“Descubra as Heroínas Negras Brasileiras: Ensino Médio Engajado”

No presente plano de aula, o foco está na leitura e compreensão da obra “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, de Jarid Arraes. A proposta é promover uma reflexão sobre as heroínas negras que, apesar de deixarem suas marcas na história do Brasil, frequentemente permanecem invisíveis nos relatos tradicionais. Este plano foi elaborado para o 3º ano do Ensino Médio, visando engajar os estudantes na importância da representatividade e do reconhecimento das contribuições das mulheres negras na construção social, cultural e política do país.

Por meio de uma abordagem crítica e analítica, os alunos serão convidados a explorar não somente as narrativas pessoais dessas heroínas, mas também o contexto histórico e social que elas vivenciaram. Ao longo da aula, será enfatizada a importância da literatura como ferramenta de resistência e empoderamento, propiciando um espaço dialógico onde os jovens poderão expressar suas percepções sobre a questão racial no Brasil.

Tema: Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis
Duração: 1:30
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano Médio
Faixa Etária: 15-17 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver nos alunos uma compreensão crítica e reflexiva sobre a importância da representatividade das heroínas negras brasileiras na literatura, utilizando como base a obra “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis” de Jarid Arraes.

Objetivos Específicos:

– Estimular a leitura e a análise crítica da obra apresentada.
– Promover discussões sobre a importância da representatividade negra na literatura.
– Identificar as narrativas de heroínas que contribuíram para a história do Brasil e como suas histórias têm sido contadas.
– Incentivar a produção textual dos alunos com base na leitura e discussão.

Habilidades BNCC:

– (EM13LGG102) Analisar as visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando as possibilidades de explicação, interpretação e intervenção crítica na realidade.
– (EM13LGG104) Utilizar as diferentes linguagens, levando em conta seus funcionamentos, para a compreensão e produção de textos e discursos em diversos campos de atuação social.
– (EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, sociais e culturais.
– (EM13LP32) Selecionar informações e dados necessários para uma dada pesquisa em diferentes fontes (orais, impressas, digitais etc.).

Materiais Necessários:

– Exemplar do livro “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”.
– Quadro branco e marcadores.
– Papel e caneta para produção textual.
– Projetor e computador.
– Recursos audiovisuais sobre a temática.

Situações Problema:

– O que significa ser uma heroína negra no contexto brasileiro?
– Como as histórias de heroínas negras podem impactar a sociedade atual?
– Quais os desafios enfrentados por essas mulheres ao longo da história?

Contextualização:

A obra “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis” traz à luz histórias de mulheres que lutaram contra a opressão racial e social, oferecendo uma nova perspectiva sobre a história do Brasil. Essas heroínas foram fundamentais em suas lutas e é importante que os jovens conheçam essas narrativas para compreender melhor os desafios enfrentados pela população negra.

Desenvolvimento:

1. Introdução (20 minutos): Iniciar a aula apresentando brevemente a autora Jarid Arraes e a proposta da obra. Discutir com os alunos o que entendem por heroína e sua importância em contextos sociais.

2. Leitura Compartilhada (30 minutos): Ler em conjunto alguns cordéis da obra. A cada texto, parar para discutir suas temáticas, as características das heroínas apresentadas e suas relevâncias.

3. Discussão em Grupo (20 minutos): Dividir a turma em grupos e solicitar que escolham um cordel que mais os impactou. Cada grupo deverá discutir e preparar uma apresentação sobre as lutas e conquistas da heroína escolhida.

4. Apresentações (15 minutos): Os grupos compartilharão com a classe suas análises e reflexões.

5. Reflexão Final (5 minutos): Finalizar com uma discussão sobre o que aprenderam e como essas histórias podem influenciar suas próprias vidas e suas visões sobre a sociedade.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Criação de Cordéis (1º Dia)
Objetivo: Produzir cordéis sobre heroínas contemporâneas.
Descrição: Usando informações de pesquisas sobre mulheres negras atuais que fazem a diferença na sociedade, os alunos devem criar o seu próprio cordel, imitando o estilo da obra.
Instruções: Os alunos devem usar papel ofício para escrever e criar ilustrações simples. Adaptar a atividade para aqueles que podem ter dificuldade em desenhar, permitindo o uso de colagens.
Materiais: Papel, caneta, revistas para recortes, lápis de cor.

