“Brincadeiras e Cantigas: Aprendendo Cultura no 2º Ano”

A proposta deste plano de aula visa integrar o ensino das brincadeiras infantis e cantigas de roda que fazem parte da cultura popular, com o objetivo de proporcionar aos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental uma experiência de aprendizagem rica e diversificada. Esta abordagem procura não apenas resgatar a memória cultural, mas também incentivar o reconhecimento da diversidade cultural presente na comunidade em que os alunos vivem. Através da vivência prática e do contato com diferentes ritmos e cantos, espera-se que os alunos possam exercitar sua criatividade, além de aprender mais sobre a importância das brincadeiras e cantigas no contexto social.

Para isso, as atividades estarão alinhadas às habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), promovendo o desenvolvimento das competências linguísticas, sociais e artísticas dos alunos. Além disso, o plano foi estruturado de forma a garantir que todos os alunos, independentemente de seus níveis de desenvolvimento, possam participar e se beneficiar das atividades propostas.

Tema: Brincadeiras infantis e cantigas de rodas da cultura popular presentes no contexto da comunidade de diferentes culturas.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 2º Ano
Faixa Etária: 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a apropriação da cultura popular familiar através de contação de histórias, brincadeiras e cantigas de roda, incentivando a expressão artística e o fortalecimento dos laços comunitários.

Objetivos Específicos:

– Identificar e compreender a importância das brincadeiras tradicionais e cantigas de roda na construção da identidade cultural.
– Desenvolver habilidades de leitura efetiva e compreensão de diferentes gêneros textuais, como letras de músicas e cantigas populares.
– Explorar a prática de brincadeiras em grupo, fomentando a interação social e o trabalho em equipe.

Habilidades BNCC:

– (EF02LP12) Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
– (EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.
– (EF15AR11) Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos códigos de dança.

Materiais Necessários:

– Um espaço amplo para a realização das atividades.
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, chocalhos).
– Material para proteção em caso de brincadeiras no chão (tapetes ou colchonetes).
– Texto das cantigas de roda que serão trabalhadas.
– Papel e lápis para anotações e atividades escritas.

Situações Problema:

Como as brincadeiras e cantigas de roda podem ajudar a contar a história da nossa comunidade? De que maneira elas traduzem a diversidade cultural presente em nosso ambiente?

Contextualização:

As brincadeiras infantis e cantigas de roda são práticas que muitas vezes atravessam gerações e refletem a cultura de um povo. Elas servem como ferramentas pedagógicas que permitem aos alunos aprender sobre a herança cultural de forma lúdica e interativa. É essencial que os alunos reconheçam não só as brincadeiras que conhecem de suas famílias, mas também aquelas que fazem parte de outras culturas presentes na escola e na comunidade.

Desenvolvimento:

1. Abertura da aula (10 minutos): O Professor inicia a aula conversando com os alunos sobre as brincadeiras que eles conhecem. Perguntas como “Quais brincadeiras você aprendeu com seus familiares?” ou “Você conhece alguma cantiga que canta com seus amigos?” podem ser usadas. O professor pode anotar as sugestões em um quadro para estimular a lembrança e o compartilhamento.

2. Apresentação das Cantigas (15 minutos): O professor lê algumas cantigas de roda, explicando suas origens e o contexto cultural. Ao apresentar as letras, incentiva a participação dos alunos na repetição e no canto, promovendo interação e animação.

3. Vivência das Brincadeiras (20 minutos): Divididos em grupos, os alunos participarão de um rodízio de brincadeiras, como “Ciranda, Cirandinha” e “Atirei o Pau no Gato”, promovendo interação e desenvolvimento motor. O professor deve observar e guiar as atividades, assegurando que todos participem e respeitem cada outra.

4. Reflexão Final e Encaminhamento (5 minutos): O professor encerra a aula fazendo uma roda de conversa, onde cada criança pode compartilhar sua sensação sobre as brincadeiras e cantigas. Perguntar como essas atividades podem ser importantes para relembrar e contar histórias de suas famílias e comunidades.

Atividades sugeridas:

1. Dia da Brincadeira: Promover um dia na escola dedicado às brincadeiras e cantigas herdadas de tradições familiares. Os alunos devem trazer informações sobre suas preferidas para compartilhar.

2. Confecção de um Livro de Cantigas: Criar coletivamente um pequeno livro ou caderno de cantigas, onde cada aluno pode escrever a letra de uma cantiga e desenhar sobre a sua folclore, sua cultura e sua vivência.

3. Teatro de Fantoches: Os alunos podem montar fantoches utilizando papel e outros materiais para representar as histórias contadas nas cantigas, desenvolvendo expressividade verbal e corporal.

4. Roda de Dança: Uma aula de danças folclóricas, onde cada estudante apresenta uma dança que conhece ou que representa uma de suas raízes culturais.

5. Redação de um Recado: Instruir os alunos a escrever um bilhete ou carta, convidando um amigo ou familiar para uma roda de brincadeiras, explorando assim a escrita de forma prática e lúdica.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover uma discussão em pequenos grupos sobre como as cantigas e brincadeiras fazem parte da identidade cultural de cada um. Os alunos podem compartilhar histórias pessoais ligadas a essas tradições.

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre a brincadeira do seu amigo?
– Quais cantigas você acha que são importantes para sua família?
– Como as brincadeiras ajudam a contar a história de sua comunidade?

