“Descubra o Cordel Nordestino: Plano de Aula Criativo!”

Este plano de aula é voltado para a compreensão e apreciação do Cordel Nordestino, uma forma de literatura popular que expressa as tradições e a cultura do povo nordestino. O cordel é uma importante manifestação artística que, através da poesia, narra histórias e mitos, fazendo uso da linguagem rica e das rimas. Essa aula visa não apenas introduzir os alunos a essa forma de arte, mas também trabalhar habilidades essenciais de leitura e escrita, conforme as diretrizes da BNCC.

Por meio das atividades propostas, os alunos poderão vivenciar a criação e fruição de poesias embasadas no estilo dos cordéis, desenvolvendo suas competências linguísticas e artísticas. Nesse contexto, o plano de aula favorece o reconhecimento das diferentes vozes narrativas e a valorização do patrimônio cultural brasileiro, estimulando o respeito e a apreciação pela diversidade cultural presente no país.

Tema: Cordel Nordestino
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 anos

Objetivo Geral:

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Fomentar a apreciação e a compreensão do Cordel Nordestino, permitindo que os alunos reconheçam e produzam textos em verso, desenvolvendo habilidades de leitura, escrita e oralidade.

Objetivos Específicos:

– Ler e interpretar um texto de Cordel Nordestino, identificando seus principais elementos.
– Criar um cordel inspirado em temas do cotidiano.
– Analisar a estrutura e as peculiaridades do cordel, como rimas, ritmo e métrica.
– Promover a apreciação das manifestações culturais brasileiras.

Habilidades BNCC:

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas.
(EF05LP10) Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
(EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais.
(EF05LP23) Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.
(EF05LP27) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal e articuladores de relações de sentido.

Materiais Necessários:

– Exemplares de cordéis (físicos ou digitais).
– Papel e caneta ou lápis para escrita.
– Quadro para anotações.
– Projetor (se disponível) para exibir vídeos ou imagens relacionadas ao tema.
– Música regional que ressoe com a temática do cordel.

Situações Problema:

1. Como o Cordel Nordestino reflete a cultura e as tradições do povo nordestino?
2. Quais elementos fazem parte das narrativas presentes nos cordéis?

Contextualização:

Apresentar brevemente a história do Cordel Nordestino, explicando o seu surgimento no Brasil, as influências europeias e africanas e como essa forma de arte se desenvolveu no Nordeste. Discutir a importância do cordel como ferramenta de educação, resistência e expressão cultural. Mostrar exemplos de temas abordados nos cordéis, como lendas, mitos e questões sociais.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao Tema: Apresentação do Cordel Nordestino, destacando suas características e importância cultural. Ler um cordel em voz alta para a turma, incentivando os alunos a prestar atenção na musicalidade e nas rimas.
2. Discussão Interativa: Realizar uma roda de conversa onde os alunos podem compartilhar suas impressões sobre o cordel, suas rimas e a história que foi contada, dando espaço para que expressem suas opiniões e reflexões.
3. Análise de Estruturas: Em grupo, os alunos devem identificar as estruturas e as particularidades dos cordéis que leram, como a forma como são divididos em estrofes e versos.
4. Produção do Cordel: Cada aluno deve criar seu próprio cordel, utilizando rimas e uma temática à sua escolha. O professor deve orientar a construção dos versos, reforçando as características do cordel.
5. Apresentação: Os alunos compartilham seus cordéis com a turma, podendo declamá-los em voz alta, promovendo um momento de apreciação da produção coletiva.

Atividades Sugeridas:

Dia 1:
– Objetivo: Introduzir o tema.
– Atividade: Leitura compartilhada de um cordel famoso.
– Descrição: O professor lê um cordel em voz alta e discute com os alunos sobre o tema e a estrutura.
– Materiais: Exemplares do cordel selecionado.

