“Brincadeiras Sem Material: Aprendizado Criativo para o 4º Ano”

Neste plano de aula, a proposta é trabalhar com alunos do 4º ano do Ensino Fundamental uma experiência pedagógica que utiliza a brincadeira como um recurso fundamental para o ensino e a aprendizagem. Ao trabalhar com brincadeiras sem material, o professor promoverá atividades que incentivem o movimento, a interação social e a criatividade dos alunos. Este plano está alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), propondo uma prática educativa que valoriza a vivência e a construção de conhecimentos através do lúdico. O foco será desenvolver habilidades motoras, sociais e de linguagem através de atividades que estimulam a participação.

Tema: Brincadeiras sem material
Duração: 40 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 09 a 11 anos

Objetivo Geral:

Promover o desenvolvimento das habilidades motoras, sociais e de linguagem por meio de brincadeiras sem material, proporcionando um ambiente dinâmico e colaborativo que permita a expressão criativa e o fortalecimento dos laços entre os alunos.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

1. Realizar atividades que estimulem a coordenação motora e o trabalho em equipe.
2. Incentivar a comunicação verbal e não verbal entre os alunos durante as brincadeiras.
3. Fomentar a criatividade e a improvisação na criação de novas regras e variações das brincadeiras.
4. Promover a reflexão sobre a importância do brincar para a socialização e o aprendizado.

Habilidades BNCC:

– (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
– (EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.

Materiais Necessários:

Não há necessidade de materiais específicos, uma vez que as brincadeiras serão realizadas sem material. É recomendável que a atividade ocorra em um espaço amplo e seguro, como um pátio, quadra ou sala de aula com bastante espaço livre.

Situações Problema:

1. Como podemos brincar de forma divertida e criativa sem ter materiais à disposição?
2. Qual a importância do brincar para a nossa socialização e para a nossa saúde?

Contextualização:

As brincadeiras são uma parte fundamental da educação infantil e do ensinamento em grupos, pois possibilitam que as crianças aprendam a trabalhar em equipe, a se expressar e a desenvolver habilidades motoras. No mundo contemporâneo, onde a tecnologia muitas vezes ocupa espaço nas interações sociais, é essencial relembrar e vivenciar as brincadeiras tradicionais que não necessitam de material, permitindo um contato mais próximo entre os alunos e uma melhor articulação nas relações sociais.

Desenvolvimento:

1. Início da atividade: O professor inicia a aula apresentando a proposta de realizar brincadeiras que não utilizem materiais, explicando os objetivos das atividades e a importância do movimento e da interação.
2. Desdobramento das brincadeiras: O professor apresenta quatro brincadeiras simples (escolhidas de forma a incluir todos os alunos): “Pega-pega”, “Está morta”, “Esconde-esconde” e “Fui ao mercado”. Cada brincadeira deve ser explicada e, se necessário, demonstrada. Para cada uma, é importante ressaltar as regras e como cada aluno deve participar, garantindo que todos tenham um papel na atividade.
3. Rodízio das brincadeiras: As brincadeiras podem ser agrupadas em estações, onde os alunos ficam de 8 a 10 minutos em cada. O professor deve fazer a mediação, observando e orientando as interações, além de garantir que todos estejam participando.
4. Reflexão final: Após as brincadeiras, o professor conduz uma roda de conversa onde os alunos poderão compartilhar suas experiências, expressar o que aprenderam e discutir a importância dos brincares.

Atividades sugeridas:

1. Brincadeira: Pega-pega
– *Objetivo:* Desenvolver a agilidade e o trabalho em grupo.
– *Descrição:* Um aluno será “o pegador” e deverá correr atrás dos demais. O objetivo é não ser tocado.
– *Materiais:* Nenhum.
– *Instruções:* O pegador conta até 10 enquanto os outros se dispersam. Após isso, inicia a atividade. Após determinado tempo, o professor pode permitir uma troca de papéis.
– *Adaptação:* Para alunos com dificuldades de locomoção, pode-se permitir um espaço limitado para correr.

2. Brincadeira: Está morta
– *Objetivo:* Estimular a escuta e a concentração.
– *Descrição:* Os alunos ficam parados e, ao som de um sinal (palavra ou movimento), devem se mover e, ao ouvir “está morta”, devem cair e permanecer parados.
– *Materiais:* Nenhum.
– *Instruções:* O professor poderá variar o sinal para deixar a atividade mais dinâmica, permitindo que todos participem de forma incorporada.
– *Adaptação:* Para crianças com problemas de mobilidade, simplificar a ação para o movimento dos braços ou a movimentação de um lado para o outro.

3. Brincadeira: Esconde-esconde
– *Objetivo:* Melhoria da percepção espacial e da interação entre alunos.
– *Descrição:* Um aluno conta em um local determinado enquanto os outros se escondem. Depois, ele deve procurar os colegas.
– *Materiais:* Nenhum.
– *Instruções:* O aluno pode contar até 20 ou 30, dependendo do espaço disponível. Este deve ser claro para todos e os alunos devem respeitar limites.
– *Adaptação:* Definir áreas de “não esconder”, tornando a atividade mais inclusiva.