Avaliação:

A avaliação pode ser feita a partir da observação da participação dos alunos nas atividades, a correta interpretação e cantoria das cantigas, bem como a interação e troca de experiências nos grupos. Os alunos também podem ser incentivados a escrever pequenas reflexões sobre o que aprenderam com as atividades propostas.

Encerramento:

Finalizar a aula agradecendo a participação de todos, reforçando que as brincadeiras e cantigas fazem parte da cultura e história de cada um, e que devem ser preservadas e repassadas às próximas gerações.

Dicas:

Invista na diversidade de brincadeiras, sempre respeitando as diferenças culturais. Utilize novos formatos para a apresentação das cantigas, como jogos de encenação. Estimule a empatia e o respeito, ressaltando a importância de cada cultura e sua história.

Texto sobre o tema:

As brincadeiras e cantigas são expressões culturais universais que desempenham um papel fundamental na socialização e no aprendizado das crianças. Esses elementos são não apenas uma forma de entretenimento, mas também instrumentos pedagógicos que permitem o ensino e a transmissão de valores, costumes e identidades culturais. As cantigas, por exemplo, são frequentemente utilizadas em celebrações e rituais, refletindo a diversidade do patrimônio cultural, além de resgatar memórias coletivas. Brincadeiras como bambolê ou pular corda são experiências que mantêm vivas as tradições, promovendo a união e o trabalho em equipe entre as crianças.

Dessa forma, a integração das brincadeiras e cantigas nas aulas proporciona oportunidades valiosas para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais importantes. Criar espaços de interação onde as crianças possam compartilhar suas experiências e aprender com os outros é essencial para fomentar um ambiente respeitoso e inclusivo. Essa prática não só contribui para a formação da identidade individual e coletiva das crianças, mas também para a valorização da rica diversidade cultural existente nas comunidades brasileiras.

Desdobramentos do plano:

Essas atividades podem abrir uma porta para o aprofundamento em diferentes culturas que constituem a comunidade escolar. Com a interação das crianças, é possível estender a discussão sobre as origens de suas respectivas tradições, promovendo ações que reunam os familiares para a troca de saberes. A cultura popular apresentada por meio de brincadeiras e cantigas pode suscitar a criação de um evento no final do semestre, onde as crianças demonstrem o que aprenderam para a comunidade.

Por outro lado, é viável desenvolver projetos que estimulem as crianças a pesquisar sobre outras culturas presentes no Brasil e suas práticas lúdicas e musicais. O impacto social da preservação dessas culturas deve ser uma continuidade, gerando um olhar crítico e valorizador da diversidade, buscando sempre respeitar e compreender as tradições.

Além disso, práticas artísticas, como músicas e danças, podem ser incentivadas simultaneamente com as cantigas, para que as crianças consigam ver as relações entre as expressões culturais, o que pode fortalecer a empatia entre elas. Assim, cada canto, cada passo de dança, cada produto de arte se transforma em um meio de contar história e propagar respeito às diferenças culturais.

Orientações finais sobre o plano:

O planejamento de uma aula voltada para a cultura popular deve estar sempre alinhado à valorização da experiência coletiva e à troca de saberes. É essencial que o professor esteja preparado para conduzir as dinâmicas com empatia e inclusividade, assegurando que todas as crianças se sintam à vontade para participar e se expressar. Além disso, o professor deve estar atento às particularidades de cada estudante, adaptando atividades conforme necessário para garantir que todos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver.

O uso de histórias e memórias familiares poderá abrir espaço para que as crianças compartilhem suas vivências, promovendo um ambiente mais acolhedor e colaborativo. Este espaço deve ser cultivado com cuidando, permitindo aos alunos um espaço seguro para se expressarem e desenvolverem suas habilidades.

Por fim, o professor deve trazer essa discussão para o dia a dia da sala de aula, utilizando as experiências vivenciadas durante a aula proposta como um ponto de partida para futuras reflexões sobre cultura e identidade. Essa continuidade reforça o aprendizado significativo e ajuda na formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos com a diversidade que nos cerca.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Círculo de Cantigas: Realizar um círculo de cantigas onde cada aluno deve trazer uma cantiga de sua tradição para ensinar aos colegas. O objetivo é a troca entre os alunos conhecendo as cantigas uns dos outros. Os alunos que completarem a atividade podem receber um pequeno prêmio, como um adesivo, para valorizá-los e incentivá-los a participar.

2. Brinquedos Reciclados: Propor que os alunos criem seus próprios brinquedos a partir de materiais recicláveis. Isso ensina sobre a importância da sustentabilidade e suas funcionalidades. Após criar os brinquedos, promover um momento de brincadeira coletiva, relacionando essas novas criações com as brincadeiras conhecidas de suas culturas.

3. Histórias e Sombras: Organizar uma atividade de contação de histórias à noite, utilizando lanternas para criar sombras, enfatizando assim as cantigas que contam histórias. Os alunos podem ser convidados a criar suas próprias histórias após ouvirem, intercalando com as cantigas trabalhos.

4. Danças do Mundo: Cada semana, dedicar a uma dança de diferentes culturas. Os alunos podem aprender sobre a cultura da dança e suas tradições, experimentando ritmos e formas. É uma forma de inclusão e respeito à diversidade.

5. Relato em Quadrinhos: Convidar os alunos a transformarem uma brincadeira ou cantiga que aprenderam em uma história em quadrinhos. Isso ajudará no aprendizado da sequência narrativa e na criatividade, permitindo aos alunos expressar suas próprias interpretações.

Com essa integração de atividades, o aprendizado das brincadeiras e das culturas se tornará uma experiência rica, divertida e significativa na vida dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.

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