“Contação de História: Aprendizado Lúdico com João e o Pé de Feijão”
A contação de história é uma atividade essencial no desenvolvimento das crianças na Educação Infantil, especialmente para crianças com idades entre 4 e 5 anos. Por meio da narração de contos, como “João e o Pé de Feijão”, é possível estimular a imaginação e a criatividade dos pequenos, além de promover habilidades sociais, como a empatia e a comunicação. Este plano de aula foca em envolver as crianças em uma experiência emocionante, que não só recontará a história, mas também proporcionará atividades lúdicas e interativas, fundamentais para esta faixa etária.
Neste plano de aula, os educadores serão guiados a criar um ambiente acolhedor e instigante, onde as crianças poderão expressar suas ideias e sentimentos sobre a história. As atividades propostas são dinâmicas e adaptáveis, garantindo que todos os alunos, independentemente de suas habilidades, possam participar e se divertirem enquanto aprendem.
Tema: Contação de História
Duração: 45 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 anos e 5 anos
Objetivo Geral:
Fomentar o interesse pela leitura e contação de histórias, desenvolvendo habilidades de escuta, fala e imaginação através da narrativa do conto “João e o Pé de Feijão”.
Objetivos Específicos:
– Promover a expressão oral das crianças ao recontar a história.
– Estimular a cooperatividade e o respeito às diferenças durante atividades em grupo.
– Criar um espaço para que as crianças possam expressar suas emoções e sentimentos relacionados à narrativa.
– Desenvolver a capacidade de imaginação e criatividade através de atividades artísticas.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”:
– (EI03EF04) Recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a estrutura da história.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Livro “João e o Pé de Feijão” (ou adaptação feita pelo professor).
– Materiais de artes (papéis coloridos, tesoura, cola, lápis de cor).
– Fantoches ou bonecos para encenação.
– Espaço livre para movimentação e expressão corporal.
Situações Problema:
– Como João se sentiu ao encontrar o pé de feijão e o que você faria em seu lugar?
– Quais emoções os personagens da história trazem? Como podemos ser amigos do gigante?
Contextualização:
A história de “João e o Pé de Feijão” tem como centro a imaginação de uma criança que, em busca de aventuras, planta feijões mágicos que a levam a um mundo extraordinário. É uma narrativa que toca em temas de coragem, amizade, e a importância de acreditar em si mesmo. Isso se torna uma base perfeita para trabalharmos questões emocionais e de socialização, desenvolvendo o respeito e a empatia entre as crianças.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula apresentando o livro “João e o Pé de Feijão”. Após a leitura, as crianças serão convidadas a refletir sobre os sentimentos dos personagens e discutir suas impressões. O professor deverá encorajar a participação de todos, promovendo um espaço seguro para que cada um expresse suas ideias.
Atividades sugeridas:
1. Atividade 1: Recontando a História
– Objetivo: Desenvolver a capacidade de expressão oral.
– Descrição: Após a leitura da história, as crianças serão divididas em pequenos grupos e deverão recontar a história com suas próprias palavras.
– Materiais: Livro, espaço tranquilo para grupos.
– Instruções: O educador deverá orientar que cada grupo escolha um “narrador” e que os outros dois colegas façam sons ou gestos que representem os momentos da história.
– Adaptação: Para crianças que apresentam dificuldades de fala, peças de fantoches podem ser utilizadas para tornar a atividade mais acessível.
2. Atividade 2: Mapa da História
– Objetivo: Desenvolver a criatividade e a compreensão espacial.
– Descrição: Cada criança irá fazer um desenho que represente uma cena da história.
– Materiais: Papéis, lápis de cor, canetinhas.
– Instruções: Enquanto as crianças desenham, o educador deve circular e conversar sobre a cena que cada um escolheu para desenhar.
– Adaptação: Para crianças que têm mais dificuldade, o educador pode oferecer figuras para que elas montem a cena.
3. Atividade 3: Dança dos Personagens
– Objetivo: Fazer uso do corpo como forma de expressão.
– Descrição: As crianças irão escolher um personagem da história e criar uma dança que represente esse personagem, como o gigante ou João.
– Materiais: Música animada, espaço livre.
– Instruções: Após um momento de preparação, os alunos se apresentarão para a turma.
– Adaptação: Crianças que tenham dificuldade em se mover podem participar com expressões faciais e sons.
4. Atividade 4: Criando seus próprios Feijões Mágicos
– Objetivo: Estimular a criatividade com materiais diversos.
