“Comparando Brincadeiras: Do Passado ao Presente na Educação”

A proposta deste plano de aula é comparar as características dos jogos e brincadeiras antigas com os atuais, proporcionando aos alunos a oportunidade de explorar as transformações nas dinâmicas de lazer ao longo dos anos. Ao promover essa comparação, as crianças serão envolvidas em um processo de descoberta e reflexão sobre o que une e distingue as diversões contemporâneas das tradicionais. Essa experiência não apenas enriquece o conhecimento dos alunos sobre a cultura e a história, mas também os incentiva a valorizarem as tradições e inovações na maneira de brincar.

Por meio dessa atividade, os alunos poderão utilizar a observação, o diálogo e a comparação como ferramentas essenciais para refletirem sobre as mudanças culturais e sociais que influenciam os modos de brincar. Além disso, o plano busca estimular a criatividade, o trabalho em equipe e o respeito às diferenças, elementos fundamentais no processo de aprendizado dos estudantes.

Tema: Comparar as características dos jogos e brincadeiras antigas com os atuais
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos a oportunidade de comparar e refletir sobre as características dos jogos e brincadeiras do passado e do presente, promovendo a construção do conhecimento cultural e social.

Objetivos Específicos:

– Identificar e descrever jogos e brincadeiras que faziam parte da infância de seus pais e avós.
– Compreender e analisar as semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras antigos e atuais.
– Incentivar a criação de jogos e brincadeiras que possam unir elementos de diferentes épocas.
– Estimular o trabalho em equipe e a comunicação entre os alunos.

Habilidades BNCC:

– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
– (EF01GE02) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares.
– (EF12EF04) Colaborar na proposição de alternativas para a prática de jogos e brincadeiras em diferentes momentos e espaços.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel em branco
– Canetinhas ou lápis de cor
– Recursos audiovisuais (tablet, computador ou televisão) para exibir vídeos de jogos antigos e atuais
– Brinquedos e jogos variados (ex: peteca, corda, bola, jogos de tabuleiro)

Situações Problema:

– Quais eram os jogos e brincadeiras que nossos avós e pais costumavam brincar?
– Como os jogos de hoje são diferentes dos de antes?
– O que podemos aprender com esses jogos antigos?

Contextualização:

Iniciar a aula contextualizando as crianças sobre a importância das brincadeiras na vida social e cultural. Explicar que jogos e brincadeiras não são apenas uma forma de entretenimento, mas também são ricos em ensinamentos, servindo como um meio de interação e aprendizado sobre a vida, sociabilidade e cultura.

Desenvolvimento:

1. Introdução: Comece a aula com uma roda de conversa. Pergunte aos alunos se conhecem algum jogo que seus pais ou avós costumavam brincar. Peça para que compartilhem essas experiências, incentivando que falem sobre como eram esses momentos.

2. Apresentação de Vídeos: Mostre clipes curtos que apresentem jogos antigos, como brincadeiras de roda, esconde-esconde, entre outros, e compare-os com vídeos de jogos modernos. Peça aos alunos que falem sobre suas impressões a respeito dos dois tipos de jogos.

3. Atividade de Criação: Depois da discussão, divida a turma em pequenos grupos e forneça papel e canetinhas. Peça que cada grupo crie um novo jogo que possa incorporar elementos de brincadeiras antigas e atuais, explicando as regras e o que o torna especial.

4. Apresentação dos Grupos: Cada grupo deverá apresentar o seu jogo para a turma, explicando as regras e demonstrando como jogar.

5. Reflexão e Conclusão: Finalize a aula com uma conversa sobre o que aprenderam com a atividade. Pergunte sobre qual jogo eles gostaram mais e por quê, e o que foi mais interessante na comparação entre os jogos antigos e os atuais.

Atividades sugeridas:

Atividade 1 – Conhecendo os Jogos de Antigamente:
Objetivo: Identificar jogos antigos.
Descrição: Os alunos poderão entrevistar familiares sobre jogos que jogavam quando eram crianças.
Instruções: Cada aluno deverá listar os jogos mencionados durante a entrevista. No dia seguinte, cada um traz suas anotações para a aula.
Materiais: Folhas de papel para anotações.

Atividade 2 – Comparação Visual
Objetivo: Comparar jogos através de imagens.
Descrição: Mostrar imagens de jogos antigos e modernos e pedir aos alunos que desenhem suas interpretações de como esses jogos funcionam.
Instruções: Em sala, discutir as características de cada jogo.
Materiais: Imagens impressas, folhas de papel e lápis.

