“Colocação Pronominal: Ensino Dinâmico no 9º Ano”
A proposta deste plano de aula é abordar as regras de colocação pronominal na norma-padrão da língua portuguesa e seu uso no português brasileiro coloquial. Nesta aula, pretende-se instigar a reflexão dos alunos acerca das diferenças linguísticas e promover uma maior consciência crítica sobre o uso da língua em suas diversas formas. Através de exercícios práticos e discussões em grupo, os estudantes terão a oportunidade de perceber como as regras formais da língua convivem com as variantes coloquiais, enriquecendo seu entendimento sobre a língua como um fenômeno vivo e dinâmico.
É imprescindível que ao final da aula os alunos reconheçam a importância da norma-padrão e sua aplicação em contextos acadêmicos e profissionais, enquanto ao mesmo tempo valorizam a linguagem coloquial como parte fundamental da cultura e da identidade do povo brasileiro. Este plano de aula atende principalmente estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, alinhando-se com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à língua portuguesa.
Tema: Comparação das Regras de Colocação Pronominal
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 a 15 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão das regras de colocação pronominal na norma-padrão em contraposição às suas aplicações no português coloquial, reconhecendo a importância de cada uma em diferentes contextos comunicativos.
Objetivos Específicos:
– Identificar e analisar as regras de colocação pronominal na norma-padrão.
– Comparar com o uso coloquial e entender as diferenças e similaridades.
– Desenvolver um olhar crítico sobre a linguagem utilizada no cotidiano e na norma-padrão.
– Praticar a utilização correta dos pronomes em diferentes contextos.
Habilidades BNCC:
– (EF09LP10) Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão com o seu uso no português brasileiro coloquial.
– (EF09LP04) Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, com estruturas sintáticas complexas.
Materiais Necessários:
– Quadro e marcadores.
– Folhetos ou folhas de atividades impressas.
– Projetor multimídia (se disponível) para apresentar exemplos.
– Recursos audiovisuais que exemplifiquem diferentes contextos de fala.
– Clips de filmes ou áudios de diálogos coloquiais (opcional).
Situações Problema:
– Por que as regras de colocação pronominal são importantes?
– Como a normatividade pode influenciar a forma como nos comunicamos no dia a dia?
– Quais as consequências de não respeitar as regras da norma-padrão?
Contextualização:
Iniciar a aula com uma breve discussão sobre as diferentes formas de falar e escrever a língua portuguesa, levantando exemplos do cotidiano dos alunos, como gírias e expressões informais. Relacionar isso ao conceito de norma-padrão, destacando a necessidade do domínio dessas regras para contextos acadêmicos e profissionais.
Desenvolvimento:
1. Abertura da Aula (10 minutos)
Iniciar com uma pergunta instigante: “Quem aqui já usou uma gíria que não é aceita na norma-padrão?”. Isso promove uma reflexão inicial sobre as diferenças de uso da língua. Pedir que compartilhem exemplos de pronomes utilizados em situações coloquiais e em contextos formais.
2. Exposição Teórica (15 minutos)
Apresentar as regras de colocação pronominal na norma-padrão:
– Próclise: quando o pronome vem antes do verbo.
– Mesóclise: quando o pronome está no meio do verbo.
– Ênclise: quando o pronome vem após o verbo.
Explicar como a posição do pronome pode mudar de acordo com o contexto e trazer exemplos práticos, como frases que podem ser ditas de formas diferentes.
3. Atividade de Análise (15 minutos)
Dividir os alunos em grupos e entregar a eles exemplos de frases em norma-padrão e frases coloquiais que contêm pronomes. Cada grupo deve analisar as frases e criar uma tabela comparativa com as regras utilizadas em cada caso.
4. Discussão em Grupo (10 minutos)
Promover uma discussão entre os grupos para esclarecer dúvidas e compartilhar as percepções sobre as diferenças encontradas. Indagar: “De que maneira as aplicações coloquiais desafiam ou confirmam as regras da norma-padrão?”.
Atividades sugeridas:
– Exercício de Preenchimento: Criar frases onde os alunos devem preencher com a forma correta dos pronomes, considerando a colocação. Exemplo: “Eu vi o filme, __________ me contou que era bom.”
– Jogo de Roleplay: Simular situações em que os alunos precisam usar pronomes em diferentes graus de formalidade.
– Produção Textual: Solicitar que escrevam um parágrafo utilizando pronomes de maneira correta e depois reescrevam o mesmo parágrafo em uma linguagem mais coloquial.
Discussão em Grupo:
Como a norma-padrão e o português coloquial coexistem na comunicação diária? Que implicações isso traz para a diversidade linguística e para a identidade cultural?
Perguntas:
– Qual o impacto de não seguir as regras de colocação pronominal na comunicação?
– Em quais contextos é mais importante utilizar a norma-padrão?
– Você se sente à vontade para usar a norma-padrão em todos os contextos?
Avaliação:
A avaliação será contínua, levando em consideração a participação nas discussões, a qualidade das análises feitas nas atividades em grupo e a produção textual individual. Poderão ser utilizados também quizzes rápidos com perguntas sobre a colocação pronominal.
Encerramento:
Finalizar a aula reforçando a importância de conhecer as regras da norma-padrão e como essas regras se relacionam com o uso do português em contextos informais. Destacar a riqueza da língua e a beleza da diversidade que ela representa.
Dicas:
– Utilize exemplos da cultura pop, como letras de músicas e diálogos de filmes, para ilustrar o uso coloquial.
– Incentive os alunos a trazerem exemplos de como usam pronomes em suas interações diárias.
