“Contadores de Histórias: Criatividade na Educação Infantil”

Esta proposta de plano de aula tem como enfoque o tema Contadores de Histórias do Mundo Invertido, adequado para a Educação Infantil, especificamente para crianças de 4 a 5 anos. A atividade se destina a estimular a criação de narrativas, o pensamento criativo e a linguagem oral. A ideia é que as crianças usem suas imaginações para subverter a realidade e entrar em um universo de histórias inusitadas e divertidas, promovendo a interação e a troca de ideias entre seus pares.

A atividade é construída sobre o princípio de que o ato de contar histórias não apenas desenvolve a linguagem, mas também reforça aspectos emocionais e sociais nas crianças. Ao explorar essas narrativas, os pequenos terão a oportunidade de expressar sentimentos, praticar a escuta e, principalmente, se conhecerem melhor enquanto indivíduos e membros de um grupo. Isso fomenta a empatia e a convivência, aspectos essenciais para o desenvolvimento infantil.

Tema: Contadores de Histórias do Mundo Invertido
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

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Promover a criação de narrativas e a expressão oral, utilizando o pensamento criativo para que as crianças possam contar histórias de maneira divertida e inovadora, fortalecendo suas habilidades de comunicação e interação.

Objetivos Específicos:

– Fomentar a criatividade e a imaginação através do ato de contar histórias.
– Estimular o uso de diversas formas de expressão (oral e artística) nas narrativas criadas.
– Promover a interação social entre as crianças, desenvolvendo o aspecto emocional e a empatia.
– Incentivar a escuta ativa e a partilha de ideias em grupo.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.
(EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.

Materiais Necessários:

– Livros ilustrados com histórias curtas e cativantes.
– Materiais para desenho (papel, lápis de cor, canetinhas).
– Fantasias e acessórios para encenação (chapéus, óticas de papel, etc.).
– Equipamento de áudio para tocar músicas que estimulem a imaginação.

Situações Problema:

Como podemos criar uma história que transforme o cotidiano em algo mágico e surpreendente? Quais elementos podem ser incluídos para inverter a realidade das histórias que conhecemos?

Contextualização:

Introduza o tema apresentando histórias conhecidas e contemplando mundos invertidos. Questione as crianças sobre suas experiências com histórias, incentivando a explanação de personagens e cenários que já viram. Isto será um ponto de partida para criar um ambiente propício à imaginação.

Desenvolvimento:

– Comece a aula apresentando um conto curto onde a realidade é subvertida (por exemplo, um peixe que sonha em voar) e realize a leitura em um tom animado e expressivo.
– Após a leitura, peça que as crianças compartilhem suas ideias sobre o que poderia acontecer se um objeto cotidiano ganhasse vida (ex: uma cadeira que fala, uma cama que pula).
– Organize as crianças em grupos pequenos e incentive-as a escolher um dos objetos discutidos para criar uma mini-narrativa em conjunto.
– Proporcione tempo para que cada grupo desenhe ou crie um cenário para sua história, fazendo uso dos materiais disponíveis.

Atividades sugeridas:

1. Contação de Histórias Invertidas
– Objetivo: Estimular a criatividade ao criar histórias inusitadas.
– Descrição: Após a leitura, cada criança deve inventar uma pequena história sobre um objeto cotidiano que ganha vida.
– Instruções: Cada aluno deve contar sua história para um parceiro e, após isso, apresentar para a turma.

2. Desenhando a História
– Objetivo: Desenvolver a expressão artística e visual.
– Descrição: Após a contação, cada criança vai desenhar o seu objeto com vida na cena que imaginou.
– Instruções: Os alunos devem compartilhar suas obras de arte com a turma, explicando suas escolhas.

3. Teatro de Fantoches
– Objetivo: Aprofundar a habilidade de contar histórias.
– Descrição: Com as fantasias e acessórios, os alunos devem criar uma peça curta de teatro com as histórias que desenvolveram.
– Instruções: Organize um mini teatro, onde cada grupo apresenta suas criações para os colegas.