Atividade 2: Mapa Mental das Heroínas (2º Dia)
Objetivo: Relacionar as heroínas a seus contextos históricos.
Descrição: Os alunos criarão um mapa mental em grupo relacionando heroínas com eventos históricos relevantes em suas vidas.
Instruções: Os alunos deverão buscar informações na biblioteca ou na internet e realizar o mapa em cartolina.
Materiais: Cartolina, canetas coloridas, acesso à internet.

Atividade 3: Debate sobre Representatividade (3º Dia)
Objetivo: Debater a importância da representatividade negra na literatura e nas mídias.
Descrição: Em formato de debate, os alunos discutirão a seguinte questão: “A literatura brasileira contemporânea representa adequadamente as vozes e histórias das mulheres negras?”
Instruções: Dividir a turma em duas equipes e apresentar argumentos a favor e contra.
Materiais: Quadro e marcadores para anotações.

Atividade 4: Dia de Heróis e Heroínas (4º Dia)
Objetivo: Realizar um evento de apresentação sobre as heroínas estudadas.
Descrição: Os estudantes apresentarão seus cordéis e mapas mentais para a comunidade escolar.
Instruções: Organizar um espaço na escola e convite para comunidade.
Materiais: Cordéis produzidos, mapas mentais, banner com a programação.

Atividade 5: Redação Reflexiva (5º Dia)
Objetivo: Elaborar uma redação sobre a influência das heroínas negras na luta por igualdade.
Descrição: A redação deve conter pelo menos três parágrafos, onde o aluno argumentará sobre o que aprendeu com a unidade.
Instruções: Incentivar a leitura de outros contatos e referência à literatura.
Materiais: Papel, caneta, acesso a livros.

Discussão em Grupo:

Como as histórias de heroínas negras impactaram o seu entendimento sobre inclusão e diversidade? Você se vê refletido em alguma das histórias apresentadas? O que poderia ser feito para que mais histórias como essas sejam contadas e conhecidas socialmente?

Perguntas:

1. Quais os principais desafios enfrentados pelas heroínas negras brasileiras?
2. Como a literatura pode atuar como uma forma de resistência?
3. De que maneira você enxerga a importância das histórias de mulheres negras na educação?

Avaliação:

A avaliação será feita com base na participação nas atividades, qualidade e criatividade na produção dos cordéis, performance nas discussões em grupo e entrega da redação refletiva. Os alunos deverão demonstrar entendimento crítico das temáticas abordadas.

Encerramento:

Finalizar a aula com um curto resumo do que foi aprendido. Incentivar os alunos a lerem mais sobre a história negra no Brasil e a buscarem novas referências literárias que possam contribuir para o seu conhecimento.

Dicas:

– Permita que os estudantes compartilhem as histórias pessoais que considerem relacionadas ao tema.
– Crie um ambiente acolhedor onde todos se sintam confortáveis para discutir e expressar suas ideias.
– Considere a possibilidade de convidar uma escritora ou ativista negra para falar sobre sua experiência.

Texto sobre o tema:

As heroínas negras brasileiras emergem como figuras centrais que, embora frequentemente invisibilizadas, desempenharam papéis cruciais em diferentes eras da história nacional. O livro “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis” destaca essas mulheres e suas lutas, revelando o quanto a resistência e a força delas moldaram parte do que entendemos como Brasil. Abordar suas histórias é importante para compreender as diversas facetas da identidade brasileira e também para promover discussões sobre igualdade, direitos e representatividade.

Ao entendermos a importância das heroínas negras, podemos ampliar nossa perspectiva sobre a luta histórica e contemporânea por justiça social. Essas narrativas não apenas enriquecem nosso conhecimento histórico, mas também inspiram e motivam as novas gerações a lutar por um mundo mais justo, equitativo e respeitoso, reforçando a necessidade de dar voz e visibilidade a todas as experiências humanas. Portanto, a literatura, como mediadora dessas vozes, torna-se um veículo essencial para a reafirmação da identidade e do valor da cultura negra em nosso país.

