“Brincadeiras Tradicionais: Desenvolvimento e Socialização Infantil”

O presente plano de aula visa apresentar e valorizar as brincadeiras tradicionais, que são fundamentais no desenvolvimento social e emocional das crianças. No contexto atual, onde a tecnologia muitas vezes predomina, é essencial que as crianças, especialmente as da faixa etária de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses, tenham a oportunidade de vivenciar essas brincadeiras que estimularão a interação social, o desenvolvimento motor e a imaginação.

Tema: Brincadeiras Tradicionais
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses

Objetivo Geral:

Proporcionar experiências de interação e desenvolvimento por meio de brincadeiras tradicionais, favorecendo a comunicação, a socialização, e o respeito às diferenças.

Objetivos Específicos:

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– Promover a solidariedade e o cuidado nas interações entre as crianças.
– Desenvolver a imagem positiva e a confiança em suas capacidades.
– Estimular o compartilhamento e a comunicação entre as crianças.
– Explorar os movimentos corporais por meio de brincadeiras ativas.
– Incentivar a criatividade e a imaginação durante a realização das atividades.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO03) Compartilhar os objetos e os espaços com crianças da mesma faixa etária e adultos.
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Cordas ou barbantes para pular
– Bolas de diferentes tamanhos
– Bonecas ou bonecos
– Fitas coloridas
– Instrumentos musicais simples (tambores, maracas)
– Materiais para desenhar (papel, giz de cera)

Situações Problema:

Como podemos brincar juntos e respeitar as escolhas dos colegas? O que fazer quando não concordamos com o jeito que os outros brincam? Como podemos criar novas brincadeiras a partir das tradicionais?

Contextualização:

Neste plano de aula, vamos nos concentrar na importância das brincadeiras tradicionais, que são uma parte gloriosa de nossa cultura. Essas brincadeiras não apenas proporcionam diversão, mas também ensinam valores essenciais como a solidariedade, o trabalho em equipe e o respeito aos outros. Através de atividades dinâmicas e lúdicas, as crianças poderão explorar o mundo ao seu redor e ampliar suas habilidades motoras e sociais.

Desenvolvimento:

1. Introdução e acolhimento (10 minutos): Inicie a aula reunindo as crianças em um círculo, utilizando instrumentos musicais para criar um clima de alegria. Pergunte se já conhecem alguma brincadeira tradicional e fale um pouco sobre o que desejamos aprender hoje.

2. Apresentação das brincadeiras (20 minutos): Divida as crianças em grupos e apresente algumas brincadeiras tradicionais, como “Pular corda” e “Dança da cadeira”. Explique as regras de cada brincadeira e faça demonstrações, sempre valorizando a segurança e o respeito. (Lembre-se de adaptar os movimentos para que todos consigam participar).

3. Brincadeiras livres (10 minutos): Após a demonstração, permita que as crianças escolham a brincadeira que desejam participar, incentivando-as a se comunicarem e respeitarem as escolhas dos colegas, promovendo o trabalho em equipe.

4. Reflexão e fechamento (10 minutos): Reúna novamente as crianças e inicie uma conversa sobre o que elas sentiram e aprenderam. Pergunte como se sentiram ao brincar juntos e se conseguiram ajudar os amigos.

Atividades sugeridas:

1. Atividade: Pular corda
– Objetivo: Trabalhar a coordenação motora e a noção de espaço.
– Descrição: Com cordas ou barbantes, ensine as crianças a pular, alternando entre as que seguram a corda e as que pulam.
– Materiais: Cordas ou barbantes.
– Adaptação: Se houver crianças que não conseguem pular, elas podem apenas segurar a corda ou ajudar a contá-las.

2. Atividade: Dança da cadeira
– Objetivo: Estimular a interação social e a capacidade de seguir regras.
– Descrição: Disponha cadeiras em um círculo e, enquanto uma música toca, as crianças devem dançar ao redor, sentando-se quando a música parar.
– Materiais: Cadeiras.
– Adaptação: Para crianças que ainda não entendem a dinâmica, permita que eles simplesmente esperem sua vez em pé.

3. Atividade: Criando sons
– Objetivo: Desenvolver a percepção auditiva e o ritmo.
– Descrição: Utilize instrumentos simples para criar sons que acompanham as brincadeiras.
– Materiais: Instrumentos como tambores e maracas.
– Adaptação: Ofereça materiais diversos para que possam explorar diferentes texturas sonoras.

