“Brincadeiras e Jogos Populares: Aprendizado Cultural no Ensino”

A proposta deste plano de aula tem o intuito de proporcionar aos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental uma experiência rica e dinâmica em relação às brincadeiras e jogos populares brasileiros e de outras culturas. Este tema é fundamental para promover a interação e a empatia entre os estudantes, além de valorizar as diversas matrizes culturais que influenciam as práticas lúdicas no Brasil. A aula se tornará um espaço de aprendizagem colaborativa, onde os alunos serão incentivados a recriar e adaptar jogos, exercitando a criatividade e a capacidade de adaptação.

O foco será em estimular os alunos a compreenderem a importância das influências indígenas, africanas e de outras culturas na formação da identidade nacional, além de trabalhar a recriação de jogos que se adaptem a espaços escolares e públicos. A aula promoverá a vivência do aprendizado ativo, com alunos experenciando novas formas de brincadeiras que são parte do patrimônio cultural do Brasil e do mundo.

Tema: Brincadeiras e jogos populares brasileiros e de outras culturas; Influência das matrizes indígenas, africanas e demais práticas corporais; Adaptação das brincadeiras aos espaços escolares e públicos.
Duração: 1 hora
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 9 a 10 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o conhecimento e a valorização das brincadeiras e jogos populares, desenvolvendo nos alunos a capacidade de recriação e adaptação dos jogos, considerando as influências culturais e o espaço onde as atividades serão realizadas.

Objetivos Específicos:

1. Identificar e compreender a origem e a influência das matrizes culturais nas brincadeiras populares.
2. Adaptar jogos populares a diferentes espaços, realizando modificações criativas que respeitem a essência do jogo.
3. Estimular a colaboração e o trabalho em equipe durante as atividades lúdicas.

Habilidades BNCC:

As habilidades a serem desenvolvidas nesta aula incluem:
– (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural.
– (EF35EF02) Planejar e utilizar estratégias para possibilitar a participação segura de todos os alunos em brincadeiras e jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana.
– (EF35EF03) Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita, audiovisual), as brincadeiras e os jogos populares do Brasil e de matriz indígena e africana, explicando suas características e a importância desse patrimônio histórico cultural na preservação das diferentes culturas.
– (EF35EF04) Recriar, individual e coletivamente, e experimentar, na escola e fora dela, brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e demais práticas corporais tematizadas na escola, adequando-as aos espaços públicos disponíveis.

Materiais Necessários:

– Cordas (para brincar de pular ou jogos de equipe).
– Bola (para jogos variados como queimada ou gole).
– Materiais para marcar os espaços (cones ou giz).
– Papel e canetas para que os alunos possam desenhar e descrever suas adaptações de jogos.
– Música (opcional, para criar um ambiente animado durante as atividades).

Situações Problema:

1. Como podemos adaptar jogos populares conhecidos para o espaço da escola?
2. De que forma as diferentes culturas influenciam as regras e modalidades dos jogos que conhecemos?
3. Quais elementos dos jogos populares podem ser mantidos e quais devem ser adaptados?

Contextualização:

As brincadeiras e jogos populares são fundamentais para a formação da identidade cultural de uma sociedade. No Brasil, a diversidade cultural proveniente das influências indígenas, africanas e europeias se reflete em uma rica variedade de jogos e brincadeiras. É imprescindível que as crianças conheçam e valorizem esses patrimônios, aprendendo também a criar suas próprias versões adaptadas, respeitando e celebrando a cultura de origem dos jogos.

Desenvolvimento:

1. Abertura: Iniciar a aula com uma conversa sobre jogos e brincadeiras que os alunos já conhecem. Perguntar como eles se sentem quando jogam em grupo e o que acham das diferenças entre os jogos.
2. Apresentação: Breve apresentação sobre a origem de algumas brincadeiras populares, destacando influências culturais. Utilizar histórias curtas ou vídeos que ilustrem as brincadeiras mencionadas.
3. Divisão em Grupos: Formar pequenos grupos de alunos e distribuir materiais. Cada grupo deverá escolher um jogo popular para recriar, adaptando as regras e o espaço onde irão jogar.
4. Criação e Adaptação: Os grupos têm 20 minutos para discutir e preparar suas adaptações. Durante esse tempo, o professor pode circular entre os grupos, oferecendo dicas e esclarecendo dúvidas.
5. Apresentação para a Turma: Cada grupo terá 5 minutos para apresentar sua brincadeira adaptada e explicar as mudanças realizadas.
6. Jogo em Ação: Após as apresentações, os grupos deverão jogar suas versões adaptadas, promovendo a interação entre os alunos.
7. Feedback: Conduzir uma discussão final sobre o que aprenderam com a atividade e como as adaptações ajudaram a desenvolver novas formas de brincar.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Exploração de Jogos
Objetivo: Identificar e conhecer as regras de um jogo popular.
Descrição: Os alunos pesquisam em grupos sobre um jogo popular (ex: “queimada”, “pular corda”, “brincar de roda”) e discutem sua origem e regras.
Materiais: Papel, canetas.
Instruções: Dividir os alunos em grupos e fornecer acesso à internet ou livros para pesquisa. Cada grupo deve apresentar os resultados para a turma.

