“Como Escrever uma Resenha Crítica: Guia para Alunos do 9º Ano”
Este plano de aula é uma abordagem crítica e reflexiva sobre como elaborar uma resenha crítica, que permite aos alunos desenvolver habilidades de análise e argumentação. O objetivo é incentivar a reflexão crítica e a capacidade de construção de opiniões fundamentadas, habilidades essenciais na formação de cidadãos críticos e participativos.
Tema: Resenha Crítica
Duração: 30 min
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 13 a 14 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral é que os alunos compreendam a estrutura e a função de uma resenha crítica, desenvolvendo a capacidade de análise de textos e obras, bem como a habilidade de expressar opiniões de forma clara e fundamentada.
Objetivos Específicos:
1. Identificar as características de uma resenha crítica.
2. Desenvolver a habilidade de formular opiniões fundamentadas.
3. Praticar a escrita de resenhas críticas sobre diferentes tipos de obras (literárias, cinematográficas, etc.).
4. Estimular o debate e a reflexão sobre a interpretação de obras.
Habilidades BNCC:
– (EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos.
– (EF89LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do período.
– (EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo.
– (EF89LP26) Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na obra resenhada).
Materiais Necessários:
– Projetor e computador para apresentação em slides.
– Exemplos de resenhas críticas (impressos ou digitais).
– Cadernos e canetas para anotações.
– Textos ou obras para análise (pode ser um livro, filme ou música).
Situações Problema:
Um debate em sala pode surgir sobre se uma crítica deve ser sempre negativa ou se é possível oferecer uma avaliação positiva. A partir dessa questão, os alunos poderão discutir o conceito de crítica construtiva e a importância das diferentes percepções na análise de uma obra.
Contextualização:
Para que os alunos possam produzir uma resenha crítica, é importante contextualizar a diferença entre uma resenha e outros gêneros textuais, como sinopse e crítica simples. A resenha crítica exige uma análise mais profunda, que considera o contexto em que a obra foi criada, suas características, e a subjetividade do recepcionamento pelo autor da resenha. Além disso, a habilidade de criticar deve ser desenvolvida com responsabilidade, foco na construção do conhecimento, e com a intenção de compartilhar opiniões fundamentadas.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Tema: Apresentar o conceito de resenha crítica. Discutir com os alunos qual a importância dessa forma de escrever na sociedade atual, especialmente no contexto de compartilhamento de opiniões nas redes sociais.
2. Exibição de Exemplos: Mostrar diferentes tipos de resenhas críticas, analisando principalmente suas estruturas e características. Isso pode ser feito através de slides com exemplos de resenhas de livros ou filmes conhecidas.
3. Discussão em Grupo: Dividir os alunos em pequenos grupos e pedir que discutam os principais pontos que uma resenha crítica deve abordar.
4. Escrita da Resenha: Cada aluno deve escolher uma obra e começar a esboçar uma resenha crítica individualmente, considerando as partes principais: introdução, resumo, análise e opinião.
5. Revisão e Edificação: Os alunos devem trocar suas resenhas com um colega para revisão. Essa atividade estimula a crítica construtiva e a reflexão sobre suas próprias propostas.
Atividades sugeridas:
– Dia 1: Introdução ao conceito de resenha crítica. Realizar uma atividade de brainstorming onde os alunos levantam o que entendem sobre resenhas.
Objetivo: Mapear o conhecimento prévio.
– Dia 2: Leitura de uma resenha crítica exemplar, seguida de discussão. Perguntar aos alunos sobre as partes que bem delinearam na leitura.
Objetivo: Analisar criticamente uma resenha.
– Dia 3: Mini-palestra sobre como escrever uma resenha (estrutura e linguagem).
Objetivo: Aprender a estrutura.
– Dia 4: Escolha de uma obra e início da redação da resenha.
Objetivo: Prática de escrita.
– Dia 5: Atividade de feedback. Troque resenhas entre pares, levantando críticas e sugestões.
Objetivo: Desenvolvimento através da crítica.
Discussão em Grupo:
Realizar um debate sobre a importância e a responsabilidade de escrever críticas, focando em como as opiniões informadas diferem de aquelas que são baseadas apenas em preconceitos ou experiências pessoais.
Perguntas:
1. O que faz uma resenha ser crítica?
2. Qual a diferença entre uma resenha e uma crítica?
3. Como a experiência pessoal influencia nossa análise de uma obra?
4. Por que é importante ter múltiplas opiniões sobre a mesma obra?
Avaliação:
Os alunos serão avaliados pela participação nas discussões, na produção da resenha crítica e pela capacidade de fornecer feedback construtivo aos colegas.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma breve reflexão sobre a importância da crítica na formação de opiniões e a responsabilidade de ser um formador de opinião. Sugira aos alunos que pratiquem a leitura de diferentes resenhas e que pratiquem a escrita crítica fora do ambiente escolar.
Dicas:
– Incentive a leitura de gêneros textuais variados para ampliar o repertório dos alunos.
– Proporcione um ambiente seguro para discussões onde opiniões divergentes possam ser respeitosamente consideradas.
– Ofereça feedback enriquecedor nas resenhas, destacando pontos fortes, além de áreas onde alunos podem melhorar.
Texto sobre o tema:
A resenha crítica é um importante gênero textual que permite o diálogo entre autor e leitor, além de servir como uma ferramenta para a formação da opinião pública. Uma resenha crítica não se limita a descrever a obra em questão, mas se aprofunda na análise dos aspectos que a compõem, como contexto histórico, a intenção do autor, as técnicas utilizadas e o impacto que a obra pode ter sobre a sociedade. Para isso, o resenhista deve conhecer não apenas a obra, mas também o seu autor e o público-alvo.
