“Descobrindo o Mundo: Plano de Aula sobre o Que nos Rodeia”
A proposta deste plano de aula tem como foco o tema “O que nos rodeia”, que busca explorar o entorno das crianças, promovendo o reconhecimento e a identificação dos diferentes elementos que compõem seu espaço de convivência. Este plano é direcionado para o 1º Ano do Ensino Fundamental, proporcionando uma interação rica entre o aprendizado e a observação do mundo ao redor. O objetivo é fomentar a curiosidade dos alunos, ajudando-os a se familiarizar com o contexto geográfico em que vivem, além de desenvolver habilidades importantes de socialização e cooperação.
No decorrer das atividades, as crianças serão incentivadas a observar, descrever e compartilhar informações sobre os lugares que frequentam, ampliando assim seu entendimento sobre a localidade em que estão inseridas. A proposta de atividades será diversificada, promovendo uma aprendizagem significativa e colaborativa, que estimula não apenas a absorção de conteúdo, mas também a vivência prática de conceitos geográficos fundamentais.
Tema: O que nos rodeia
Duração: 100 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos
Objetivo Geral:
Promover a observação e a descrição do espaço ao redor das crianças, estimulando o entendimento sobre os diferentes lugares, como casa, escola e áreas de lazer, bem como suas características e o uso que é feito deles.
Objetivos Específicos:
– Identificar características dos lugares que compõem seu cotidiano.
– Descrever e comparar os diferentes espaços observados.
– Criar um mapa simples do entorno escolar, usando referenciais espaciais.
– Trabalhar em grupo para compartilhar descobertas e opiniões sobre os lugares visitados.
Habilidades BNCC:
– (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.
– (EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares.
Materiais Necessários:
– Papel em branco e lápis de cor.
– Régua e borracha.
– Extensões do mapa (físico ou digital).
– Materiais recicláveis para criar maquetes.
– Câmera (opcional para registro fotográfico).
Situações Problema:
– Como descrever o espaço da nossa escola?
– Quais são as diferenças entre os espaços que frequentamos?
– Como podemos representar esses espaços em um mapa?
Contextualização:
Iniciaremos uma conversa sobre os diferentes lugares que compõem o dia a dia dos alunos, como a casa, a escola, parques e outros espaços de convivência. Perguntaremos a eles sobre o que mais gostam nesses lugares e quais as características que os tornam especiais. Será uma oportunidade de discutir as experiências pessoais de cada um e a importância de cada espaço em suas vidas.
Desenvolvimento:
1. Abertura da Aula: Começaremos a aula apresentando imagens de diferentes ambientes (casa, escola, parque, etc.) e pedindo que os alunos compartilhem suas experiências em cada um deles. Isso facilitará a interação e engajamento dos estudantes.
2. Discussão em Grupo: Em grupos pequenos, os alunos discutirão sobre os lugares que eles costumam frequentar. O professor poderá fazer perguntas direcionadas para que reflitam sobre as características desses espaços. Cada grupo terá dez minutos para compartilhar suas ideias.
3. Atividade de Classificação: Os alunos receberão papéis em branco e lápis de cor para desenhar seu lugar favorito. Após completá-los, solicitar que compartilhem com a turma o que desenharam e o que mais gostam naquele espaço, ajudando assim a identificar semelhanças e diferenças.
4. Elaboração do Mapa: Os alunos aprenderão a criar um mapa simples de sua sala de aula e, se possível, de sua casa, utilizando referências espaciais. Para isso, o professor mostrará como utilizar a régua para desenhar linhas retas e proporções simples.
5. Criação de Maquetes: Em grupos, os alunos usarão materiais recicláveis para reproduzir a maquete de um local que consideram especial. Isso irá ajudá-los a visualizar de forma tridimensional o que representa o espaço.
Atividades sugeridas:
Dia 1:
– Objetivo: Identificar lugares de convivência.
– Atividade: Os alunos desenham seus lugares preferidos e compartilham na roda.
– Materiais: Papel, lápis de cor.
Dia 2:
– Objetivo: Descrever características observadas.
– Atividade: Realizar passeio pela escola, observando e anotando características.
– Materiais: Caderno e lápis.
Dia 3:
– Objetivo: Criar um mapa.
– Atividade: Em sala, desenhar o mapa da escola com a ajuda do professor, discutindo os pontos principais.
– Materiais: Papel, régua, lápis.
Dia 4:
– Objetivo: Criar uma maquete de um lugar especial.
– Atividade: Usar materiais recicláveis para construir a maquete escolhida.
– Materiais: Materiais recicláveis, tesoura e cola.
Dia 5:
– Objetivo: Apresentar o que foi construído.
– Atividade: Cada grupo apresenta sua maquete e o porquê de sua escolha.
– Materiais: Materiais de apresentação (papel, canetas).
Discussão em Grupo:
Após as atividades, promover um momento de debate sobre o que aprenderam. Os alunos poderão compartilhar como a percepção de seus lugares mudou ao longo da aula.
Perguntas:
– O que você mais gosta no seu lugar favorito?
– Quais são as semelhanças entre sua casa e a escola?
– Como você descreveria o que você vê ao seu redor?
Avaliação:
A avaliação ocorrerá de forma contínua, observando a participação dos alunos nas atividades e nas discussões, além da qualidade dos desenhos e maquetes produzidas. O professor também poderá propor uma autoavaliação, perguntando aos alunos o que aprenderam durante a semana.
