“Brincando com Matemática: Aprendizado Lúdico para Crianças”

Este plano de aula foi desenvolvido para incentivar a brincadeira e a matemática de maneira lúdica e divertida, promovendo o aprendizado interativo entre as crianças. O enfoque vai além do simples ensino de números, incorporando elementos que ajudam as crianças a experimentar conceitos essenciais por meio de exercícios que estimulam a comunicação, o movimento e a socialização. A proposta é criar um ambiente que favoreça a exploração matemática, permitindo que as crianças aprendam e interajam ao mesmo tempo.

O objetivo principal deste plano é integrar o ensino de matemática com atividades que estimulam a coordenação motora, a percepção espacial e as interações sociais. Essa abordagem educacional é fundamental para crianças nesta faixa etária, uma vez que elas estão em um estágio crucial de desenvolvimento, onde as brincadeiras não são apenas divertidas, mas também essenciais para a formação de habilidades cognitivas e sociais.

Tema: Brincadeira de Matemática
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar uma experiência de aprendizagem lúdica que desenvolva habilidades matemáticas iniciais em um contexto de interação social e movimentação.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a habilidade de contar e reconhecer quantidades.
– Faciliar a identificação de formas geométricas.
– Promover o cuidado e a solidariedade durante as brincadeiras.
– Estimular a comunicação através de interações com pares e adultos.
– Fomentar o movimento corporal por meio de atividades relacionadas ao espaço e formas.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO06) Respeitar regras básicas de convívio social nas interações e brincadeiras.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
(EI02CG03) Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando movimentos e seguindo orientações.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI02ET07) Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
(EI02ET05) Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma etc.).
(EI02ET08) Registrar com números a quantidade de crianças (meninas e meninos, presentes e ausentes) e a quantidade de objetos da mesma natureza (bonecas, bolas, livros etc.).

Materiais Necessários:

– Blocos de montar de diferentes tamanhos e cores.
– Joguinhos de contar (como contadores de contas ou ábacos).
– Espelhos (para explorar formas e reflexos).
– Cesta ou caixa para organização de materiais após as atividades.
– Músicas infantis que envolvam contagem e dança.

Situações Problema:

– Como podemos contar quantas crianças estão aqui hoje?
– Quantas formas diferentes podemos criar com os blocos de montar?
– Quais objetos podem ser mais pesados ou mais leves?

Contextualização:

Neste plano, as atividades propostas permitem que as crianças explorem conceitos básicos de matemática enquanto se divertem. O ambiente deve ser seguro e estimulante, onde a curiosidade possa ser incentivada. As interações entre as crianças são fundamentais para criar um clima de aprendizagem colaborativa.

Desenvolvimento:

– Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde cada criança pode falar sobre o que trouxe de casa, estimulando a troca e o diálogo.
– Apresentar os materiais disponíveis e explicar que vamos brincar e aprender com eles.
– Conduzir uma atividade de contagem, onde as crianças contarão juntas quantos blocos têm, e em seguida, organizarão os blocos por cor e tamanho.
– Realizar uma brincadeira de dança com músicas que envolvem contagem e movimentos corporais, promovendo a coordenação e o deslocamento.

Atividades sugeridas:

1. Contando Blocos:
Objetivo: Estimular a contagem e reconhecimento de cores.
Descrição: Disponibilizar os blocos e pedir que as crianças contem como um grupo, em seguida, organizar os blocos por cores.
Instruções para o professor: Enquanto contarem, pergunte “Quantos blocos temos?” e “Qual é a cor do bloco?”.

2. Formas em Movimento:
Objetivo: Exploração de formas geométricas e movimentação.
Descrição: Usar formas cortadas em papel e pedir que as crianças imitem a forma com o corpo (ex: quadrados, triângulos).
Instruções para o professor: Dizer as formas e observar como elas se movem, incentivando a conversa sobre o que gostam mais.