Um dos pontos mais relevantes ao escrever uma resenha crítica é a capacidade de argumentar. O resenhista precisa estabelecer um ponto de vista sólido e defender suas ideias por meio de evidências retiradas da própria obra ou de fontes secundárias. Isso não só enriquece a discussão, como também ajuda a formar um pensamento crítico e autônomo no leitor. Em uma era em que a informação circula mais rapidamente do que nunca, cultivar a habilidade de discernir e argumentar se torna ainda mais essencial. O resenhista se posiciona como um mediador de informações, e sua crítica pode influenciar as percepções de um vasto público. Além disso, o exercício de escrever resenhas críticas ajuda o aluno a desenvolver competências que vão muito além da sala de aula: análise, argumentação e escrita clara se tornam habilidades valiosas em qualquer campo de atuação.
A prática regular de produzir resenhas críticas torna os indivíduos mais conscientes de seus consumos culturais, instigando um olhar mais atento e crítico sobre o mundo ao seu redor. Isso se torna especialmente relevante no contexto moderno, em que as opiniões são frequentemente formadas por resumos e postagens nas redes sociais. Escritores críticos se tornam consumidores mais informados, promovendo uma cultura de reflexão e debate que fortalece a sociedade. Assim, a resenha crítica se apresenta como uma via não apenas de avaliação de obras, mas como um espaço para o desenvolvimento de um pensamento crítico amplo e, muitas vezes, transformador.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula sobre resenhando críticas pode ter desdobramentos significativos na formação dos alunos e em seu engajamento cultural. Primeiro, a prática desse tipo de escrita pode ser expandida para incluir resenhas em diferentes mídias, como vídeo ou áudio, visando atender à atual demanda por conteúdo multimídia no ambiente digital. Isso pode estimular a criatividade e a habilidade técnica dos alunos no uso de novas ferramentas.
Além disso, o plano pode ser extrapolado para discutir outros gêneros textuais, como editorial e artigo opinativo, permitindo uma comparação e a ampliação do repertório crítico dos estudantes. Introduzir questões sobre ética, responsabilidade na crítica e a diferença entre crítica construtiva e destrutiva pode enriquecer as vivências e auxiliar na formação de cidadãos mais conscientes e éticos.
Por fim, a prática contínua em escrever e compartilhar resenhas críticas pode potencialmente engajar os alunos em um projeto de turma, onde eles poderiam criar um blog ou um jornal escolar dedicados a opiniões críticas sobre livros, filmes e eventos culturais locais. Isso não só ampliaria o alcance da voz deles, mas também incentivaria a colaboração e o trabalho em equipe, solidificando laços entre os estudantes enquanto eles exploram suas competências de comunicação.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar este plano de aula, é essencial que os educadores criem um ambiente de respeito e abertura, incentivando os alunos a se sentirem confortáveis para compartilhar suas opiniões e críticas. A diversidade de opiniões deve ser considerada uma riqueza e encorajada em todas as discussões e atividades propostas.
Incentivar os alunos a aprofundar-se em obras de diversos gêneros, culturas e contextos sociais é fundamental para desenvolver um olhar crítico e diversificado. Promover a interdisciplinaridade durante a análise de resenhas pode ampliar a compreensão dos alunos sobre como diferentes áreas do conhecimento informam e moldam as opiniões.
Por fim, é importante fazer revisões regulares do plano de aula e adaptá-lo conforme a resposta e o engajamento dos alunos. Isso garantirá que o aprendizado permaneça alinhado às necessidades e interesses da turma, criando uma experiência de aprendizado mais significativa e impactante.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Improviso: Divida os alunos em grupos e peça que encenem breves resenhas de obras conhecidas, misturando humor e crítica.
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de argumentação e improvisação.
– Materiais: Espaço para apresentação, figurinos improvisados.
– Como conduzir: Os alunos devem escrever um pequeno roteiro e encenar a resenha na frente da turma.
2. Criação de um Jornal da Turma: Os alunos podem criar um jornal onde cada edição inclui resenhas críticas de um tema escolhido, como filmes ou livros.
– Objetivo: Trabalhar a escrita coletiva e a diversidade de opiniões.
– Materiais: Papel, canetas, ou uma plataforma digital.
– Como conduzir: Incentive os alunos a dividir as seções, abordando diferentes gêneros e estilos.
3. Cine Debate: Após a exibição de um filme, os alunos devem produzir uma resenha que será usada para um debate em classe.
– Objetivo: Praticar a formulação de argumentos e a expressão verbal.
– Materiais: Filme, espaço para exibição e debate.
– Como conduzir: Organizar uma rodada de discussões, onde cada aluno apresenta argumentos sobre a obra.
4. Críticas em Quadrinhos: Os alunos podem criar tirinhas que resenham uma obra e exploram seus personagens de forma crítica.
– Objetivo: Fomentar a criatividade e o entendimento de imagens como narrativas críticas.
– Materiais: Papel branco, lápis, canetas coloridas.
– Como conduzir: Orientar os alunos a pensar de forma crítica sobre a obra enquanto desenham.
5. Debate Estruturado: Organizar um debate onde os alunos assumem posições diferentes sobre uma obra, defendendo suas visões.
– Objetivo: Trabalhar a argumentação e a respeito pela divergência de opiniões.
– Materiais: Um moderador, espaço para debate.
– Como conduzir: Produzir um conjunto de regras de debate que todos devem seguir, promovendo assim um espaço de respeito e diálogo.
Essas sugestões lúdicas visam tornar o aprendizado sobre resenhas mais dinâmico, interativo, e promover o desenvolvimento integral do aluno dentro do ambiente escolar.