“Brincando com a Altura do Som: Atividades para Crianças de 2 a 3 Anos”
A proposta deste plano de aula é brincar com a altura, um importante parâmetro do som que será explorado de forma divertida e interativa. As atividades planejadas visam proporcionar experiências sonoras que ajudem as crianças a internalizar o conceito de altura através de brincadeiras e jogos que estimulem a interação social, o movimento corporal e a criatividade. Nesse contexto, as crianças bem pequenas poderão descobrir e vivenciar como os sons se manifestam em alturas diferentes, criando um ambiente lúdico que favorece uma aprendizagem significativa.
O público-alvo são crianças de 2 a 3 anos, caracterizando-se como um grupo ainda em fase inicial de desenvolvimento cognitivo e motor. Portanto, as atividades devem ser simples e envolventes, respeitando o ritmo de cada criança. Este plano de aula está em conformidade com as habilidades previstas na BNCC para a educação infantil, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos por meio da exploração musical e da interação social.
Tema: Parâmetro do som “Altura”: Brincando com a altura
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar momentos de exploração através do parâmetro de altura do som, utilizando diferentes fontes sonoras para que as crianças consigam identificar e classificar sons altos e baixos enquanto interagem com seus colegas.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver habilidades de comunicação e interação entre os alunos.
– Facilitar o reconhecimento e a criação de sons em diferentes alturas.
– Promover a exploração do corpo e seus movimentos ao se deslocar no espaço.
– Estimular a criação musical com objetos do cotidiano.
Habilidades BNCC:
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc.
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
– (EI02TS03) Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais básicos (pandeiros, xilofones, maracas).
– Objetos do dia a dia que podem produzir sons (panelas, colheres, caixas).
– Tapete ou área macia para as brincadeiras de movimento.
– Imagens de animais para a atividade de criação de sons.
– Fitas adesivas para marcar espaços no chão que indiquem “só para sons altos”, “só para sons baixos”.
Situações Problema:
Como as crianças podem identificar a diferença entre um som alto e um som baixo? Que instrumentos ou objetos podem fazer sons variados?
Contextualização:
Os alunos irão vivenciar brincadeiras que envolvem movimentos e sons, permitindo-lhes explorar e compreender o conceito de altura no som. As crianças irão criar sons altos e baixos enquanto se movimentam, promovendo a integridade física e estimulando o desenvolvimento cognitivo.
Desenvolvimento:
1. Início da Aula (10 minutos): Comece apresentando diferentes instrumentos, permitindo que as crianças explorem livremente os sons que eles produzem. Diga a elas que alguns sons são “altos” e outros “baixos”. Peça que imitem os sons que você faz, usando a linguagem corporal para reforçar a ideia.
2. Brincadeira “Sons do Animais” (15 minutos): Mostre imagens de animais e convide as crianças a imitar os sons desses animais, discutindo se eles são altos ou baixos. Por exemplo, o leão “ruge” alto, enquanto um gato “mia” mais baixo.
3. Jogo de Movimento (20 minutos): Marque duas áreas com fitas adesivas: “som alto” e “som baixo”. Toque um instrumento e peça às crianças para se moverem para a área correspondente, mantendo-se atentas às orientações sobre como se mover (ex: “se você escutar um som alto, vá para o espaço de som alto pulando”).
4. Encerramento (5 minutos): Crie um momento de relaxamento onde as crianças podem expressar através de sons e movimentos como se sentiram nas atividades, enfatizando a importância da comunicação entre os colegas.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: “Desfile Sonoro”
– Objetivo: Identificar diferentes sons e explorar o movimento.
– Descrição: As crianças irão usar alguns instrumentos. Ao tocar cada um, peça que dancem de acordo com o som (alto ou baixo).
– Instruções Práticas: Organize em círculo e ao sinal dos instrumentos, as crianças devem mudar sua dança conforme o som.
– Materiais: Instrumentos.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, podem participar fazendo gestos com as mãos em vez de dançar.
