“Descubra 7 Questões sobre a Influência da Cultura Grega no Renascimento”
Questões sobre: Da cultura grega ao Renascimento?
Questões de Avaliação – Ciências Humanas
Introdução
A cultura grega teve um impacto profundo e duradouro na civilização ocidental, influenciando diversas áreas como arte, filosofia, música e até mesmo as competições esportivas. O Renascimento, que buscou resgatar e reinterpretar os valores e ideais da Grécia Antiga, é um exemplo claro dessa influência que ainda se reflete em nossa sociedade atual.
Ao longo dos séculos, conceitos como beleza e harmonia foram discutidos e idealizados, resultando em obras de arte que continuam a ser admiradas. O papel de pensadores como Pitágoras na música e a transformação dos padrões de beleza ao longo do tempo são temas que revelam a riqueza da herança cultural grega.
TEXTO BASE
Nossa vida está repleta da cultura grega, mas nem sempre percebemos que, ao longo de toda a história da cultura ocidental, foram referência e influência para muitas culturas. Podemos citar como um dos exemplos mais importantes o movimento cultural chamado Renascimento, que começou na Itália e depois se espalhou pela Europa entre os séculos XIV e XVI. A cultura renascentista influenciou outras culturas, que, por sua vez, influenciaram outras depois delas. Desse modo, a cultura grega nunca é esquecida até os dias atuais.
Os Jogos Olímpicos que conhecemos nasceram de um festival grego feito para homenagear, por meio de competições esportivas, os deuses do Olimpo. São os mesmos deuses da mitologia grega que hoje inspiram livros e filmes, como os de Percy Jackson, e jogos, como God of War. As construções arquitetônicas – como na Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos – assim como o teatro, a música, a filosofia, dentre outras áreas do conhecimento. Até mesmo a fotografia, uma descoberta tecnológica, deve-se aos gregos: é deles a primeira ideia de uma imagem que se projeta dentro de uma caixa escura.
A beleza era um conceito muito importante para os gregos. Por diversas vezes foi tema de reflexão dos filósofos em seus textos, pois era diretamente associada à ideia do que era bom e verdadeiro. O belo na arte chegou a ter até mesmo uma teoria matemática para ser determinado por uma medida. Você consegue imaginar uma medida para a beleza? Observe a figura do Discóbolo, de Míron, um escultor grego do século V a.C. Nessa escultura, observa-se a representação de um atleta que parece estar prestes a girar seu corpo e lançar um disco. Repare como seu físico está sendo mostrado, com músculos bem definidos, de maneira que podemos ver muito bem cada parte em que eles aparecem. Perceba também que, apesar dos esforços que o atleta deve fazer para lançar o disco à maior distância possível, o esportista esculpido por Míron mostra-se com expressão serena em um corpo tão bem posicionado que mais parece um modelo posando para uma fotografia. Essa maneira de retratar alguém chama-se idealização. Os artistas gregos buscavam retratar pessoas e figuras mitológicas de maneira idealizada, partindo de seus conceitos mais profundos de beleza e harmonia.
Por volta de mil anos depois, entre os séculos XIV e XVI d.C., no Renascimento, artistas italianos decidiram resgatar a cultura e os valores da Grécia Antiga e passaram a trabalhar em suas obras artísticas da mesma forma que os gregos, dentre outros objetivos, buscando essa beleza idealizada.
No relato bíblico, Davi, um simples adolescente, está prestes a lutar contra Golias, campeão do exército, que ameaçava escravizar seu povo. A situação é tensa, pois Golias, além de soldado experiente, é um gigante. Em sua opinião, o Davi esculpido por Michelangelo parece tenso ou amedrontado? Pode-se perceber que o artista valorizou o corpo do personagem bíblico, em pose harmoniosa, como se fosse um príncipe ou um campeão olímpico, características típicas de uma imagem idealizada. Ao retratar rostos e corpos femininos, os artistas gregos buscavam também essa “medida” da beleza, que aplicavam ao criar, por exemplo, rostos simétricos, com um perfil de nariz considerado o ideal.