Texto sobre o tema:
A colocação pronominal é um aspecto fascinante da gramática da língua portuguesa, que reflete não apenas regras gramaticais, mas também a rica diversidade cultural que caracteriza a comunicação entre os falantes. No português, os pronomes podem ser utilizados de várias maneiras, dependendo do contexto e do nível de formalidade da interação. A norma-padrão da língua portuguesa, que é frequentemente ensinada nas escolas, apresenta regras rígidas sobre a colocação desses pronomes. Essas regras determinam quando um pronome deve estar antes ou depois do verbo, por exemplo. Em contextos formais, como em textos acadêmicos ou em cartas oficiais, a observância dessas regras é imprescindível para garantir a clareza e a eficácia da comunicação.
Por outro lado, no uso coloquial do português brasileiro, as regras podem ser mais flexíveis. Os falantes frequentemente se sentem à vontade para adaptar a colocação dos pronomes de acordo com o contexto, a informalidade da situação e suas próprias preferências linguísticas. Em contextos mais descontraídos, como em conversas entre amigos ou nas redes sociais, o que pode surpreender é a variedade de formas que os pronomes podem assumir. Essa diferença entre a norma-padrão e o uso coloquial não é apenas uma questão de “certo” ou “errado”, mas revela como a linguagem é um reflexo das identidades sociais e das culturas locais. Cada maneira de falar conta uma história e carrega significados que vão além da simples gramática.
Entender essas nuances é essencial para os alunos, pois permite que eles naveguem por diferentes contextos de forma mais segura e confiante. Assim, ao ensinar sobre a colocação pronominal, não estamos apenas transmitindo regras, mas também incentivando a reflexão crítica sobre como as diferentes formas de usar a língua contribuem para a construção de identidades e significados em nossas interações diárias.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula não se limita apenas ao ensino de regras gramaticais, mas busca provocar uma reflexão mais profunda sobre a linguagem. A inclusão das práticas cotidianas no aprendizado proporciona um olhar mais atento à diversidade, permitindo que os alunos compreendam a linguagem como um fenômeno vivo. Por meio das comparações entre a norma-padrão e o uso coloquial, os estudantes desenvolverão habilidades críticas que são fundamentais na sociedade contemporânea. Isso possibilita que eles se tornem não apenas consumidores passivos da língua, mas agentes ativos em suas práticas comunicativas.
Outro ponto importante diz respeito ao desenvolvimento da empatia linguística. Ao aprender a respeitar e valorizar as variantes linguísticas, os alunos estarão mais aptos a se relacionar com diferentes grupos sociais, compreendendo que não há uma única forma de “falar certo”. A linguagem é rica e cheia de nuances, e cada estilo possui seu valor e sua importância dentro do contexto social.
Ademais, as reflexões sobre a colocação pronominal podem servir de prelúdio para discussões sobre outras regras e convenções linguísticas, como a regência, a concordância e a argumentação. Isso abre portas para um ensino mais amplo e integrador, onde os alunos são levados a perceber a língua em sua totalidade, reconhecendo a interconexão entre seus diversos aspectos.
Orientações finais sobre o plano:
Durante a execução deste plano de aula, é importante lembrar que cada estudante traz consigo experiências e conhecimentos prévios que podem enriquecer o aprendizado. Incentive a participação ativa e a troca de ideias entre os alunos, promovendo um ambiente seguro e acolhedor. Ao abordar as regras de colocação pronominal, não se limite apenas a expor as normas; ao invés disso, busque exemplos práticos e discussões dinâmicas que permitam aos alunos se engajar profundamente no tema.
Considere também a diversidade das turmas. O uso de exemplos que ressoem com a realidade dos alunos pode facilitar a compreensão e a relevância do conteúdo abordado. Estimule a curiosidade e a pesquisa de novos exemplos na cultura popular, como publicidades, músicas e redes sociais, trazendo para a sala exemplos que captem a atenção dos alunos. Isso poderá tornar o aprendizado mais significativo e divertido.
Por último, ao realizar a avaliação, busque formas que vão além do simples teste escrito. Avaliar a participação, a criatividade nas atividades e a capacidade de argumentação durante as discussões proporcionará uma visão mais completa do desenvolvimento dos alunos em relação à colocação pronominal e sua aplicação em contextos variados.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça aos Pronomes: Organizar uma atividade em que os alunos devem encontrar e registrar pronomes utilizados em diálogos de filmes, músicas ou comerciais. Após a coleta, eles discutem em grupos se a colocação está adequada à norma-padrão ou se é coloquial.
2. Teatro de Improvisação: Criar cenas que forcem os alunos a utilizar pronomes em diferentes colocações. Eles podem fazer isso em duplas ou grupos, estimulando o uso consciente da norma-padrão e do coloquial.
3. Quiz Interativo: Utilizar plataformas digitais para realizar quizes onde os alunos devem identificar a colocação correta dos pronomes em frases. Essa dinâmica pode ser feita em grupos ou individualmente.
4. Blog Linguístico: Criar um blog onde os alunos postem textos, análises, e reflexões sobre pronomes e sua colocação em contextos formais e informais. Esta atividade pode ser realizada ao longo do semestre e incentivará a pesquisa e discussão contínua.
5. Aplicativo de Linguagem: Se a escola possuir acesso a tecnologia, utilizar aplicativos que ajudem os alunos a praticar gramática e pronomes de forma lúdica, incluindo jogos e desafios que promovam a fixação dos conceitos discutidos.
Dessa forma, as aulas se tornam dinâmicas e práticas, estimulando a participação ativa dos alunos e fortalecendo a compreensão dos temas abordados.