“Descubra Tipos de Moradia e Organize sua Cidade com Crianças”
Este plano de aula é uma oportunidade fascinante para as crianças pequenas compreenderem melhor o mundo ao seu redor, explorando as moradias e as formas de organização das cidades. O tema “Tipos de moradia e formas de organização da cidade”, além de estimular a curiosidade natural das crianças, proporciona um espaço rico para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. As atividades propostas favorecerão a observação e interação com o ambiente à sua volta, permitindo que expressem suas percepções e sentimentos.
Através desse plano, espera-se que as crianças aprendam não apenas sobre os diversos tipos de moradia e a organização do espaço urbano, mas também desenvolvam a capacidade de socialização, empatia e respeito à diversidade. Utilizando a observação do trajeto de casa até a escola, as crianças poderão relacionar suas experiências cotidianas com as aprendizagens, tornando o conhecimento mais significativo e contextualizado.
Tema: Tipos de moradia e formas de organização da cidade: ruas, becos, avenidas
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a percepção sobre os diferentes tipos de moradia e a organização urbana, estimulando a curiosidade e a expressão das crianças por meio da observação e comunicação.
Objetivos Específicos:
1. Identificar e descrever os diferentes tipos de moradia presentes na comunidade.
2. Observar e relatar os elementos da paisagem do caminho entre casa e escola.
3. Desenvolver habilidades de comunicação e expressão ao compartilhar suas descobertas com os colegas.
4. Estimular a empatia e o respeito pelas diversas formas de viver e habitar.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
Materiais Necessários:
– Papel e lápis de cor.
– Materiais recicláveis (papel, papelão, garrafinhas).
– Uma câmera ou celular para registro fotográfico (opcional).
– Quadro ou cartaz para anotações sobre o que observarem.
– Livros infantis sobre moradias e cidades.
Situações Problema:
– “Quais diferentes tipos de casas você vê pelo caminho?”
– “Como as casas nas quais as pessoas vivem podem ser diferentes?”
– “O que faz uma rua ser diferente de um beco?”
Contextualização:
Inicie a aula fazendo um bate-papo leve e divertido sobre os tipos de moradia que as crianças conhecem. Pergunte sobre como elas vivem, se conhecem alguém que mora em um apartamento, casa, vilas ou outros tipos. Este espaço deve ser de escuta ativa, onde as crianças possam expressar suas opiniões e experiências.
Desenvolvimento:
1. Observação do trajeto: Organize um passeio em grupo até uma área próxima, onde as crianças possam observar diferentes tipos de moradia e a disposição das ruas. Peça para que cada criança, em seu pequeno caderno, desenhe algo que avistar durante o trajeto.
2. Registro de observações: Após o passeio, reúna as crianças e crie um quadro com as descobertas realizadas, perguntando o que cada uma notou sobre as casas e ruas. Esse momento será útil para desenvolver a comunicação e a empatia, já que elas poderão ouvir os colegas.
3. Atividade artística: Usando os desenhos feitos no passeio, as crianças criarão uma “colagem de moradias”, onde poderão recriar com recortes de materiais recicláveis as casas que viram. Essa atividade potencializa a expressão criativa.
Atividades sugeridas:
Atividade 1:
– Objetivo: Identificar e descrever as moradias.
– Descrição: Após a observação do trajeto, em sala, as crianças desenharão o que viram.
– Instruções práticas: Cada criança irá desenhar uma moradia que mais chamou a atenção. Em duplas, deverão compartilhar a descrição de seu desenho, praticando a escuta e a expressão verbal.
– Materiais a serem utilizados: Papel e lápis de cor.
– Adaptações: Crianças com dificuldades motoras poderão utilizar materiais como tinta ou recortes, enquanto as mais desenvolvidas podem criar um minipainel de moradias.
Atividade 2:
– Objetivo: Compreender a diversidade nas moradias.
– Descrição: Ler um livro infantil que aborda o tema de diferentes moradias ao redor do mundo.
– Instruções práticas: Após a leitura, cada criança poderá escolher uma lâmina do livro para recontar usando as suas palavras.
– Materiais a serem utilizados: Livros infantis sobre moradias.
– Adaptações: Para crianças mais tímidas, os educadores podem estimular o relato individual em grupos menores.
Atividade 3:
– Objetivo: Desenvolver o respeito às diferenças culturais.