4. Música e Movimento
– Objetivo: Integrar corporalidade e linguagem.
– Descrição: Usando músicas que remetam ao tema de histórias, as crianças devem interpretar as emoções de suas narrativas através de movimentos.
– Instruções: Realize uma rápida sessão de danças e encenações.

5. Diário de Histórias
– Objetivo: Praticar a escrita espontânea.
– Descrição: Cada aluno desenha ou escreve uma breve narrativa de sua história em um “diário de histórias”.
– Instruções: Incentive um momento de reflexão onde compartilham o que aprenderam.

Discussão em Grupo:

Promova uma discussão sobre o que cada grupo aprendeu com as histórias que criou, enfatizando a importância da colaboração e da escuta ativa. Questione-os sobre o que acham que torna uma história especial e como podemos inverter a realidade.

Perguntas:

– O que você achou mais divertido sobre a história que você criou?
– Como você se sentiu ao contar sua história para os outros?
– Que tipo de personagem você gostaria de ser na sua história?

Avaliação:

A avaliação será contínua e baseada na observação da participação e engajamento das crianças, assim como na qualidade das interações e no desenvolvimento das narrativas. A habilidade de escutar e comunicar-se efetivamente em grupo também será um critério de avaliação.

Encerramento:

Conclua a aula destacando a importância de cada um ter uma história e como elas podem ser únicas e especiais. Reforce que a imaginação é uma grande ferramenta que todos têm e que contar histórias é uma forma divertida de expressá-la.

Dicas:

– Utilize ilustrações vibrantes para prender a atenção das crianças durante a contação de histórias.
– Faça circuitos de troca de histórias em pequenos grupos para que todos possam ser ouvidos.
– Encoraje as crianças a usarem a movimentação do corpo para representar os elementos de suas histórias.

Texto sobre o tema:

O ato de contar histórias remonta a tempos ancestrais, onde as culturas se estabeleceram por meio da oralidade. Ao abordar o tema “Contadores de Histórias do Mundo Invertido”, propomos não apenas uma brincadeira com a estrutura da narrativa, mas uma forma de entender o mundo e as interações sociais através da criatividade. Este processo é fundamental para o desenvolvimento da linguagem, da empatia e do entendimento entre as crianças. Histórias que inverteram a realidade permitem aos pequenos experimentar a magia que ocorre quando os limites da lógica são desafiados, levando-os a questionar e, consequentemente, ampliar seus horizontes.

A importância do contar histórias está também na habilidade que desenvolvemos em ouvir o outro e respeitar suas ideias, sentimentos e percepções. É essencial que as crianças entendam que suas vozes têm valor e podem impactar os outros de formas que nem sempre são visíveis. Além disso, contar histórias cria um ambiente onde a interação é livre e cheia de descobertas, proporcionando experiências enriquecedoras que vão além do mero entretenimento.

Por último, ao permitir que as crianças explorem novos mundos através de narrativas subvertidas, estamos ajudando a cultivar um espaço seguro para a expressão criativa. Isso não apenas fomenta o desenvolvimento linguístico, como também abre portas para a valorização das diversidades culturais presentes em nosso cotidiano. Histórias que transformam objetos comuns em personagens com vida própria têm um papel fundamental na construção social e emocional dos pequenos, incentivando-os a crescerem como indivíduos mais completos e conscientes.

Desdobramentos do plano:

Ao fim da atividade, os desdobramentos podem se estender para diversos outros campos de aprendizado. Primeiro, pode-se ampliar as experiências de contação de histórias para incluir diversos gêneros literários, permitindo que as crianças experimentem a leitura de contos de fadas, lendas e até histórias em quadrinhos. Isso não só diversifica as narrativas, mas também ajuda os pequenos a estabelecerem referências variadas de linguagem. Além disso, ao utilizar a tecnologia de forma saudável, como por exemplo, gravações de áudio das histórias contadas, promove-se um novo nível de engajamento e revisitação das experiências.

