“Brincar de Improvisar: Atividades Lúdicas para Crianças na Educação Infantil”

Neste plano de aula, propomos uma série de atividades que exploram o ato de brincar de improvisar a partir do repertório pessoal e cultural das crianças. Através de jogos, contação de histórias, músicas e expressões artísticas, as crianças terão a oportunidade de interagir de forma divertida e lúdica, desenvolvendo habilidades essenciais em sua formação. A ideia é que, ao improvisar, as crianças possam expressar suas emoções, seus conhecimentos e suas experiências, fortalecendo, assim, seu self e promovendo a autoestima.

O plano está estruturado de forma a garantir que as atividades sejam dinâmicas e adaptáveis, permitindo que cada criança possa participar conforme suas próprias capacidades e interesse. A improvisação será o elemento central, promovendo não só o aprendizado, mas também a construção de vínculos entre os alunos. Ao longo das aulas, esperamos estimular a criatividade e a capacidade de comunicação das crianças, além de oferece-las um espaço para expressarem seus sentimentos e pensamentos.

Tema: Brincar de improvisar a partir de seu repertório pessoal e cultural
Duração: 04 AULAS
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 05 ANOS

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover experiências lúdicas que permitam às crianças improvisar e explorar seu repertório cultural e pessoal, desenvolvendo habilidades de expressão, empatia e comunicação através da arte e do movimento.

Objetivos Específicos:

– Estimular a expressão de sentimentos e emoções através de jogos e improvisações.
– Promover a interação social e a empatia entre os alunos.
– Fomentar a criatividade e a capacidade de improvisação nas diferentes formas de arte.
– Desenvolver a comunicação verbal e não verbal.
– Valorizar o repertório cultural de cada criança.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
(EI03EO06) Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

Materiais Necessários:

– Espaço aberto para atividades corporais.
– Materiais para o desenvolvimento artístico (papéis, tintas, pinceis, etc.).
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, maracas, etc.).
– Fantasias ou acessórios simples para encenação.
– Livros com histórias e imagens ilustrativas.

Situações Problema:

– Como podemos expressar nossos sentimentos através da dança e música?
– O que acontece quando improvisamos uma história juntos?
– Que sons diferentes conseguimos criar ao usarmos objetos do dia a dia?
– De que maneira podemos incorporar o repertório cultural de cada um na nossa brincadeira?

Contextualização:

A importância do ato de improvisar está em seu potencial de fomentar criatividade e expressão emocional. Para crianças, brincar é uma forma vital de aprender, e a partir do improviso, elas podem explorar suas ideias, integrando elementos de suas culturas pessoais. Durante as atividades, os alunos serão incentivados a compartilhar e misturar suas vivências e tradições, criando um ambiente de respeito e interesse pelas diferenças.

Desenvolvimento:

1ª Aula: Improvisação através da música
– Objetivo: Criar sons e ritmos a partir de diferentes objetos.
– Atividades:
– Iniciar com uma roda de conversa sobre os sons que elas conhecem (animais, instrumentos, sons do dia a dia).
– Cada criança escolhe um objeto da sala e cria um som com ele, de forma individual ou em grupo.
– Formar uma orquestra improvisada, onde cada um toca seu objeto, todos juntos numa composição livre.

2ª Aula: Teatro de improviso
– Objetivo: Usar o corpo e a linguagem para contar histórias espontâneas.
– Atividades:
– Ler uma história curta e discutir os sentimentos apresentados.
– As crianças escolherão personagens e criarão uma cena baseada na história, improvisando o enredo.
– Apresentação das cenas para os colegas, promovendo a valorização do trabalho em grupo.

3ª Aula: Expressão artística
– Objetivo: Criar produções artísticas que reflitam as improvisações das aulas anteriores.
– Atividades:
– Utilizar as impressões e sentimentos das aulas passadas para direcionar a criação de desenhos ou pinturas.
– Estimula-se a conversa sobre o que estão criando e como isso se relaciona com as experiências vividas durante as aulas.
– Montar uma exposição com as produções artísticas.