– Descrição: Montar um mural sobre as moradias vistas e conversar sobre como pessoas vivem de forma diferente, respeitando essa diversidade.
– Instruções práticas: As crianças irão apresentar suas colagens e histórias, ressaltando as diferenças.
– Materiais a serem utilizados: Quadro/cartaz e colagens.
– Adaptações: Pode-se permitir que crianças que não falam ainda, se expressem através do desenho.
Discussão em Grupo:
Promova uma roda de conversa, onde as crianças poderão expor suas percepções e sentimentos sobre o que viram, ouviram e aprenderam. Questões como “Qual tipo de moradia você gostaria de morar?” e “O que é mais importante em uma casa?” podem ser utilizadas para fomentar a discussão.
Perguntas:
1. O que você mais gostou de ver no caminho até a escola?
2. Alguém viu uma casa diferente? Como é essa casa?
3. Você acha que todas as pessoas têm o mesmo tipo de casa? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será contínua e processual, observando a participação das crianças nas atividades, na troca de informações e na capacidade de expressar suas ideias e sentimentos. Além disso, serão analisadas as produções artísticas e a contribuição nas discussões em grupo.
Encerramento:
Finalizar a aula incentivando as crianças a compartilharem suas colagens e desenhos, valorizando cada uma das contribuições. Uma sugestão é encerrar cantando uma música que fale sobre lugares ou casas, reforçando o senso de união e alegria em aprender sobre o mundo ao seu redor.
Dicas:
1. Valorize a escuta ativa, respeitando os tempos de cada criança.
2. Adapte as atividades com materiais que estejam ao alcance das crianças para garantir que todos possam participar.
3. Promova um ambiente acolhedor e seguro onde as crianças se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e opiniões.
Texto sobre o tema:
O assunto sobre moradias e a organização da cidade é um tema interessante e muito próximo da realidade das crianças pequenas. Compreender as diferentes formas de viver enriquece não somente a visão de mundo delas, mas também a capacidade de empatia e respeito pelas suas particularidades. As moradias podem variar imensamente de acordo com a cultura, a situação econômica e também com o contexto social. Além disso, é fundamental perceber a importância da organização urbana, que inclui ruas, avenidas e becos, também influencia o cotidiano das crianças.
As experiências que elas vivenciam ao observarem com atenção o caminho entre casa e escola geram um vasto espaço de aprendizado. Quando as crianças são estimuladas a falarem sobre suas impressões, elas não apenas desenvolvem a linguagem, mas também a convivência com o grupo, o que é essencial para a construção de relações saudáveis. Esta jornada de aprendizado é repleta de oportunidades para as crianças expressarem suas ideias e absorverem aprendizagens significativas.
Através desse plano de aula, espera-se que os pequenos possam perceber e valorizar as diferenças, além de se tornarem apreciadores das várias formas de organização de espaço. Essa capacidade de olhar para o mundo com curiosidade e respeito é um dos pilares para formar cidadãos conscientes e justos no futuro. Com o olhar atento e despido de preconceitos, as crianças se tornam exploradoras do mundo, prontos para aprender e colaborar na construção de uma sociedade plural e responsável.
Desdobramentos do plano:
Em um contexto mais amplo, o tema de moradias e organização urbana pode ser desdobrado em diversas outras atividades e discussões. Por exemplo, considerar a importância do espaço público e o quanto ele influencia a qualidade de vida da comunidade, além de discutir a necessidade de cuidar e preservar esses lugares. As crianças podem criar projetos que envolvam melhorias na sua área de vivência, dando a elas um sentimento de pertencimento e responsabilidade. Dessa maneira, aprendem desde cedo sobre cidadania e ações coletivas.
Outro desdobramento interessante é a possibilidade de explorar a diversidade cultural que existe em uma comunidade. São experiências em que as crianças poderiam conhecer diferentes tipos de cultura por meio de visitas a outros bairros, experiências gastronômicas e práticas artísticas que representem essas culturas. Esse tipo de abordagem enriquece não somente o conhecimento, mas a vivência social das crianças, contribuindo para que desenvolvam uma sensibilidade maior em relação ao outro.