Atividade 3 – Jogo Coletivo
Objetivo: Brincar em equipe.
Descrição: Organizar uma sessão de jogos com brincadeiras antigas como “queimada” e “pique-esconde”.
Instruções: Explicar as regras antes de iniciar e, quando possível, apresentar uma versão atualizada do jogo.
Materiais: Bolas e cordas.

Atividade 4 – Criação do Jogo:
Objetivo: Criar um jogo original.
Descrição: Com a equipe, os alunos desenvolverão um novo jogo que tenha características de jogos antigos e modernos.
Instruções: Depois de elaborarem as regras, cada grupo apresentará para a turma.
Materiais: Folhas, canetas e materiais encontrados na sala de aula.

Atividade 5 – Roda de História:
Objetivo: Contar histórias de brincadeiras.
Descrição: Sentar todos em uma roda e cada um contar uma breve história sobre seu jogo favorito.
Instruções: Incentivar que falem sobre o que aprenderam com o jogo e como seu uso se transformou nos dias atuais.
Materiais: Não se aplica.

Discussão em Grupo:

Promova uma discussão onde os alunos possam expressar suas opiniões sobre a importância dos jogos e brincadeiras em suas vidas. Pergunte sobre como eles se sentem ao brincar com jogos que não pertencem à sua geração e se isso altera a forma como costumam brincar.

Perguntas:

– Quais são as brincadeiras que você mais gosta?
– Você conhece algumas brincadeiras que seus pais ou avós costumavam jogar?
– O que você acha que mudou nas brincadeiras ao longo do tempo?
– Por que é importante conhecer jogos de outras épocas?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua, considerando a participação dos alunos nas atividades, o interesse demonstrado nas discussões e a criatividade nas propostas de novos jogos.

Encerramento:

Ao final, estimule os alunos a continuar explorando as brincadeiras e jogos de diferentes épocas, despertando a curiosidade sobre a cultura lúdica e sua importância para a formação cultural e social.

Dicas:

– Utilize músicas de diferentes épocas que combinam com as brincadeiras.
– Fomente um ambiente de respeito e empatia durante a troca de experiências sobre os jogos.
– Se possível, promova um dia de jogos na escola, onde todos possam praticar brincadeiras antigas e modernas.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras e jogos sempre desempenharam um papel crucial na vivência humana, atravessando gerações e se adaptando às novas realidades sociais e culturais. Antigamente, as brincadeiras eram muito influenciadas pelo ambiente ao redor, e muitas vezes, os jogos eram simples e exigiam apenas criatividade e interação entre amigos e familiares. Brincadeiras como “corte de ês” e “amarelinha” promoviam a atividade física, socialização e ensinavam regras importantes, enquanto estimulavam a imaginação da criança. Além disso, os jogos de tabuleiro e cartas, que eram frequentemente passados de geração em geração, ajudavam no desenvolvimento da lógica e do raciocínio.

Nos dias de hoje, a tecnologia transformou a forma como as crianças brincam. Jogos eletrônicos e aplicativos oferecem interatividade e diversão instantânea, mas podem, ao mesmo tempo, reduzir a interação face a face. Muitos pais e educadores se preocupam que o lazer moderno, ligado ao uso excessivo de meios digitais, esteja substituindo as brincadeiras tradicionais. Contudo, é importante notar que a evolução dos jogos não significa a obsolescência das brincadeiras passadas. Muitas das atividades lúdicas antigas podem e devem ser reinventadas, sendo complementadas com elementos modernos, criando um novo espaço onde o passado e o presente se entrelaçam.

Neste contexto, o papel dos educadores é fundamental para promover uma experiência lúdica educativa, que não se limite a reproduzir o que foi feito, mas que também busque construir um novo significado para as brincadeiras. Ao incentivar as crianças a conhecer e criar jogos unindo estilos variados, proporciona-se um ambiente mais inclusivo e diversificado, que respeita as mudanças culturais, ao mesmo tempo que valoriza o aprendizado intergeracional. Dessa forma, ao falarmos sobre jogos e brincadeiras, não estamos apenas discutindo tempo livre, mas como as crianças podem aprender valores, práticas de respeito, colaboração e a importância do brincar como parte fundamental do crescimento e desenvolvimento humano.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula sobre a comparação de jogos e brincadeiras antigas e atuais abre portas estimulantes não apenas para reflexões sobre o passado e o presente, mas também sobre o futuro. Aproveitar a cultura lúdica pode levar os alunos a conhecerem a história local e a importância das experiências compartilhadas entre gerações. Estimular essa troca de saberes enriquece o ambiente escolar, tornando-o mais colaborativo e dinâmico. Os alunos não apenas se tornam protagonistas de seus próprios processos de aprendizagem, mas também aprendem a respeitar as diferenças e a interagir de forma positiva com os outros.