3. Caça ao Tesouro:
Objetivo: Estimular a percepção espacial e contagem.
Descrição: Esconder objetos na sala e pedir que as crianças encontrem e contem quantos objetos conseguiram juntar.
Instruções para o professor: Lançar pistas orais ou visuais, incentivando-as a refletir e dialogar.

4. Danças e Movimentos:
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e a sincronia de movimento.
Descrição: Colocar uma música e pedir que as crianças dancem, fazendo pausas em intervalos para que contem os movimentos.
Instruções para o professor: Criar interações durante a dança, promovendo conversas sobre como cada um se sente.

5. Roda da Amizade:
Objetivo: Fomentar a interação social.
Descrição: Sentar-se em círculo e passar um objeto de uma criança para outra, contando cada vez que um objeto é passado.
Instruções para o professor: Incentivar o cuidado e a atenção durante a atividade, promovendo o compartilhar e a escuta.

Discussão em Grupo:

Promova uma discussão após as atividades, perguntando às crianças sobre suas experiências. Pergunte o que aprenderam sobre números e cores e como elas se sentiram ao brincar juntas. Essa troca ajuda a solidificar o aprendizado.

Perguntas:

– Como você se sente contando os blocos?
– Qual é o seu favorito dos objetos que encontramos?
– O que você aprendeu hoje sobre formas?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua, observando as interações das crianças, sua participação nas atividades e o respeito às regras. O professor deve anotar as dificuldades e os progressos de cada criança para futuras referências.

Encerramento:

Para encerrar, faça uma roda de conversa final destacando o que todos aprenderam. Agradeça a participação e enfatize a importância de compartilhar e brincar juntos.

Dicas:

– Utilize sempre a linguagem simples e acessível, adaptando os termos matemáticos para que sejam facilmente compreendidos.
– Engaje os alunos através do uso de músicas e brincadeiras, tornando o aprendizado divertido e memorável.
– Reforce positivamente a participação e a colaboração entre as crianças.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras são a forma mais natural e eficaz de aprender, especialmente para crianças pequenas. São momentos que propiciam a vivência das primeiras noções sobre números, contagem e formas de maneira divertida e dinâmica. A interação entre crianças durante estas atividades permite a troca de ideias, o desenvolvimento da comunicação e a socialização, fundamentais para o crescimento emocional e social.

Ao brincar com objetos e materiais diversos, as crianças têm a oportunidade de explorar o mundo ao seu redor e compreender conceitos que muitas vezes não são percebidos no ambiente formal. Nesse contexto, torna-se evidente a importância de criar situações que estimulem esse aprendizado por meio de atividades lúdicas. A matemática, muitas vezes vista como um conteúdo rígido, pode se transformar em uma experiência atrativa quando envolvida em jogos e brincadeiras que promovem o interesse e a curiosidade.

Além disso, a construção de um ambiente seguro e acolhedor é imprescindível para que as crianças se sintam à vontade para explorar e errar. A confiança em si mesmas será desenvolvida à medida que se lançam a novos desafios, e cabe ao educador promover essa confiança através do encorajamento e do apoio. Frases de incentivo, como “Você pode fazer isso!” ou “Vamos juntos descobrir!” são essenciais para que as crianças sintam que são capazes de superar seus limites e aprenderem de maneira significativa.

Desdobramentos do plano:

A proposta de plano de aula aqui apresentada permite diversas extensões e adaptações que podem ser realizadas. É possível integrar as atividades com outras áreas do conhecimento, como a arte e a música, para potencializar a experiência de aprendizagem. A utilização de materiais variados, como argila e tinta, pode ser incorporada, proporcionando às crianças a chance de criar obras que representem o que aprenderam durante a aula, deixando que sua criatividade e expressão pessoal flua enquanto trabalham conceitos matemáticos.