– Descrição: As crianças criarão seus próprios feijões com materiais artísticos, como papel e canetas.
– Materiais: Materiais diversos de arte.
– Instruções: Cada criança deve fazer uma apresentação sobre o feijão que criou e o que ele faz de especial.
– Adaptação: Propor a produção em duplas para facilitar a proposta.
5. Atividade 5: Jogo de Empatia
– Objetivo: Desenvolver a empatia através da interação.
– Descrição: Cada criança deve escolher um personagem da história e compartilhar como o personagem poderia se sentir em determinada situação.
– Materiais: Nenhum material específico, apenas um espaço para conversar.
– Instruções: O educador fará perguntas para guiar a reflexão sobre os sentimentos dos personagens.
– Adaptação: Às crianças mais tímidas, poderá ser oferecido um espaço maior de escuta, onde elas poderão compartilhar.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, será promovida uma discussão em grupo onde as crianças poderão partilhar o que aprenderam com a história e as atividades. Os questionamentos podem ser guiados para ajudar as crianças a refletirem sobre a empatia e as emoções dos personagens.
Perguntas:
– Como você se sentiria se tivesse encontrado um pé de feijão mágico?
– O que João poderia ter feito de diferente em algumas partes da história?
– Você tem alguma história parecida com a do João?
Avaliação:
A avaliação será contínua e qualitativa, observando a participação das crianças nas atividades, a demonstração de compreensão da história e a habilidade de cooperar e compartilhar ideias com os colegas. O professor deverá anotar impressões sobre o engajamento, desenvoltura e criatividade.
Encerramento:
Para encerrar a aula, uma roda de conversa pode ser realizada para que as crianças compartilhem o que mais gostaram de fazer. O educador também pode relembrar os sentimentos abordados durante a narrativa e reforçar a importância de respeitar as emoções dos outros.
Dicas:
– Mantenha um ambiente acolhedor e respeitoso, incentivando cada criança a expressar suas emoções.
– Use um tom de voz envolvente durante a leitura da história para capturar a atenção dos alunos.
– Esteja atento ao timing das atividades, garantindo que as crianças tenham tempo suficiente para se envolver e se divertir.
Texto sobre o tema:
A contação de histórias é uma prática ancestral que tem sido utilizada por diversas culturas ao longo da história da humanidade. Ela serve como uma ferramenta poderosa de aprendizado, pois permite que as crianças não só escutem, mas também se envolvam ativamente na narrativa. Quando um educador conta uma história, ele não apenas apresenta um enredo, mas também abre um espaço de reflexão e diálogo que facilita a compreensão de valores e sentimentos. Por meio de histórias como “João e o Pé de Feijão”, as crianças têm a oportunidade de vivenciar sentimentos de coragem, aventura e até mesmo medo, o que é fundamental para o crescimento emocional.
Os benefícios da contação de histórias para crianças são imensos, pois promovem a ampliação do vocabulário, do imaginário e da capacidade de escuta. Além disso, o envolvimento em atividades práticas que seguem a narração, como as artes e expressões corporais, ajudam a reforçar a mensagem e o aprendizado sobre o enredo. Em “João e o Pé de Feijão”, temos um clássico que, ao mesmo tempo, ensina importantes lições sobre confiança em si mesmo e a superação de desafios. Cada elemento da história, desde o feijão que cresce até o céu até os protagonistas e antagonistas, traz um aspecto lúdico que cativa as crianças e as estimula a pensar criticamente sobre suas próprias vidas e relações.
Dessa forma, inserir práticas como a contação de histórias na rotina das crianças pequenas não apenas contribui de maneira significativa para a formação de leitores, mas também fortalece a construção de relações interpessoais saudáveis. O contato com diferentes narrativas expõe as crianças a diversas perspectivas do mundo, ensinando-as a respeitar e valorizar as diferenças. Este respeito, por sua vez, é uma das bases da convivência pacífica e colaborativa que se espera nas sociedades do futuro. Portanto, investir em contação de histórias é mais que um momento divertido; é plantar sementes que ajudarão a formar cidadãos mais conscientes e empáticos.
Desdobramentos do plano:
Ao trabalhar a contação de histórias em sala de aula, especialmente com uma narrativa rica como a de “João e o Pé de Feijão”, os desdobramentos podem ser amplos e significativos. Primeiramente, é possível observar um crescimento na inclusão de diversas atividades interdisciplinares, onde se pode criar ligações com a Educação Artística, promovendo o desenvolvimento da criatividade. As crianças podem, por exemplo, criar seus próprios livros após experimentar a narração; isso não só eleva a autoestima como também incentiva a produção textual desde os primeiros anos de escolaridade. A introdução de elementos visuais e sons que enriqueçam a narrativa também atraí mais os pequenos, permitindo uma aprendizagem mais eficaz e atrativa.
