“Descubra as Tradições Brasileiras: Xilografia e Cordel no 5º Ano”

Este plano de aula é dedicado ao 5º Ano do Ensino Fundamental e se propõe a explorar as ricas tradições brasileiras, focando especialmente nas expressões artísticas da xilografia e do cordel. Através de atividades interativas e reflexivas, os alunos terão a oportunidade de conhecer e valorizar essas manifestações culturais, bem como desenvolver habilidades de leitura e produção textual que são essenciais para seu aprendizado.

O conhecimento das tradições culturais é fundamental para que os alunos reconheçam diferentes formas de expressão e a importância delas em nosso cotidiano. Para isso, utilizaremos não apenas a leitura de textos, mas também a produção de obras artísticas que reflitam a cultura brasileira, promovendo assim um aprendizado que é significativo e engajador.

Tema: Tradições brasileiras: a xilografia e o cordel
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos conhecimentos sobre as tradições culturais brasileiras, especificamente a xilografia e o cordel, promovendo a valorização da arte popular e a reflexão sobre a identidades regionais.

Objetivos Específicos:

– Compreender a história e a importância da xilografia e do cordel na cultura brasileira.
– Desenvolver habilidades de leitura e escrita a partir de obras de cordel.
– Criar uma xilogravura simples, utilizando técnicas básicas e criativas.
– Identificar os elementos característicos da arte e da literatura de cordel.

Habilidades BNCC:

(EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares, contextuais e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares.
(EF05LP09) Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
(EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
(EF05AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel A4 ou cartolina.
– Lápis, canetas coloridas e pincéis.
– Tintas para pintura.
– Impressões de xilogravuras e folhetos de cordel.
– Tesouras e cola.
– Materiais reciclados para a criação das xilogravuras (ex: garrafas pet, papelão).

Situações Problema:

– Como a xilografia e o cordel podem contar histórias brasileiras?
– De que maneira essas formas de arte refletem a cultura local e as identidades regionais?

Contextualização:

A xilografia é uma técnica de impressão que utiliza madeiras esculpidas para criar imagens, frequentemente associada à literatura de cordel que é uma forma de poesia popular que narra histórias e lendas. Essa combinação de artes visuais e literatura é essencial para a representação de narrativas culturais no Brasil, e a aula se propõe a celebrar e explorar essas formas de arte.

Desenvolvimento:

1. Início da Aula (10 minutos):
– Apresentação do tema da aula e os materiais que serão utilizados.
– Exibição de alguns exemplos visuais de xilogravuras e leitura de um breve texto de cordel.

2. Roda de Conversa (10 minutos):
– Discussão sobre o que os alunos já sabem sobre xilografia e cordel.
– Perguntas como: “Alguém já ouviu um cordel?” e “O que vocês acham que as xilogravuras representam?”.

3. Atividade de Leitura (10 minutos):
– Leitura em grupo de um texto de cordel, destacando suas características.
– Identificação de rimas e ritmo na leitura.

4. Atividade Prática (20 minutos):
– Introdução à xilografia. Mostrar o processo de criação de uma impressão e direcionar a turma a criar suas próprias xilogravuras utilizando papelão e tinta.
– Cada aluno deverá elaborar uma xilogravura que represente uma história ou ideia inspirada no cordel lido.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução e Leitura
Objetivo: Compreender o contexto cultural da xilografia e do cordel.
Descrição: Apresentar a história da xilografia e do cordel por meio de vídeos e textos. Discutir a importância da arte popular.
Materiais: Projetor digital para vídeos, canetas, folhas para anotações.

Dia 2: Análise e Criação de Cordéis
Objetivo: Desenvolver habilidades de escrita criativa e identificar rimas.
Descrição: Os alunos criam versinhos em estilo de cordel sobre um tema de interesse.
Materiais: Folhas, canetas coloridas, exemplos de cordel.

Dia 3: Workshop de Xilogravura
Objetivo: Experimentar a técnica da xilogravura.
Descrição: Aula prática onde os alunos utilizam papelão para criar suas obras.
Materiais: Papelão, tintas, rolos de pintura.

Dia 4: Apresentação dos Trabalhos
Objetivo: Apresentar as xilogravuras e os cordéis criados.
Descrição: Exposição dos trabalhos e contação das histórias desenvolvidas.
Materiais: Espaço para exposição, cartolinas para suporte dos trabalhos.

Dia 5: Reflexão Final
Objetivo: Avaliar o aprendizado.
Descrição: Discussão sobre o que aprenderam nas atividades da semana.
Materiais: Quadro para anotações.

Discussão em Grupo:

Promover um debate sobre a relevância dessas tradições na atualidade e maneiras práticas de apoiar e valorizar a cultura local em suas comunidades.

Perguntas:

1. O que faz a xilografia tão especial na cultura brasileira?
2. Como as histórias contadas em cordéis se baseiam na realidade do Brasil?
3. De que maneira podemos compartilhar essas tradições com outras pessoas?

Avaliação:

A avaliação será contínua, focando na participação dos alunos nas discussões, na criatividade demonstrada nas xilogravuras e em como se expressaram nos textos de cordel. A habilidade de colaborar em grupo também será considerada.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma roda de reflexões, pedindo que cada aluno compartilhe o que mais gostou na atividade e o que aprendeu sobre a xilografia e o cordel.

