“Conservação de Quantidades: Atividades Interativas para o 1º Ano”

Este plano de aula tem como foco principal a temática de concluir que a mesma quantidade, organizada de forma diferente, conserva o mesmo número. O objetivo é que os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental compreendam que a quantidade de objetos não muda mesmo que sua disposição seja alterada. Isso é fundamental para o desenvolvimento do pensamento matemático inicial, já que estabelece as bases para contagem, comparação e compreensão de setas e suas representações em situações do dia a dia. A atividade será interativa e utilizará diferentes estratégias para garantir que todos os alunos possam participar e aprender de forma efetiva.

Tema: Conservação de Quantidades
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Promover a compreensão de que a quantidade de objetos permanece a mesma mesmo com diferentes organizações e arranjos destes objetos, utilizando atividades práticas e visuais que estimulem o raciocínio lógico-matemático dos alunos.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Identificar e comparar quantidades de objetos em diferentes arranjos.
Registrar por meio de desenhos ou palavras a relação entre as quantidades e suas disposições.
Desenvolver a capacidade de argumentar sobre a conservação de quantidade.
Utilizar materiais manipulativos para explorar a noção de quantidade e organização.

Habilidades BNCC:

– (EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos) para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”.
– (EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse.
– (EF01MA10) Descrever, após o reconhecimento e a explicitação de um padrão (ou regularidade), os elementos ausentes em sequências recursivas de números naturais, objetos ou figuras.

Materiais Necessários:

– Objetos diversos para contagem (botões, pedras, blocos de montar).
– Papel e lápis para registro das atividades.
– Quadro branco e marcadores coloridos.
– Materiais de desenho (tinta, pincel, papel).

Situações Problema:

Durante a aula, serão apresentadas situações que convidem os alunos a refletir sobre as quantidades de objetos. Por exemplo: “Se tenho 5 botões e coloco 3 de um jeito e 2 de outro, a quantidade total mudou?” Isso incitará a curiosidade e estimulará a argumentação em sala.

Contextualização:

Iniciar a aula com uma conversa sobre o que os alunos entendem por quantidade e como organizá-la. Perguntar sobre as diferentes maneiras que eles já viram objetos dispostos (em filas, empilhados, espalhados) e como isso influencia a forma que vemos ou contamos esses objetos. Desta forma, os alunos se sentirão parte da discussão e se engajarão ativamente.

Desenvolvimento:

A aula se dividirá em 5 etapas:

1. Introdução (10 minutos): Apresentar exemplos com objetos reais. Mostrar um conjunto de cinco botões em um espaço reto e depois agrupá-los em uma bola. Perguntar aos alunos se eles acham que a quantidade mudou.

2. Exploração (15 minutos): Dividir a turma em grupos e fornecer a cada grupo um conjunto de objetos. Pedir que eles contem, reorganizem e apresentem as novas disposições aos colegas, explicando que a quantidade não mudou.

3. Registro (10 minutos): Após a apresentação, pedir que os alunos desenhem as diferentes disposições dos objetos e à sua quantidade, escrevendo ao lado quantos são, reforçando a ideia do que permanece a mesma.

4. Discussão (10 minutos): Reunir a turma para discutir as respostas. Incentivar que compartilhem como se sentiram ao mudar a forma de organização e como isso impactou a percepção da quantidade.

5. Encerramento (5 minutos): Finalizar a atividade com uma breve revisão sobre a conservação de quantidades. Perguntar se todos se sentiram confortáveis com a ideia de que a quantidade permanece a mesma independentemente da disposição.

Atividades sugeridas:

1. Contagem de Objetos: Utilizar diferentes objetos para contar e comparar, tendo como objetivo a prática de contagem e percepção de diferentes disposições. Materiais: Botões, pedras, etc. Professores podem adaptar a contagem usando objetos que os alunos trazem de casa.

2. Organização criativa: Usar materiais como lego ou blocos de madeira, para que os alunos criem estruturas e, em seguida, reorganizá-las. O foco aqui é explorar diferentes formas de agrupar. Materiais: Blocos de montar. Adaptar a atividade propõe diferentes alturas, criando uma relação entre a organização visual e a numeração.

3. Jogo de perguntas e respostas: Após as atividades práticas, o professor pode fazer perguntas, como “Se eu tenho 7 maçãs dispostas em boleiras diferentes, qual é a quantidade total?” Assim instigamos debate e raciocínio lógico.

Discussão em Grupo:

Gerar um ambiente de diálogo onde os alunos possam expressar suas emoções sobre as atividades, abordando suas hipóteses e conclusões sobre a natureza da contagem e conservação de quantidades. A prática de dialogar em grupo sobre o que aprenderam reforça a aprendizagem social e a mudança de perspectivas.

Perguntas:

1. O que acontece se eu mudar a forma como organizo os meus brinquedos?
2. Se eu tenho 10 lápis e faço dois montes, ainda tenho 10 lápis? Como sabemos?
3. Por que é importante entender que a quantidade não muda quando mudamos a maneira de arranjo?

Avaliação:

Avaliar a participação dos alunos, o entendimento demonstrado durante as atividades em grupo, e a capacidade de expressar suas ideias de forma clara. Poder ser feita uma autoavaliação onde as crianças podem escrever ou desenhar sobre o que aprenderam. Isso ajuda a fixação do conteúdo e ao mesmo tempo promove a expressão individual.

