“Contação de Histórias: Aprendizado Lúdico para Crianças de 1 a 2 Anos”

A contação de histórias é uma prática essencial no desenvolvimento das crianças, especialmente na faixa etária de 1 a 2 anos. Ao apresentar narrativas de forma lúdica e envolvente, os educadores conseguem estimular a imaginação, a criatividade e também fortalecer a linguagem oral dos pequenos. Neste contexto, a história do Coelhindo serve como base para uma atividade que promove a interação e o encantamento das crianças, desenvolvendo habilidades importantes para esta fase da vida.

Neste plano de aula, vamos explorar a contação da história do Coelhindo, proporcionando um momento especial de escuta e aprendizado. Os alunos terão a oportunidade de interagir com a narrativa, identificando os personagens e acontecimentos da história de forma simples, mas significativa. Com esta abordagem, buscamos não somente entreter, mas criar um ambiente rico em estímulos para o desenvolvimento integral dos pequenos.

Tema: Contação de História
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar o gosto pela leitura e a valorização da contação de histórias, estimulando a imaginação, a comunicação e a afetividade entre as crianças.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a atenção e a escuta ativa durante a contação da história.
– Promover a interação entre crianças e educador durante o relato da história.
– Desenvolver a linguagem oral e o vocabulário das crianças.
– Estimular a expressão emocional através da identificação com os personagens da história.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.

Campo de Experiências “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET01) Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e propriedades dos objetos (textura, massa, tamanho).
(EI02ET01) Observar, relatar e descrever incidentes do cotidiano e fenômenos naturais (luz solar, vento, chuva etc.).

Materiais Necessários:

– Livro ilustrado da história do Coelhindo (preferencialmente com imagens grandes e coloridas).
– Fantoches ou bonecos que representem os personagens da história.
– Tapete ou área confortável para a contação.
– Objetos que representem os cenários da história, como uma cenourinha, por exemplo.

Situações Problema:

– “O que o Coelhindo faz quando se perde na floresta?”
– “Como o Coelhindo se sente quando encontra seus amigos?”

Contextualização:

Iniciar a aula com um momento de interação onde as crianças possam falar sobre seus animais favoritos. Os educadores podem estimular a conversa sobre coelhos e os sons que eles fazem, fortalecendo a relação dos pequenos com a temática da aula. Após essa breve introdução, é o momento ideal para apresentar a história do Coelhindo, em um formato que envolva as crianças.

Desenvolvimento:

1. Preparação do Ambiente: Organizar os materiais em um espaço confortável para que as crianças se sintam à vontade. Dispor os fantoches e o livro em locais acessíveis.

2. Roda de Convívio: Reunir as crianças em círculo e iniciar uma conversa sobre a história que será contada. Perguntar se conhecem coelhos e o que esse animal come.

3. Contação da História: Com o livro do Coelhindo em mãos, o educador deve narrar a história de forma expressiva, utilizando entonações diferentes para os personagens, e mostrando as ilustrações sempre que possível.

4. Interação Durante a Narrativa: Fazer pausas durante a história para incentivar as crianças a falarem sobre o que acharam até ali, perguntando como o Coelhindo poderia resolver alguns problemas apresentados na história.

5. Atividade Pós-Narrativa: Após a leitura, oferecer a oportunidade para que as crianças manipulem os fantoches e recontar a história com o apoio dos educadores, incentivando a autonomia.

Atividades Sugeridas:

Atividade 1 – “Pintura do Coelhindo”
Objetivo: Estimular a criatividade e as habilidades motoras finas.
Descrição: Oferecer folhas em branco e tintas atóxicas para as crianças colorirem a figura do Coelhindo.
Instruções: Disponibilizar pincéis e as tintas; acompanhar as crianças fornecendo orientações simples sobre como usar os materiais, e deixando-as livres para explorar as cores.

Atividade 2 – “Charlatanismo Animal”
Objetivo: Estimular a expressão oral e a identificação de sons.
Descrição: Revisar os sons que os animais fazem, pedindo que cada criança imite o som do coelho e outros animais.
Instruções: Incentivar as crianças a participarem e se sentirem à vontade para mostrar suas expressões, criando um momento alegre e descontraído.

Atividade 3 – “A Caça ao Tesouro do Coelhindo”
Objetivo: Desenvolver a percepção espacial.
Descrição: Criar um pequeno circuito com obstáculos representando a floresta do Coelhindo.
Instruções: Orientar as crianças a percorrerem o caminho, ressaltando a experiência de forma lúdica e interativa.

Discussão em Grupo:

– Conversar sobre como o Coelhindo se sentiu ao encontrar seus amigos.
– Falar sobre a importância da amizade e da ajuda mútua, usando a história como base.

Perguntas:

– O que você faria se fosse o Coelhindo?
– Qual foi seu momento favorito da história?
– O que podemos aprender com o Coelhindo?

Avaliação:

A avaliação será feita de maneira contínua. O professor deve observar a participação e o engajamento das crianças durante a contação, observando seu interesse pela história, a interação com os colegas e a capacidade de resposta às perguntas propostas.

Encerramento:

Finalizar a atividade reunindo todos em um momento de reflexão sobre a história, perguntando o que mais gostaram e se aprenderam algo novo. Agradecer a participação de todos e incentivar a continuidade da prática de leitura em casa ou em outros momentos.

Dicas:

– Utilizar gestos e expressões faciais durante a contação para engajar as crianças e tornar a narrativa mais atrativa.
– Sempre que possível, variar a dinâmica da história, permitindo que as crianças participem ativamente.
– Lembrar-se de que cada criança tem seu próprio ritmo, por isso, a paciência e a adaptação são essenciais durante a atividade.