Ademais, o uso de objetos do cotidiano pode ser incentivado, transformando as brincadeiras em oportunidades de exploração do ambiente. Por exemplo, ao realizar contagens com as frutas da merenda, ou mesmo com os brinquedos, a sala de aula passa a ser um verdadeiro laboratório de aprendizagem. Essa prática contribui para desenvolver a consciência de que a matemática está presente no dia a dia, além de despertar o interesse na observação do mundo.

Outro desdobramento interessante seria realizar um evento com os pais e responsáveis, envolvendo a comunidade escolar. Uma feira de matemática onde as crianças pudessem apresentar de maneira lúdica o que aprenderam, através de jogos e atividades, não só reforçaria o conhecimento, mas também aproximaria a família da escola, reforçando laços e valorizando a aprendizagem de forma coletiva. Essa experiência compartilhada contribui para que as crianças percebam o valor do conhecimento e da troca de experiências, construindo um ambiente ainda mais colaborativo e integrador.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que os educadores estejam sempre atentos às necessidades e características de cada grupo de crianças. Cada atividade deve ser adaptada de forma a garantir que todas as crianças se sintam incluídas e possam participar plenamente. O papel do professor é o de mediador, que deve observar e ajustar as atividades conforme o nível de engajamento e interesse dos alunos. O clima da sala de aula deve ser de empatia, respeito e alegria, permitindo que cada criança se sinta à vontade para se expressar e participar.

As interações entre as crianças devem ser estimuladas, e o professor pode intervir para orientar as conversas e resolver conflitos de maneira pedagógica. Práticas de escuta ativa são muito valiosas, pois ajudam as crianças a se sentirem ouvidas e compreendidas. Além disso, a formação de grupos interativos pode ser uma estratégia eficaz para criar um ambiente onde a colaboração e a solidariedade sejam a norma nas brincadeiras.

Por fim, o mais importante é lembrar que o aprendizado deve ser visto como um processo prazeroso. Esse plano de aula deve sempre ser um guia, mas a flexibilidade é essencial para que os educadores possam introduzir novas ideias e responder às necessidades dos alunos. Lembrar-se de celebrar as descobertas, as aprendizagens e os avanços das crianças reforçará sua motivação para continuar aprendendo, e isso é, sem dúvida, o objetivo maior de qualquer prática educativa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brinca de Classificação: Organizar materiais de diferentes cores e formas em um cesto, e permitir que as crianças participem da organização, classificando-os conforme sua preferência.
Objetivo: Estimular a memória visual e o reconhecimento de formas e cores.
Materiais: Materiais recicláveis (embalagens, tampas, papéis de cores diversas).
Modo de condução: Freelance suas orientações durante a atividade.

2. Ciranda das Números: Usar uma canção conhecida que tenha repetição e contar em uma sequência divertida.
Objetivo: Familiarizar crianças com a contagem.
Materiais: Instrumentos de percussão simples ou até mesmo panelas e colheres.
Modo de condução: Incentive a participação ativa e a criação de variações nas músicas.

3. Dança dos blocos: Construa uma estrutura com blocos, onde as crianças devem dançar em torno e, ao parar a música, devem contar quantos blocos estão em sua construção.
Objetivo: Promover a noção de contagem em movimento.
Materiais: Blocos de montar leves.
Modo de condução: Garantir a segurança durante a movimentação e a interação.

4. Bilboquê Matemático: Criar um bilboquê com números. As crianças devem tentar acertar o número desejado.
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora e o reconhecimento numérico.
Materiais: Fios e garrafas plásticas com números.
Modo de condução: Acompanhar as tentativas e incentivar a repetição da atividade.

5. Festa dos Formatos: Realizar uma festa onde cada criança deve se vestir ou trazer algo que remeta a uma forma.
Objetivo: Aumentar a identificação com as formas geométricas.
Materiais: Papel de diversas cores, fantasias e adereços.
Modo de condução: Promover desfiles e diálogos sobre os formatos, engajando todos na festa.


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