Dia 2:
– Objetivo: Identificar características do cordel.
– Atividade: Análise em pequenos grupos.
– Descrição: Grupos discutem diferentes cordéis e anotam características observadas.
– Materiais: Quadro ou folhas para anotações.

Dia 3:
– Objetivo: Introduzir a produção de um cordel.
– Atividade: Brainstorming sobre temas.
– Descrição: Os alunos devem pensar em temas que os interessam e que podem ser contados em forma de cordel.
– Materiais: Papel e canetas.

Dia 4:
– Objetivo: Escrever o cordel.
– Atividade: Produção de um cordel.
– Descrição: Orientar os alunos a escreverem seus cordéis, utilizando rimas e atmosfera do gênero.
– Materiais: Papel e canetas.

Dia 5:
– Objetivo: Apresentar os cordéis.
– Atividade: Apresentação oral.
– Descrição: Os alunos declamam seus cordéis para a turma.
– Materiais: Cordéis produzidos.

Discussão em Grupo:

Realizar uma discussão sobre as diferentes vozes que aparecem nos cordéis e como as histórias podem refletir a realidade e os anseios da população nordestina. Perguntar como os alunos se sentiram ao criar suas histórias e fazer conexões com experiências vividas.

Perguntas:

1. O que é um cordel e qual é a sua relevância cultural?
2. Que elementos você considerou mais desafiadores ao produzir seu cordel?
3. Qual é a moral ou a mensagem que você gostaria que seu cordel transmitisse?

Avaliação:

A avaliação será contínua e leva em conta a participação dos alunos nas discussões, a qualidade da produção textual do cordel e a habilidade de declamação em suas apresentações. O professor pode criar critérios claros, como criatividade, uso de rimas, e expressividade na leitura.

Encerramento:

Concluir a aula reforçando a importância do Cordel Nordestino como patrimônio cultural e literário. Sugerir que os alunos formem um pequeno acervo de cordéis na sala de aula, incentivando a troca de produções entre os colegas e a contínua apreciação dessa forma de arte.

Dicas:

– Promover sessões semanais de leitura de cordéis, vazando um espaço para discussões e reflexões sobre outros temas que os cordéis abordam.
– Incentivar a participação de familiares ou pessoas da comunidade para compartilhar suas histórias e experiências relacionadas ao cordel.
– Fazer uso de tecnologias, como aplicativos de gravação de áudio, para que os alunos possam registrar suas declamações e compartilhar com outros.

Texto sobre o tema:

O Cordel Nordestino é uma expressão literária que remonta à tradição oral, surgindo no Brasil no início do século XX, especialmente na região Nordeste. Os cordéis são poemas narrativos que versam sobre diversas temáticas, desde eventos históricos até histórias do cotidiano, sempre com um toque de humor e crítica social. O formato tradicional é composto por rimas e versos, o que ajuda a manter a atenção dos leitores e ouvintes. Sua produção e circulação, que antes eram feitas em feiras e mercados, foram ampliadas com o advento da internet, permitindo que novas gerações tenham acesso e possam criar suas próprias versões.

A cultura do cordel reflete a identidade nordestina, suas histórias, desafios e alegrias. Através das suas narrativas, é possível explorar mitos e lendas que fazem parte do imaginário coletivo da população. Os cordéis são mais do que simples histórias; eles são um meio de preservação da cultura e da memória popular. Através deles, os personagens do folclore nordestino ganham vida, e as experiências cotidianas se tornam épicas, refletindo a luta, a resiliência e a sabedoria desse povo.

