“Descubra a Criatividade: Gravura com Isogravura para Crianças”
Iniciar atividades de arte com as crianças pequenas é uma ótima maneira de introduzi-las a formas de expressão e criatividade, desenvolvendo também habilidades motoras e sociais. Neste plano de aula, iremos explorar a gravura com isogravura, por meio de uma experiência prática utilizando tampas de isopor, permitindo que as crianças tenham um contato direto com a técnica de estamparia, além de estimular a percepção e a valorização do trabalho artístico. A contação do livro *”O Trem das Águas”* de Fernando Vilela será o ponto de partida para desenvolver a imaginação e a comunicação entre os alunos, introduzindo a temática do trabalho do artista e sua estética.
Utilizando esta abordagem, esperamos que as crianças não apenas aprendam a técnica de gravura, mas também desenvolvam sua capacidade de perceber e comunicar sentimentos e ideias, respeitando as diferenças e a diversidade cultural, elemento essencial na formação de cidadãos mais empáticos no futuro.
Tema: Gravura com Isogravura
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 a 6 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos uma experiência artística através da técnica de isogravura, desenvolvendo a criatividade e a expressão, ao mesmo tempo que se estimula a compreensão e apreciação das obras do artista Fernando Vilela.
Objetivos Específicos:
– Estimular a expressão artística por meio da gravura.
– Promover a valorização da obra de um artista contemporâneo.
– Desenvolver habilidades motoras finas através do manuseio de materiais artísticos.
– Fomentar a socialização e a cooperação durante a atividade.
Habilidades BNCC:
Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.
Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Livro *”O Trem das Águas”* de Fernando Vilela.
– Tampas de isopor.
– Tinta a base de água (varias cores).
– Rolo de pintura ou pincéis.
– Papel para impressão (pode ser papel sulfite ou papel craft).
– Paletas para mistura de tintas.
– Potes para água e panos para limpeza de ferramentas.
Situações Problema:
Como podemos usar tampas de isopor para criar nossas próprias obras de arte? Quais cores e formas podemos escolher para expressar como sentimos?
Contextualização:
Iniciaremos a atividade com a leitura do livro *”O Trem das Águas”*. O professor deverá contar a história, enfatizando as imagens e o estilo de Fernando Vilela. Discutiremos com as crianças sobre os sentimentos e as emoções apresentadas na obra, motivando-as a se expressar sobre o que compreenderam.
Desenvolvimento:
1. Leitura do Livro: O professor lê o livro para as crianças, mostrando as ilustrações e estimulando perguntas.
2. Apresentação do Artista: Explique quem é Fernando Vilela e mostre algumas de suas obras e técnicas.
3. Técnica de Isogravura: Explique a técnica da isogravura, mostrando como será o processo de criação.
4. Criação das Gravuras: Distribua os materiais. As crianças deverão usar as tampas de isopor como matriz e aplicar a tinta com o rolo, criando suas gravuras.
5. Impressão das Gravuras: Depois de aplicar a tinta, coloque o papel sobre a tampa de isopor e pressione com cuidado para transferir a tinta. Repita o processo na criação de múltiplas impressões.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1 – Exploração de Formas: (1º dia) O professor apresenta diferentes formas que podem ser criadas com as tampas de isopor. As crianças desenham as figuras antes de realizarem a impressões, explorando formas simples como círculos, triângulos, etc.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a percepção espacial.
Materiais: Papel, lápis de cor.
– Atividade 2 – Pintura nas Tampas: (2º dia) Após a exploração, as crianças pintam suas tampas de isopor usando as cores que escolherem, pensando em como desejam que suas gravuras pareçam.
Objetivo: Incentivar a criatividade através da escolha de cores.
Materiais: Tintas a base de água, pincéis, tampas de isopor.
– Atividade 3 – Impressão das Gravuras: (3º dia) As crianças fazem suas impressões em grupo. Cada uma poderá criar quantas impressões quiser, trocando ideias sobre as cores e formas.
Objetivo: Promover trabalho em equipe e troca de experiências.
Materiais: Papel para impressão, tampas de isopor.
– Atividade 4 – Exposição das Obras: (4º dia) Após a finalização das gravuras, as crianças organizam uma mini exposição, onde podem apresentar suas obras aos colegas e explicar como criaram cada peça.
Objetivo: Desenvolver a capacidade de comunicação e valorização do trabalho artístico.
Materiais: Painéis ou cordas para pendurar as gravuras.
– Atividade 5 – Reflexão e Discussão: (5º dia) Promover uma roda de conversa onde as crianças vão compartilhar o que aprenderam e o que mais gostaram no processo.
Objetivo: Incentivar a empatia e a escuta ativa entre os colegas.
Materiais: Cadeira em círculo, espaço livre para conversa.
Discussão em Grupo:
Promova uma discussão sobre o que as crianças perceberam sobre a obra de Fernando Vilela e como conseguiram expressar seus sentimentos através das suas gravuras. Pergunte o que aprenderam sobre a arte e se consideram importantíssimo garantir que todos se sintam valorizados na atividade.
Perguntas:
– O que você sentiu ao criar a sua gravura?
– Como você escolheu as cores para suas impressões?
– O que você mais gostou no trabalho do artista Fernando Vilela?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação e o envolvimento dos alunos durante as atividades. O professor deve anotar as interações e expressões das crianças ao longo do trabalho, visando entender o nível de entendimento e a capacidade de expressão artística.
