“Contação de Histórias com Fantoches: Desenvolvimento para Bebês”

A contação de histórias com o uso de fantoche é uma atividade extremamente rica e dinâmica, especialmente voltada para bebês na faixa etária de até 1 ano e 6 meses. Esta prática não só estimula o desenvolvimento da fala, como também promove momentos de descobertas e curiosidades que são fundamentais nessa fase inicial de vida. O uso de fantoches é capaz de captar a atenção das crianças, criando um ambiente lúdico que facilita a interação e a comunicação, permitindo que os pequenos possam explorar emoções e histórias de maneira divertida e envolvente.

Neste plano de aula, trabalharemos diversos aspectos fundamentais para a educação infantil, abordando especificamente ações que favorecem a percepção, a coordenação motora e a socialização. A contação de histórias também é uma maneira de apresentar novos vocabulários e experiências sensoriais, proporcionando uma rica base para o desenvolvimento integral da criança. Assim, buscamos valorizar a relação entre o educador e os bebês, através de práticas que promovam a atenção, a escuta e a emoção.

Tema: Contação de história com fantoche
Duração: 5 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 ano

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o desenvolvimento da fala e a interação social dos bebês através da contação de histórias utilizando fantoches, estimulando o interesse pela literatura infantil e a expressão corporal.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a atenção e o interesse dos bebês por histórias.
2. Desenvolver a comunicação por meio de gestos e sons.
3. Promover a exploração de diferentes emoções através de personagens representados por fantoches.
4. Proporcionar momentos de interação social e comunicação com outros bebês.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– (EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
– (EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
– (EI01EF05) Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao cantar.

Materiais Necessários:

– Fantoches (de mão, de boneco, ou confeccionados com meias)
– Uma história curta que possa ser dramatizada com os fantoches.
– Espaço acolhedor para a atividade.
– Música suave ou som ambiente que possa auxiliar na contação da história.

Situações Problema:

Como os fantoches podem ajudar os bebês a expressarem suas emoções? Que reações os bebês têm ao ver os fantoches e ouvir a história?

Contextualização:

A contação de história com fantoches é uma prática que permite aos bebês se conectarem com os sentimentos e comportamentos dos personagens. Os fantoches, como representações visuais e táteis, ajudam a criar uma narrativa cativante, que pode despertar a curiosidade e a imaginação dos pequeninos, além de favorecer momentos de interação rica entre eles e o educador.

Desenvolvimento:

A contação de história com fantoches será realizada em um espaço apropriado, onde o educador deverá sentar-se em uma posição confortável com os bebês à sua volta. É importante que os fantoches estejam à mão e que a história selecionada seja simples, com mensagens claras e personagens que expressem emoções facilmente reconhecíveis, como alegria, tristeza e surpresa.

1. O educador iniciará a atividade apresentando o fantoche de maneira animada, fazendo vozes e gestos que representem o personagem, despertando a atenção dos bebês.
2. A história pode se iniciar de forma interativa, chamando os bebês pelo nome e convidando-os a participar, por exemplo, perguntando como o fantoche está se sentindo. O educador deve utilizar expressões faciais exageradas e entonações diferentes para facilitar a imitação e engajamento.
3. Ao longo da história, o educador poderá incentivar as crianças a tocarem o fantoche, fazerem sons que se relacionem com os sentimentos dos personagens, criando um ambiente onde todos podem participar.

Atividades sugeridas:

Atividade do Dia 1:
Objetivo: Estimular a percepção e atenção através da interação com o fantoche.
Descrição: O educador começa a contar a história com o fantoche, fazendo pausas para perguntar o que os bebês acham que o fantoche deve fazer a seguir.
Instruções: Usar gestos amplos e entonações pequenas e suaves. Permitir que os bebês toquem o fantoche ao final da história.
Materiais: Fantoches e livro ilustrado que complemente a narrativa.

Atividade do Dia 2:
Objetivo: Desenvolver a habilidade de expressão através do movimento.
Descrição: O educador representará diferentes emoções com o fantoche, e os bebês deverão imitar os movimentos.
Instruções: Criar uma roda de emoções onde cada bebê se revezará em um espaço circular para expor a emoção do fantoche.
Materiais: Espelho pequeno para os bebês se verem.

