“Criação de Histórias Coletivas: Estímulo à Criatividade Infantil”

A criação de histórias coletivas é uma atividade rica em potencial educativo e artístico, especialmente para crianças pequenas. Este plano de aula visa integrar os elementos da oralidade, expressão artística e cooperação, permitindo que os alunos se envolvam em um processo criativo que estimula a imaginação e o trabalho em grupo. Por meio da elaboração conjunta de uma narrativa, os alunos poderão vivenciar o compartilhamento de ideias e sentimentos, além de exercitar a linguagem oral e escrita.

As crianças de 5 anos estão em um estágio de desenvolvimento onde o pensamento criativo e a socialização são fundamentais. Durante esta aula, elas serão encorajadas a se expressar e a ouvir os outros, contribuindo para uma produção coletiva que pode ser representada de diversas formas artísticas. Este plano considerará o tempo disponível de 50 minutos e proporcionará um ambiente colaborativo onde cada criança terá espaço para brilhar.

Tema: Criação de uma História Coletiva
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar às crianças a oportunidade de criar coletivamente uma história, estimulando a criatividade, a expressão artística e o trabalho em equipe.

Objetivos Específicos:

– Estimular a imaginação e a criatividade das crianças.
– Promover a interação social e o respeito entre pares.
– Desenvolver a expressão oral e artística por meio da co-criação de uma narrativa.
– Proporcionar a oportunidade de recontar e ilustrar a história criada.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel em branco
– Lápis de cor, canetinhas e giz de cera
– Cartolinas para ilustrações
– Fitas adesivas ou tesouras
– Um espaço amplo para a atividade

Situações Problema:

– Como podemos criar uma história que todos possam contribuir?
– Quais personagens devem fazer parte da nossa narrativa coletiva?

Contextualização:

Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde o professor poderá perguntar às crianças se elas já ouviram alguma história interessante. A partir dessas trocas, será possível conectar suas experiências pessoais com a proposta da aula, que é criar uma história em conjunto e explorar as diferentes contribuições que cada um pode oferecer.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa Inicial (10 minutos): O professor organiza os alunos em círculo e começa a dialogar sobre a importância de contar histórias. Perguntas como “O que é uma boa história?”, “Quais histórias vocês gostam?” ajudarão a promover a reflexão e o engajamento.

2. Início da Criação (15 minutos): Após a roda de conversa, o professor convida as crianças a pensarem em personagens, cenários e ações que gostarão de incluir na história. Um quadro ou papel grande pode ser utilizado para anotar as ideias que surgirem. A participação de todos os alunos é estimulada, garantindo que cada voz seja ouvida.

3. Desenho da História (15 minutos): Uma vez que a pauta da história já foi discutida, as crianças devem desenhar os personagens e cenários que imaginaram. O professor deve orientar a atividade, encorajando a autoexpressão artística e a individualidade nas produções, além de oferecer auxílio às crianças que tiverem dificuldades.

4. Apresentação da História (10 minutos): Para finalizar, cada criança (ou um grupo de crianças) tem a oportunidade de apresentar o que desenhou e contar um pouco sobre seu personagem e o que ele faz na história. No momento da apresentação, é essencial respeitar e valorizar as contribuições dos colegas.

Atividades sugeridas:

1. Criação de Personagens:
– Objetivo: Criar juntos personagens da história.
– Descrição: Após a roda de conversa, o professor pode criar fichas de personagens com as contribuições das crianças.
– Instruções: Cada criança oferece uma ideia para um personagem, e o professor faz um desenho coletivo no grande papel.
– Materiais: Papéis, canetinhas.

2. Ilustração do Cenário:
– Objetivo: Representar o ambiente da história.
– Descrição: As crianças desenham em grupo o cenário onde a história acontece, utilizando cartolinas.
– Instruções: Conversar sobre o ambiente, e cada criança faz um pedaço do cenário e depois todas colam juntas.
– Materiais: Cartolina, papel, cola.