– Atividade 2: “Caça ao Som”
– Objetivo: Explorar sons cotidianos e relacioná-los a suas alturas.
– Descrição: Espalhe objetos que produzem sons pelo ambiente. As crianças devem percorrer o espaço, encontrando os objetos e imitando os sons que cada um faz.
– Instruções Práticas: Auxilie as crianças a se deslocarem e incentivá-las a compartilhar as descobertas.
– Materiais: Objetos do cotidiano.
– Adaptação: Para crianças mais tímidas, incentive que se aproximem de um amigo para explorar juntos.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, promova um espaço de diálogo onde as crianças possam compartilhar suas experiências. Pergunte sobre os sons que mais gostaram de imitar e como ajudou a aprender sobre altura. Fomentar esse momento permitirá que desenvolvam habilidades de escuta ativa e interação.
Perguntas:
1. Que instrumente fez o som mais alto?
2. Como o movimento ajuda a sentir a diferença entre os sons?
3. Qual som você imitou que é mais baixo?
Avaliação:
A avaliação será observacional, onde o educador deve analisar como as crianças interagiram, se aproveitaram as atividades e conseguiram identificar os sons altos e baixos. Além disso, a comunicação entre as crianças e o cuidado durante as interações são aspectos importantes a serem observados.
Encerramento:
Finalize a aula destacando o quanto foi divertido brincar com os sons e que mesmo durante a brincadeira, aprendemos muito sobre altura dos sons e compartilhamento. Encoraje as crianças a continuarem suas explorações sonoras em casa.
Dicas:
– Mantenha um ambiente acolhedor e seguro para as atividades, garantindo que todos os materiais usados sejam apropriados para a faixa etária.
– Esteja sempre atento às necessidades individuais das crianças, facilitando adaptações conforme necessário.
– Use músicas e canções que promovam a interação e a imitação dos sons, enriquecendo a experiência.
Texto sobre o tema:
A altura do som é um dos parâmetros fundamentais que nos permitem distinguir os sons, sendo crucial para a formação da percepção auditiva das crianças. Quando um som é classificado como “alto”, ele possui uma frequência mais elevada, enquanto os sons “baixos” têm frequências mais baixas. Entender e explorar a altura do som vai muito além de uma teoria musical; é uma experiência sensorial que imprime emoções e sensações. Ao brincar e explorar diferentes sons, as crianças desenvolvem uma consciência auditiva que contribuirá para sua formação musical futura.
A exposição a variações de altura nos sons pode ser feita através de instrumentos musicais, remixagens sonoras e até sons da natureza. Por exemplo, uma explosão de sons altos pode ser encontrada no canto dos pássaros ao amanhecer, enquanto um som mais calmo pode remeter ao sussurrar do vento em uma folhagem. Aprender a distinguir essas diferenças ajuda as crianças a se tornarem mais sensíveis ao ambiente sonoro que as rodeia e a desenvolverem uma apreciação musical mais reflexiva.
Brincadeiras que incorporam sons variados estimulam não só a busca pela diversão, mas também o aprendizado sobre a cultura musical ao apresentarem canções tradicionais e folclóricas que reverberam a vivência dos povos ao longo do tempo. Através dessas experiências lúdicas, estabelece-se uma relação entre o corpo e a música; cada movimento e som produzido se transforma em uma linguagem única que será moldada ao longo da vida da criança.
Desdobramentos do plano:
Após experimentar diferentes atividades e interações centradas na altura do som, o plano pode ser expandido para incluir uma variedade de novos elementos. A introdução de instrumentos musicais variados poderá aumentar o repertório sonoro das crianças, permitindo que elas reconheçam num contexto mais amplo os sons clássicos e contemporâneos. Além disso, os educadores podem incluir a construção de instrumentos caseiros, como chocalhos e tambores feitos com recipientes recicláveis, onde as crianças poderão explorar diversos timbres e alturas, promovendo assim a sustentabilidade e a criatividade.
