“Descobrindo Nossas Raízes: Histórias de Família e Comunidade”

Esta aula tem como objetivo principal a compilação de histórias da família e/ou da comunidade, registradas em diferentes fontes. Ao longo de 50 minutos, os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental irão explorar as narrativas que fazem parte do seu cotidiano, compreendendo a importância de cada história e a forma de como essas histórias são transmitidas entre gerações. Utilizarão suas habilidades de leitura e escrita para produzir relatos que refletem sua identidade e suas raízes familiares e comunitárias.

O plano proposto não só abordará a importância das histórias contadas em família, mas também as conexões que elas estabelecem com a identidade cultural e a memória coletiva. Essa abordagem permite que os alunos desenvolvam um senso de pertença, aprendendo a valorizar legados e tradições que constituem a base de suas vivências. Essa construção de conhecimento é essencial dentro do contexto das diretrizes da BNCC, estimulando o respeito e a valorização da diversidade cultural presente em cada comunidade.

Tema: Histórias da família e da comunidade
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 a 8 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a habilidade dos alunos em compilar e registrar histórias da família e da comunidade, estimulando a reflexão sobre a importância da memória e do relato oral na formação da identidade pessoal.

Objetivos Específicos:

– Incentivar os alunos a compartilhar histórias familiares.
– Desenvolver habilidades de leitura e escrita por meio da produção de relatos.
– Promover o respeito e a valorização das tradições locais e familiares.
– Estimular a reflexão sobre a temática da memória e legado cultural.

Habilidades BNCC:

– (EF02HI08) Compilar histórias da família e/ou da comunidade registradas em diferentes fontes.
– (EF12LP14) Planejar e produzir pequenos relatos de observação de processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as características do gênero.
– (EF12LP17) Identificar e reproduzir, em relatos de experiências pessoais, a sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a passagem do tempo.

Materiais Necessários:

– Caderno ou folhas de papel para anotações.
– Lápis e borracha.
– Apostilas com exemplos de histórias familiares ou comunitárias.
– Recursos visuais, como fotos ou documentos que representem as histórias a serem contadas.
– Materiais de arte (lápis de cor, canetinhas, etc.) para ilustrações.

Situações Problema:

1. Como as histórias da nossa família ajudam a contar quem somos?
2. Por que é importante lembrar e compartilhar as histórias da comunidade?
3. O que podemos aprender com as experiências dos nossos parentes e vizinhos?

Contextualização:

Os alunos serão introduzidos ao tema através de uma breve discussão sobre a importância da memória e das histórias de vida. O professor levantará questões sobre quem são os “contadores de histórias” nas suas famílias e qual o papel dessas histórias na construção da identidade das pessoas. Essa reflexão inicial ajudará os alunos a compreender a relevância do assunto e a conectá-lo com suas próprias experiências.

Desenvolvimento:

1. Apresentação do tema: O professor deverá iniciar a aula conversando com os alunos sobre o que são histórias e qual a sua importância para a cultura e para a formação da identidade. Exemplos de histórias podem ser lidas ou narradas para ilustrar o conteúdo.
2. Dinâmica de escuta: Os alunos deverão formar duplas e compartilhar brevemente uma história familiar, levando em consideração o que mais os marcou nessa história. Isso incentivará a oralidade e a escuta ativa.
3. Produção escrita: Cada aluno, com auxílio de fichas ou do caderno, deve escrever um pequeno relato sobre a história que ouviu de sua família. O professor deve orientar os alunos na estruturação do texto, garantindo que eles identifiquem a sequência dos fatos e o uso das expressões temporais.
4. Compartilhamento: Ao final do tempo de escrita, os alunos devem compartilhar suas histórias com a turma. Aqui, a valorização das narrativas é fundamental para criar um ambiente de respeito e acolhimento às diferentes vivências.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Apresentação e Discussão do Tema
Objetivo: Introduzir o conceito de histórias familiares e sua importância.
Descrição: Iniciar com uma roda de conversa, onde os alunos compartilham o que entendem por história. Incorporar a leitura de um relato breve sobre história familiar.
Materiais: Textos impressos ou livros.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldade na oralidade, o professor pode permitir que escrevam o que pensam antes de compartilhar.

Dia 2: Dinâmica de Escuta
Objetivo: Incentivar a prática da escuta ativa.
Descrição: Formação de duplas onde o aluno A conta sua história e o aluno B coloca em prática a escuta. Ao final, devem revezar.
Materiais: Nenhum necessário.
Adaptação: Para alunos mais tímidos, permitir que falem em pequenos grupos com apoio do professor.

