“Contação de Histórias: Aprendizado Lúdico com Fantoches”
A contação de histórias é uma prática essencial na Educação Infantil, pois além de fomentar a imaginação e a criatividade, é uma oportunidade de interação e desenvolvimento de habilidades sociais. A atividade de contar a história “Mordida não Napoleão” com o uso de fantoches é uma excelente maneira de engajar as crianças, facilitando a compreensão dos conceitos e a construção da trama de forma lúdica e participativa. Neste plano de aula, será explorada a narrativa de forma divertida e envolvente, estimulado não só o prazer pela leitura, mas também o olhar crítico e a empatia no convívio social.
Através dessa proposta, espera-se que os alunos desenvolvam tanto a linguagem oral quanto a habilidade de escuta ativa. Além disso, o uso de fantoches traz um caráter dinâmico à atividade, permitindo que as crianças não apenas ouçam a história, mas que se sintam parte dela, explorando suas emoções e interagindo com os colegas. O tempo previsto para a atividade é de 20 minutos, o que exige um planejamento cuidadoso para maximizar o aproveitamento do aprendizado.
Tema: Contação da história “Mordida não Napoleão”
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de escuta e a expressão oral nas crianças por meio da contação da história “Mordida não Napoleão”, utilizando fantoches para facilitar a interação e a compreensão da narrativa.
Objetivos Específicos:
– Estimular a imaginação e criatividade das crianças ao interagir com a história.
– Promover a comunicação e a expressão verbal durante a atividade de contação.
– Fomentar o cuidado com os sentimentos dos personagens e o respeito às diferenças.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
(EI02EF04) Formular e responder perguntas sobre fatos da história narrada, identificando cenários, personagens e principais acontecimentos.
Materiais Necessários:
– Fantoches de cachorro que representam os personagens da história.
– Livro ilustrado da história “Mordida não Napoleão” (ou imagens impressas para suporte).
– Espaço adequado para a contação, podendo ser um tapete ou área delimitada para sentar as crianças.
Situações Problema:
– Como o personagem principal se sente após a mordida?
– Como você se sentiria na situação do cachorro Napoleão?
– O que podemos aprender com a história sobre a amizade e o respeito às diferenças?
Contextualização:
A história “Mordida não Napoleão” fala sobre a amizade e os desafios que surgem quando as diferenças entre os indivíduos aparecem. Através da narrativa, as crianças são convidadas a refletir sobre suas próprias experiências sociais, a importância da empatia e do respeito ao próximo, seja na convivência com amigos ou em interações cotidianas.
Desenvolvimento:
1. Acolher as crianças e apresentar os fantoches de cachorro, explicando que eles serão usados para contar a história.
2. Iniciar a contação da história, usando os fantoches para representar os personagens. Utilizar vozes diferentes para cada personagem e gestos que ajudem a ilustrar a trama.
3. Durante a narração, fazer pausas estratégicas e perguntar às crianças sobre o que acham que vai acontecer na história, instigando a interação.
4. Ao final, perguntar às crianças o que aprenderam com a história e o que fariam se estivessem no lugar dos personagens.
Atividades sugeridas:
1. Contação interativa (20 minutos)
– Objetivo: Estimular a escuta e a participação.
– Descrição: Usar os fantoches e contar a história de modo envolvente, fazendo perguntas durante a narração.
– Instruções: Utilize animações vocais e gestos com os fantoches. Pergunte intercaladamente o que as crianças acham de cada situação do enredo.
– Materiais: Fantoches e imagens da história.
– Adaptação: Caso haja crianças tímidas, incentive um colega a participar da interação com o fantoche.
2. Atividade de desenho (10 minutos)
– Objetivo: Promover a expressão artística e interpretação pessoal da história.
– Descrição: Após a contação, as crianças podem desenhar a cena que mais gostaram da história.
– Instruções: Forneça folhas e giz de cera e incentive as crianças a desenhar. Peça para que cada uma compartilhe o que desenhou com os colegas.
– Materiais: Folhas de papel, giz de cera.
– Adaptação: Para crianças que ainda não possuem habilidades motoras desenvolvidas, a interação com materiais mais grossos é recomendada.
3. Jogo de perguntas e respostas (5 minutos)
– Objetivo: Testar a compreensão da história.
– Descrição: Fazer perguntas sobre a história e as crianças devem levantar a mão para responder.
– Instruções: Formule perguntas simples e diretas sobre a narrativa.
– Materiais: Nenhum. Apenas as crianças e o professor.
– Adaptação: Para crianças que não se sentirem à vontade para falar, ofereça a opção de sinalizar com gestos ou expressões.
Discussão em Grupo:
– Como podemos cuidar de nossos amigos, assim como Napoleão aprendeu na história?
– Alguém já passou por uma situação parecida? Como se sentiu?
– Por que é importante respeitar as diferenças entre as pessoas?
Perguntas:
– Quais sentimentos Napoleão teve nessa história?
– O que você faria se estivesse no lugar do Napoleão?
– Você já teve que lidar com uma situação de amizade? Como foi?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional. O professor deve observar a participação das crianças durante a contação e as interações realizadas nas atividades. A capacidade de expressar ideias e sentimentos também será levada em consideração, assim como o respeito e a empatia demonstrados nas discussões em grupo.
Encerramento:
Reunir as crianças para uma roda e convidá-las a compartilhar o que mais gostaram da história. Finalizar a atividade relembrando os principais ensinamentos sobre amizade e empatia trazidos pela narrativa.
Dicas:
– Utilize objetos que simbolizam a história para tornar a contação mais rica.