Encerramento:
Finalizar a atividade reafirmando a importância da arte e da expressão pessoal. Divulgar a mini exposição das gravuras é um ótimo fechamento, possibilitando que as crianças se sintam valorizadas e orgulhosas de suas criações.
Dicas:
– Incentive a comunicação entre as crianças durante o processo, pois isso pode aumentar a empatia e a colaboração.
– Esteja preparado para adaptar a atividade para alunos que podem ter dificuldades motoras, utilizando materiais que atendam suas necessidades.
– Explique que não existem erros na arte: cada gravura é única e representa a criatividade individual de cada aluno.
Texto sobre o tema:
A arte desempenha um papel crucial no desenvolvimento das crianças, especialmente na Educação Infantil, onde a exploração e a expressão são fundamentais. O contato com técnicas artísticas, como a isogravura, pode proporcionar às crianças pequenos momentos significativos de descoberta. Utilizar a técnica de estamparia com tampas de isopor é uma maneira acessível de apresentar os conceitos básicos da gravura, estimulando a criatividade e a coordenação motora fina que são essenciais nesta fase do desenvolvimento.
Neste contexto, a leitura do livro *“O Trem das Águas”* de Fernando Vilela torna-se uma excelente estratégia para introduzir a temática artística. As ilustrações e a narrativa rica convidam os pequenos a decorrer pelos caminhos de emoções e percepções visuais. Ao ver a obra do artista, os alunos não só serão inspirados a criar, mas também a refletir sobre a importância da diversidade cultural e do respeito às diferentes formas de expressão.
Ao final da atividade, as crianças não apenas terão produzido suas gravuras, mas também terão compartilhado experiências, desenvolvendo habilidades sociais significativas. O trabalho em grupo e o diálogo são fundamentais para a construção de laços empáticos, além de reforçarem a valorização do que cada criança traz para o espaço coletivo. Dessa forma, a atividade transcende o ato de criar, tornando-se um momento de aprendizado íntimo e coletivo.
Desdobramentos do plano:
A experiência com a gravura em isogravura pode ser ampliada para incluir outras formas de expressão artística. Por exemplo, após esta atividade, pode-se introduzir projetos que explorem a pintura com diferentes texturas, como areia ou algodão, ampliando o repertório sensorial das crianças. Isso encorajaria o desenvolvimento da curiosidade e experimentação através da arte, um ponto essencial na formação de pequenas mentes criativas.
Outra possibilidade é relacionar as criações dos alunos com outros artistas. Após a atividade, o professor pode promover uma pesquisa sobre outros artistas que utilizam técnicas de impressão, apresentando diferentes estilos e contextos culturais. Este desdobramento não só reforçaria o aprendizado sobre a gravura, mas também aproximaria as crianças de um mundo mais amplo da arte contemporânea.
Por fim, a partilha das gravuras em uma exposição na escola pode ser um ótimo evento comunitário, reunindo pais e outros alunos, promovendo um ambiente celebrativo em torno da expressão artística. Este tipo de desdobramento promove uma significativa interação social, eleva a autoestima das crianças e reforça o papel da arte como uma ferramenta educativa nessa fase.
Orientações finais sobre o plano:
Ao planejar atividades artísticas com crianças pequenas, é crucial lembrar que cada criança possui seu próprio ritmo e estilo de aprendizado. O professor deve estar atento às diferenças e adaptar a atividade conforme necessário, garantindo que todos tenham a oportunidade de se expressar e se sentir confortáveis em seu próprio processo criativo. Criar um ambiente acolhedor que estimule a experiência, a troca e a valorização das produções pode ser a chave para um resultado positivo.
A criatividade deve ser sempre incentivada e celebrada, por isso é importante que o educador busque valorizar cada produção artística, por menor que seja. Isso ajudará cada criança a reconhecer que o que produziu é significativo e digno de apreciação. Não só isso, mas o uso da arte como meio de expressão é também uma forma de trabalhar a empatia, o respeito e a valorização das diferenças, fundamentais na preparação dos pequenos para uma convivência futura harmoniosa.
Por fim, a inclusão de um material variado, que leve em conta diferentes formas de expressão e a introdução de novos conceitos relacionados à arte, enriquecerá a experiência para as crianças, permitindo que se sintam em um espaço seguro para explorar e se descobrir. Assistir e participar da criação artística é um caminho que chama à ação e à reflexão, possibilitando que as crianças pequenas pratiquem e desenvolvam suas habilidades enquanto se divertem.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criação de Carimbos com Frutas: Utilize frutas como maça e batata para criar carimbos. Ana que os alunos mergulhem as frutas na tinta e carimbem em papel, explorando as formas e texturas naturais.
2. Contar uma História com Gravuras: Após o trabalho com isogravura, peça aos alunos que façam uma história que utilize suas gravuras como personagens, narrando em pequenos grupos.
3. Exploração de Sombras: Com as gravuras prontas, leve uma lanterna para explorarem como as sombras mudam a percepção das obras de arte que criaram. Utilizar caixas de papelão para fazer uma mini exibição das sombras.
4. Jogo de Cores: Proponha um jogo onde cada criança faz uma gravura usando uma cor que represente um sentimento e depois compartilha como se sentiu ao criar.
5. Caminhada Artística: Realize uma caminhada pelo entorno da escola, convidando as crianças a observarem diferentes texturas e formas na natureza, posteriormente podendo reproduzir isso em suas gravuras.
Através destas atividades lúdicas, espera-se enriquecer cada vez mais a experiência dos alunos com a arte e possibilitar uma vivência criativa que dialoga também com seu cotidiano.