4ª Aula: Festa da Improvisação
– Objetivo: Reunir tudo o que foi aprendido em uma celebração coletiva.
– Atividades:
– Cada criança terá a oportunidade de apresentar um pequeno número (uma dança, um trecho de uma música ou a recitação de uma frase).
– Os alunos poderão vestir fantasias ou improvisar adereços.
– Encerrar com uma roda de conversa sobre todas as experiências e aprender que o compartilhamento cultural nos enriquece.

Atividades sugeridas:

Contação de histórias: As crianças devem trazer uma história de casa que queiram compartilhar, adaptando-a às suas vivências pessoais.
Dia de Música: Cada aluno pode trazer uma canção favorita, e juntos, elas podem improvisar letras inspiradas nas experiências da turma.
Espetáculo de Talentos: Organizar uma apresentação onde cada um mostre seu talento e os demais podem improvisar em resposta.

Discussão em Grupo:

– O que foi mais divertido nas apresentações?
– Como vocês se sentiram ao interpretar diferentes personagens?
– Quais sons ou movimentos novos vocês descobriram durante as aulas?

Perguntas:

– Que tipo de sentimentos você sentiu enquanto estava improvisando?
– Alguma vez você se sentiu um pouco tímido para participar? Como lidou com isso?
– O que você aprendeu sobre os outros enquanto brincava juntos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas atividades, seu envolvimento nas discussões e sua capacidade de improvisação e expressão. O professor deverá anotar reflexões sobre como cada aluno se adaptou e colaborou nas brincadeiras e atividades propostas.

Encerramento:

Ao final das atividades, será importante promover um momento de reflexão coletiva. A turma se reunirá para discutir o que aprenderam sobre o improvisar e como isso pode ser usado em suas vidas. O professor poderá fazer um fechamento emocional, ressaltando a importância da expressão e como cada um tem sua forma única de comunicar-se e interagir.

Dicas:

– Esteja sempre atento às reações das crianças e ajuste as atividades conforme necessário.
– Utilize elementos culturais da comunidade, incluindo músicas e histórias locais, para enriquecer as aulas.
– Ofereça suporte individual para crianças que podem se sentir inseguras durante as apresentações.

Texto sobre o tema:

O ato de improvi⚙ar é uma forma poderosa de expressão e um método que possibilita às crianças explorar e soltar a criatividade. Desde pequenas, as crianças já possuem um vasto repertório cultural que é moldado por suas vivências e interações sociais. Valorizar essas experiências é crucial para o desenvolvimento emocional e social da criança. Não estamos apenas falando de danças e mímicas, mas de um profundo entendimento sobre suas próprias emoções. Durante atividades de improvisação, a criança é incentivada a externalizar o que sente, se comunicando através de uma linguagem não verbal que muitas vezes é mais sincera e expressiva que palavras.

Além disso, há um incentivo para que as crianças respeitem e apreciem as diferenças entre si, entendendo que cada um possui um universo cultural próprio. Por meio do improviso, elas podem experimentar diferentes papéis, se colocando no lugar do outro, o que favorece o crescimento da empatia e da cooperação. Em um espaço seguro como a sala de aula, as crianças devem se sentir livres para criar e se expressar sem medo de críticas, tornando-se assim evolutivas na aceitação da diversidade. Isso lhes ensina que todos podem contribuir de maneiras diversas e igualmente válidas. A improvisação se torna então não apenas uma prática lúdica, mas uma ferramenta educativa fundamental para construir um ambiente respeitoso e cooperativo.

Por fim, o ato de convidar as crianças a improvisar cria um espaço onde elas podem explorar não só suas habilidades de comunicação, mas também estimular sua imaginação e romper barreiras que poderiam limitar suas expressões. Essa liberação criativa vai além do ato em si, pois muitas vezes abre portas para outros caminhos de aprendizado, tanto nas artes quanto nas relações pessoais e sociais. Portanto, a importância de brincar e improvisar dentro da sala de aula é incalculável e deve ser valorizada por todos os educadores que visam um futuro mais colaborativo e rico em diversidade.

Desdobramentos do plano:

Através deste plano de aula, espera-se que as crianças não apenas se divirtam, mas que também se tornem mais conscientes de si e dos outros. O improviso serve como uma ferramenta de autoexpressão, ajudando-as a verbalizar e manifestar suas vontades, sentimentos e opiniões. Através de brincadeiras e atividades, as crianças descobrirão que sua individualidade é um bem precioso que pode ser partilhado com os demais. Assim, tanto o respeito quanto a valorização das diferenças são fundamentais na construção de um ambiente escolar saudável e acolhedor.