A pintura mais famosa do Renascimento, no entanto, não é o retrato de uma deusa nem de uma santa, mas de uma mulher comum, chamada Lisa del Giocondo, mais conhecida como Mona Lisa. Como estamos refletindo sobre a beleza, observe: a figura de Mona Lisa parece-se com as mulheres que você vê em seu cotidiano? Observe bem e veja que ela não tem sobrancelhas, o que acentua sua ampla testa. Sabemos que essas referências não são comuns hoje em dia, mas esse aspecto exterior era comum e visto como belo na época. Será que, assim como na Grécia Antiga e no Renascimento, pensamos em uma “medida” para a beleza? Compartilhe suas ideias com os colegas e o professor. Mesmo atualmente, existem questionamentos a respeito de nos basearmos em padrões como os da Grécia Antiga para definir aquilo que achamos belo. A atriz Michelle Pfeiffer, por exemplo, teve seu rosto analisado por um estudo e considerado como um dos mais belos do mundo, por causa da grande simetria que apresenta entre seus traços. Será, entretanto, esse fator suficiente para determinar que seu rosto é o mais belo do mundo? Somente rostos perfeitamente simétricos são belos? Compartilhe suas ideias com os colegas e o professor. Na verdade, os padrões de beleza mudam com o tempo e de acordo com o contexto social. Hoje em dia, por exemplo, não é comum pessoas buscarem a beleza raspando as sobrancelhas para ficar com a testa mais larga, como a da Mona Lisa. Em algumas culturas, porém, isso ainda é considerado um fator de beleza. Os indígenas Xavantes, por exemplo, raspam a sobrancelha e tiram os cílios.
Música desde o dia em que as notas foram “inventadas”. Você já parou para pensar em como são compostas as músicas que você ouve? Provavelmente você já conheça as notas musicais. Mas sabe como e quando elas foram criadas? Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu na Grécia, entre os séculos V e VI a.C., fez experiências sonoras que o levaram a descobrir uma divisão para as notas musicais. Para isso, ele construiu uma espécie de instrumento musical, chamado monocórdio, que consistia em uma única corda esticada sobre uma caixa comprida de madeira. Pitágoras tocou a corda, depois dividiu-a pela metade e a tocou novamente. Desse modo, ele percebeu que o som (ou a nota) era o mesmo, só que mais agudo – o que hoje chamamos de “uma oitava acima”. Começou, então, a fazer novas divisões da corda – um terço, dois terços etc. – e, então, descobriu outras notas musicais, que soavam de acordo com a relação de tamanho da corda. Com base na descoberta dessas notas, foram formadas as escalas musicais, como a que mais conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
Questões
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Qual é a principal característica da arte grega mencionada no texto?
Essa arte buscava:
- A) Retratar figuras de forma exagerada e dramática.
- B) Idealizar a beleza e a harmonia.
- C) Representar apenas deuses e seres mitológicos.
- D) Focar na expressão emocional dos personagens.
- E) Criar obras que desafiassem as leis da física.
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Como a cultura grega influenciou o Renascimento?
A influência grega no Renascimento se reflete principalmente em:
- A) Um retorno à arte e aos valores clássicos, buscando a beleza idealizada.
- B) A rejeição de todas as tradições artísticas anteriores.
- C) A criação de novas divindades e mitologias.
- D) Uma distância dos conceitos de simetria e harmonia.
- E) O uso exclusivo de matérias-primas locais na arte.
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Segundo o texto, qual a relação entre beleza e simetria?
O texto sugere que:
- A) A simetria é um padrão universal que define a beleza.
- B) A beleza e a simetria são conceitos que não têm relação.
- C) A simetria é um dos fatores que podem contribuir para a percepção de beleza.
- D) A beleza é totalmente subjetiva e não pode ser medida.
- E) Somente a simetria perfeita é considerada bela.
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Como Pitágoras contribuiu para a música, segundo o texto?
Seu trabalho com o monocórdio levou a:
- A) Descobrir a relação entre notas musicais e suas divisões.
- B) Criar novos instrumentos musicais complexos.
- C) Ignorar as escalas musicais existentes.
- D) Desenvolver uma nova forma de composição musical.
- E) Introduzir a música como uma arte visual.
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O que o texto menciona sobre a mudança dos padrões de beleza ao longo do tempo?
Ele indica que:
- A) Os padrões de beleza permanecem os mesmos ao longo da história.
- B) Padrões de beleza são fixos e universais.
- C) O que é considerado belo varia conforme o contexto social e histórico.
- D) A beleza não tem importância nas diferentes culturas.
- E) A beleza é sempre determinada pela tecnologia.
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Qual é o significado da idealização na arte grega, conforme descrito no texto?
A idealização é usada para:
- A) Retratar a realidade de forma crua e sem embelezamento.
- B) Criar representações que exaltam a beleza e a perfeição.
- C) Mostrar os defeitos humanos de maneira exagerada.
- D) Focar em aspectos políticos e sociais.
- E) Ignorar a anatomia humana.
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De acordo com o texto, como a figura de Mona Lisa reflete os padrões de beleza da época?
A pintura reflete que:
- A) A beleza da Mona Lisa é baseada em características modernas.
- B) A ausência de sobrancelhas era considerada bela na época.
- C) A Mona Lisa é uma deusa representada em forma humana.
- D) A figura era idealizada em todos os aspectos, sem exceções.
- E) Os padrões de beleza eram os mesmos em todas as culturas.
Gabarito
- B
- A
- C
- A
- C
- B
- B