Outra possibilidade é a criação de um mini-festival de sons, onde as crianças possam se apresentar, mostrando suas habilidades e normalmente sua musicalidade. Esse tipo de evento não apenas valoriza a expressão individual, mas também a cooperação, pois as crianças terão a oportunidade de trabalhar juntas, organizando e ensaiando seus números. O envolvimento em performances também pode facilitar a construção da autoestima, permitindo que os pequenos se sintam seguros para se expressar artisticamente diante do grupo.
Finalmente, um projeto interativo – como um diário sonoro – pode ser desenvolvido onde as crianças registrem os sons que ouvem em suas casas ou na escola, promovendo o interesse pela escuta ativa e pelas trocas de experiências culturais. Essa atividade ampliará a percepção das crianças sobre o que as rodeia e permitirá uma nova dinâmica social ao encorajá-las a compartilhar suas descobertas sonoras durante as aulas.
Orientações finais sobre o plano:
Ao aplicar o presente plano, é essencial que o educador esteja sempre atento às particularidades de cada criança, ajustando as atividades de acordo com os ritmos e interesses individuais. A flexibilidade é um ponto-chave para garantir que todos os alunos se sintam incluídos e empenhados nas experiências sonoras propostas. Além disso, é de suma importância reforçar a ideia de coletividade e interação, já que as crianças aprendem muito com os colegas ao compartilhar, colaborar e criar em conjunto.
O acompanhamento das habilidades propostas na BNCC é fundamental para a avaliação do desenvolvimento global das crianças, ajudando o educador a planejar futuras experiências e a entender melhor as necessidades do grupo. Mantenha um diálogo aberto não apenas com os alunos, mas também com os responsáveis, apresentando o valor das atividades musicais e como elas podem impactar na formação integral da criança.
Por fim, lembre-se sempre da diversão como um princípio educativo, uma vez que atividades lúdicas são eficazes na formação de memórias significativas e aprendizagens duradouras. Utilize a música como fio condutor para os diversos episódios de aprendizagem e, acima de tudo, aproveite cada momento nesse espaço de descobertas sonoras.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. “Mistérios Sonoros”: Organize uma caça ao tesouro sonora. Esconda objetos que produzem sons pela sala e ofereça pistas auditivas.
– Objetivo: Estimular a escuta atenta.
– Materiais: Objetos sonoros (instrumentos, panelas, utensílios de cozinha).
– Como conduzir: Incentive-os a seguir os sons e encontrar os objetos.
2. “Dança dos Sons”: Organize um momento de dança livre onde as crianças devem dançar e, quando a música para, imitar a postura de um animal que corresponda à altura do som (ex: um pato agachado para um som baixo, uma girafa esticada para um som alto).
– Objetivo: Relacionar movimento e som de forma lúdica.
– Materiais: Música animada.
– Como conduzir: Alinhe o movimento à altura dos sons da música.
3. “Caça aos Sons de Animais”: Peça que cada criança escolha um animal e, em seguida, faça um som. Os colegas devem adivinhar qual animal é.
– Objetivo: Reconhecer e utilizar sons em contextos de interação social.
– Materiais: Imagens de animais.
– Como conduzir: Reforce a identificação dos sons como altos e baixos.
4. “Parada Musical”: Brinque de parar e continuar a tocar conforme uma música toca; quando a música para, as crianças devem escolher um instrumento e fazer um som que imite a altura dela.
– Objetivo: Explorar a percepção auditiva e o ritmo.
– Materiais: Instrumentos musicais variados.
– Como conduzir: Incentive a exploração sonora individual e coletiva.
5. “Histórias Sonoras”: Crie uma história onde cada criança adiciona um som relacionado a um personagem.
– Objetivo: Desenvolver a criatividade e a interação.
– Materiais: Um pano ou objeto simbólico que representa a história.
– Como conduzir: Crie uma sequência e adicione sons a cada personagem.
Essas atividades promovem tanto a compreensão e internalização do conceito de altura do som, quanto a segurança emocional das crianças, tornando o aprendizado leve e divertido.