Atividade do Dia 3:
Objetivo: Aumentar a comunicação verbal e não-verbal.
Descrição: Após a narração de uma nova história, o educador incentivará os bebês a usarem balbucios e gestos para comentar sobre a história.
Instruções: Registrar as reações e comentários dos bebês durante a contação.
Materiais: Um bloco de anotações para registrar as reações.

Atividade do Dia 4:
Objetivo: Experimentar sons.
Descrição: O educador usará os fantoches para explorar os sons, tanto do corpo quanto dos materiais ao redor.
Instruções: Criar uma sinfonia com palmas e batidas usando o fantoche como um instrumento musical.
Materiais: Objetos que produzem sons diferentes.

Atividade do Dia 5:
Objetivo: Favorecer a interação social.
Descrição: Promover uma roda de contação de histórias onde cada bebê poderá manusear e interagir com os fantoches disponíveis.
Instruções: Facilitar turnos e encorajá-los a brigar e interagir com os outros.
Materiais: Variedade de fantoches e um espaço amplo para o círculo.

Discussão em Grupo:

Após cada atividade, promover a discussão sobre como os fantoches ajudaram a entender a história. Incentivar os bebês a expressar suas sensações e emoções sobre os fantoches.

Perguntas:

1. O que o fantoche estava fazendo?
2. Como você acha que o fantoche se sentiu nessa parte da história?
3. Você consegue imitar a voz do fantoche?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação do interesse e da interação dos bebês durante a atividade. O educador deve notar o quanto os bebês se envolvem na contação de histórias e suas respostas, seja por gestos ou vocalizações.

Encerramento:

Finalizar a atividade com uma música ou canção que remeta à história contada, fazendo com que todos possam participar batendo руки ou fazendo movimentos prazerosos. Isso reforça o tema da interação e expressão.

Dicas:

1. É fundamental manter sempre um clima leve e descontraído, permitindo que os bebês se sintam seguros para explorar e interagir.
2. Repetir a história algumas vezes pode ajudar na familiarização e no fortalecimento do conteúdo que foi trabalhado.
3. Incentivar a participação dos adultos que acompanham os bebês será positivo, criando laços afetivos e tornando a experiência ainda mais rica.

Texto sobre o tema:

A contação de histórias com o uso de fantoches cria um ambiente colaborativo e expressivo que é ideal na educação infantil, especialmente para bebês. Ao apresentar uma narrativa lúdica, o educador não apenas narra, mas também encena, utilizando um recurso que capta a atenção e o interesse dos pequenos. Os fantoches possibilitam que as crianças estabeleçam uma conexão emocional com as histórias, uma vez que esses personagens, muitas vezes coloridos e animados, podem expressar uma gama de emoções que os bebês começam a observar e, eventualmente, a imitar.

O desenvolvimento da fala é um dos grandes objetivos tanto do uso dos fantoches quanto da contação de histórias. À medida que os bebês escutam os sons e entonações, vão naturalmente começando a balbuciar por si mesmos. O conto incentivado por gestos e vozes permite que as crianças se sintam parte do enredo, desenvolvendo não somente a fala, mas a capacidade de expressar suas emoções e reações. Além disso, a prática de mimetizar sons e movimentos dos fantoches oferece as bases para um crescimento integral na linguagem e na comunicação.

Por fim, a interação promovida com a contação das histórias fortalece o laço entre as crianças e os adultos, essencial para a construção da sua identidade e sociabilidade. A relação e a dinâmica na contação não só empoderam as emoções e o bem-estar, mas também constituem o crescimento social e emocional desde os primeiros anos de vida. Assim, educadores estão equipados para transformar cada sessão de contação de história em uma jornada rica de aprendizado e descoberta.