Além disso, pode-se utilizar a comparação dos jogos para abordar aspectos de matemática e raciocínio lógico, através da contagem de pontuações ou elaboração de regras para novos jogos. Isso mostra como a educação pode ser integrada de maneira criativa e eficaz, tornando o aprendizado mais significativo e prazeroso. Ao mesmo tempo que fomentamos uma reflexão crítica sobre as mudanças nos hábitos de lazer, também fazemos um convite para uma prática consciente e saudável de brincar.

Por fim, as atividades propostas neste plano de aula promovem um ciclo que incentiva a participação ativa da comunidade, levando os alunos a compartilharem as brincadeiras não apenas em sala de aula, mas em suas casas e comunidades. Essa prática pode ressoar fora do ambiente escolar, gerando um impacto positivo nas relações familiares e na valorização das tradições e da cultura local, revelando a importância do brincar em todas as suas formas.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é vital ser flexível e acolhedor, levando em consideração as características de cada grupo de alunos. As atividades devem ser adaptadas para garantir que todos tenham a oportunidade de participar e se expressar, mesmo aqueles que possam ter dificuldades ou preferências diferentes. Estimule os alunos a contribuírem com suas ideias, permitindo que a experiência seja enriquecedora para todos.

Além disso, considere a possibilidade de estender essa discussão para além da sala de aula. Pense em formas de envolver a comunidade escolar, como a organização de uma palestra ou uma apresentação sobre a importância das brincadeiras, onde os familiares possam compartilhar suas experiências e lembranças, gerando um sentimento de união e pertencimento. Assim, a aula ganha um caráter mais comunitário e social, refletindo a consciência histórica que permeia a vivência lúdica.

Finalmente, documente o aprendizado dos alunos ao longo do dia, seja através de anotações, desenhos ou fotografias, criando um Registro de Tudo que Possuíram e Criaram. Esse material pode ser utilizado como base para reflexões futuras, promovendo a continuidade nas interações entre os alunos e seus conhecimentos sobre jogos e brincadeiras, bem como alimentando a memória afetiva e cultural que eles estão construindo no ambiente educacional.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeiras nas Amarelinhas:
Objetivo: Recriar a antiga brincadeira da amarelinha, mas com um novo tema associado a personagens ou lugares marcantes do cotidiano.
Faixa Etária: 6 anos.
Materiais: Giz para desenhar os quadrados no chão, imagens de personagens ou lugares.
Como Fazer: Os alunos desenharão a amarelinha e escolherão o tema, utilizando a criatividade para incorporá-lo à brincadeira.

2. Teatro de Fantoches:
Objetivo: Criar fantoches baseados em personagens de jogos antigos vs. jogos modernos e realizar uma apresentação.
Faixa Etária: 6 anos.
Materiais: Sacos de papel, tesoura, cola, e materiais diversos para decoração.
Como Fazer: Os alunos confeccionam os fantoches e organizam uma pequena apresentação, discutindo as brincadeiras representadas.

3. Caça ao Tesouro de Brinquedos:
Objetivo: Criar uma atividade de caça ao tesouro, onde pistas são dadas com base em conhecimentos sobre jogos antigos e modernos.
Faixa Etária: 6 anos.
Materiais: Quadro com pistas, brinquedos escondidos pela sala ou pátio.
Como Fazer: O professor produzirá pistas relacionadas a jogos, e os alunos deverão resolver as charadas que levam aos brinquedos.

4. Reciclagem de Brinquedos:
Objetivo: Criar novos brinquedos a partir de materiais recicláveis e antigos.
Faixa Etária: 6 anos.
Materiais: Caixas, garrafas e qualquer outro material reciclável.
Como Fazer: Os alunos são pedidos a trazerem materiais de casa, e juntamente com o apoio do professor, criar novos jogos ou brinquedos.

5. Dia das Brincadeiras Tradicionais:
Objetivo: Um dia inteiro dedicado a brincadeiras tradicionais.
Faixa Etária: 6 anos.
Materiais: Ambiente aberto para a prática dos jogos.
Como Fazer: Em um dia específico, a escola pode promover um evento onde todas as brincadeiras antigas ensinadas durante as aulas sejam praticadas, estabelecendo um espaço para as crianças se divertirem com jogos como “Pique-Esconde”, “Amarelinha” e “Corta-Mato”, entre outros.

Essas atividades têm o potencial de engajar os alunos, fazendo com que sazonalmente eles revivam as tradições lúdicas e as reconheçam dentro dos novos contextos contemporâneos em que estão inseridos. Os jogos e brincadeiras funcionam como um elo do passado ao presente, formando cidadãos conscientes, respeitosos e nutridos culturalmente.

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