4. Atividade: Contação de histórias com bonecas
– Objetivo: Estimular a imaginação e a comunicação, criando narrativas coletivas.
– Descrição: Use bonecas para contar histórias e incentivar as crianças a interagirem com os personagens.
– Materiais: Bonecas ou bonecos.
– Adaptação: Permita que as crianças brinquem livremente com as bonecas, mostrando suas próprias narrativas.

5. Atividade: Desenhando a brincadeira
– Objetivo: Fomentar a criatividade e a habilidade manual.
– Descrição: Após as brincadeiras, peça para as crianças desenharem algo que elas gostaram.
– Materiais: Papel e giz de cera.
– Adaptação: Para os que não conseguem desenhar, incentive-a a descrever o que gostar para um adulto que desenhará por ele.

Discussão em Grupo:

Promova um círculo de conversas onde as crianças compartilham suas experiências durante as brincadeiras. Questione sobre como ajudaram uns aos outros e se encontraram dificuldades ao brincar. Proporcione um espaço seguro onde elas possam se abrir para discutir suas experiências.

Perguntas:

– Qual foi a brincadeira que você mais gostou?
– Você conseguiu ajudar um amigo durante a brincadeira? Como?
– O que é importante quando estamos brincando juntos?

Avaliação:

A avaliação será realizada através da observação das crianças durante as atividades. O foco estará em identificar como elas interagem, como se comunicam entre si e como respeitam as regras estabelecidas. Também será importante notar a disposição para ajudar os colegas e a forma como lidam com os desafios que surgem nas brincadeiras.

Encerramento:

Para o encerramento, faça uma breve recapitulação do que foi aprendido. Encoraje as crianças a continuarem brincando e valorizar a importância das atividades lúdicas no dia a dia. Finalize com uma música envolvente que rememore as práticas que foram realizadas, incentivando-as a se movimentarem.

Dicas:

– Esteja sempre atento ao clima da sala e procure adaptar as atividades conforme as necessidades e preferências das crianças.
– Estimule a criatividade, permitindo que elas sugiram novas brincadeiras.
– Lembre-se de usar um vocabulário acessível e simples, garantindo que todos compreendam as instruções.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras tradicionais são fundamentais na formação da identidade cultural de um povo. Elas carregam consigo uma história rica que é passada de geração em geração. No contexto atual, onde as interações sociais e a atividade física podem ser cada vez mais limitadas, retomar essas atividades se torna essencial. As brincadeiras como “pião”, “estrela”, e “bambolê” não apenas trazem alegria, mas também desenvolvem habilidades importantes para a vida, como a coordenação, o trabalho em equipe e o respeito às regras. É essencial que nós, educadores, incentivemos as crianças a se engajarem nessas práticas, destacando sua importância tanto para a saúde física quanto emocional.

Além disso, observando nas brincadeiras, as crianças têm a chance de vivenciar os conceitos de *cooperação* e *respeito*, fundamentais para suas relações interpessoais. As brincadeiras tradicionais oferecem uma oportunidade para que as crianças explorem o espaço ao seu redor, experimentando diferentes maneiras de se mover e se expressar. Elas aprendem a comunicar-se também através da *linguagem corporal*, desenvolvendo assim a habilidade de observar e responder a estímulos externos.

Por fim, ao introduzirmos as brincadeiras tradicionais no ambiente escolar, estamos não apenas preservando nossa cultura, mas também moldando cidadãos resilientes e solidários. Promover essas atividades nas escolas ajuda a criar um ambiente inclusivo, onde cada criança sente-se valorizada e parte de algo maior, fortalecendo sua *autoestima* e *confiança*.

Desdobramentos do plano:

A continuidade deste plano de aula pode ser expandida com a inclusão de mais brincadeiras de diferentes culturas e regiões do Brasil. Desta forma, podemos apresentar às crianças um rico mosaico de tradições, permitindo que elas compartilhem experiências com seus familiares e amigos. Esta diversidade não só enriquece o aprendizado, mas também promove o respeito às diferenças culturais, característica essencial da sociedade moderna.