Desdobramentos do plano:

Após as sessões de contação, o educador pode observar interesses emergentes entre os bebês e adaptar futuras atividades para abordar esses temas com mais profundidade. É importante notar que a maneira como os fantoches e as histórias influenciam o comportamento e a comunicação das crianças pode ser um indicativo de suas necessidades emocionais no contexto da socialização. Por isso, criar um cronograma de histórias que conversem entre si ou que tenham variações de um mesmo conto pode abrir espaço para uma aprendizagem mais rica e diversificada.

Outro desdobramento viável é a incorporação de sessões de contação de histórias em que as próprias famílias podem participar. Convidar pais e responsáveis a também contarem histórias que façam parte da cultura familiar ou que tenham um significado especial não só reforça laços familiares, mas também diversifica as vozes e experiências narrativas que as crianças têm acesso. Isso incentiva a criação de um ambiente mais inclusivo e diversificado.

Finalmente, inovações nas técnicas de contação podem ser exploradas, com a introdução de novos tipos de materiais. Fantoches de diferentes tecidos, tamanhos e cores podem ser feitos em conjunto com os bebês ou a família, permitindo que cada família adicione sua própria história. Essa atividade ajuda a reforçar a identidade cultural e ensinar os bebês sobre os diferentes texturas e cores, estimulando a exploração e o respeito pelas diferenças.

Orientações finais sobre o plano:

A contação de histórias com fantoches na educação infantil é uma prática que, além de divertida, é absolutamente enriquecedora para o desenvolvimento dos bebês. Cabe ao educador manter um ambiente acolhedor e flexível, onde cada criança sinta-se à vontade para expressar suas emoções e explorar a história contada. A presença de fantoches não apenas atrai a atenção, mas também dirigi a interação, possibilitando que os bebês usufruam de um espaço seguro para se comunicarem.

É essencial lembrar que cada bebê apresenta um nível de desenvolvimento diferente. Portanto, a contação de histórias pode ser adaptada a cada grupo específico, respeitando o tempo e a capacidade de compreensão de cada criança. Uma boa prática é sempre observar as reações e comportamentos dos pequenos, que podem fornecer dicas valiosas sobre como adaptar a narrativa e o uso dos fantoches.

Por fim, o retorno positivo e a interação com as famílias também são fundamentais. O envolvimento das famílias nas atividades cria um ciclo de aprendizado que vai além do ambiente escolar, estendendo-se para o dia a dia das crianças e proporcionando oportunidades de aprendizado contínuo. Assim, a contação de histórias se torna um elo de ligação, construindo pontes entre o saber escolar e a intimidade do lar, essencial para a formação de vínculos afetivos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1: Fantoches de Meias:
Objetivo: Criar um fantoche para cada bebê usar durante a atividade.
Materiais: Meias, fitas coloridas, olhinhos móveis, e cola.
Condução: Cada bebê, com a ajuda de um adulto, pode decorar sua própria meia, criando um fantoche único que será usado em contações futuras.

Sugestão 2: Fantoche de Papel:
Objetivo: Usar o papel para criar um cenário de história.
Materiais: Papel cartão colorido, canetinhas, tesoura e cola.
Condução: Os bebês podem ajudar a desenhar e colar personagens em um grande papel que será usado como plano de fundo para a apresentação.

Sugestão 3: Música do Fantoche:
Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e rítmicas.
Materiais: Instrumentos musicais simples como chocalhos e tambores.
Condução: Durante a contação, cada vez que o fantoche falar, os bebês poderão usar os instrumentos para acompanhar o ritmo da história.

Sugestão 4: Canto do Fantoche:
Objetivo: Associar canções e fantoches.
Materiais: Canções relacionadas às histórias que serão contadas.
Condução: Após a contação, uma canção pode ser cantada com a ajuda do fantoche, estimulando os bebês a moverem-se para a música.

Sugestão 5: Desfile de Fantoches:
Objetivo: Incentivar a socialização e comunicação.
Materiais: Fantoches e um tapete ou espaço aberto.
Condução: Os bebês poderão desfilar com seus fantoches, criando seus próprios diálogos e interagindo uns com os outros através das expressões que aprenderam com a contação.

Com essas sugestões e orientações, o educador terá um amplo leque de opções para trabalhar com os bebês de maneira lúdica e enriquecedora, proporcionando experiências significativas.


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