Ainda, ao explorar as histórias destas heroínas, o leitor é convidado a refletir sobre o papel da mulher na sociedade brasileira e sobre como suas conquistas moldaram os caminhos da luta anti-racista. O reconhecimento dessas figuras icônicas também serve como um chamado para que continuemos a trabalhar por uma sociedade mais inclusiva e que valorize a diversidade em todas as suas formas.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula não apenas aborda a leitura de uma obra específica, mas também se expande para uma reflexão mais ampla sobre a representatividade e a importância de dar voz a todos os segmentos da população. As heroínas abordadas por Jarid Arraes representam mais do que meras figuras históricas; elas são símbolos de resistência e luta, que ecoam até os dias atuais. A leitura e discussão em sala têm um forte potencial de gerar empatia e consciência crítica entre os alunos, habilidades essenciais para uma atuação ativa e responsável na sociedade.

Durante o desenvolvimento das atividades, os alunos são incentivados a se apropriar de suas narrativas, contribuindo para um entendimento mais profundo do papel que a literatura e a arte desempenham na luta contra a opressão e na valorização das culturas marginalizadas. O trabalho em grupos e a criação de produtos finais, como os cordéis e mapas mentais, promovem não apenas o aprendizado colaborativo, mas também a construção de expressões culturais que refletem a diversidade do Brasil.

Por fim, espera-se que ao término do plano, os alunos não só tenham adquirido um conhecimento abrangente sobre as heroínas negras brasileiras, mas também se sintam inspirados a continuar a promoção da diversidade e da igualdade, levando adiante as lições aprendidas na prática de respeito e valorização da história de todos os grupos étnicos e sociais presentes em nossa sociedade.

Orientações finais sobre o plano:

Ao trabalhar com temas sensíveis e que envolvem a história de povos e grupos marginalizados, como as heroínas negras brasileiras, é essencial que o professor esteja preparado para mediar discussões, proporcionando um espaço seguro para que todos possam expressar suas opiniões e questionamentos. Estar atento às dinâmicas de grupo e promover um ambiente acolhedor facilitará a participação e a troca de ideias.

Além disso, é importante que o professor busque constantemente atualizações sobre a temática da literatura negra e dos direitos humanos, mantendo-se informado acerca das novas publicações e abordagens. Isso permitirá que os alunos recebam um conteúdo rico, atualizado e relevante, ampliando ainda mais suas perspectivas sobre a literatura e a sociedade contemporânea.

Por fim, a duração das atividades pode ser flexível, adaptando-se ao tempo disponível e ao ritmo da turma. Caso necessário, distribua as atividades ao longo de duas semanas, para que os alunos tenham tempo adequado para pesquisa e reflexão. O foco deve sempre ser o aprendizado significativo e a construção de um espaço educacional que celebre a diversidade e promova a inclusão.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Contação de Histórias de Heroínas Locais: Engajar os alunos na identificação de heroínas negras de suas comunidades familiares ou locais. Cada aluno irá pesquisar e contar a história de uma dessas heroínas de forma criativa, como se estivesse apresentando um cordel.
2. Teatro de Sombras: Criar um projeto de teatro de sombras onde os alunos representarão as histórias de algumas heroínas negras. Essa atividade permitirá que eles extrapolem os limites da palavra escrita, utilizando criatividade e arte.
3. Criação de um Mural da Igualdade: Os alunos poderão coletar imagens, informações e fazer desenhos representando as heroínas estudadas, formando um mural colaborativo na escola. Essa é uma atividade visual que pode impactar a escola como um todo.
4. Slams Literários: Organizar um evento de slam onde os alunos poderão recitar poesias e cordéis que criaram sobre as heroínas. Essa é uma forma atraente de trabalhar a oralidade e a expressão artística.
5. Realidade Aumentada: Utilizar aplicativos de realidade aumentada para criar interações com os cordéis. Os alunos poderiam gravar vídeos narrando as histórias das heroínas e apresentá-los utilizando apps que projetem animações e ilustrações.

Essas sugestões buscam integrar educação, arte e tecnologia, promovendo um aprendizado dinâmico e envolvente que tenha um impacto duradouro na consciência social dos alunos.

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