Além disso, pode-se criar um espaço na escola onde as crianças possam participar de uma “roda de brincadeiras” semanal, onde elas se revezam liderando uma brincadeira diferente que escolheram. Esse formato não só dará chance de exercitar a liderança, mas também reforçará o sentido de comunidade entre elas. Proporcione discussões sobre as sensações que cada brincadeira evoca, favorecendo a expressão emocional e a empatia.

Por último, considere integrar as tecnologias de forma lúdica. Após as brincadeiras, leve as crianças a um espaço onde possam assistir a um vídeo ou a uma animação sobre as tradicionais brincadeiras que praticaram, criando uma conexão entre o digital e o físico, vital para o aprendizado contemporâneo. Isso garantirá que as crianças também estejam em contato com as novas formas de aprender, respeitando os valores das tradições, enquanto exploram novas ferramentas.

Orientações finais sobre o plano:

É importante que o educador esteja sempre atento às dinâmicas entre as crianças, facilitando suas interações e mediando conflitos quando necessário. Proporcione um ambiente seguro e acolhedor onde elas se sintam confortáveis para se expressar e fazer perguntas. Promover a inclusão e a diversidade dentro das atividades é fundamental, pois cada criança traz consigo uma bagagem única que enriquecerá a experiência coletiva.

As atividades devem ser flexíveis e permitir adaptações conforme o desenvolvimento e os interesses das crianças. Incentive-as a trazer novas ideias e propostas de brincadeiras, validando sua voz e criatividade. O papel do educador deve ser o de um facilitador, que guia, ouve e aprende junto com as crianças, mostrando que a aprendizagem é um processo colaborativo.

Por fim, mantenha um registro das interações e aprendizagens, visando ajustar futuras aulas e atividades conforme as necessidades significativas que surgirem. Isso não só contribuirá para um aprimoramento constante da prática pedagógica, mas também proporcionará uma visão mais holística da trajetória de desenvolvimento de cada criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça aos Tesouros Antigos:
– Objetivo: Explorar as brincadeiras de uma forma divertida e cheia de descoberta.
– Descrição: Esconda objetos que remetam a brincadeiras tradicionais (como piões ou bolinhas) em um espaço de brincadeira. As crianças devem encontrar esses objetos e depois explorar como brincar com eles.
– Materiais: Objetos a serem encontrados e um mapa simples do local.
– Adaptação: Ofereça pistas visuais para as crianças menores, ajudando-as a se sentirem incluídas na caça.

2. Cantos de Roda:
– Objetivo: Desenvolver a socialização e a memória através de cantigas.
– Descrição: Posicione as crianças em círculo e escolha cantigas infantis, ensinando os gestos que acompanham as músicas.
– Materiais: Espaço amplo e músicas tradicionais.
– Adaptação: Para as que têm dificuldade em acompanhar, permita que fiquem em pé e movam-se livremente, escolhendo como participar.

3. Construindo Brincadeiras:
– Objetivo: Ativar a criatividade e trabalhar em grupo.
– Descrição: Separe materiais recicláveis como caixas, garrafas e fitas coloridas. As crianças devem criar sua própria brincadeira.
– Materiais: Materiais recicláveis.
– Adaptação: Envolva as crianças que têm dificuldades manuais, sugerindo ideias e as orientando nas construções.

4. Teatro de Sombras:
– Objetivo: Incentivar a criatividade e a expressão corporal.
– Descrição: Use uma fonte de luz e objetos que possam fazer sombras, permitindo às crianças criarem histórias e brincadeiras baseadas nas sombras.
– Materiais: Fonte de luz, objetos variados.
– Adaptação: Para as crianças mais calmas, crie um espaço de observação onde elas possam se sentir seguras enquanto assistem aos amigos.

5. Criando sua própria brincadeira:
– Objetivo: Estimular a autonomia e a valorização de suas ideias.
– Descrição: Após conhecer algumas brincadeiras tradicionais, peça aos alunos que inventem suas próprias regras e jogos para compartilhar com a turma.
– Materiais: Materiais diversos e espaço para a execução das novas brincadeiras.
– Adaptação: Proporcione apoio físico e verbal para garantir que todas as ideias sejam respeitadas e contempladas.

Este plano de aula foi elaborado com base nas diretrizes da BNCC, visando proporcionar um aprendizado significativo e enriquecedor. Através das brincadeiras tradicionais, buscamos fomentar não só o desenvolvimento motor e social, mas também a construção de uma identidade cultural sólida e respeitosa.