3. Teatro de Fantoches:
– Objetivo: Dar vida aos personagens.
– Descrição: Usar os desenhos de personagens como fantoches e encenar a história.
– Instruções: Criar uma pequena apresentação teatral, onde os alunos devem usar o corpo e a voz.
– Materiais: Lápis, papel, tesoura e palitos.

4. Grupos de Recontagem:
– Objetivo: Promover o recontar e o interpretar.
– Descrição: Dividir as crianças em pequenos grupos e cada grupo deve contar uma parte da história.
– Instruções: Incentivar que cada grupo utilize seus desenhos na contação.
– Materiais: Desenhos anteriores e um espaço onde possam se apresentar.

5. Cantos de Expressão Musical:
– Objetivo: Incorporar sons e música à apresentação.
– Descrição: Criar canções que representem a história.
– Instruções: Usar instrumentos simples, como tambores de caixa, para acompananhar as narrativas.
– Materiais: Instrumentos musicais simples ou objetos que produzem sons.

Discussão em Grupo:

Após todas as atividades, o professor pode reunir as crianças novamente em círculo para discutir. Perguntas como “O que mais gostaram de inventar?”, “Como cada personagem se sentiu?” e “O que aprenderam trabalhando juntos?” devem ser feitas para consolidar o aprendizado e permitir que as crianças compartilhem suas reflexões e sentimentos.

Perguntas:

– Quais foram os sentimentos que os personagens sentiram na história?
– Como você se sente ao ouvir e contar histórias?
– Por que é importante ouvir a ideia dos amigos?

Avaliação:

A avaliação deve ser contínua e observacional. O professor pode notar a participação das crianças, a capacidade de ouvir as ideias dos colegas e a habilidade em expressar seus próprios pensamentos. *O foco deve ser não apenas na criação da história, mas também na interação social e no respeito mútuo durante o processo.*

Encerramento:

Para finalizar, agradecer a participação de todos e reforçar o valor do trabalho em equipe e da criatividade. O professor pode destacar a importância de cada ideia trazida e como elas juntas formaram uma história totalmente única e especial, estimulando um sentimento de pertencimento e coletividade. Além disso, pode sugerir que os alunos façam uma roda de aplausos para celebrar a conquista coletiva.

Dicas:

Mantenha o ambiente acolhedor, permitindo que as crianças se sintam confiantes para se expressar.
Facilite a comunicação, ouvindo atentamente as ideias de cada um e incentivando as interações.
Esteja atento às dinâmicas de grupo para garantir que todos participem e se sintam valorizados.

Texto sobre o tema:

A criação coletiva de uma história é um exercício valioso que pode incentivar o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças. É através da construção conjunta que elas aprendem a ouvir e respeitar as ideias dos outros, desenvolvendo um senso de comunidade. Este tipo de atividade não só melhora a expressão verbal, mas também encoraja a criatividade, permitindo que cada aluno acrescente um pedaço de si mesmo à narrativa em formação. Ao participar desse processo colaborativo, as crianças se divertem e desenvolvem habilidades essenciais para a convivência social, como a empatia e a cooperação.

O ato de contar histórias é uma habilidade que transcende idades e culturas, permitindo a transmissão de conhecimentos, valores e tradições. Em cada narrativa, existe a oportunidade de explorar diferentes emoções, compreendendo a complexidade das relações humanas através da ficção. Para os pequenos, o processo de criar uma história juntos traz uma experiência significativa, onde cada ideia e cada personagem refletem um pedacinho da realidade de cada um, enriquecendo as interações e o aprendizado. Este é um dos motivos pelos quais as histórias são tão poderosas: elas não apenas entretem, mas ensinam.

Além disso, ao desenhar e ilustrar sua história, as crianças têm a chance de explorar o mundo das cores e formas, promovendo o desenvolvimento motor e a apreciação estética. O ato de expressar-se artisticamente é fundamental nessa fase de desenvolvimento, pois ajuda a melhorar a coordenação motora e a autoconfiança. Ao final da aula, ao compartilhar seus trabalhos e ideias, os alunos também têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades de fala e escuta, que são essenciais para uma comunicação eficaz e saudável.

