças não apenas levam para casa suas obras de arte, mas também a experiência enriquecedora de colaborar, interagir e comunicar-se por meio da arte. Esse tipo de atividade é essencial para desenvolver habilidades que influenciam não apenas a vida escolar, mas a formação de cidadãos conscientes e respeitosos.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula que apresenta desenho com interferência para crianças pequenas pode ser um ponto de partida para diversas outras experiências de aprendizado. Ao integrar outras linguagens artísticas, como a música e a dança, por exemplo, é possível criar um projeto interdisciplinar que estimula a expressão das emoções de formas variadas. Essa abordagem ajuda a reforçar a ideia de que a arte está presente em múltiplos aspectos da vida, promovendo um entendimento mais amplo sobre a comunicação não-verbal.
Além disso, é possível que, após essa experiência, outras atividades envolvendo a natureza e a observação de diferentes elementos do ambiente sejam realizadas, sempre encorajando as crianças a interagir com o mundo ao seu redor de maneira respeitosa e atenta. Projetos que fazem uso de materiais recicláveis para criar obras de arte, por exemplo, podem levar as crianças a refletirem sobre a importância da conservação ambiental e do reaproveitamento de materiais.
Outra possibilidade é realizar um momento de intercâmbio cultural, onde as crianças possam trazer elementos de suas culturas familiares, misturando as influências no desenho e na arte, fazendo com que compreendam melhor a diversidade ao seu redor e desenvolvam um respeito ainda maior pelas individualidades de seus colegas. Batendo a um método de educação construtivista, a experiência do desenho com interferência pode se transformar em uma jornada onde as vivências de cada criança são valorizadas no ambiente da sala de aula e respeitadas nos ciclos comunitários mais amplos.
Orientações finais sobre o plano:
Ao implementar este plano de aula, o educador deve estar atento às dinâmicas do grupo e à interação entre as crianças. É essencial promover um espaço onde cada uma se sinta segura para expressar seus sentimentos e emoções, sem o medo de ser julgada. A valorização das criações deve ser uma prática constante, ajudando as crianças a desenvolverem sua autoconfiança e seu senso de valor pessoal.
A flexibilidade da atividade é outro ponto chave para o sucesso do plano. Como os alunos são em sua maioria ainda muito jovens, pode haver variações em como cada um expressa suas ideias. Portanto, garantir que cada um tenha seu momento de fala e que suas contribuições sejam respeitadas fará toda a diferença no resultado final da proposta. Além disso, a avaliação não deve ser apenas em relação ao resultado final do desenho, mas sim ao processo de interação e aprendizado coletivo que aconteceu.
Por fim, estar preparado para adaptar e modificar as atividades com base nas respostas das crianças e na dinâmica do grupo é o que tornará este plano efetivo e enriquecedor. Encorajar a criatividade e a colaboração é essencial para formar indivíduos seguros, respeitosos e apaixonados por aprender.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Dança das Cores
Objetivo: Integrar movimento e artes plásticas.
Descrição: As crianças devem se movimentar ao som de uma música e, quando a música parar, criar um desenho com as cores que mais lembraram. Isso une movimento e expressão artística.
Materiais: Música variada, papéis, lápis de cor.
Adaptações: Para crianças com dificuldades de locomoção, desenvolver uma versão onde possam desenhar sentado, utilizando apenas a parte superior do corpo.
Sugestão 2: O Ponto de Vista
Objetivo: Refletir sobre a perspectiva de outros em relação à arte.
Descrição: Após o desenho, as crianças trocam suas obras com um colega e devem completar o desenho a partir da perspectiva do outro.
Materiais: Papéis, canetinhas, lápis de cor.
Adaptações: Para crianças que precisam de auxílio em suas mãos, disponibilizar um assistente para guiá-las durante a atividade.
Sugestão 3: O Livro das Emoções
Objetivo: Criar um registro da diversidade emocional.
Descrição: A cada dia, as crianças desenham uma situação que as fez sentir de determinada maneira e explicam o porquê para a turma. No fim, compilar tudo em um livro da turma.
Materiais: Papéis, tesoura, cola, penas decorativas.
Adaptações: Deixar que as crianças que não tenham habilidades para desenho utilizem collage com recortes de revistas.
Sugestão 4: Experiência com Texturas
Objetivo: Criar arte usando texturas variadas.
Descrição: As crianças podem usar materiais como cotonetes, esponjas, e até algodão para criar texturas em seus desenhos.
Materiais: Papéis, tintas e materiais diversos.
Adaptações: Para alunos que têm dificuldades motoras, oferecer alternativas como carimbos fáceis de usar.
Sugestão 5: A Mural Coletivo
Objetivo: Unir os desenhos individuais em uma obra maior.
Descrição: Cada criança desenha um pedaço que será colado a um mural coletivo. Estimule as interações, fusões de cores e formas.
Materiais: Grande papel mural, fita adesiva, tintas.
Adaptações: Permitir que aquelas que não se sintam confortáveis desenhem apenas com os dedos ou com os materiais que se sentirem mais à vontade.
Essas sugestões permitem não apenas interagir com as atividades artísticas, mas também proporcionam um ambiente de colaboração e desenvolvimento pessoal para cada criança. O foco deve sempre ser o respeito,