Dia 3: Produção de Texto
Objetivo: Desenvolver habilidades de escrita por meio da produção de relatos.
Descrição: Escrita de um relato sobre a história ouvida, enfatizando a ordem dos fatos e uso de conexões temporais.
Materiais: Caderno, lápis e folhas.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldades na escrita, permitir que escrevam com ajuda ou utilizem um gravador para registrar sua história e transcrever depois.

Dia 4: Leitura dos Relatos
Objetivo: Promover a socialização das histórias escritas.
Descrição: Alunos devem ler suas histórias para a turma. O professor deve incentivar a valorização das narrativas dos colegas.
Materiais: Cadernos com os relatos.
Adaptação: Para alunos que se sentem inseguros em ler em público, o professor pode dar oportunidade para que leiam em pequenos grupos.

Dia 5: Ilustração das Histórias
Objetivo: Criar uma representação visual das histórias contadas.
Descrição: Alunos devem desenhar ou criar um mural ilustrando as principais partes de suas histórias.
Materiais: Materiais de arte (lápis de cor, canetinhas).
Adaptação: Para alunos que têm dificuldades motoras, o professor pode disponibilizar lápis grossos ou apoio para desenhar.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão em grupo sobre o que os alunos aprenderam com as histórias que ouviram e contaram. Incentivar perguntas e reflexões sobre como as histórias familiares pode mudar a forma de ver a comunidade e a si mesmo.

Perguntas:

1. Quais foram as histórias mais impactantes que você ouviu?
2. Como você se sente ao ouvir essas histórias de seus familiares?
3. Por que é importante preservar e contar histórias da nossa comunidade?

Avaliação:

A avaliação será feita por meio da observação da participação dos alunos nas atividades, a clareza e a coesão dos relatos escritos, além da interação e respeito percebidos durante as trocas de histórias.

Encerramento:

Durante os últimos minutos da aula, o professor deverá agradecer a participação e o empenho de todos. Será uma importante finalização reforçar a contribuição de cada um para o enriquecimento do patrimônio cultural e das memórias coletivas. Os alunos podem ser incentivados a levar suas histórias para casa e compartilhá-las com família.

Dicas:

– Realize uma roda de conversa inicial para quebrar o gelo.
– Esteja atento às necessidades dos alunos e crie um ambiente seguro para compartilhamento.
– Utilize recursos visuais e exemplos que facilitem a compreensão do tema.

Texto sobre o tema:

As histórias da família e da comunidade desempenham um papel vital na construção da identidade de cada indivíduo. Essas narrativas são mais do que meros relatos; elas contêm a essência de quem somos, remetendo-nos a experiências que moldaram o que somos e a forma como enxergamos o mundo ao nosso redor. Ao contar e ouvir histórias, estabelecemos conexões entre as gerações, criando um elo que traduz a nossa cultura e os valores que herdamos. No decorrer da história da humanidade, as histórias têm sido transmitidas de maneira oral, através de contadores e anedotistas que, com suas vozes, trouxeram à vida personagens e eventos significativos. Hoje, com o avanço da tecnologia, temos a oportunidade de registrar essas histórias em diferentes formatos, seja pela escrita, vídeo ou áudio, tornando-as acessíveis e preserváveis para as futuras gerações.

Além disso, as histórias da comunidade nos ensinam sobre a diversidade cultural presente em diferentes contextos. Elas nos permitem compreender as singularidades das tradições que nos cercam, favorecendo a empatia e o respeito pelas diferenças. Cada conto carrega um pedaço da vivência coletiva, revelando não apenas o que os outros vivenciaram, mas também enaltecendo um legado que deve ser respeitado e perpetuado. Integrar as histórias familiares na educação infantil, como vemos nesse plano de aula, não só desenvolve habilidades ligadas à leitura e escrita, mas também fortalece laços entre os alunos, incentivando o cuidado e a valorização de suas próprias culturas e tradições.

Encerrar a discussão sobre a importância das histórias nos convida a refletir, ainda, sobre como podemos transformar essas memórias em ações práticas no dia a dia. Como podemos resgatar essa tradição oral e torná-la uma prática comum nas nossas vidas? Que novos narradores e contadores de histórias podem surgir desse intercâmbio de relatos? Saber escutar, contar e interpretar faz de cada indivíduo um ponte de conexão entre passado e futuro, e nas histórias que compartilhamos, encontramos as chaves para nos tornarmos pessoas mais sensíveis e conscientes.