Texto sobre o tema:

A contação de histórias é uma prática que remonta a tempos imemoriais, sendo uma forma rica e encantadora de transmitir conhecimento e vivências. Para crianças tão pequenas, a narração de histórias é uma janela para a imaginação e a descoberta. Ao ouvir, elas saem do mundo real e entram em um universo místico, cheio de possibilidades, personagens encantadores e lições valiosas.

O Coelhindo é um personagem que simboliza a curiosidade e a vontade de explorar o mundo. As histórias que giram em torno de coelhos são frequentemente recheadas de aventuras e desafios, refletindo as próprias experiências que as crianças enfrentam em sua vida cotidiana. Esse tipo de narrativa ajuda as crianças a estabelecerem conexões emocionais e a desenvolverem um entendimento sobre o convívio social, a amizade e a solidariedade.

Além de toda a interação que a contação propõe, é um momento crucial para a construção de vínculos afetivos. O educador torna-se um facilitador da experiência, criando um ambiente seguro e estimulante. As crianças, ao se sentirem incentivadas, desenvolvem habilidades de escuta, fala e interação, que são fundamentais para o seu crescimento social e emocional. Portanto, a contação de histórias não é apenas um entretenimento, mas um grande aliado no desenvolvimento das competências necessárias para a vida em sociedade.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula pode se desdobrar em diversas atividades complementares que promovem a continuidade do aprendizado sobre o tema da contação de histórias e os sentimentos que podem surgir delas. Após a atividade inicial com o Coelhindo, uma sugestão é incluir outros contos que abordem temas como a amizade, respeito e solidariedade. Isso pode ajudar as crianças a perceberem semelhanças e diferenças em relação aos personagens e suas histórias.

Uma possível continuidade seria a criação de um “cantinho da leitura”, onde as crianças tenham acesso a livros variados e possam manuseá-los livremente. Essa prática não apenas incentiva o contato com a leitura, mas também promove a autonomia no cuidado e no respeito ao espaço e aos materiais, habilidades fundamentais para essa faixa etária. As crianças podem ser incentivadas, com a ajuda dos educadores, a escolherem as histórias e contarem para seus colegas, desenvolvendo ainda mais o gosto pela leitura e a habilidade de comunicação.

Além disso, a criação de uma atividade que incentive a prática de encenações de histórias em pequenos grupos pode ser um recurso extremamente eficaz. As crianças podem representar cenas das histórias que ouviram a partir de fantoches ou objetos que representam os personagens. Esta prática não apenas estimula a criatividade, mas também promove a interação social e o respeito pelos colegas, pois cada uma terá a chance de se expressar em um ambiente colaborativo e acolhedor.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o educador se sinta à vontade para adaptar o plano de aula de acordo com as necessidades e interesses do grupo de crianças. Cada turma é única e pode responder de maneiras distintas à contação de histórias. Assim, a observação dos comportamentos e reações durante as atividades deve ser um guia para a condução da aula.

A inclusão de recursos visuais e sonoros, como músicas ou sons da natureza que dialoguem com a história, pode enriquecer ainda mais a experiência. Esses elementos sensoriais ajudam as crianças a se envolverem completamente e a relacionarem a narrativa com o mundo que as cerca, promovendo aprendizagem significativa.

Por fim, o papel do educador não é apenas o de narrador, mas o de um mediador que cria espaços de troca e de diálogo, onde as crianças se sintam seguras para expressar suas opiniões e sentimentos. A ideia é que a contação de histórias seja um momento de alegria e, acima de tudo, de construção de conhecimento, gerando um ambiente que valoriza a curiosidade e a imaginação das crianças.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Sugestão 1 – “Um dia na pele do Coelhindo”
Objetivo: Promover a empatia e a identificação com o personagem.
Descrição: As crianças usam fantasias de coelhos e passam um dia representando o que acham que o Coelhindo faria, como pular, brincar e explorar.
Materiais: Fitas, orelhas de coelho, roupas confortáveis.
Modo de condução: O professor guia as atividades, garantindo que as crianças entendam as emoções do personagem.

Sugestão 2 – “Cozinhando cenouras”
Objetivo: Enriquecer o vocabulário e as noções de cuidado.
Descrição: Brincadeira de simulação onde as crianças ajudam a “cozinhar” cenouras de papel, aprender a contar e classificar.
Materiais: Papéis de diferentes cores, tesouras atóxicas, panelas de brinquedo.
Modo de condução: O educador supervisiona e incentiva as crianças a participarem.

Sugestão 3 – “Dança do Coelhinho”
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a expressão corporal.
Descrição: Criar uma dança inspirada nos movimentos do Coelhindo, onde as crianças imitam movimentos como pular e correr.
Materiais: Música animada ou sons da natureza.
Modo de condução: O professor coordena os movimentos e estimula a criatividade.

Sugestão 4 – “História em quadrinhos”
Objetivo: Desenvolver habilidades narrativas e de raciocínio lógico.
Descrição: Criar quadrinhos com personagens da história. As crianças desenham e descrevem o que acontece em cada cena.
Materiais: Papéis, canetinhas atóxicas, adesivos.
Modo de condução: O educador incentiva as crianças a contarem suas próprias versões da história.

Sugestão 5 – “Caça ao Coelhinho”
Objetivo: Estimular habilidades motoras e o respeito ao próximo.
Descrição: Criar um jogo de esconde-esconde onde uma criança se veste de Coelhinho e as outras têm que encontrá-la.
Materiais: Fantasia do coelho.
Modo de condução: O professor organiza a atividade e intervém para garantir a inclusão e a colaboração entre todos.

Com este plano de aula, busca-se proporcionar um aprendizado prazeroso e significativo, ao mesmo tempo em que se respeita o ritmo e as diferenças individuais de cada criança ao longo do processo educativo.

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