Por fim, as interações com as famílias podem ser uma forma de expandir o aprendizado sobre moradia, promovendo eventos onde cada um possa trazer algo de sua cultura e de sua habitação. Criar uma mostra de moradias, na qual as famílias construam maquetes ou representações de suas casas e modos de vida, pode apresentar e explorar a cultura local de forma rica e divertida. Ao trazer a família para uma interação mais próxima, todo o aprendizado da criança ganha um novo significado, se tornando uma experiência compartilhada e reforçando os laços sociais.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o professor mantenha uma postura de acolhimento e esteja atento a cada um dos participantes, valorizando suas opiniões e respeitando suas individualidades. Esse cuidado permite que as crianças se sintam seguras e à vontade para se expressarem. A interação entre os alunos é uma estratégia poderosa para a construção do aprendizado, e a mediação do professor será sempre útil para que todos possam ser ouvidos, respeitando o tempo de cada um.
As abordagens lúdicas são sempre bem-vindas, especialmente na Educação Infantil, pois tornam o aprendizado mais leve e prazeroso. A utilização de músicas, brincadeiras e atividades práticas contribui para a compreensão dos conteúdos tratados. Portanto, é importante que as atividades estejam alinhadas com o contexto cotidiano das crianças, facilitando a conexão com o que elas já conhecem e suas referências.
Por fim, a reflexão sobre as experiências vividas deve ser uma constante durante todas as etapas do plano. Incentivar as crianças a falarem sobre o que aprenderam e como se sentiram em cada atividade ajuda a consolidar o conhecimento e promove um sentimento de realização e pertencimento. Com cada passo dado, as crianças se tornam mais conscientes de suas identidades e diferenças, cada vez mais se enxergando como parte de um todo, onde a pluralidade é bem aceita e valorizada.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: Jogo dos Tipos de Moradia
– Objetivo: Explorar os diferentes tipos de moradia.
– Descrição: Crie cartões com figuras de diferentes moradias e organize-as em um jogo da memória. As crianças irão tirar os pares e, ao encontrá-los, deverão dizer o que sabem sobre cada tipo de moradia.
– Materiais Necessários: Cartões com imagens de diferentes casas.
– Modo de condução: Estimule a fala, pedindo que cada criança explique ou relate algo sobre a casa correspondente ao cartão que encontrou.
Sugestão 2: Montagem de um “Quarteirão”
– Objetivo: Mostrar como as ruas se organizam em um bairro.
– Descrição: Usando caixa de papelão, as crianças poderão montar um quarteirão, onde colocarão propostas de moradias, estabelecimentos (supermercados, escolas, praças) e ruas.
– Materiais Necessários: Caixas, papel, tesoura, cola e tintas.
– Modo de condução: Permita que as crianças brinquem livremente com a criação, sempre com um monitoramento sobre o que cada elemento representa.
Sugestão 3: Histórias de Moradia
– Objetivo: Trabalhar a narrativa e a criatividade.
– Descrição: Cada criança irá criar uma história sobre uma família que vive em uma casa diferente, abordando suas aventuras.
– Materiais Necessários: Papel, lápis, canetinhas.
– Modo de condução: Após a elaboração da história, proponha que as crianças compartilhem suas narrativas com seus colegas em um momento de roda de leitura.
Sugestão 4: Caça ao tesouro
– Objetivo: Observar e descrever o ambiente ao redor.
– Descrição: Crie um caça ao tesouro onde as crianças precisam observar o que há pelo caminho para uma lista de itens que serão encontrados (ex: árvore, casa colorida, carro de uma cor específica).
– Materiais Necessários: Lista de itens a serem encontrados, cesto para coletar.
– Modo de condução: Incentive o trabalho em dupla ou em pequenos grupos para que as crianças também interajam e troquem ideias.
Sugestão 5: A casa dos sonhos
– Objetivo: Estimular a expressão criativa.
– Descrição: Cada criança desenhará a “casa dos sonhos” e apresentará para os colegas explicando os motivos de sua escolha.
– Materiais Necessários: Papel, lápis, lápis de cor e materiais para colagem.
– Modo de condução: Impulsionar as crianças a pensarem em questões como “Qual seria a coisa mais legal na sua casa dos sonhos?” para enriquecer a narrativa durante a apresentação.
Esse plano de aula busca proporcionar uma experiência rica em aprendizagens, onde as crianças possam desenvolver vários aspectos por meio da observação, comunicação e expressão. A construção do conhecimento deve ser um processo dinâmico, onde o professor é um mediador e cada criança é um sujeito ativo em sua formação.