Atividade 2: Criação de Regras
Objetivo: Adaptar as regras do jogo escolhido para um espaço limitado.
Descrição: Após a pesquisa, os alunos recriam as regras do jogo para que possa ser jogado em um espaço pequeno ou adaptado a obstáculos.
Materiais: Espaço da sala de aula ou pátio da escola.
Instruções: Após discussões, cada grupo deve escrever suas novas regras e justificar as adapatações.

Atividade 3: Apresentação Criativa
Objetivo: Compartilhar as novas regras com a turma.
Descrição: Os alunos devem apresentar suas adaptações de maneira criativa, podendo usar dramatizações.
Materiais: Elementos visuais como cartazes ou objetos representativos dos jogos.
Instruções: Cada grupo apresenta seu trabalho e demonstra seu jogo para a turma.

Atividade 4: Jogo Final
Objetivo: Jogar em equipe as novas versões adaptadas.
Descrição: Os alunos jogarão as versões que criaram, promovendo o trabalho em equipe e a diversão.
Materiais: Os materiais dos jogos anteriores.
Instruções: Organizar os grupos em campo e estimular a competição saudável.

Discussão em Grupo:

– O que vocês aprenderam com a criação de novas regras?
– Como se sentiram jogando as adaptacões que criaram?
– O que mudaria se tivesse mais tempo?

Perguntas:

1. Que elementos culturais vocês acham mais relevantes nas brincadeiras que apresentaram?
2. Por que é importante adaptar jogos para diferentes espaços?
3. Quais adaptações foram mais desafiadoras para seus grupos?

Avaliação:

A avaliação será processual, observando o engajamento dos alunos, a efetividade do trabalho em grupo e as contribuições individuais nas discussões e durante as atividades práticas. O professor pode usar uma rubrica que considere aspectos como:
– Participação nas atividades.
– Criatividade nas adaptações.
– Colaboração no trabalho em equipe.

Encerramento:

Para finalizar, o professor poderá incentivar os alunos a continuarem explorando jogos populares em suas comunidades e a refletirem sobre a importância de manter viva a cultura de cada um. Uma possível atividade para casa pode ser entrevistar um familiar ou conhecido sobre brincadeiras de sua infância e compartilhar na próxima aula.

Dicas:

– Ofereça espaço suficiente para os alunos brincarem livremente e em segurança.
– Esteja atento às diferentes suas habilidades, permitindo que todos participem de forma inclusiva.
– Utilize músicas ou sons que remetam às brincadeiras, criando um ambiente lúdico e motivador.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras e jogos populares são uma parte fundamental da cultura brasileira. Elas expressam a identidade da sociedade e transmitem valores, tradições e saberes de geração em geração. Brincadeiras como “pular corda”, “queimada”, “dança da cadeira” são práticas que não apenas promovem a diversão, mas também são meios de interação social entre crianças. Na essência dessas brincadeiras, encontramos um rico contexto cultural que abrange aspectos de diferentes matrizes influentes no Brasil, como as tradições indígenas e africanas. Essas influências podem ser pareadas em ritmos, movimentos, e até na própria missão dos jogos: reunir as pessoas para a alegria.

A adaptação de brincadeiras é uma oportunidade de aprender sobre inclusão e criatividade. Ao ensinar esses jogos em ambientes que não são os tradicionais, as crianças não apenas se divertem, mas também aprendem a trabalhar em equipe, a respeitar as regras e a valorizar o patrimônio cultural. Desta forma, as adaptações geram um efeito multiplicador, permitindo que mais crianças experimentem e conheçam as particularidades dos jogos, independentemente do espaço que possuem à disposição.

Além disso, a recriação de jogos populares instiga a capacidade de criação das crianças. Elas são desafiadas não apenas a seguir regras pré-estabelecidas, mas também a compreender que a ludicidade pode assumir diferentes formas. Assim, promovemos não apenas a diversão, mas também um pensamento crítico e criativo em relação às tradições que ocupam espaços importantes na memória cultural de cada um.