Encerramento:

Finalizar a aula promovendo a reflexão sobre o aprendizado. Reiterar a importância da conservação das quantidades e como isso poderá ser importante em situações do dia a dia, como na hora de dividir ou organizar coisas em casa ou na escola. Encorajar a continuidade das experiências em casa, solicitando que observem como a disposição dos objetos ocorre no cotidiano deles.

Dicas:

Utilizar um ambiente descontraído e aberto ao erro. Incorporar a ludicidade nas atividades, permitindo que os alunos explorem sem medo de errar. Estimular a curiosidade e trazer os alunos para o centro do aprendizado, fazendo perguntas que instiguem suas mentes e não tornando a aula um momento apenas de repetições sobre conteúdos já vistos.

Texto sobre o tema:

A noção de que a quantidade se mantém, independentemente do arranjo, é fundamental no entendimento inicial da matemática pelos alunos. O conceito de conservação de quantidades ajuda as crianças a desenvolverem um pensamento crítico ao considerar diferentes formas de análise de um conjunto de objetos. Essa habilidade não se limita apenas a matemática, mas também se expande para áreas como Ciências ao observar as propriedades de diferentes materiais e como podem ser agrupados ou desmembrados em quantidades. O desenvolvimento do raciocínio lógico, assim como a compreensão de como diferentes contextos podem fazer uma diferença nas percepções, é uma parte essencial do aprendizado infantil. Promover essas experiências práticas em sala de aula, aliadas a reflexão, traz não apenas um entendimento mais profundo do assunto, mas também melhora as habilidades sociais e de comunicação entre os alunos.

Desdobramentos do plano:

A continuidade das experiências deve ser incentivada em outras áreas da matemática, expandindo o debate para questões como adição e subtração, onde a compreensão de que somar ou subtrair não altera a configuração da totalidade é frequentemente observado. Por exemplo, ao discutir a adição, podemos explorar como adicionar mais elementos a uma coleção influencia também a disposição. Isso introduz o conceito de que a matemática é mais do que apenas números, é uma forma de visualizar e entender o mundo.

Além disso, o conceito de conservação de quantidades pode ser aplicado em jogos de tabuleiro e brincadeiras tradicionais onde a contagem e a percepção de quantidades se tornam jogos que envolvem mais que apenas a matemática, mas também são momentos sociais que fortalecem laços e aprendizado conjunto. As atividades que envolvem artes e ciências também podem ser relacionadas, onde o conceito de quantidades é parte essencial de montagens e obras criativas, além de poder ser transferido para contextos da vida real.

As reflexões sobre a prática de organizar e desorganizar também podem ser um argumento sólido no desenvolvimento da responsabilidade social e ética diante das práticas cotidianas, onde a promoção da ordem e organização deve ser uma tarefa coletiva, mesmo que em ambientes simples como a sala de aula ou em casa.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula é uma oportunidade não apenas para ensinar um conceito matemático, mas também para cultivar o amor pela aprendizagem ativa e participação dos alunos. Como educadores, é vital modelar comportamentos de respeito e valorização das contribuições de todos os alunos, permitindo um ambiente onde todos se sintam seguros e à vontade para se expressar. A inclusão de experiências práticas que envolvem todos os alunos assegura que o conceito de conservação de quantidades será realmente utilizado em diferentes contextos, não apenas por meio da matemática, mas também nas interações sociais e autorização para aprendizados independentes.

Além disso, utilizar elementos que chamem a atenção dos alunos, como jogos e histórias que envolvem a temática da organização de objetos, criará uma relação mais próxima com o conteúdo, garantindo que a interpretação e compreensão se mantenham vivas e que as crianças possam recordar de forma lúdica o que aprenderam. A interação entre as disciplinas pode trazer uma visão integrada das aprendizagens, mostrando que matemática está presente em nosso cotidiano de muitas maneiras, não apenas em exercícios conduzidos em sala de aula.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Contagem em Movimento: Criar um “circuito” na sala de aula onde os alunos possam espalhar 10 objetos e contar quantas jogaram para cada estação. A ideia é que, dependendo do movimento e arranjo, eles percebam a quantidade em mudança. Materiais: Objetos coloridos e marcadores.

2. Jogo do Mímico: Em pequenos grupos, os alunos deverão colocar em mímica um número que estabelece quantidades e então os outros deverão adivinhar e apresentar essa quantidade na disposição que acharem melhor. Materiais: Lousa e espaço livre para movimentação.

3. Caminhando por Números: Utilizar adesivos no chão para numerar e ao passo os alunos terão que contar e organizar os números em crescente ou decrescente, essa atividade ativa inclui o conceito de organização em um contexto de movimento físico. Materiais: Adesivos numerados e espaço disponível.

4. Caça ao Tesouro: Durante esta atividade as crianças vão atrás de objetos em sala que são contados por etapas de 5 em 5, tendo que se organizar a cada vez que formarem novos grupos de objetos. Materiais: Caixa com objetos diferentes.

5. Arte em Grupo: Propor que com um grupo de colegas eles desenhem os arranjos de diferentes formas para uma mesma quantidade. Cada grupo ficará responsável por criar um desenho em que a quantidade fique clara. Materiais: Papéis coloridos, canetinhas e lápis.

Este plano é um guia enriquecedor, e o professor deve adaptá-lo conforme a dinâmica da turma e o contexto em que estão inseridos.

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