Desdobramentos do plano:

As histórias criadas coletivamente podem ser preservadas em um livro da turma, onde os desenhos, personagens e enredos sejam organizados e comentados pelas crianças. Essa prática não apenas valida a contribuição de cada um, mas também fornece um repertório literário que pode ser explorado em futuras aulas. Além disso, este material pode ser utilizado em apresentações para as outras turmas, fortalecendo ainda mais o senso de pertencimento e orgulho coletivo.

Outro desdobramento interessante seria integrar a tecnologia nesse processo, utilizando aplicativos simples de gravar e animar as histórias. Isso pode aumentar o envolvimento dos alunos e permitir que eles vejam suas criações ganhando vida de novas formas, trabalhando assim habilidades digitais desde cedo.

Por último, os temas abordados nas histórias podem ser extrapolados para outras áreas do conhecimento, como ciências ou matemática, dependendo dos personagens e cenários criados. Por exemplo, se a história envolver elementos da natureza, isso pode abrir espaço para discussões sobre meio ambiente e sustentabilidade. Isso demonstra a interconexão entre o pensamento criativo e o aprendizado interdisciplinar, preparando as crianças para uma educação mais holística e integrada.

Orientações finais sobre o plano:

É importante lembrar que o sucesso dessa atividade depende da atmosfera de colaboração que o professor promover. Criar um ambiente seguro, onde todos se sintam à vontade para compartilhar suas ideias e sentimentos, é fundamental para o engajamento do grupo. Além disso, é necessário estar aberto às sugestões das crianças, permitindo que a história se desenvolva organicamente e respeitando as diretrizes propostas.

Ao longo da atividade, o professor deve observar e se adaptar ao fluxo das interações, podendo ser flexível para mudar o rumo da narrativa, se necessário. Essa flexibilidade respeita o _espontâneo_ das crianças e pode resultar em uma história ainda mais rica e divertida.

Por fim, cuidando para que os grupos sejam balanceados, o educador pode promover diversas composições sociais, permitindo que a diversidade de ideias e perspectivas seja bem-vinda. Essa habilidade de trabalhar com diferentes formas de pensamento é uma competência essencial que as crianças levarão para a vida toda.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Contação de Histórias com Objetos: No início de cada aula, o professor pode trazer objetos variados (bonecos, fantoches, animais de brinquedo, etc.) e as crianças devem criar uma história em torno desses itens.
– Objetivo: Encorajar a imaginação e expressão oral.
– Materiais: Diversos objetos de fácil manipulação.

2. Estação de Desenho Livre: Montar uma mesa com papéis grandes e diversos materiais de desenho e pintura para que as crianças representem visualmente as suas ideias durante a construção da história.
– Objetivo: Estimular a expressão criativa e a individualidade.
– Materiais: Tintas, pincéis, lápis de cor, papéis.

3. Mímica de Personagens: Cada criança deve escolher um personagem da história (criado coletivamente) e representá-lo apenas com gestos e expressões faciais, desafiando os colegas a adivinharem de quem se trata.
– Objetivo: Desenvolver a comunicação não-verbal e a habilidade de trabalhar em grupo.
– Materiais: Nenhum específico.

4. Fazer um Tapete de Histórias: Com um lençol ou material grande, as crianças devem colar suas ilustrações e desenhos relacionados à história, formando um grande “tapete” da narrativa.
– Objetivo: Valorizar a contribuição individual em um contexto coletivo.
– Materiais: Lençol ou papel grande, fitas adesivas, colas.

5. Criação de Música Temática: A turma pode criar uma canção ou uma pequena melodia que resuma a história coletiva, utilizando instrumentos simples ou apenas batendo palmas.
– Objetivo: Unir música e narrativa, desenvolvendo habilidades corporais e rítmicas.
– Materiais: Objetos que funcionem como instrumentos (garrafas, latas, etc.).

Com esse conjunto de atividades, o educador não só realiza uma aula interativa e lúdica, como também fomenta o amor pela literatura e pela criação artística, essenciais para o desenvolvimento integral das crianças nessa faixa etária.

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