“Contação de Histórias: Aprendizado e Criatividade no 9º Ano”

A contação de histórias é uma prática rica em significados e aprendizado, que ultrapassa fronteiras culturais e temporais, promovendo uma conexão emocional e intelectual entre o narrador e o ouvinte. Este plano de aula, focado no 9º Ano do Ensino Fundamental, busca explorar essa prática de forma dinâmica e inovadora. Através da contação de histórias, os alunos terão a oportunidade de desenvolver habilidades linguísticas, criatividade e uma maior capacidade crítica em relação à narrativa.

Neste contexto, a contação de histórias não é apenas uma ferramenta de entretenimento, mas um meio eficiente de ensino que promove a reflexão sobre diferentes temas da vida. A prática de contar e ouvir histórias ajuda a construir empatia, ampliar o vocabulário e estimular a imaginação. Para os alunos de 14 anos, essa atividade pode ser uma forma de expressão onde cada um pode trazer suas experiências e perspectivas, criando um espaço colaborativo e inclusivo de aprendizado e reflexão.

Tema: Contação de Histórias
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a prática da contação de histórias como forma de desenvolver habilidades linguísticas e criativas, estimulando a reflexão e a empatia entre os alunos.

Objetivos Específicos:

1. Fomentar a capacidade de contar histórias de forma envolvente e criativa.
2. Desenvolver habilidades de escuta e empatia através da apreciação de narrativas.
3. Estimular o pensamento crítico sobre os temas abordados nas histórias contadas.
4. Utilizar elementos da linguagem para construir narrativas de forma estruturada.

Habilidades BNCC:

– (EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos.
– (EF09LP35) Criar contos ou crônicas (em especial, líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas de aventura e de ficção científica, dentre outros, com temáticas próprias ao gênero, usando os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos expressivos típicos dos gêneros narrativos pretendidos.
– (EF09LP34) Analisar a organização de texto dramático apresentado em teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que sustentam sua realização.

Materiais Necessários:

– Livros de histórias (diversos gêneros)
– Materiais para ilustração (papel, lápis, canetinhas)
– Projeção de vídeos curtos ou trechos de contação de histórias
– Fichas com temas propostos para criação de narrativas
– Espaço para apresentação das histórias

Situações Problema:

1. Como as histórias podem refletir a cultura e as experiências de vida?
2. De que forma podemos contar uma história que cative o nosso público?
3. Que elementos são essenciais para que uma narrativa seja eficaz e impactante?

Contextualização:

A contação de histórias é uma prática ancestral que ecoa em diversas culturas. Com o passar dos anos, essa prática tem se modernizado, mas mantém seu cerne: transmitir conhecimento, moral e entretenimento. Nos dias atuais, com a multiplicidade de mídias disponíveis, a prática da contação se tornou ainda mais acessível. A proposta aqui é fazer uma reflexão crítica sobre como as histórias moldam percepções e influenciam decisões e comportamentos.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos): Apresentar a atividade, contextualizando a importância da contação de histórias. Discutir brevemente com a turma o que cada um compreende por uma “boa história”.
2. Leitura de um conto (10 minutos): Escolher um conto interessante para ler em voz alta para a turma. Durante a leitura, incentivar os alunos a compartilharem suas percepções sobre a história, os personagens e o conflito apresentado.
3. Discussão em grupo (10 minutos): Dividir os alunos em pequenos grupos, e pedir que discutam as histórias que costumam ouvir ou ler. Cada grupo deverá listar os elementos que consideram importantes em uma narração: início, meio e fim, personagens, conflitos e moraleja.
4. Criação de histórias (15 minutos): Utilizando as fichas com os temas propostos, pedir que cada grupo crie sua própria história. O relato deve incluir personagem principal, ambiente, início de conflito, desenvolvimento e uma conclusão.
5. Apresentação das histórias (5 minutos): Cada grupo deverá escolher um representante para apresentar a sua narrativa, utilizando recursos de expressão (gestos, entonação, imagens).

Atividades sugeridas:

Dia 1 – Introdução à Contação de Histórias
Objetivo: Conhecer o conceito e a importância da narrativa.
Descrição: Leitura de um conto, discussão em grupos.
Materiais: Contos, papel e caneta para anotações.

Dia 2 – Elementos Narrativos
Objetivo: Identificar os elementos que compõem uma boa história.
Descrição: Dinâmica em grupo para listar componentes importantes.
Materiais: Quadro ou flip chart para anotações.