4. Brincadeira: Fui ao mercado
– *Objetivo:* Trabalhar a memória e a concentração.
– *Descrição:* Um aluno diz algo que comprou e o próximo deve repetir e adicionar um novo item.
– *Materiais:* Nenhum.
– *Instruções:* O jogo prossegue até que um aluno não consiga lembrar a sequência, sendo divertido e interativo ao longo do tempo.
– *Adaptação:* Para alunos com dificuldades, permitir que repitam o que foi dito previamente, ajudando na construção de memória.

Discussão em Grupo:

Após as brincadeiras, o professor deve reunir os alunos e incentiva-los a discutir as experiências vividas. Perguntas como “Qual foi a brincadeira mais divertida?” e “Como acham que as brincadeiras ajudam na convivência?” podem ser utilizadas.

Perguntas:

1. O que você aprendeu com as brincadeiras realizadas?
2. Como você se sentiu ao participar das atividades em grupo?
3. O que você acha que essas brincadeiras podem ajudar nas suas relações com os colegas?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá durante o desenvolvimento das atividades, observando a participação, a interação dos alunos e o respeito às regras estabelecidas. O professor deve avaliar a capacidade de comunicação, cooperação e a habilidade dos alunos de seguir regras.

Encerramento:

O professor deve encerrar a aula, reiterando a importância de brincar e como essas práticas são essenciais para a formação do indivíduo, não apenas em aspectos sociais, mas também afetivos e cognitivos. Pedir que cada aluno compartilhe uma palavra que represente o momento de brincadeira que teve.

Dicas:

1. Estimular o respeito às regras é fundamental para o bom andamento das atividades.
2. Ajudar a mediar conflitos que surgirem durante as brincadeiras é parte do aprendizado social.
3. Permitir a flexibilidade nas regras pode ser interessante, encorajando os alunos a gerirem suas próprias brincadeiras.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras são uma forma essencial de aprendizado e desenvolvimento para crianças. Elas não só promovem a atividade física como também ajudam a construir habilidades sociais, emocionais e cognitivas. Através do jogo, as crianças são capazes de explorar suas emoções, aprender a compartilhar, esperar sua vez e resolver conflitos. Brincar é uma linguagem natural para as crianças, representando um meio através do qual elas expressam suas ideias, sentimentos e experimentam a construção da cultura ao seu redor. Estudar e vivenciar brincadeiras sem material proporciona à educação uma oportunidade valiosa de reforçar a criatividade. Além disso, brincar ao ar livre ou em ambientes escolares permite que crianças experimentem a liberdade de movimento, elevando seus níveis de bem-estar e contribuindo para a saúde física. O reconhecimento do jogo como uma forma de aprendizado é vital para a formação de um ambiente educativo mais integrativo e significativo, onde as interações sociais e a prática colaborativa trazem benefícios que vão além da sala de aula.

Desdobramentos do plano:

O plano pode ser desdobrado em outras aulas, incluindo investimento em brincadeiras em diferentes contextos. Por exemplo, se a aula se concentrar em brincadeiras tradicionais brasileiras, é possível incluir reflexões sobre sua origem e adaptá- las com temas culturais. Além disso, trabalhar com adição e subtração através de jogos de contagem durante as brincadeiras é uma ferramenta que une diversão e aprendizado, sendo uma metodologia eficaz no Ensino Fundamental. Os desdobramentos de um plano bem estruturado permitem que a criatividade do aluno se expanda, tornando a experiência educativa mais atrativa. Isso sempre acompanha os princípios da BNCC, assegurando que os conteúdos abordados estejam em sintonia com as necessidades e expectativas do contexto escolar.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja sempre atento às necessidades dos alunos e adapte as atividades às especificidades de cada grupo. O trabalho em equipe e a promoção da empatia são essenciais, pois brincadeiras oferecem a oportunidade de desenvolver não apenas as habilidades físicas, mas também emocionais e sociais. Revitalizar atividades de brincadeiras tradicionais sem materiais é uma ótima forma de incentivar a educação inclusiva, promovendo um espaço onde todos os alunos possam participar. Por fim, despertar a curiosidade e o interesse pelo jogo é fundamental para que os alunos levem a seriedade do aprendizado em sua essência, cultivando uma visão positiva sobre a troca e a cooperação.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Brincadeiras de roda: Propor atividades em que as crianças formem rodas e iniciem cantigas de roda, desenvolvendo as relações entre movimento, música e socialização.
2. Quebra-gelo de apresentação: Criar um momento de integração em que cada aluno deve falar seu nome e um adjetivo que inicie com a mesma letra, incentivando a memória e a interação.
3. Corrida de obstáculos: Organizar brincadeiras que façam os alunos se movimentarem por áreas delimitadas, utilizando apenas a criatividade para encontrar rotas diferentes.
4. Histórias em grupo: Iniciar uma história, onde cada aluno tenha a chance de adicionar uma frase, estimulando a produção colaborativa em um ambiente lúdico.
5. Desafio de charadas: Criar um jogo onde os alunos devem adivinhar charadas relacionados a assuntos estudados, promovendo oo conhecimento de forma dinâmica e interativa.

Esse plano de aula, além de claro e estruturado, observa todo o contexto de interação e aprendizado que a educação infantil deve propiciar, sendo um espaço onde a criatividade e a ludicidade sempre prevalecem.

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