Encerramento:
Concluímos a aula com um momento de agradecimento, onde cada aluno terá a oportunidade de expor o que mais gostou nas atividades e o que significou para ele conhecer melhor os espaços que o cercam.
Dicas:
Estimular a curiosidade natural das crianças é fundamental. Sempre que possível, conduza conversas abertas que incentivem cada aluno a contribuir com suas experiências. Além disso, adapte as atividades conforme a necessidade dos alunos, permitindo que todos tenham espaço para participar e se expressar.
Texto sobre o tema:
O reflexo do espaço que nos rodeia é um tema de grande relevância na formação das crianças, pois além de promover a familiarização com os elementos do local em que vivem, também instiga o cérebro infantil a questionar e explorar seu entorno. Na formação da identidade de um indivíduo, a percepção do ambiente é um aspecto que desempenha um papel crucial. Desde pequenos, as crianças começam a construir um entendimento sobre “lugar” e “espaço”, influenciando não apenas o modo como se organizam, mas também como interagem com os outros.
Por meio da observação e do reconhecimento de diferentes espaços, elas aprendem a importância da localização, da direção e da distância. Além disso, ao se depararem com diferentes realidades, mesmo em um mesmo espaço, desenvolvem habilidades sociais, uma vez que as interações com os colegas são fundamentais para a construção de jornadas de aprendizagem significativas. Este processo é o alicerce para entender o meio onde vive, se familiarizar com a cultura local e construir laços de pertença com a comunidade.
Desenvolver o olhar atento para o que nos rodeia é uma ação que transcende às aulas de Geografia. A prática de mapear o cotidiano, por exemplo, possibilita uma visão mais ampla sobre o espaço vivido, permitindo que as crianças construam um conceito de mundo mais real e próximo a suas necessidades. Fomentar esse tipo de atividade enriquece não apenas a formação geográfica das crianças, mas também sua formação como cidadãos conscientes e participativos.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser ampliado através de visitas a diferentes locais na comunidade, como praças, museus e bibliotecas. Esses espaços podem enriquecer as discussões em sala de aula, permitindo que os alunos diferentes contextos e características de seus ambientes. Em cada visita, é possível realizar atividades de observação, onde os alunos poderão anotar e desenhar o que encontrarem, criando uma coleção de impressões sobre sua comunidade.
Outra possibilidade é a criação de um diário de bordo, onde as crianças podem registrar, através de desenhos e pequenas frases, suas experiências e aprendizagens ao longo do desenvolvimento do plano de aula. Esse diário pode se tornar uma ferramenta rica para que os alunos compartilhem suas histórias e reflexões com a família, promovendo um ambiente de diálogo em casa sobre o que aprenderam.
Além disso, ao final do plano, pode-se realizar uma exposição com as maquetes e desenhos construídos pelos alunos. Isso não só os motiva, mas também convida os pais e a comunidade escolar para participar do aprendizado dos estudantes. Essa prática quebra as barreiras da sala de aula e promove um sentimento de valorização e pertencimento, essencial na formação das crianças. Ao envolver a comunidade, os alunos estarão praticando o que aprendem, engajando-se e observando a importância de seu papel no mundo.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final do desenvolvimento deste plano de aula, é importante que o professor reflita sobre o impacto que as atividades tiveram nas crianças e como essas experiências moldaram sua compreensão sobre o mundo. O professor pode considerar criar um espaço de feedback onde os alunos podem falar abertamente sobre o que mais gostaram e o que aprenderam, promovendo assim um ciclo de reflexão contínua.
Além disso, é essencial que o educador esteja atento às variações no ritmo de aprendizagem dos alunos. Cada criança é única e traz experiências diferentes para a sala de aula, por isso, adaptar as atividades conforme necessário é fundamental para garantir que todos possam participar e aprender de maneira significativa.
Por fim, sempre é válido buscar integrar outras disciplinas nas atividades. Por exemplo, o uso da matemática pode ser aplicado no cálculo de distâncias no mapa que os alunos desenharem, enquanto atividades de arte podem enriquecer a criação das maquetes e desenhos. Essa interdisciplinaridade enriquece o aprendizado e permite que as crianças compreendam a interconexão entre os diferentes conteúdos escolares.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo de Caça ao Tesouro: Os alunos devem encontrar objetos na escola que representem diferentes espaços (ex. sala, banheiro, pátio) e desenhar o que encontraram. Essa atividade desenvolve a observação e o sentido de localização.
2. Criação do Livro de Lugares: Formar um livro em que cada aluno tenha uma página para desenhar e escrever sobre um espaço que frequenta, reforçando a importância da leitura e da escrita.
3. Teatro de Fantoches sobre Espaços: Os alunos podem criar fantoches e encenar uma peça sobre diferentes espaços de convivência, ajudando na construção do reconhecimento e na expressão oral.
4. Jogo de Direções: Realizar um jogo onde os alunos devem seguir instruções de espaços (ex: vire à direita, vá em frente) para encontrar diferentes locais na escola, estimulando a compreensão espacial.
5. Visita a um Local Especial: Propor uma visita a um parque ou biblioteca, onde os alunos poderão observar e discutir sobre o que torna aquele espaço significativo.
Essas sugestões podem ser utilizadas em diferentes momentos do plano de aula, proporcionando experiências práticas e interativas que entretenham o aprendizado e a socialização dos alunos no ambiente escolar.