A construção de um repertório comum em sala de aula permite que a diversidade cultural seja celebrada, proporcionando trocas significativas entre os alunos. Cada uma das experiências lidas, ouvidas e vivenciadas gera um diálogo sobre a cultura, promovendo um aprendizado que ultrapassa o conhecimento acadêmico. Dessa forma, ao mesmo tempo que as crianças brincam, elas estão também assimilando informações que reverberarão por toda a sua vida. A arte de improvisar, portanto, não é só uma atividade passageira, mas uma construção social que ensina valores e a importância do outro.

Por último, ao final de cada aula, reforçar a noção de que errar é parte do aprendizado é crucial para que as crianças se sintam seguras na expressão de suas ideias. O estímulo à autoestima e à autoconfiança deve se perpetuar além da sala de aula, permitindo que as crianças percebam que são capazes de se expressar e de influenciar seu ambiente com suas vozes singularmente autênticas. Assim, o potencial educativo das atividades de improvisação se torna uma maneira não só de criar, mas de transformar realidades.

Orientações finais sobre o plano:

Para que o plano de aulas tenha um impacto significativo, é fundamental que os professores se sintam seguros e entusiasmados com as atividades propostas. Eles devem ser mediadores do processo e encorajar os alunos a explorarem seus limites e criatividades. Assim, é essencial promover um ambiente receptivo onde as crianças possam experimentar a sensação de pertencimento e a liberdade de expressão. A capacidade de improvisar se reflete na vida cotidiana, desenvolvendo pessoas mais interativas e atentas às dinâmicas sociais.

Os educadores devem estar dicionados a refletir sobre cada atividade, coletando o feedback dos alunos, o que permitirá ajustar o conteúdo e formato das aulas de forma que elas sejam ainda mais enriquecedoras. O autoavaliação dos estudantes sobre como se sentiram durante as atividades pode ajudar a criar um senso de responsabilidade e confiança dentro deles. Ademais, a promoção da cooperação e da comunicação em cada encontro escolar não só fortalecerão os laços entre os alunos, mas poderão também criar uma rede de apoio e amizade que perdure ao longo da vida escolar.

Finalmente, a jornada na construção da expressão pessoal e cultural é contínua. As experiências vividas à mesa no âmbito da educação infantil contribuem significativamente para o desenvolvimento futuro nas esferas social e emocional. Continuar trabalhando esta temática nos próximos semestres permitirá que crianças se tornem adultas que são respeitosas e valorizam a diversidade, construindo assim um mundo mais harmonioso. As habilidades que se desenvolvem a partir de atividades lúdicas e de improviso constituem não apenas a formação de indivíduos criativos, mas cidadãos conscientes de seu papel em um contexto mais amplo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de marionetes: As crianças podem criar suas próprias marionetes com materiais recicláveis e encenar pequenas histórias.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a capacidade de contar histórias.
Materiais: Sacos de papel, canetas, tesoura, cola e objetos para enfeitar.
Como fazer: Cada criança cria uma marionete e, em grupos, improvisam uma história para apresentá-la. Adaptar a atividade para que elas possam se revezar, reforçando o trabalho em equipe.

2. Caixa de sons: Criar uma caixa misteriosa com diferentes objetos, onde as crianças devem adivinhar o objeto ouvindo seu som.
Objetivo: Reconhecer sonoridades e aprender sobre a formação de diferentes sons.
Materiais: Caixas, objetos de casa que fazem sons diferentes (chaves, garrafas com água, etc.).
Como fazer: As crianças fecham os olhos e tentam adivinhar o que é só escutando. Você pode ampliar o desafio pedindo que imitem o som que ouviram.

3. Brincadeiras de roda: Introduzir brincadeiras tradicionais de roda, como “O cravo brigou com a rosa”, proporcionando momentos de interação social.
Objetivo: Estimular o aprendizado através do movimento e da música, aumentando a empatia.
Materiais: Alterando as canções e os versos para refletir a diversidade cultural do grupo.
Como fazer: Enquanto as crianças brincam, poderão criar seus próprios versos, dependendo dos diálogos durante a atividade.

4. **Cápsula do

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