Desdobramentos do plano:

A partir do plano de aula proposto, outras atividades e temas podem surgir naturalmente, permitindo uma exploração mais ampla do universo dos jogos e brincadeiras. Por exemplo, pode-se considerar a possibilidade de organizar um “Dia do Brincar”, onde diferentes classes da escola mostram e ensinam seus jogos favoritos. Esse evento seria uma ótima ocasião para fomentar a convivência entre alunos de diferentes idades e promover um verdadeiro intercâmbio cultural.

Além disso, é possível misturar disciplinas e relacionar as brincadeiras com conteúdos de História e Geografia. São muitas as possibilidades de abordar as influências culturais, discutindo como o Brasil foi moldado através da diversidade étnica e do sincretismo cultural. Esse aprofundamento pode incluir estudos sobre a origem das brincadeiras e a forma como elas se espalharam pelo território nacional, tornando-se verdadeiros símbolos da identidade brasileira.

Por fim, o plano de aula atualmente apresentado poderá ser inserido como proposta de formação continuada para os professores de Educação Física e Artes, que devem reconhecer e valorizar as práticas locais e adaptações que vêm das próprias comunidades. Assim, a partilha de saberes se torna rica e engrandecedora, fortalecendo o vínculo da escola com as tradições e a cultura do local onde está inserida.

Orientações finais sobre o plano:

Na implementação deste plano de aula, é essencial criar um ambiente que favoreça a experimentação e o respeito mútuo entre os alunos. A proposta de adaptação das brincadeiras deve estimular que cada aluno se sinta livre para criar e explorar, entendendo que todos têm voz e vez no processo de desenvolvimento das atividades. É importante que o professor esteja atento às dinâmicas do grupo, promovendo a inclusão e evitando qualquer forma de exclusão.

Além disso, utilizar a hora do jogo como um momento de aprendizado social e emocional é fundamental. Os alunos devem ser incentivados a refletir sobre suas experiências e o significado por trás das brincadeiras. Essa abordagem ajuda a fortalecer valores como a empatia, cooperação e a diversidade. A sala de aula pode se tornar um espaço de diálogo sobre tradições, permitindo que os alunos compartilhem histórias e experiências pessoais relacionadas a jogos e brincadeiras, enriquecendo ainda mais a discussão.

Por fim, este plano de aula é uma rica oportunidade para que os alunos reconheçam a importância da cultura na formação de identidade e como as práticas corporais podem transcender o simples ato de brincar. Elas se tornam um meio de conhecer e valorizar as diferentes culturas que compõem o Brasil, proporcionando uma educação mais consciente e respeitosa.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Roda de Cantigas
Faixa etária: 9 a 10 anos.
Objetivo: Resgatar cantigas e brincadeiras de roda.
Descrição: Os alunos se sentam formando uma roda e, um de cada vez, apresenta uma cantiga que sabe, acompanhada de movimentos. Isso ajuda a lembrar das rimas e a se conectar com suas próprias histórias.

2. Teatrinho de Fantoches
Faixa etária: 9 a 10 anos.
Objetivo: Criar uma peça a partir de uma brincadeira popular.
Descrição: Divida a turma em grupos e cada grupo cria uma mini peça em torno de uma brincadeira popular. Os alunos podem usar fantoches feitos de meias ou papel, estimulando a expressão corporal e a narrativa.

3. Mapa dos Jogos
Faixa etária: 9 a 10 anos.
Objetivo: Criar um mapa ilustrado das brincadeiras mais populares.
Descrição: Os alunos desenham um mapa onde marcam os locais de cada peito do Brasil que conhecem e correlacionam os jogos relacionados àquele lugar, desenvolvendo uma interação entre geografia e cultura.

4. Labirinto de Jogos
Faixa etária: 9 a 10 anos.
Objetivo: Criar um labirinto temático com obstáculos e jogos.
Descrição: Usar cordas e outros materiais para criar um labirinto onde os alunos devem passar e realizar tarefas de brincadeiras conhecidas. Isso estimula a atividade física e a criatividade.

5. Vídeo de Jogos
Faixa etária: 9 a 10 anos.
Objetivo: Produzir um vídeo sobre diferentes brincadeiras.
Descrição: A turma pode realizar filmes com seus celulares sobre como jogar as brincadeiras que aprenderam. Isso ajuda a compreender as diferentes modalidades e a criatividade será a base desse partilhar.

Essas sugestões lúdicas promovem um aprendizado dinâmico e envolvente, proporcionando experiências significativas que podem ser adaptadas para diferentes situações e contextos.

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