Desdobramentos do plano:

O plano elaborado oferece uma oportunidade ímpar de aprofundar o conhecimento sobre a identidade cultural dos alunos. Ao registrar e compartilhar histórias, eles não apenas compreendem mais sobre suas próprias famílias, mas também desenvolvem uma grande sensibilidade para as vivências dos outros. Isso é crucial em um mundo onde a diversidade é cada vez mais presente, ajudar as novas gerações a entender e respeitar as histórias uns dos outros promove um ambiente de convivência mais harmonioso. As histórias que compomos e compartilhamos tornam-se, assim, um legado que transcende o tempo e o espaço, conectando experiências humanas que, muitas vezes, podem parecer distantes.

Ademais, a prática de contar histórias pode ser desdobrada em outras disciplinas, como a Arte, onde as crianças podem expressar graficamente suas histórias e desenvolver projetos interdisciplinares. Em Ciências, podem-se explorar elementos ou objetos mencionados nas narrativas: desde a origem de um objeto familiar, ao que aquela história revela sobre costumes ou conceitos científicos (como a evolução de um brinquedo tradicional). Em História, os alunos podem traçar um paralelo entre suas histórias e relatos históricos maiores, encontrando similaridades e diferenças que ajudam a elaborar um pensamento crítico.

Por último, esse projeto pode ser expandido para incluir as famílias dos alunos de maneira mais ativa. Ao fazer isso, o ensino se torna um esforço colaborativo, onde as crianças veem seus pais como parceiros no processo de aprendizagem. Isso não apenas estreita as relações dentro da família, mas também faz com que os alunos se sintam valorizados, trazendo suas vozes e experiências para o espaço escolar. Dessa forma, a escola se transforma em um espaço onde as histórias individuais se entrelaçam, criando uma rica tapeçaria cultural que representa a diversidade e pluralidade da comunidade.

Orientações finais sobre o plano:

As orientações finais visam garantir que o objetivo de aprendizagem seja plenamente alcançado. É fundamental que o professor esteja preparado para lidar com a variedade de histórias e experiências que surgirão. Cada relato pode desencadear diferentes emoções e reações, por isso a habilidade de mediar esses momentos com sensibilidade é imprescindível. As histórias são não apenas um reflexo da vida familiar, mas também devem ser abordadas de modo a valorizar a individualidade e experiências de cada aluno. A criação de um espaço seguro para que os alunos partilhem suas vivências, sem medos de julgamento, garantirá uma participação mais ativa e desejada.

Além disso, sugerimos que o professor mantenha um ambiente propício à criatividade e à expressão artística. O registro das histórias pode encorajar atividades multimídia, envolvendo tecnologia, onde os alunos possam utilizar plataformas digitais para criar uma apresentação final com as histórias coletadas. Este uso de tecnologia pode fazer a ponte entre a tradição narrativa e as novas formas de contar histórias que estão ao alcance deles hoje.

Por fim, lembre-se de que o aprendizado é constantemente um processo em construção. Ao encorajar os alunos a se desenvolverem e explorarem suas identidades por meio das histórias, podemos cultivar um ambiente mais rico e diversificado, onde cada voz tem seu espaço e cada relato é uma parte vital do todo. Esse é um passo importante para a formação de pessoas que não apenas conhecem suas histórias, mas que também respeitam e apreciam a riqueza que cada história de vida traz ao seu entorno.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Contação de Histórias com Fantoches: Os alunos poderão criar fantoches que representem personagens de suas histórias familiares e apresentá-las em um pequeno teatro. Essa atividade estimula a criatividade e a expressividade, além de fazer uso de habilidades motoras.

Caça ao Tesouro de Memórias: Com a ajuda da família, os alunos criam pistas que os levarão a objetos ou lembranças que têm a ver com suas histórias. Essa atividade associará a narrativa à exploração física de espaços, promovendo uma experiência prática.

Diário de Agradecimento: Cada aluno pode criar um diário onde escrevem diariamente um agradecimento a alguma figura em sua família que tenha contribuído para sua história. Essa prática promove reflexões sobre gratidão e vínculos familiares.

Cozinhando Histórias: A aula pode ser finalizada com uma atividade onde os alunos trazem receitas de família para compartilhar. Cada aluno apresenta a receita e conta a história por trás dela, mostrando a conexão entre comida e cultura.

Exposição de Histórias: Criar uma exposição onde os alunos podem exibir suas histórias e ilustrações. Isso permite que a comunidade escolar interaja e valorize o trabalho das crianças, promovendo um ambiente de celebração das origens e identidades.

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