Dicas:

– Utilize recursos audiovisuais para enriquecer a apresentação do tema.
– Leve os alunos para visitar uma feira de cultura popular, se possível, para ver as xilogravuras e cordéis ao vivo.
– Incentive a inclusão de famílias nas atividades, pois isso pode fortalecer a conexão entre a escola e a comunidade.

Texto sobre o tema:

As tradições brasileiras são um vasto campo a ser explorado, cobrindo desde danças regionais até manifestações literárias como a literatura de cordel e a xilografia. O cordel, um gênero popular que tem sua origem na Europa, especialmente na tradição oral dos países lusófonos, encontrou nas terras brasileiras um novo lar. Aqui, ele se tornou não só uma forma de entertainmento, mas também uma ferramenta de crítica social, documentando a vida e a luta das pessoas comuns. Os poetas de cordel usam rimas e informações acessíveis, tornando seus versos ágeis e divertidos, além de capazes de tocar o coração e a mente dos ouvintes e leitores.

A xilografia, por sua vez, é uma técnica artesanal que tem raízes profundas na cultura popular brasileira. Ao utilizar a madeira como matriz, o artista cria produtos que misturam imagem e texto de maneira única. É nessa intersecção que encontramos as representações de histórias, lendas e quaisquer narrativas que denotam o cotidiano, tradições e valores culturais das diversas regiões do Brasil. Essas xilogravuras, quando acompanhadas do cordel, se tornam uma dupla fantástica de expressão artística.

Esses métodos representam não apenas arte, mas também a resistência cultural. Através de temas que vão da vida rural à urbanidade, da ficção à realidade, a xilografia e o cordel não apenas embelezam o nosso cotidiano, mas também ressoam como uma forma de manter viva a memória das nossas raízes, formando um tecido cultural que liga cada cidadão a sua história e identidade.

Desdobramentos do plano:

A continuação deste plano poderá envolver aulas sobre outras formas de arte e literatura brasileira, como a música popular e os ritmos locais. Dessa maneira, ao integrar outras expressões artísticas, os alunos podem ter uma visão mais ampla da diversidade cultural que caracteriza o Brasil. Além disso, a pesquisa sobre a figura do artista popular pode estimular a curiosidade dos estudantes e a valorização do trabalho artístico, promovendo discussões sobre o reconhecimento social das diversas formas de expressão.

Outra possibilidade é a realização de um evento escolar em que os alunos possam apresentar suas produções em cordel e xilogravura, convidando pais e comunidade escolar a participarem. Isso não só estimula a interação social, mas também traz uma vivência prática das tradições que estudam. Podendo ser uma festa cultural, onde os alunos também podem apresentar danças, músicas e artes, as tradições práticas ganham vida de forma tangível e ressoam com a identidade diária dos alunos.

Por fim, as atividades poderiam se expandir ainda mais, estabelecendo uma conexão com escolas de outras regiões do Brasil. Uma troca de experiências em que alunos de diferentes estados compartilhem suas produções em cordel e xilogravura. Essa colaboração não só enriquece a formação dos alunos, mas também promove um sentido de união e expressão da diversidade cultural que modo uma verdadeira riqueza no contexto brasileiro.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que a abordagem pedagógica deste plano seja adaptável, de forma que cada professor possa personalizá-lo conforme a dinâmica de sua turma e os contextos locais. Encorajar a expressão criativa, permitindo que os alunos usem suas próprias experiências e histórias, oferece uma dimensão rica e pessoal ao aprendizado. Por exemplo, o uso de temas locais ou problemas que eles enfrentam pode tornar as experiências educacionais ainda mais relevantes.

Além disso, a avaliação das atividades deve ser leve e aberta, permitindo que os alunos vivenciem o processo de aprendizado como uma jornada criativa e não apenas uma tarefa a ser completada. Ao valorizar a expressividade e a originalidade do aluno, criamos um ambiente de ensino que é compreensivo e acolhedor para todos.

Por fim, reforçar a importância de cada atividade como uma construção coletiva de conhecimento. Ao trabalhar em grupo, os alunos desenvolvem não apenas habilidades artísticas e literárias, mas também sociais, construindo uma base sólida para o respeito à diversidade cultural presente na sociedade brasileira.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dia do Cordel: Organize um evento onde os alunos possam se vestir como personagens de cordéis, recitar suas criações e decorar a sala com suas ilustrações. Isso fomenta a expressão cultural e proporciona um momento de celebração.

2. Xilogravura Coletiva: Crie um mural colaborativo onde cada aluno faça uma impressão de xilogravura em uma parte do mural, formando uma única grande obra que represente o tema estudado.

3. Teatro de Cordel: Adaptar contos ou poemas de cordel para apresentações teatrais, permitindo que os alunos se expressem por diferentes vias além do texto escrito e explorando a intencionalidade de cada ato.

4. Bingo de Temas Populares: Desenvolva um jogo de bingo onde as palavras e temas populares do cordel vêm à tona, associando “arte e jogo” e construindo um entendimento lúdico e envolvente sobre as histórias.

5. Visita a uma Feira Cultural: Planeje uma excursão a uma feira de cultura popular local onde os alunos possam ver xilogravuras, ouvir cordéis e até mesmo criar suas próprias. Isso adiciona a experiência prática ao aprendizado, unindo teoria e realidade.

Este plano de aula foi elaborado de maneira a estimular a criatividade, a análise crítica e a rica identidade cultural brasileira, engajando os alunos de forma significativa e lúdica.

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