Dia 3 – Criação de Narrativas
Objetivo: Criar uma história em grupos utilizando um tema definido.
Descrição: Início da criação da narrativa coletiva.
Materiais: Fichas para orientação dos grupos.

Dia 4 – Desenvolvimento da História
Objetivo: Continuar o desenvolvimento da narrativa com mais detalhes.
Descrição: Adicionar diálogos e descrições.
Materiais: Materiais de desenho para ilustrar a história.

Dia 5 – Apresentação Final
Objetivo: Apresentar a narrativa criada para a turma.
Descrição: Apresentação oral com utilização de recursos visuais.
Materiais: Espaço para apresentação, materiais de apoio.

Discussão em Grupo:

– Como as histórias podem nos ensinar sobre diferentes culturas?
– O que nós aprendemos com as histórias que ouvimos?
– Que sentimento a história gerou em você e por quê?

Perguntas:

– Quais elementos são essenciais para que uma história seja interessante?
– Como as emoções das personagens afetam a narrativa?
– Você acredita que as histórias podem mudar a forma como vemos o mundo?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação do envolvimento dos alunos nas atividades propostas, sua participação nas discussões em grupo e a qualidade das narrativas apresentadas. Será importante também avaliar se os alunos compreenderam a estrutura da narrativa e como aplicaram isso nas suas histórias.

Encerramento:

Encerrar a aula com uma discussão sobre o que os alunos aprenderam ao longo da semana. pedir que cada um compartilhe um ponto que mais lhe chamou atenção e como isso poderá influenciar a forma como contarão ou ouvirão histórias no futuro.

Dicas:

– Estimule a criatividade ao incentivar os alunos a usarem elementos pessoais nas histórias.
– Proporcione um ambiente acolhedor e seguro para que todos se sintam à vontade para se expressar.
– Utilize recursos audiovisuais para enriquecer a experiência da contação de histórias, como vídeos curtos ou trechos de peças teatrais.

Texto sobre o tema:

A prática de contar histórias remonta às origens da humanidade. Desde tempos antigos, na convivência, o homem encontrou nas narrativas uma forma de transmitir conhecimentos, valores e tradições. A contação de histórias é um ato que vai além de simplesmente falar; é um rito social, uma maneira de unir as pessoas em torno de vivências e reflexões. Em várias culturas, histórias foram usadas para explicar fenômenos naturais, para transmitir regras de conduta e para entreter. O envolvimento do ouvinte é uma característica central da contação de histórias, pois o público não é apenas um receptor de informação; é também um co-participante ativo na construção do sentido da narrativa. Essa dinâmica pode reforçar laços comunitários e facilitar o aprendizado de maneira instintiva e emocional.

A narrativa, por sua vez, está imersa em contextos sociais e históricos que a moldam. Interpretar uma história pode revelar muito sobre as sociedades que a produzem, uma vez que cada enredo traz em si uma mensagem cultural que cabe ao ouvinte decifrar. Além disso, a conexão estabelecida entre narrador e ouvinte, desencadeia emoções que podem enriquecer a experiência de ambos e moldar a percepção de valores e realidades. Por meio da contação de histórias, podemos explorar não apenas a forma como nos comunicamos, mas também as diversas influências que afetam nosso comportamento e nossas relações.

A contação de histórias também tem um espaço nobre na educação, sendo uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de habilidades linguísticas e sociais. Por meio dela, os estudantes têm a oportunidade de aprimorar a imaginação, a empatia e a capacidade crítica. Ao ouvirem ou contarem histórias, eles não apenas exercitam sua criatividade mas também expandem seu vocabulário e compreendem melhor a estrutura da linguagem e da narrativa. Adicionalmente, ao trabalhar com diferentes estilos e tipos de histórias, os alunos aprendem sobre diversidade cultural, aprendendo assim a respeitar e valorar as diferentes perspectivas que existem ao redor do mundo.

Desdobramentos do plano:

Ao final da semana de atividades, os alunos terão explorado a contação de histórias sob diversas perspectivas. Em primeiro lugar, eles terão compreendido a importância de uma narrativa bem estruturada e criativa, que envolve não só a escrita, mas também a oralidade e a expressão corporal. Essa experiência poderá ser transformadora, já que muitos alunos poderão descobrir um novo talento ou paixão pela arte de contar e criar histórias, o que pode levá-los a uma nova forma de se expressar.