Estudar e produzir cordéis possibilita que alunos desenvolvam suas habilidades literárias de forma criativa e envolvente. Essa forma de arte promove competências como a leitura, a escrita e a declamação, além de incentivar o respeito pela diversidade cultural. O cordel é, portanto, não apenas um gênero literário, mas uma rica manifestação cultural que deve ser valorizada e preservada nas salas de aula.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre o Cordel Nordestino pode ser desdobrado em outras áreas do conhecimento, enriquecendo o aprendizado. Uma abordagem pode ser integrar o cordel com as aulas de História, analisando os eventos que impactaram a cultura nordestina, suas revoluções e costumes. Por exemplo, os alunos poderiam pesquisar sobre a Revolução de 1930 ou o movimento Tenentista e seus reflexos na literatura de cordel, criando um contexto histórico para suas produções.

Outra possibilidade de desdobramento é relacionar a produção do cordel com a Matemática, onde os alunos poderiam explorar rimas e métricas em formas geométricas, entendendo a estrutura de versos como se fossem figuras geométricas e medindo o espaço em que cada um se insere. Assim, o cordel vai além de um simples tema literário, tornando-se um conteúdo multidisciplinar.

Por fim, a prática da declamação dos cordéis pode ser associada a projetos de Educação Física, incentivando a expressão corporal dos alunos durante as apresentações. Criar movimentos que expressem as narrativas dos cordéis tornaria o aprendizado mais dinâmico e participativo, envolvendo o corpo na arte da declamação e ressaltando a rica cultura do Nordeste.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que os educadores vejam o Cordel Nordestino não apenas como um tema a ser abordado, mas como uma oportunidade de conectar diversas disciplinas e culturas. A abordagem lúdica e prática das aulas deve ser incentivada, permitindo que os alunos explorem suas próprias vozes e histórias. Dessa forma, o cordel não é só uma forma de arte, mas um agente transformador que ajuda na formação da cidadania e na construção da identidade.

Os professores devem estar abertos a adaptações e inovações na metodologia, levando em consideração o contexto e o perfil dos alunos. A cultura nordestina, rica e diversificada, deve ser um norteador para promover o respeito à pluralidade e o reconhecimento de diferentes vozes dentro da sala de aula. Dessa maneira, o cordel se torna uma ferramenta poderosa de aprendizado e valorização do que é brasileiro.

Incentivar dois ou mais encontros com a comunidade local para compartilhar experiências relacionadas ao cordel é uma ação que pode fortalecer os laços entre a escola e o território. Dessa forma, torna-se fundamental incluir os familiares nas atividades, criando um ambiente de aprendizagem colaborativa e respeitosa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Portanto, para estimular ainda mais o aprendizado sobre o Cordel Nordestino, aqui estão 5 sugestões lúdicas que podem ser adaptadas para diferentes faixas etárias e perfis de desenvolvimento, promovendo um ambiente dinâmico e envolvente:

1. Passeio Literário: Organize um passeio pela feira local onde cordéis são vendidos. Os alunos poderão conversar com os artistas e colecionadores, entendendo melhor a cultura do cordel enquanto observam como são produzidos e divulgados.

2. Oficina de Criação: Após o estudo de diferentes cordéis, realize uma oficina de criação em grupo. Os alunos devem produzir um cordel em que cada um contribui com versos, trocando ideias e temática enquanto trabalham juntos.

3. Teatro de Marionetes: Crie uma peça de teatro utilizando marionetes que representam os personagens dos cordéis. Os alunos podem montar e interpretar suas histórias, utilizando como base os cordéis que estudaram.

4. Desafio do Cordel: Promova um concurso onde os alunos deverão criar um cordel com um tema livre! Um jurado formado por professores e convidados podem avaliar as obras, destacando as rimas mais criativas e bem construídas.

5. Música e Rima: Integre a música na aula, solicitando que os alunos escolham uma música popular e reescrevam a letra na forma de um cordel. Essa atividade estimula a criatividade e a capacidade de se expressar artisticamente.

Essas atividades enriquecem a experiência de aprendizado, promovendo interação, criatividade e o amor pela cultura nordestina. É fundamental que todas as ações sejam realizadas em um ambiente de respeito e valorização das diferenças, permitindo que cada voz seja ouvida e celebrada.