Além disso, a reflexão sobre os sentimentos e as emoções presentes na história abre portas para o desenvolvimento de práticas socioemocionais, fundamentais na formação integral da criança. Através de debates sobre o que cada personagem sente, as crianças se tornam mais conscientes de suas emoções e começam a desenvolver a habilidade de empatia. Isso vai muito além da simples explicação de sentimentos; é uma prática que as ensina a perceber que outras pessoas podem sentir de maneiras diferentes, um passo importante para a convivência social e a formação de relacionamentos saudáveis e respeitosos.
Por último, as interações sociais que emergem das atividades propostas criam um ambiente de aprendizagem colaborativa. As crianças que participam ativamente de discussões e atividades em grupo aprendem a respeitar o espaço do outro, a conduzir conflitos de forma pacífica e a trabalhar juntos em prol de um objetivo comum. Essas habilidades sociais são cada vez mais valiosas no mundo atual, onde a capacidade de colaboração é um dos principais ativos em diversas áreas, desde o espaço acadêmico até o mercado de trabalho. Assim, o plano de aula se torna não apenas um momento de aprendizado sobre uma história, mas também uma oportunidade de formar cidadãos mais empáticos e colaborativos.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que o educador esteja preparado para a flexibilidade durante a execução deste plano de aula, levando em consideração a dinâmica de cada grupo e as individualidades dos alunos. A contação de histórias deve ser uma experiência envolvente e prazerosa, não apenas uma atividade a ser cumprida. Para promover um ambiente seguro, encoraje a participação de todos, criando espaços onde cada criança se sinta à vontade para compartilhar suas opiniões e sentimentos. O uso de materiais visuais e sonoros pode facilitar a conexão dos alunos com a narrativa, tornando a experiência mais rica e memorável.
Além disso, o educador deve observar o interesse das crianças ao longo da aula e estar atento às reações e sentimentos que elas expressam. Quanto mais os alunos se sentirem envolvidos, maior será a chance deles internalizarem a mensagem da história e as habilidades que estão sendo trabalhadas. Ao final das atividades, é importante revisar os principais pontos discutidos e relembrar as aprendizagens conquistadas, garantindo que as crianças saiam da aula com uma sensação de realização e curiosidade para novas histórias.
Por fim, encoraje a continuidade da leitura e da narrativa em casa, estimulando as famílias a compartilharem momentos de contação de histórias. Isso não apenas fortalecerá o vínculo entre os alunos e seus familiares, mas também servirá para reforçar os conhecimentos adquiridos durante as atividades em sala de aula. Mostrar as infinitas possibilidades que a literatura oferece pode ser a chave para desenvolver o amor pelo aprendizado e uma trajetória educacional rica e feliz.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatrinho de Fantoches: Crie um pequeno teatrinho na sala de aula com fantoches que representem os personagens de “João e o Pé de Feijão”. Ao final da leitura, as crianças poderão recriar a história usando os fantoches e encenando partes dela. Isso estimula a expressão corporal e a imaginação.
2. Apresentação Musical: Crie músicas ou cantigas que remetam a partes da história. As crianças podem cantar e dançar, inserindo formas de interpretação que ligam o aprendizado musical à narrativa, promovendo a linguagem oral e a expressão artística.
3. Caça ao Tesouro: Disponibilize pistas em sala que levem as crianças a objetos relacionados à história. Cada pista pode exigir que um sentimento ou uma ação do personagem seja discutido, promovendo habilidades de colaboração e empatia.
4. Mini-Jardim de Feijões: Para trabalhar com ciências, as crianças podem plantar feijões em pequenos copos plásticos e acompanhar seu crescimento. Este atividade relaciona a contação do conto ao desenvolvimento de respeito pela natureza e a observação e registro dos resultados.
5. Livrinho de Emoções: Após a aula, as crianças podem fazer um livrinho onde desenharão como cada personagem se sentiu em momentos importantes da história. Isso ensina a reconhecimento de emoções e estimula habilidades de autoexpressão e narrativa.
Essas sugestões lúdicas, adaptadas para diferentes perfis e idades dentro da faixa etária de 4 a 5 anos, tornam o aprendizado sobre a história “João e o Pé de Feijão” uma experiência divertida e profundamente educativa.