– Mantenha sempre um ambiente calmo e acolhedor para que as crianças se sintam à vontade para participar.
– Esteja aberto a conduzir a história de forma diferente, dependendo do interesse demonstrado pelas crianças.
Texto sobre o tema:
A contação de histórias é uma prática que vem se consolidando como uma estratégia eficaz na Educação Infantil, especialmente para crianças pequenas. A história “Mordida não Napoleão”, que ilustra desafios familiares e amizades, oferece um contexto rico para que as crianças explorem os sentimentos e a diversidade que existe nas relações interpessoais. É por meio de narrativas que as crianças podem não apenas se divertir, mas também refletir sobre suas ações e as dos outros.
Quando utilizamos fantoches, como no caso desta história, conseguimos trazer uma dimensao emocional que enriquece a experiência. Os pequenos se envolvem não apenas como ouvintes, mas como participantes ativos da narrativa. Essa prática é fundamental para o desenvolvimento da linguagem, pois instiga diálogos, fomenta a escuta atenta e permite que as crianças expressem suas opiniões de forma mais livre.
Além disso, a contação de histórias promove a convivência e a socialização entre as crianças. Ao compartilhar suas percepções e emoções sobre a história, elas aprendem a respeitar as diferentes opiniões dos colegas, reforçando valores como a empatia e a solidariedade. Ao abordar temas como a amizade e as diferenças, a história contribui para o desenvolvimento emocional e social das crianças, preparando-as para enfrentar desafios que encontrarão fora do ambiente escolar.
Desdobramentos do plano:
A contação da história pode ser desdobrada em várias outras atividades que ampliem o entendimento sobre temas centrais da narrativa. Por exemplo, é possível criar um espetáculo de fantoches onde outras histórias sejam abordadas, permitindo às crianças a oportunidade de ser não apenas ouvintes, mas também contadores de histórias. Isso reforça a autoconfiança e a expressão criativa, fundamental nesta faixa etária.
Além do mais, é interessante trabalhar com outras histórias que tenham personagens diversos. O objetivo é aumentar a consciência social dos alunos, demonstrando a importância do respeito às diferenças e a valorização da diversidade. Isso poderia ser implementado em atividades que envolvessem grupos de trabalho, promovendo assim a cooperação.
Finalmente, a elaboração de blocos de atividades que conectem literatura com a expressão artística é outra forma eficaz de consolidar o aprendizado. Os alunos teriam a oportunidade de desenhar, pintar e até criar seus próprios fantoches, fazendo com que a literatura se torne uma experiência viva, cheia de graça e movimento. Dessa forma, garantimos que a contação da história não seja um ponto final, mas sim um convite a um mundo de possibilidades para o desenvolvimento das crianças.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor esteja sempre aberto à espontaneidade que as crianças trazem para a atividade. Cada grupo tem suas particularidades e dinâmicas próprias, portanto, ao conduzir a contação, esteja atento às reações dos alunos, ajustando a narrativa e as atividades conforme necessário. Isso não apenas torna a experiência mais rica como também demonstra respeito às individualidades e ao ritmo de cada criança.
As transições entre as atividades também são fundamentais. Uma contação animada deve levar naturalmente a um momento de desenho ou de diálogo. Essa fluidez ajuda as crianças a compreenderem a sequência lógica das atividades e a importância de cada etapa do aprendizado. Ao estabelecer uma conexão entre a história, a arte e a socialização, contribuímos para a formação de um ambiente educacional mais harmonioso e divertido.
Por fim, o uso de recursos visuais e auditivos, como músicas e imagens, pode aumentar ainda mais o interesse das crianças. É vital estimular todos os sentidos durante a atividade, promovendo uma experiência de aprendizado envolvente e interativa. Esta abordagem não só facilita a absorção do conteúdo, mas também torna o momento da contação uma memória positiva na trajetória de aprendizado das crianças.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de fantoches (Nivel 1)
– Objetivo: Estimular a criatividade e dramatização.
– Materiais: Fantoches variados, um pano para a “cena”.
– Passo a passo: As crianças podem criar suas versões da história usando os fantoches. Auxilie-as na construção de um enredo simplificado baseado na história “Mordida não Napoleão”.
2. Caça ao tesouro de sentimentos (Nivel 2)
– Objetivo: Reconhecer e expressar emoções.
– Materiais: Cartões ilustrativos com diferentes expressões faciais.
– Passo a passo: Espalhe os cartões pela sala e peça para as crianças encontrarem e descreverem o que cada expressão representa.
3. Criação de músicas (Nivel 3)
– Objetivo: Fortalecer a linguagem e a inventividade.
– Materiais: Instrumentos musicais simples (como tambores ou chocalhos).
– Passo a passo: Proponha que as crianças criem uma música sobre a amizade de Napoleão com seus amigos, utilizando os instrumentos para ritmo.
4. Desenho coletivo (Nivel 4)
– Objetivo: Trabalhar a colaboração e o respeito.
– Materiais: Um grande papel e tintas.
– Passo a passo: Organize uma atividade onde as crianças desenham juntas o que mais gostaram da história, promovendo a troca de ideias e respeitando o espaço do outro.
5. Jogo de adivinhação (Nivel 5)
– Objetivo: Estimular a memória e a interpretação.
– Materiais: Fichas com informações sobre os personagens da história.
– Passo a passo: As crianças devem tirar uma ficha e dar dicas sobre quem é o personagem, os colegas devem descobrir de quem se trata.
Com essas sugestões, o aprendizado se torna mais divertido e as crianças passam a desenvolver múltiplas competências de forma integrada e lúdica.