A troca de histórias entre as crianças pode promover um ambiente escolar onde as relações interpessoais se fortalecem, gerando um clima de cooperação e respeito. A escuta ativa e o respeito ao que cada um tem a dizer podem se unir para formar um círculo de confiança, onde cada aluno sente-se valorizado e seguro para expressar-se. Essa construção de um espaço respeitoso e cooperativo é especialmente importante na primeira infância, onde se inicia a formação da identidade e da percepção de si e do outro.

Por fim, introduzir a educação ambiental por meio de histórias que envolvam personagens da natureza, como árvores e animais, pode ser um passo a mais para além da contação de histórias. Assim, podemos criar uma ponte entre a fantasia e a realidade, instigando a curiosidade das crianças sobre o mundo que as rodeia e ajudando-as a reconhecer a importância de preservar e respeitar nosso ambiente. Este desdobramento cria uma base que incentiva a responsabilidade e o senso crítico desde cedo.

Orientações finais sobre o plano:

Para finalizar, é fundamental que o educador observe a dinâmica do grupo e as interações entre as crianças. Isso ajudará a adaptar a atividade em tempo real, podendo explorar mais a fundo os interesses que surgirem durante a aula. Flexibilidade é uma ferramenta poderosa no processo educativo, especialmente na Educação Infantil, onde a curiosidade e o engajamento são chaves para o aprendizado.

Além disso, é importante que o educador sempre valorize e destaque as contribuições individuais e coletivas, reforçando o aprendizado colaborativo. Ao celebrar as apresentações e as histórias criadas, a autoestima das crianças é fortalecida, contribuindo para um ambiente altamente positivo. Promover um feedback contínuo e construtivo é uma forma eficiente de manter a motivação e a atenção das crianças durante todo o processo.

Por último, estimule as crianças a continuarem a prática de contar histórias fora do ambiente escolar, seja em casa ou em outros espaços comunitários. O uso da narrativa como ferramenta de aprendizado deve ser um processo contínuo, podendo requerer pausas, mas sempre mantendo vivas as histórias e as imaginações que foram semeadas. Esse contato constante com narrativas é essencial para formar leitores e ouvintes críticos no futuro, capazes de apreciar a riqueza das histórias contadas por diferentes vozes e culturas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Sombras
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Criar e interpretar histórias por meio de sombras.
– Materiais: Cartolina, lanternas, parede de projeção.
– Passo a Passo: As crianças desenham os personagens em cartolina e recortam. Elas projetam as sombras na parede e criam uma história a partir delas, encenando o que veem.

2. Jogo de Criação de Personagens
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Estimular a descrição e a criatividade.
– Materiais: Cartões em branco, lápis, canetinhas.
– Passo a Passo: Crianças recebem cartões para criar um personagem com nome, características e um objeto especial. Posteriormente, vão apresentar esse personagem em grupos, criando uma história coletiva.

3. Caça ao Tesouro das Histórias
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Integrar movimento e aprendizado de histórias.
– Materiais: Impressões de elementos de histórias e indicações.
– Passo a Passo: Espalhar pistas pela sala referentes a personagens e cenários de histórias conhecidas. As crianças devem achar as pistas e, ao reunirem, devem criar uma nova história.

4. Pintura de Histórias
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Visualizar narrativas por meio de arte.
– Materiais: Papel grande, tintas, pincéis.
– Passo a Passo: Após contar uma história, as crianças devem criar uma pintura retratando o acontecimento e a emoção que sentiram. Após a criação, compartilham a obra com a turma.

5. Músicas que Contam
– Faixa Etária: 4 a 5 anos
– Objetivo: Associar música e narrativa.
– Materiais: Instrumentos musicais simples (como tambores de mão, maracas).
– Passo a Passo: Escolha uma música conhecida e adapte a letra para criar uma história. As crianças devem usar instrumentos para acompanhar, explorando sons que representam a emoção da narrativa.

Este plano de aula é ideal para incutir nos pequenos a importância da criatividade e a magia das histórias, envolvendo-os em um processo de aprendizado leve e divertido.