Em segundo lugar, o plano oferece uma oportunidade incrível para trabalhar a empatia. As histórias contadas e ouvidas têm o poder de transportar o aluno para mundos diferentes, ajudando-os a compreender vidas e experiências que não são suas, mas que podem ser igualmente válidas e importantes. Por meio da análise das narrativas, os estudantes se deparam com problemáticas sociais e pessoais, permitindo que desenvolvam uma visão crítica sobre diferentes realidades sociais e culturais.

Por fim, como um desdobramento adicional, a prática da contação de histórias pode ser implementada em outros episódios ao longo do ano letivo, podendo cada vez mais aumentar a interação e o envolvimento dos alunos. Promover concursos de contação de histórias, criar um “clube da leitura” onde os alunos podem compartilhar suas histórias preferidas ou produções próprias, ou até mesmo realizar apresentações para a comunidade escolar. As histórias podem unir as pessoas, e histórias bem contadas podem deixar uma marca indelével não somente na mente de quem escuta, mas também na cultura escolar.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor esteja aberto a novas abordagens e formatos na hora de trabalhar a contação de histórias. Isso implica em criar um ambiente de respeito e valorização das vozes de todos os alunos, permitindo que cada um possa trazer suas experiências e as moldar em histórias que ecoem com os desafios e aprendizados de suas vidas. O professor deve ser um mediador que inspire confiança, um narrador entusiasta que utilize a entonação e a expressividade como ferramentas para trazer vida às narrativas, tornando assim o aprendizado mais significativo.

Outro ponto crucial é a análise crítica das histórias, que não deve ser negligenciada. Ao discutir não apenas a história em si, mas também seu contexto cultural, social e histórico, os alunos começarão a perceber a importância das múltiplas perspectivas que existem ao nosso redor. Isso gerará um espaço para debates enriquecedores, onde todos poderão expressar suas opiniões e reflexões sobre as realidades abordadas nas narrativas.

Ao final do projeto, é recomendável que o professor faça uma reflexão sobre as atividades e o que poderia ser aprimorado na próxima vez. O feedback dos alunos é essencial para moldar futuras experiências e deve ser coletado de forma que se sintam confortável em compartilhar suas opiniões. Um espaço de autocrítica e revisão do que foi feito permitirá que a prática da contação de histórias se torne uma constante no aprendizado e nas relações interpessoais na escola, contribuindo assim para um ambiente escolar mais acolhedor e interativo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Utilize fantoches para encenar histórias em grupo. As crianças podem criar suas próprias narrativas, criando personagens e enredos, promovendo o envolvimento na contação de histórias de forma divertida.
Objetivo: Desenvolver a criatividade e o trabalho em equipe.
Materiais: Fantoches, caixa de cenário.
Adaptação: Alunos que não se sentem confortáveis em frente a plateia podem atuar como narradores e realizar os fantoches!

2. Contação de Histórias em Quadrinhos: Peça aos alunos que transformem suas histórias criadas em quadrinhos. Promova um concurso de histórias em quadrinhos no final do mês.
Objetivo: Fomentar a escrita e o pensamento visual.
Materiais: Papel, canetinhas, revistas para recorte.
Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, disponibilize tecnologia como tablets ou aplicativos de criação digital.

3. Roda de Contação de Histórias: Organize um círculo onde cada aluno deve contar uma parte da história, continuando de onde o anterior parou. Isso promove a escuta ativa e criatividade em conjunto.
Objetivo: Estimular a escuta e a colaboração.
Materiais: Um objeto que passe de mão em mão (ex: bola).
Adaptação: Para alunos tímidos, permitir que eles escolham um tema previamente e as histórias possam ser mais curtas.

4. Caixinha de Histórias Aleatórias: Crie uma caixinha com palavras, personagens, cenários e objetos que serão utilizados nas histórias. Os alunos devem pegar aleatoriamente e construir suas narrativas.
Objetivo: Trabalhar a improvisação e a criatividade.
Materiais: Cartões com palavras/elementos da história.
Adaptação: Oferecer exemplos ou sugestões baseadas nas palavras retiradas.

5. Noite de Histórias: Promova um evento onde os alunos convidam seus pais, amigos e familiares para uma noite de contação de histórias. Eles podem apresentar seus próprios contos ou até reencontrar a história tradicional.
Objetivo: Consolidação da prática e interação com a comunidade.
Materiais: Um espaço confortável (auditório ou sala ampla) com cadeiras e luz baixa.
Adaptação: Pode haver um mix de histórias contadas por alunos e professores favoritos, permitindo uma variedade de experiências.

Com essas atividades e reflexões, espera-se que a prática da contação de histórias se torne uma rica fonte de aprendizado e crescimento para todos os alunos.

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